Caracterização da Situação de Referência. Pedreiras de Lourosa

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Transcrição:

Caracterização da Situação de Referência Pedreiras de Lourosa Relatório Técnico maio de 2012 1

Índice Geral Introdução e Objetivos 3 Metodologia... 4 Apresentação e Discussão de Resultados.. 7 Considerações finais. 15 Índice de Figuras Figura I. - Localização dos quatro pontos de amostragem (44, 45, 46 e 47) relativamente às pedreiras desativadas (Pedreira dos Linos e Pedreira dos Limas).. 6 Índice de Tabelas Tabela I. Estações de amostragem da rede de monitorização das águas subterrâneas (coordenadas WGS 84). 5 Tabela II. Resultados analíticos obtidos comparativamente ao Anexo XVI do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto.. 8 Tabela III. Resultados analíticos obtidos comparativamente ao Anexo I (classe A1) do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto. 10 Tabela IV. Evolução das concentrações de alguns parâmetros entre as monitorizações de 2010 e 2012. 14 2

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS No âmbito do Protocolo de Cooperação estabelecido entre a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte e a Administração da Região Hidrográfica do Norte I.P. (ARH do Norte I.P.), a ARH do Norte, I.P. ficou responsável pela concretização das análises previstas no Plano de Monitorização Ambiental da envolvente das pedreiras desativadas de Lourosa. Este plano de monitorização, estabelecido de acordo com o Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de agosto, compreende apenas a monitorização das águas subterrâneas, uma vez que não foram detetados indícios de geração de biogás, nem existem cursos de água superficial permanentes nas vizinhanças das pedreiras. A monitorização de águas subterrâneas procura prevenir a poluição dos recursos hídricos subterrâneos e, no caso desta se verificar, disponibilizar indicações sobre a sua potencial origem e meios a adotar para inversão da situação. Em julho de 2010 iniciou-se uma primeira campanha de amostragem das águas subterrâneas nas proximidades das pedreiras de Lourosa, embora esta não se tenha revelado suficientemente completa para permitir a caracterização da situação de referência, tanto ao nível dos parâmetros analisados, como do número de pontos de amostragem, uma vez que a rede piezométrica ainda não se encontrava implementada à data. Assim, no passado dia 12 de março p.p., já com a rede piezométrica devidamente operacional, procedeu-se à realização de uma nova campanha de amostragem das águas subterrâneas, com vista à caracterização da situação de referência e de forma a produzir valores de base comparáveis com aqueles de posteriores amostragens. A análise dos dados obtidos foi efetuada de acordo com os usos da água subterrânea. É de salientar que apesar de, na totalidade dos casos analisados, a água ser utilizada, unicamente, para rega de pequenas hortas domésticas, se optou-se por comparar os resultados obtidos, não só com os valores de referência previstos no Anexo XVI (Qualidade das águas destinadas à rega) do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de agosto, mas também com os do Anexo I (Águas doces destinadas à produção de água para consumo humano) do mesmo decreto, o qual é por norma utilizado na avaliação da qualidade das águas subterrâneas. Neste contexto, o objetivo do presente Relatório Técnico é o de apresentar os resultados desta nova campanha de monitorização das águas subterrâneas no perímetro das pedreiras de Lourosa. 3

METODOLOGIA A rede de monitorização selecionada abrange um total 13 pontos de amostragem localizados na área envolvente das pedreiras e considerados representativos: 9 piezómetros e 4 poços de particulares (os mesmos que foram monitorizados na campanha de 2010). A rede piezométrica foi estabelecida de acordo com o Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de agosto, o qual prevê a existência de, no mínimo, um ponto de monitorização na região de infiltração e dois na região de escoamento. Além do presumível sentido de escoamento das águas subterrâneas, a rede piezométrica instalada teve também em conta outros fatores, tais como, a sua integridade física e facilidade de acesso/amostragem. A seleção dos poços a incluir nesta monitorização teve por base o cruzamento de anteriores campanhas de monitorização levadas a cabo pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, assim como as disponibilidades de acesso. As coordenadas das estações de amostragem selecionadas, assim como os seus proprietários, as referências das amostras e as respetivas tipologias são apresentados na Tabela I. Na Figura 1 surge a localização das estações relativamente às pedreiras em causa. 4

Tabela I. Estações de amostragem da rede de monitorização das águas subterrâneas (coordenadas WGS 84) Código da Estação de Amostragem Tipologia Latitude Coordenadas Longitude ICCA 1 Piezómetro 40 58'44.52"N 8 32'25.83"W ICCA 2 Piezómetro 40 58'38.19"N 8 32'16.23"W ICCA 3 Piezómetro 40 58'32.64"N 8 32'11.21"W ICCA 4 Piezómetro 40 58'33.35"N 8 32'38.79"W ICCA 5 Piezómetro 40 58'29.14"N 8 32'31.75"W ICCA 6 Piezómetro 40 58'27.72"N 8 32'18.82"W ICCA 7 Piezómetro 40 58'32.48"N 8 32'20.15"W ICCA 8 Piezómetro 40 58'21.69"N 8 32'23.68"W ICCA 9 Piezómetro 40 58'20.61"N 8 32'20.31"W Poço 1 (44) Poço particular 40 58'30.32"N 8 32'10.12"W Poço 2 (45) Poço particular 40 58'27.93"N 8 32'29.26"W Poço 3 (46) Poço particular 40 58'31.37"N 8 32'29.20"W Poço 4 (47) Poço particular 40 58'28.51"N 8 32'48.34"W 5

Figura 1. Localização dos 13 pontos de amostragem relativamente às pedreiras desativadas (Pedreira dos Linos e Pedreira dos Limas). O Plano de Monitorização estabelecido de acordo com o Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de agosto, contempla não só as recolhas de água, mas também as respetivas análises físicoquímicas (cerca de 35 parâmetros por ponto de amostragem), na totalidade dos pontos de amostragem já mencionados. Todo o processo, desde a preparação de material para colheita até à entrada das amostras no laboratório, seguiu as regras definidas no Standard Methods 21.ª Edição (Secções 1060 e 9060). As determinações analíticas foram efetuadas através de métodos de ensaio normalizados, tendo sido algumas delas asseguradas pelo Laboratório de Águas da ARH do Norte, I.P. e as restantes pelo laboratório BIOGERM, S.A. 6

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS Para uma análise mais completa da qualidade das águas subterrâneas para os diferentes usos, optou-se por comparar os resultados obtidos com os valores máximos recomendados (VMR) e os valores máximos admissíveis (VMA) presentes nos Anexos I (Águas doces destinadas à produção de água para consumo humano - classe A1) e XVI (Qualidade das águas destinadas à rega) do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de agosto. Deste modo, verificou-se a qualidade do meio hídrico para o uso declarado (água para rega), ficando salvaguardada, igualmente, uma futura utilização para consumo humano. Nas Tabela II e III apresentam-se os resultados obtidos nas determinações analíticas efetuadas comparativamente aos limiares normativos referentes, respetivamente, às águas para rega e às águas doces destinadas à produção de água para consumo humano. As células pintadas a laranja indicam concentrações acima do VMR, enquanto que as células a vermelho indicam concentrações acima do respetivo VMA. É de referir que para alguns parâmetros não existem VMA e/ou VMR definidos, pelo que não é possível retirar ilações imediatas. 7

Tabela II. Resultados analíticos obtidos comparativamente ao Anexo XVI do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto Parâmetro Unidade Ponto de amostragem ICCA 1 ICCA 2 ICCA 3 ICCA 4 ICCA 5 ICCA 6 ICCA 7 ICCA 8 ICCA 9 Poço 1 (44) Poço 2 (45) Poço 3 (46) Poço 4 (47) Antimónio* µg/l Sb <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 Arsénio µg/l As 95 93 189 50 30 112 7 76 55 <4,5 <4,5 <4,5 <4,5 Cádmio µg/l Cd 1,2 1,5 1,4 1,0 1,1 1,5 <0,8 2,3 1,7 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 Crómio µg/l Cr 26 30 26 24 9 14 4,4 65 34 <1,0 <1,0 2,5 <1,0 Crómio VI* mg/l Cr 6+ <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Mercúrio* µg/l Hg <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 Níquel µg/l Ni 45 45 28 37 14 21 10 73 48 4 <4 4 4 Chumbo µg/l Pb 424 466 526 253 249 384 474 474 418 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 Selénio µg/l Se <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 Bicarbonatos* - mg/l HCO 3 38 41 336 513 70 71 48 13 8 13 <6 58 9 Fluoretos* mg/l F - 0,18 0,5 0,4 0,3 0,3 0,2 0,18 0,14 0,13 0,10 <0,10 <0,10 <0,10 Nitritos* mg/l NO 2 <0,02 0,13 0,3 0,07 0,31 0,02 0,32 0,02 <0,02 0,60 <0,2 <0,02 <0,02 Sulfuretos* mg/l S <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 Amónia* + mg/l NH 4 0,05 0,06 0,7 12 0,4 0,05 0,12 0,10 <0,04 0,10 <0,04 0,05 <0,04 Bário** µg/l Ba 7 12 110 460 140 41 36 950 230 64 88 34 140 Boro mg/l B <0,10 <0,10 <0,10 0,14 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 Cobre mg/l Cu <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 Manganês µg/l Mn 563 722 2900 5100 354 613 136 2000 704 106 35 932 49 Zinco mg/l Zn 0,4 0,4 0,4 0,3 0,2 0,3 0,2 0,7 0,3 0,4 0,07 0,10 0,09 Fenóis* mg/l C 6 H 5 OH <0,10 <0,10 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 AOX* mg/l Cl <0,01 0,02 0,03 0,12 0,02 0,03 0,02 <0,01 0,01 0,02 <0,01 0,03 <0,01 Sulfatos** mg/l SO 4 <10 23 40 49 44 59 16 16 13 24 21 32 12 8

Tabela II. Resultados analíticos obtidos comparativamente ao Anexo XVI do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto (cont.) Parâmetro Unidade Ponto de amostragem ICCA 1 ICCA 2 ICCA 3 ICCA 4 ICCA 5 ICCA 6 ICCA 7 ICCA 8 ICCA 9 Poço 1 (44) Poço 2 (45) Poço 3 (46) Poço 4 (47) Potássio* mg/l K 4,2 5,2 20,9 14,1 10,7 5,8 5,4 3,6 3,4 3,9 2,2 1,3 7,6 Cálcio* mg/l <6,0 13 74 97 37 27 13 15 14 10 2,6 23 9 Magnésio* mg/l 4,4 5,4 19 49 12 10 16 15 4,3 4,7 4,1 6,3 10 Carbono Orgânico Dissolvido* mg/l 1 1,5 5,5 18 1,1 3,2 0,9 0,8 0,8 1,4 <0,5 1,5 <0,5 Alumínio mg/l Al 16 18 26 29 8 13 2,6 41 26 <2,0 <2,0 <2,0 <2,0 Ferro total** mg/l Fe 34 33 41 100 12 21 1,9 75 43 0,524 0,064 1,9 0,051 Cianetos* mg/l <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 Sódio* mg/l Na 15 28 20 58 38 17 32 22 36 35 24 14 34 Nitratos** mg/l NO 3 <13 13 <13 <13 88 <13 <13 77 15 53 10 <13 74 Hidrocarbonetos totais* mg/l - - - <0,1 - - - - - - - - - Cloretos** mg/l Cl - 14 25 15 109 40 20 21 22 83 29 28 20 46 ph Escala Sorensen 5,9 a 6,1 a 7,2 a 18,7ºC 6,3 a 6,5 a Condutividade* µs/cm, 20ºC 114 205 481 1140 464 290 184 274 355 265 171 222 317 * - Parâmetro sem valor tabelado para VMA e VMR ** - Parâmetro sem valor tabelado para VMA Legenda: Valores acima do VMR Valores acima do VMA 6,5 a 6,6 a 18,3ºC 5,4 a 5,8 a 18,8ºC 6,2 a 9

Tabela III. Resultados analíticos obtidos comparativamente ao Anexo I (classe A1) do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto Parâmetro Unidade Ponto de amostragem ICCA 1 ICCA 2 ICCA 3 ICCA 4 ICCA 5 ICCA 6 ICCA 7 ICCA 8 ICCA 9 Poço 1 (44) Poço 2 (45) Poço 3 (46) Poço 4 (47) Antimónio* µg/l Sb <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 Arsénio µg/l As 95 93 189 50 30 112 7 76 55 <4,5 <4,5 <4,5 <4,5 Cádmio µg/l Cd 1,2 1,5 1,4 1,0 1,1 1,5 <0,8 2,3 1,7 <0,8 <0,8 <0,8 <0,8 Crómio*** µg/l Cr 26 30 26 24 9 14 4,4 65 34 <1,0 <1,0 2,5 <1,0 Crómio VI* mg/l Cr 6+ <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 <0,05 Mercúrio µg/l Hg <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 Níquel* µg/l Ni 45 45 28 37 14 21 10 73 48 4 <4 4 4 Chumbo*** µg/l Pb 424 466 526 253 249 384 474 474 418 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0 Selénio*** µg/l Se <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 <8 Bicarbonatos* - mg/l HCO 3 38 41 336 513 70 71 48 13 8 13 <6 58 9 Fluoretos mg/l F - 0,18 0,5 0,4 0,3 0,3 0,2 0,18 0,14 0,13 0,10 <0,10 <0,10 <0,10 Nitritos* mg/l NO 2 <0,02 0,13 0,3 0,07 0,31 0,02 0,32 0,02 <0,02 0,60 <0,2 <0,02 <0,02 Sulfuretos* mg/l S <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 <1,0 Amónia* + mg/l NH 4 0,05 0,06 0,7 12 0,4 0,05 0,12 0,10 <0,04 0,10 <0,04 0,05 <0,04 Bário** µg/l Ba 7 12 110 460 140 41 36 950 230 64 88 34 140 Boro** mg/l B <0,10 <0,10 <0,10 0,14 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 Cobre mg/l Cu <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 <0,2 Manganês** µg/l Mn 563 722 2900 5100 354 613 136 2000 704 106 35 932 49 Zinco mg/l Zn 0,4 0,4 0,4 0,3 0,2 0,3 0,2 0,7 0,3 0,4 0,07 0,10 0,09 Fenóis*** mg/l C 6 H 5 OH <0,10 <0,10 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 AOX* mg/l Cl <0,01 0,02 0,03 0,12 0,02 0,03 0,02 <0,01 0,01 0,02 <0,01 0,03 <0,01 Sulfatos mg/l SO 4 <10 23 40 49 44 59 16 16 13 24 21 32 12 10

Tabela III. Resultados analíticos obtidos comparativamente ao Anexo I (classe A1) do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto (cont.) Parâmetro Unidade Ponto de amostragem ICCA 1 ICCA 2 ICCA 3 ICCA 4 ICCA 5 ICCA 6 ICCA 7 ICCA 8 ICCA 9 Poço 1 (44) Poço 2 (45) Poço 3 (46) Poço 4 (47) Potássio* mg/l K 4,2 5,2 20,9 14,1 10,7 5,8 5,4 3,6 3,4 3,9 2,2 1,3 7,6 Cálcio* mg/l <6,0 13 74 97 37 27 13 15 14 10 2,6 23 9 Magnésio* mg/l 4,4 5,4 19 49 12 10 16 15 4,3 4,7 4,1 6,3 10 Carbono Orgânico Dissolvido* mg/l 1 1,5 5,5 18 1,1 3,2 0,9 0,8 0,8 1,4 <0,5 1,5 <0,5 Alumínio* mg/l Al 16 18 26 29 8 13 2,6 41 26 <2,0 <2,0 <2,0 <2,0 Ferro total* mg/l Fe 34 33 41 100 12 21 1,9 75 43 0,524 0,064 1,9 0,051 Cianetos*** mg/l <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 <0,010 Sódio* mg/l Na 15 28 20 58 38 17 32 22 36 35 24 14 34 Nitratos mg/l NO 3 <13 13 <13 <13 88 <13 <13 77 15 53 10 <13 74 Hidrocarbonetos totais*** mg/l - - - <0,1 - - - - - - - - - Cloretos** mg/l Cl - 14 25 15 109 40 20 21 22 83 29 28 20 46 ph** Escala Sorensen 5,9 a 6,1 a 7,2 a 18,7ºC 6,3 a 6,5 a Condutividade** µs/cm, 20ºC 114 205 481 1140 464 290 184 274 355 265 171 222 317 * - Parâmetro sem valor tabelado para VMA e VMR ** - Parâmetro sem valor tabelado para VMA *** - Parâmetro sem valor tabelado para VMR Legenda: Valores acima do VMR Valores acima do VMA 6,5 a 6,6 a 18,3ºC 5,4 a 5,8 a 18,8ºC 6,2 a 11

Análise dos resultados de acordo com o Anexo XVI do Decreto-Lei 236/98: De acordo com o Anexo XVI do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto, relativo à qualidade das águas para rega, verifica-se que 4 pontos (furos) estão em incumprimento com os VMA, nomeadamente o ICCA3, ICCA4, ICCA8 e ICCA9. Este incumprimento deve-se à existência de concentrações de manganês e de alumínio acima do VMA para os três primeiros pontos assinalados, sendo que no ICCA9, apenas o parâmetro alumínio é responsável por esta classificação. Nenhum dos poços de particulares apresenta valores paramétricos acima dos VMA. Relativamente aos VMR, todos os pontos apresentam um ou mais parâmetros com valores acima dos VMR, com exceção do ponto ICCA7, cujos valores se encontram todos abaixo dos limites de referência (quando existentes) para o conjunto dos parâmetros analisados. No caso dos furos, os parâmetros que se encontram acima deste limite de referência, mas abaixo do VMA, são o arsénio (ICCA3 e ICCA6), o manganês (ICCA1, ICCA2, ICCA5, ICCA6 e ICCA9), o alumínio (ICCA1, ICCA2, ICCA5 e ICCA6) e o ph (ICCA1, ICCA2, ICCA4, ICCA8 e ICCA9). Verificase ainda a ocorrência de parâmetros que apresentam valores acima dos VMR, mas para os quais não foram fixados VMA, sendo o caso do ferro (todos os furos exceto o ICCA7), os nitratos (ICCA5 e ICC8) e os cloretos (ICCA4 e ICCA9). Quanto aos poços de particulares, verifica-se a ocorrência de valores superiores ao VMR nos Poços 1 e 2 para os nitratos e ainda valores acima dos VMR mas abaixo dos VMA para o manganês e o ph. Globalmente, verifica-se que apenas os furos ICCA3, ICCA4, ICCA8 e ICCA9 apresentam qualidade insuficiente para rega, uma vez que há violação dos VMA para o manganês e/ou para o alumínio. Análise dos resultados de acordo com o Anexo I do Decreto-Lei 236/98: Comparando os valores analíticos obtidos com os valores de referência da classe A1, do Anexo I do Decreto-lei nº. 236/98, de 1 de agosto (Águas doces destinadas à produção de água para consumo humano), observa-se que, no que diz respeito aos furos, todos eles apresentaram concentrações de chumbo e arsénio (com exceção do ICCA5 e ICCA7 para o arsénio) acima do VMA. Igualmente, os furos ICCA5 e ICCA8 registaram concentrações de nitratos acima do VMA. No que se refere aos VMR, alguns furos registaram vários parâmetros (cádmio, bário, manganês, zinco, ph, condutividade, arsénio) acima do valor recomendado, embora não exista, na maioria dos casos, VMA definidos. 12

Relativamente aos poços, apenas o parâmetro nitratos registou para dois dos poços analisados (Poços 1 e 4) valores acima do VMA. Todavia, todos os poços analisados apresentaram sempre alguns parâmetros cujos valores se situavam acima do VMR, nomeadamente o bário (poço 4), o manganês (poços 1 e 3) e o ph (todos os poços). Globalmente, verifica-se que apenas as águas subterrâneas envolventes dos poços 2 e 3 apresentam para todos os parâmetros analisados resultados abaixo dos valores limite estipulados para a qualidade da água destinada à produção de água para consumo humano, existindo na maioria dos casos problemas de concentrações de chumbo e arsénio. É de referir que todos os furos e poços apresentam concentrações de fluoretos abaixo do intervalo recomendado para produção de água para consumo, embora esta situação seja normal na região norte do país. Acrescenta-se que a existência deste intervalo se prende com a preferência para a utilização de águas fluoradas para o consumo humano. Análise global Da análise dos resultados dos vários parâmetros monitorizados, existem três que apresentam concentrações bastante elevadas: ferro, manganês e alumínio. Embora estes três metais sejam vulgares ao nível da crosta terrestre, é questionável se as concentrações registadas poderão ter uma origem natural, nomeadamente no caso do alumínio. Os valores obtidos para os parâmetros de ferro e de manganês (metais que, geralmente, surgem em associação) poderão ter origem na geomorfologia dos solos, uma vez que toda a região da Freguesia de Lourosa se encontra localizada, do ponto de vista litológico, sobre formações sedimentares e metamórficas, as quais se caracterizam tipicamente pelos seus elevados teores de alguns metais. No entanto, considera-se que esta justificação carece de ser melhor fundamentada, dadas as elevadas concentrações registadas e considerando que a mobilidade de metais é determinada pelas condições de ph e Eh da água. A possível existência de metais depositados (ferro-velho) nas pedreiras a norte poderá, igualmente, estar a contaminar a linha de água subterrânea. No que se refere ao alumínio, as concentrações registadas nalguns furos são anormalmente elevadas, em especial no que se refere aos furos localizados a jusante das pedreiras. Embora estes valores possam também ser explicados pela geomorfologia da área envolvente é importante salvaguardar a hipótese dos mesmos provirem do material depositado nas pedreiras. 13

Paralelamente aos valores registados para os metais, verificaram-se também elevadas concentrações de nitratos nos furos ICCA5 e ICCA8 e nos poços 1 e 4. Estes valores terão, possivelmente, origem em pequenas atividades agrícolas (hortas domésticas) desenvolvidas na área envolvente. Por fim, verificou-se também que vários furos apresentavam valores de ph inferiores ao VMR, embora estes possam ser considerados normais para a região hidrográfica em estudo. Tabela IV. Evolução das concentrações de alguns parâmetros entre as monitorizações de 2010 e 2012 Parâmetro Unidade Ponto de amostragem Poço 1 (44) Poço 2 (45) Poço 3 (46) Poço 4 (47) Mar-12 Jul-10 Mar-12 Jul-10 Mar-12 Jul-10 Mar-12 Jul-10 Nitritos mg/l NO 2 0,60 0,012 <0,2 <0,010 <0,02 <0,010 <0,02 <0,010 Cobre mg/l Cu <0,2 <0,0050 <0,2 0,0059 <0,2 0,028 <0,2 0,0076 Zinco mg/l Zn 0,4 0,016 0,07 0,031 0,10 0,32 0,09 0,033 Alumínio mg/l Al <2,0 0,39 <2,0 0,078 <2,0 0,022 <2,0 0,061 Ferro total mg/l Fe 0,524 <0,025 0,064 <0,025 1,9 0,23 0,051 <0,025 Nitratos mg/l NO 3 53 54,7 10 15,8 <13 <2,0 74 60,0 Cloretos mg/l Cl - 29 37 28 42 20 51 46 62 ph Escala Sorensen 5,8 a 18,8ºC 5,2 a 22,3ºC 5,2 a 22,1ºC 6,2 a 5,7 a 22,1ºC Condutividade us/cm, 20ºC 265 230 171 194 222 167 317 240 5,4 a 21,1ºC Efetuou-se ainda uma comparação entre os valores obtidos para os parâmetros monitorizados em 2010 e aqueles registados em 2012 (Tabela IV), a fim de se verificar se existia alguma tendência ao nível das concentrações. No que se refere aos metais, nota-se um aumento das concentrações de Zinco (exceto no poço 3) e de Ferro, especialmente no poço 1 (ponto localizado a jusante da Pedreira dos Linos). Para os parâmetros Cobre e Alumínio não é possível inferir quaisquer tendências, uma vez que o limite de quantificação dos resultados em 2012 é bastante superior ao de 2010. Em relação aos restantes parâmetros as evoluções são mistas, verificando-se diminuições de concentrações de Cloretos e ph e aumento, na maioria dos pontos, dos Nitratos e Condutividade. Mais uma vez, não é possível tirar conclusões sobre o parâmetro Nitritos, com exceção do poço 1, já que o limite de quantificação em 2012 é superior ao de 2010. Este aumento registado no poço 1 poderá estar relacionado com a utilização dos solos envolventes ou com problemas de saneamento, sendo aconselhável realizar uma despistagem. 14

Embora sendo prematuro tirar ilações com um histórico tão reduzido, verifica-se um aumento das concentrações de metais nos poços a jusante das pedreiras, o que poderá estar relacionado com uma gradual deslocação de metais provenientes do foco das pedreiras. Não é, contudo, de excluir liminarmente que estas mesmas concentrações tenham uma origem natural, pelo que se torna necessário obter um maior volume de dados. CONSIDERAÇÕES FINAIS Da análise dos resultados analíticos, pode-se concluir que, com excecão dos furos ICCA3, ICCA4, ICCA8 e ICCA9, todos os restantes apresentam qualidade suficiente para uma água de rega. Em contrapartida, comparando os resultados na perspetiva da produção de água para consumo humano, somente os poços 2 e 3 apresentam, para a totalidade dos parâmetros analisados, resultados abaixo dos valores limite estipulados para a qualidade da água destinada à produção de água para consumo humano. De salientar que não foram analisados, entre outros, os parâmetros microbiológicos, os quais poderão eventualmente dar resultados contrários. Foram registados valores bastante elevados para os metais ferro, manganês e alumínio, havendo suspeita de que os mesmos possam ter uma origem antropogénica. A inexistência de um histórico de dados não permite ainda tirar conclusões definitivas, pelo que é necessário aguardar pela nova campanha de monitorização, a realizar após a selagem das pedreiras. É importante, contudo, sublinhar que o elevado tempo de residência das águas subterrâneas (baixa velocidade de deslocação) poderá originar uma situação em que, a curto prazo, não se verifiquem alterações significativas ao nível dos parâmetros analisados. 15