LEI Nº 5.477 TÍTULO I DA DEFINIÇÃO DE CALÇADA



Documentos relacionados
RESOLUÇÃO CPA/SMPED 019/2014 PASSEIO PÚBLICO A Comissão Permanente de Acessibilidade CPA, em sua Reunião Ordinária, realizada em 28 de agosto de 2014.

Panorama da Norma NBR 9050 Sistemas de Calçadas

PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Serviços Urbanos Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE

Laudo de Acessibilidade

LEI Nº 370, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2011 A CÂMARA MUNICIPAL DE CAFEARA APROVA E EU, PREFEITO DO MUNICÍPIO, SANCIONO A SEGUINTE LEI:

LEI DA CALÇADA. Vamos fazer de São José um lugar cada vez melhor para se viver!

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA

Capítulo 4 - EXECUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS

A observância da acessibilidade na fiscalização de obras e licenciamentos de projetos pelos municípios

Guia Prático para Construção de Calçadas

FECHAMENTO DE RUAS AO TRÁFEGO DE VEÍCULOS ESTRANHO AOS MORADORES DE VILAS, RUAS SEM SAÍDA E RUAS E TRAVESSAS COM CARACTERÍSITCAS DE RUAS SEM SAÍDA.

RESOLUÇÃO N 495, DE 5 DE JUNHO DE 2014

ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA REPRESENTAÇÕES DE DESENHO TÉCNICO E APROVAÇÃO DE PROJETOS SETOR DE ENGENHARIA

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. Art. 1.º Esta lei complementar estabelece as exigências quanto a:

DIRETORIA DE ENGENHARIA. ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para implantação de oleodutos.

LEI Nº ,DE 21 DE JUNHO DE 2011.

ÍNDICE. Capítulo I...5. Do Sub-Sistema Viário Estrutural...5. Capítulo II...5. Do Sub-Sistema de Apoio...5 DISPOSIÇÕES FINAIS...6

ORIENTAÇÕES BÁSICAS Lei Complementar 06/2013

Autorização para implantação de Adutora de Água, de Emissário de Esgoto e Rede de Vinhaça.

LEI 1620 DE Define disposições relativas à aprovação de edificações residenciais unifamiliares

GUIA PARA UMA CALÇADA LEGAL E ACESSÍVEL

Quinta-feira, 26 de Abril de 2007 Ano XIII - Edição N.: 2834 Diário Oficial do Município Poder Executivo Secretaria Municipal de Governo

Informe. Legislativo MUNICIPAL

SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E POLÍTICA URBANA

LEI N 65, DE 9,5DE JANEIRO DE A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA APROVA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Seminário Gaúcho de Acessibilidade na Mobilidade Urbana. Andrea Mallmann Couto Juliana Baum Vivian

Viver em uma cidade que respeita o espaço urbano, o patrimônio histórico e a integridade da arquitetura das edificações é um direito de todos.

O PREFEITO DE SÃO LUÍS, Capital do Estado do Maranhão.

Parágrafo único. A instalação dos equipamentos e mobiliários referidos no art. 2º desta Lei deverá respeitar o direito à paisagem.

LEI Nº 9.074, DE 18 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Lei , de 9 de dezembro de 1994

Programa Calçada Segura. Manual de Execução GUIA PRÁTICO

PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

/estudo preliminar análise da norma de acessibilidade ABNT NBR Gustavo Alves Rocha Zago Izabela Dalla Libera

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO

ESTADO DE SANTA CATARINA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANGÃO

Normas e Leis para Ocupação de Auditórios e Locais de Reunião. LEI Nº , DE 25 DE JUNHO DE 1992 (São Paulo/SP)

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROJETO DE LEI Nº 051/2012

IMPORTÂNCIA E IMPACTO DO PROGRAMA PASSEIO LIVRE PARA A CIDADE DE SÃO PAULO. JOSÉ RENATO SOIBELMANN MELHEM Arquiteto e Urbanista

PROJETO DE LEI Nº / 05

REQUISITOS E CONSIDERAÇÕES GERAIS REF. NBR DA ABNT

Resolução Normativa RESOLVE CAPÍTULO I

Prefeitura Municipal de Registro

Estado do Rio Grande do Sul PREFEITURA MUNICIPAL DE ALMIRANTE TAMANDARÉ DO SUL MEMORIAL DESCRITIVO

LEI MUNICIPAL Nº..., de... de... de Estabelece normas especiais para funcionamento de bares e similares e dá outras providências.

ADMINISTRAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO Autorização para Implantação de Ductos para Petróleo, Combustíveis Derivados e Etanol.

PREFEITURA DE SÃO LUIS SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO E HABITAÇÃO SEMURH

MEMORIAL DESCRITIVO EXECUÇÃO DE PASSEIO PÚBLICO


ANTT - AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES DIRETORIA PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

NORMAS DE ACESSIBILIDADE - Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

LEI Nº DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005

Relatório de Inspeção

DECRETO Nº DE 11 DE JULHO DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e

Prefeitura INEPAC IPHAN Resumo. 0,5-0,5 0,5 3 pavim. Altura máxima de 13m. 8,5m 15% % Das Disposições Gerais (IPHAN)

LEI Nº 1.982, DE 30 DE AGOSTO DE 2010

Lei Municipal N.º 2.956

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL BRASIL PREFEITURA DE ESTRELA Rua Julio de Castilhos, 380 Centro Estrela/RS Fone:

Adequação dos Sistemas de Trens Urbanos de Porto Alegre à Acessibilidade Universal (Decreto n de 2004)

PROGRAMA AÇÕES FISCAIS PARA ACESSIBILIDADE ESCLARECIMENTOS BÁSICOS PARA O PREENCHIMENTO DO RVH RELATIVOS À ACESSIBLIDADE

LEI Nº 1.275, DE 28 DE JULHO DE 2011.

Superintendência de Água e Esgoto Av. Hugo Alessi, 50 Industrial Araguari-MG Tel: sae@netsite.com.br

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUIXADÁ PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO PDDU LEI DO SISTEMA VIÁRIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO DIVISÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA ANEXO XII - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

ANEXO 3 CONDIÇÕES DE COMPARTILHAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA PARA INTERCONEXÃO

ESTADO DO AMAPÁ CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO GERAL CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS PORTARIA Nº 011 /05/CAT-CBMAP

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGOA SANTA CEP ESTADO DE MINAS GERAIS

RESOLUÇÃO Nº 402 DE 26 DE ABRIL DE 2012.

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE ATIVIDADE DE GUARDA VOLUMES

MINISTÉRIO DAS CIDADES CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006

Diretrizes para o Plano de Mobilidade Urbana 2015 da Cidade de São Paulo referentes à mobilidade a pé

RESOLUÇÃO Nº DE DE DE 2012

MEMORIAL DESCRITIVO. Projeto de Programação Visual Externa - Diversas Agências e Postos Bancários

Rio de Janeiro: Decreto Regulamentador de Autovistoria

Estado de Mato Grosso PREFEITURA MUNICIPAL DE PRIMAVERA DO LESTE Secretaria Municipal de Infraestrutura Departamento de Engenharia

ADMINISTRAÇÃO LIBERDADE PARA TODOS PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAMIRANGA CEARÁ

Prefeitura Municipal de São José dos Campos - Estado de São Paulo - de.:il/q±j0=1 O\ LEI COMPLEMENTAR N 256/03 de 1Ode Julho de 2003

MANUAL DO CONSTRUTOR

LEI Nº 3.265, DE 23/12/2009.

O Prefeito Municipal de Teresina, Estado do Piauí

PROCEDIMENTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ARQUITETURA

MANUAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS Gerência de Controle da Poluição GCP : PASSO A PASSO

CARTILHA CAU/RS 2014 INSTRUÇÕES PARA ARQUITETURA DE INTERIORES SHOPPING CENTER

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

CARTILHA DE ORIENTAÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM PEQUENOS ESTABELECIMENTOS

II Desenho na escala de 1:100 (uma para cem); III Cotas necessárias à perfeita compreensão do projeto; 1º - O projeto simplificado deverá apresentar:

LEI Nº 3037, DE 19 DE NOVEMBRO DE Dispõe sobre a padronização e uso das calçadas no Município de Pato Branco e dá outras providencias.

Projeto de Lei nº 106/2010

Prefeitura Municipal de Lagoa Santa

PROJETO. Banheiros e Vestiário VISTA SUPERIOR VISTA SUPERIOR VISTA SUPERIOR

LOTEAMENTO VILLAGGIO DI FIRENZE Av. Dr. Armando Sales de Oliveira Nº 400 Franca - SP

Sumário. Apresentação 05. O que é uma calçada ideal? 07. Desenho na calçada 09. Rebaixamento das calçadas 11. Inclinação transversal 13

PERGUNTAS E RESPOSTAS CONSTANTES NO GUIA DE SERVIÇOS 2007 PMA

PALAVRAS-CHAVE: Faixa de Domínio, linhas físicas de telecomunicações, cabos metálicos e fibras ópticas.

LEI Nº DISPÕE SOBRE A LIMPEZA DE FAIXA DE DOMÍNIO E DE TERRENOS URBANOS BALDIOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

No meio urbano o desenvolvimento econômico passa pela relação entre os indivíduos, as edificações e os meios de deslocamento.

Instrução Normativa nº 008, de 08 de agosto de 2014.

REGULARIZAÇÃO POSTO DE ABASTECIMENTO E SERVIÇOS DE VEÍCULOS

Art. 1º Dar nova redação aos art. 4º e 5º da Portaria Inmetro n.º 105/2012, que passarão a vigorar com a seguinte redação:

Transcrição:

LEI Nº 5.477 Regulamenta a Lei nº 1.674/77 e a Lei nº 5.406/13, nos aspectos que definem a reforma e a construção dos passeios dos logradouros públicos municipais, através do projeto denominado Calçada Legal, e dá outras providências juntando a Lei nº 5.566/14 TÍTULO I DA DEFINIÇÃO DE CALÇADA Art. 1º A calçada ideal, regulada pela Lei nº 1.674, de 27 de dezembro de 1977, Código de Edificações Gerais do Município e pela Lei 5.406 de 05 de fevereiro de 2013, que instituiu o Novo Código de Posturas do Município, e regulamentada pelas implicações do presente diploma, em conformidade com a Norma Técnica NBR Nº 9.050, de 31 de maio de 2004 e sua normatizações complementares vigentes deve ser conservada, segura e livre de obstáculos, devendo ser constituída de: uma faixa de percurso seguro e livre de impedimentos ao trânsito (no sentido longitudinal), de uma faixa considerada de serviço, para implantação de mobiliários urbanos diversos (no mesmo sentido), bem como rampas de acesso (no sentido transversal), todas com sinalização podotátil, de alerta e direcional, para garantia e facilidade de acesso e condução em seu espaço de circulação. 1º A faixa de percurso seguro é a faixa da calçada livre de obstáculos para o percurso de pedestres, devendo ter largura mínima admissível de 0,80m (oitenta centímetros) e largura mínima recomendável de 1,20m (um metro de vinte centímetros), conforme determinado pela Norma técnica NBR Nº 9050, de 31 de maio de 2004, e suas normatizações complementares vigentes. (Desenho 1 do anexo único). 2º A faixa de serviço é a faixa da calçada reservada para a instalação de equipamentos urbanos, tais como: papeleiras, postes, equipamentos de sinalização de trânsito, árvores, bancos, abrigos para pontos de ônibus, hidrantes, tampas de visitas, e também, o local apropriado para passagem subterrânea de tubulações, e etc. (Desenho 2 do anexo único). 3º As rampas de acesso para pedestres e veículos constituem-se em rebaixamentos transversais ao leito de percurso das calçadas e as rampas para pedestres serão localizadas, prioritariamente, nas proximidades das esquinas, conforme ilustrações do anexo desta Lei. 4º O piso podotátil é a nomenclatura utilizada para denominação do piso com textura específica para orientação de deficientes visuais ou de capacidade visual reduzida. 5º O piso de alerta é o piso podotátil com textura em relevo tronco-cônico, para alerta de mudança no percurso e de nível, existência de obstáculo ou proximidade de equipamento urbano (Desenho 3 do anexo único). 6º O piso direcional é o piso podotátil com relevos listrados, que, quando acessados, indicam a direção de deslocamento a assumir. (Desenho 3 do anexo único).

Art. 2º As fiadas de piso tátil de alerta devem ser colocadas junto ao meio-fio da calçada enquanto outra fiada deve ser disposta junto ao alinhamento do lote, exceto quando a largura total da calçada for igual ou inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de largura, devendo contornar qualquer obstáculo que se interponha ao fluxo longitudinal contínuo de deslocamento dentro da calçada. Parágrafo único. Para o piso tátil de alerta junto ao alinhamento do lote deverá ser utilizada apenas uma faixa, e junto ao meio-fio da calçada é suficiente o uso de duas fiadas, em cor vermelha, respeitada a largura da calçada (Desenho 1 do anexo único). Art. 3º Quando houver algum mobiliário na faixa de serviço este deverá ter sempre seu entorno pavimentado com faixa de piso tátil de alerta guardando uma área mínima de 0,60m x 0,60m do elemento em questão, respeitada a Norma Técnica NBR Nº 9.050, de 31 de maio de 2004 (Desenho 17 do anexo único). Art. 4º As calçadas com largura de no mínimo 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) deverão possuir rampas para pedestres com rebaixamento de meio-fio, largura mínima recomendável de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), sendo admissível a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e máxima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), e deve estar localizada em frente à faixa de pedestres e no sentido transversal à calçada. (Desenho 6 do anexo único). 1º Nas calçadas com largura inferior a 2,40m (dois metros e quarenta centímetros), o acesso para pedestres deverá ser todo rebaixado; passando a possuir rampas para pedestres em ambos os lados, no sentido longitudinal da calçada, sempre com o piso tátil de alerta no início e no fim das mesmas. (Desenho 7 do anexo único). 2º A inclinação das rampas de pedestres deverá ser no mínimo de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento) e no máximo de 12,5% (doze por cento). (Desenho 7 do anexo único). 3º Nas rampas de pedestres as calçadas deverão ser equipadas com uma faixa de piso tátil direcional transversal ao sentido longitudinal de percurso, indicando a presença de faixa de pedestre, devendo a rampa ser contornada com piso tátil de alerta nas bordas superior laterais e frontal, e também, equipada com uma faixa de piso tátil junto ao rebaixamento do meio-fio (Desenho 7 do anexo único). Art. 5º As rampas para acesso de veículos não poderão ocupar toda a largura da calçada, impedindo o percurso livre e seguro dentro da mesma. 1º Junto aos acessos às garagens, a faixa de calçada a ser utilizada para percurso seguro deve ser equipada com uma fiada de piso tátil direcional no sentido transversal à mesma, com as listras em relevo direcionada no sentido longitudinal nas 02 (duas) extremidades do acesso, seguida de 01 (uma) fiada de piso tátil de alerta, externamente à fiada de piso tátil

direcional, e externamente aos limites da rampa, em cada lado, ambos na cor vermelha. (Desenho 10 do anexo único) 2º Quando a largura da calçada for inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), o acesso para veículos deverá ser todo rebaixado, passando a haver rampas para pedestres no sentido longitudinal da calçada, sempre com o piso tátil de alerta no início e no fim das mesmas. (Desenho 12 do anexo único) 3º Quando a largura da calçada for igual ou superior a 1,70m, a rampa para o acesso para veículos deverá ocupar no máximo 0,60m da seção transversal do passeio a partir do rebaixamento do meio-fio. (Desenho 10 do anexo único). 4º As rampas de acesso de veículos não deverão ser executadas com largura superior a 50% (cinquenta por cento) da testada do lote (Desenho 13). Art. 6º A superfície de toda calçada deve ser regular, antiderrapante e antitrepidante, priorizando-se o conforto e a segurança dos pedestres, destacadamente as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, não podendo ocasionar escorregamentos ou outros movimentos que possam causar acidentes pelo uso de materiais previamente polidos ou em consequência de polimentos, pinturas, enceramentos ou impermeabilizações que venham a alterar as características antiderrapantes do piso. 1º Não será permitido o uso de piso cerâmico, ou semelhante, para garantia das características antiderrapantes e antitrepidantes descritas no caput. 2º Na faixa de percurso seguro o piso padrão da calçada deverá ser, prioritariamente, de cimento desempenado, na cor natural, podendo ser usado o ladrilho hidráulico, granito flameado ou granito levigado e granilite, verificando-se o padrão da Norma Técnica NBR Nº 9.050, de 31 de maio de 2004. 3º Para as faixas de serviço acompanhar a sugestão de piso padrão da faixa de percurso seguro, na cor vermelha (Desenho 2 do anexo único). 4º Nas rampas de acesso de veículos poderão ser utilizados os mesmos pisos da faixa de percurso seguro conforme prescrito no 2º. 5º O uso da pedra portuguesa somente será permitido nos eixos históricos, ou em áreas de contemplação, desde que prevista uma faixa de percurso com pavimentação adequada e alternativa de trânsito nesses locais, conforme estabelecido. 6º Em caso da utilização de acabamento não especificado, o responsável pela calçada deverá consultar a equipe técnica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. 7º Nas vias em que há dificuldade no escoamento de água de chuva, etc., ou seja, são passíveis de alagamentos deverá ser previsto um projeto específico para tais via com a calçada, permitindo a permeabilidade do solo.

Art. 7º Os desníveis entre a calçada e o lote, como rampas de acesso, degraus e etc., deverão ser acomodados no interior do imóvel, ou seja, dentro dos limites do próprio terreno, não sendo permitidas suas construções no espaço exclusivo das calçadas, exceto nos casos onde as edificações possuírem elemento estrutural na divisa da edificação com o passeio público. (Desenho 5 do anexo único). Parágrafo único. Nos caso onde as edificações possuírem elemento estrutural na divisa da edificação com o passeio público, os proprietários devem consultar a omissão Permanente de Acessibilidade de Vila Velha - CPA - instituída pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Art. 8º A inclinação transversal da calçada, a partir do meio fio para o alinhamento do imóvel, deverá ser de no máximo 3%(três por cento), de acordo com a Norma Técnica NBR 9050 de 31 de maio de 2004 e suas normatizações complementares vigentes significando que a cada metro em, direção à divisa deverá haver um aclive de 3cm. (Desenho 4 do anexo único). Art. 9º A altura da caçada em relação à via, deverá ser de no mínimo 0,15m e no máximo 0,17m. Art. 10. Os equipamentos urbanos utilizáveis na faixa de serviço das calçadas terão especificações definidas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano. 1º Para calçadas com padrão de largura menor que 1,50m os equipamentos urbanos estarão limitados a postes de iluminação pública, papeleiras e placas de sinalização pública, não havendo indicação de utilização de vegetação arbustiva para este padrão. 2º Para calçadas com padrão de largura entre 1,50m e 2,40m os equipamentos urbanos estarão limitados a árvores de pequeno e médio porte, assentos, papeleiras, postes de iluminação, placas de sinalização pública. 3º Para calçadas com padrão de largura maior que 2,40m, os equipamentos urbanos estarão limitados a árvores de pequeno e médio porte, assentos, papeleiras, hidrantes, tampas de visita, placas de sinalização, abrigos para pontos de ônibus. 4º Para calçadas com padrão de largura igual ou maior a 4,00m recomendam-se os equipamentos urbanos permitidos para calçadas menores, acrescentando-se árvores de grande porte e calçadas com faixa verde devem ter no mínimo 3,00m (três metros) de largura total, sendo que a faixa verde deve ter entre 0,50m (cinquenta centímetros) e 2,00m (dois metros), respeitando-se as dimensões ideais exigidas na faixa de percurso seguro.

Art. 11. Na presença de árvores no passeio é necessária a garantia de um canteiro mínimo de 0,60 x 0,60m com comprimento máximo de 2,00m ao redor das mesmas, para o desenvolvimento das raízes do vegetal, e, como nas demais mobílias da faixa de serviço, a faixa podotátil de alerta deve contornar seu perímetro. (Desenho 18 do anexo único). Parágrafo único. Questões relacionadas à vegetação nas calçadas serão objeto de orientação pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos - SEMSU e Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMA. Art. 12. As ilustrações de apoio a presente Lei encontram-se em anexo, como parte integrante desta Lei e estarão disponíveis na Cartilha da Calçada Legal, emitida pela Prefeitura Municipal de Vila Velha. TÍTULO II DAS NOTIFICAÇÕES proprietário conclua a execução da calçada ou sua reforma. Art. 14. Decorridos 120 (cento e vinte) dias da notificação, sem que o proprietário tenha iniciado a obra, ou não tenha concluído a obra conforme prazo estabelecido na notificação ficará sujeito a: I - multa no valor correspondente a 200 (duzentos) VPRTM s, ou outro índice que venha o substituir; II - pagamento em dobro da multa disposta no inciso I, em caso de reincidência ao descumprimento da presente Lei. Art. 15. Fica proibido e, portanto, sujeito à notificação, multa e retirada a expensas do responsável, a utilização de piso e de materiais que dificultem a locomoção de pessoas, especialmente idosas e portadoras de deficiência física, tais como: paralelepípedos de pedra, bloket, placas de concreto intercaladas com grama, ou similares, devendo a calçada ter a superfície plana, pisos antiderrapantes e não trepidantes. Art. 13. O Poder Executivo deverá no prazo de 30 (trinta) dias a partir da publicação desta Lei, iniciar as notificações aos proprietários dos imóveis cujas calçadas estiverem em condições inadequadas de uso, que terão cento e vinte (120) dias a contar do recebimento da notificação para iniciar a obra de reforma ou execução da calçada. Parágrafo único. Na notificação deverá constar o prazo para que o TÍTULO III AUTORIZA O PODER PÚBLICO PARA CONSTRUIR OU REFORMAR CALÇADAS Art. 16. No caso de descumprimento dos prazos estabelecidos no art. 13, fica o Poder Executivo autorizado a construir ou recuperar as calçadas nos seguintes casos:

I - perigo eminente; II - quando existir projeto de melhoramento ou urbanização aprovado com a respectiva previsão orçamentária, conforme estabelece o parágrafo único do art. 62 da Lei nº 5.406 de 05 de fevereiro de 2013 (Código Municipal de Posturas). III - quando as calçadas estiverem em condições irregulares de uso e tenham sido objeto de notificação feita pelo órgão competente e não atendida de forma reincidente, pelo proprietário do imóvel, desde que haja a respectiva previsão orçamentária. Parágrafo único. Na eventualidade da execução dos serviços pela Prefeitura, o proprietário será notificado no prazo máximo de 30 (trinta) dias do ato de apuração, para o pagamento do valor decorrente, sendo que os valores das despesas serão cobrados com acréscimo de taxa de administração fixada em 30% (trinta por cento) do valor, sem prejuízo de aplicação da multa prevista na presente Lei, conforme estabelece o art. 348 da Lei nº 1.674, de 27 de dezembro de 1977, Código de Edificações Gerais do Município. Art. 17. As notificações e autuações para efeito dessas finalidades serão tornadas públicas por edital de convocação, no caso do proprietário, ou possuidor do imóvel a qualquer título, se recusar ou não for encontrado para o recebimento das mesmas. Art. 18. A execução das obras de adaptação das calçadas aqui preconizadas estará isenta da apresentação de projetos, previsto no inciso III, do art. 5º da Lei nº 1.674, de 27 de dezembro de 1977, Código de Edificações Gerais do Município, bem como ficará dispensada da taxa de licença, pelo inciso III, do art. 6º, do Código de Edificações Gerais do Município. 1º A construção de calçadas dependerá de prévio licenciamento para pequenas reformas, que deverá ter tramitação administrativa simplificada. 2º O contribuinte poderá, independente de ser notificado pelo Município, fazer as adequações necessárias nas calçadas, observando as diretrizes estabelecidas na presente lei e com a orientação da SEMDU. 3º As intervenções nas calçadas deverão observar o padrão estabelecido pelo município para a área, bem como as normas da ABNT. 4º As intervenções nas calçadas para instalação de mobiliário urbano e/ou equipamentos de infraestrutura urbana dependerão de licença do Poder Público Municipal. Art. 19. A fiscalização desses serviços será realizada pelas Secretarias Municipais de Serviços Urbanos - SEMSU e de Desenvolvimento Urbano - SEMDU, segundo suas competências. Art. 20. O proprietário de mobiliário urbano deverá adequar seus equipamentos às diretrizes fixadas pelo município, no prazo fixado pela notificação sob pena de multa e retirada do mobiliário às expensas do infrator.

TÍTULO IV DOS PRAZOS Art. 21. O Poder Executivo deverá, no prazo 30 (trinta) dias, a partir da publicação desta Lei, iniciar as notificações aos proprietários dos imóveis cujas calçadas estiverem em condições inadequadas de uso. Parágrafo único. Essa notificação deverá ser feita priorizando os bairros de maior circulação de pedestres. Art. 22. Os proprietários de imóveis terão prazo de 120 (cento e vinte) dias corridos a contar da data da notificação para regularizarem suas calçadas. TÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 23. Para exercício dos detalhamentos aqui regulamentados fica criado o Projeto denominado CALÇADA LEGAL, pela garantia da padronização definitiva dos passeios públicos preconizados pelas legislações concernentes, a ser implementado pela SEMDU através da Comissão Permanente de Acessibilidade de Vila Velha. Art. 24. Os casos não previstos neste instrumento serão dirimidos pela Comissão Permanente de Acessibilidade de Vila Velha - CPA instituída pela SEMDU. Art. 25. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando mantidas todas as determinações constantes das Leis do Código de Edificações Obras e de Posturas vigentes que não contrariem a presente Lei.