UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS AGRONOMIA CURSO DE CONSTRUÇÕES RURAIS E AMBIÊNCIA

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS AGRONOMIA CURSO DE CONSTRUÇÕES RURAIS E AMBIÊNCIA Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. email: vigoderis@yahoo.com.br website: www.vigoderis.tk

Simples ou compostos Obtidos diretamente da natureza ou resultado de trabalho industrial Conhecimento Do correto uso depende a Mais adequados à cada situação Solidez, durabilidade, o custo e a beleza das obras

Condições econômicas Facilidade de aquisição Emprego Manipulação e conservação Estabilidade e resistência a agentes físicos, químicos e biológicos Condições técnicas como solidez, durabilidade e beleza Trabalhabilidade, durabilidade, higiene e estética Saúde e bem-estar do usuário da construção Aspecto do material colocado

Um material é mais econômico que outro, quando em igualdade de condições de resistência, durabilidade, estabilidade e estética, tiver preço inferior de assentamento na obra OU Quando em igualdade de preço apresentar maior resistência, durabilidade, estabilidade e beleza CABE AO ENGENHEIRO A DECISÃO

Material granular, sem forma definida e volume definidos, inerte e propriedades adequadas para uso em obras de engenharia Agregados graúdos Agregados miúdos Fica passa 4,8 mm

Britadores

Utilizada na confecção de concretos Graníticas ou calcárias (menor dureza e menor preço) Para concreto armado: Tamanho da brita não deve exceder 1/3 da menor dimensão da peça Britas 1 e 2 as mais utilizadas

Retidos na peneira 76mm Utilizados na confecção de concreto ciclópico

Qualidades exigidas nas britas Limpeza (ausência de matéria orgânica, argila, sais, etc.); Resistência (no mínimo possuírem a mesma resistência à compressão requerida do concreto); Durabilidade; Serem angulosas ou pontiagudas (para melhor aderência).

Seixo rolado Encontrado no leito dos rios Deve ser lavado para ser utilizado na composição de concretos Boa resistência, mas inferior à brita

Origem e classificação Desagregação das rochas Classificação: média, grossa e fina Sais, óleos, graxas, materiais orgânicos, barro, detritos e outros Rio ou solo (cava) Praia Trincas nas argamassas e prejudicam a cura do cimento

Características para uso em concreto Areia de rio lavada Características: Grãos grandes e angulosos (areia grossa) Limpa Esfregada nas mãos deve ser sonora e não sujar as mãos Umidade (quanto maior a umidade menor o peso específico)

Características para uso em alvenarias Emboço areia média e reboco areia fina OBS: Pode-se usar uma porcentagem de argila (terra) para o assentamento de tijolos em alvenarias e no emboço Areias da mesma categoria dificilmente possuem uniformidade nas dimensões de seus grãos

Definição Produtos ativos empregados para confecção de argamassas e concreto Cimento Gesso cal Com o processo de endurecimento os aglomerantes aderemse às superfícies com as quais foram postos em contato

Cimento Material pulverulento de cor acinzentada, resultante da calcinação de pedras calcárias carbonatadas contendo entre 20 e 40% de argila Portland batizado por Josefh Aspdin a 150 anos Fabricação exige grandes e complexas instalações industriais, como um possante forno giratório que chega a atingir temperaturas próximas a 1.500 o C Embalagem original de 50Kg

Fabricação exige grandes e complexas instalações industriais, como um possante forno giratório que chega a atingir temperaturas próximas a 1.500 o C

Armazenamento Pode ser armazenado por até 3 meses desde que o local seja fechado, coberto e seco Deve ser estocado sobre estrados de madeira, em pilhas de 10 sacos no máximo

O fenômeno de pega Fenômeno físico-químico através da qual a pasta de cimento se solidifica 3 dias 80 kg/cm 2 7 dias 180 kg/cm 2 28 dias 250 kg/cm 2 Baixas temperaturas Sulfato Cloreto de Ca Altas temperaturas Silicatos Carbonatos Retardam Aceleram O cimento de pega normal inicia a pega entre 0,5 e 1 hora após o contato com a água

Outros tipos de cimento Cimento Portland branco Cimento Portland resistente a sulfatos Cimento Porland de alta resistência inicial (CP V ARI) Alguns tipos com resistência maior (CP II-E-40, CP II-F-40 e o CP III- 40)

Cimento portland Nome Portland comum com adição CP I S 32 Portland composto com escória CP II E 32 Portland composto com pozolana CP II Z 32 Portland composto com filer CP II F 32 Portland de alto forno CP III 32 Portland pozolânico CP IV - 32 Sigla (estampada na embalagem) Nota: O numero 32 refere-se à resistência mínima que o cimento alcança, 28 dias após sua utilização Ensaio de resistência compressão (NBR 7215)

Cal Calcinação de pedras calcárias Tipos de cal utilizadas em construções Cal hidratada Cal hidráulica

Cal hidratada Faz pega ao ar, ao contrario da hidraulica que exige água Queima da pedra calcária em fornos = cal viva ou cal virgem Utilização: Deve-se fazer a hidratação ou extinção com 48h de antecedência Proporção de 2 ou 3 volumes de água para 1 volume de cal Obtenção de um pasta branca (cal hidratada ou cal apagada) Finalidades: Argamassas para rejuntes de tijolos ou revestimentos Pinturas (dissolver 1,3g de pasta para cada litro de água) NBR- 7175 Traço recomendado 1:2:10 (Cimento:cal hidratada:areia)

Gesso Obtido da gibsita (sulfato de cálcio hidratado e calcinado) Pó branco com granulometria muito final Misturado com a água inicia a pega endurecendo em 20-40 minutos Pouca importância nas construções rurais

Definição e funções Aglomerante + água + material inerte Melhorar a trabalhabilidade Baixar custo Diminuir a retração Argamassas devem resistir a Esforços Cargas e choques Agentes atmosféricos desgaste

Traços Dosagem dos elementos que compõem a argamassa 1:4 (em volume) + aglomerante > resistência > custo Importância da granulometria das areias: Resistência Impermeabilidade Areias finas mais aglomerante (1:1 ou 1:2) Areias grossas mais resistentes e mais econômicas, - aglomerante Revestimentos finos, reboco areia fina Assentar tijolos, emboço areia média Alvenaria de pedras areia grossa

Água Impurezas Sais minerais Matéria orgânica Temperatura entre 10 e 20 o C

Argamassa de Cal Traços de 1:3 ou 1:4 de cal + areia Assento de tijolos e primeiro revestimento de paredes (emboço) Utilizar a areia média Traço 1:1 de cimento + areia Revestimento fino (reboco) Usar areia fina e peneirada OBS: Pode-se melhorar a trabalhabilidade e resistência acrescentando-se 50 a 100kg de cimento por cada m 3 de argamassa OBS: Pode-se preparar em grandes quantidades (pega lenta)

Argamassa de cimento Utilizações Pasta (cimento + água) para vedações ou acabamentos ( nata ) Adição de areia mais econômicas e trabalháveis, retardando a pega e reduzindo a retração Devido a pega rápida do cimento (em torno de 30 minutos), as argamassas devem ser feitas em pequenas quantidades, devendo ser consumidas nesse período

Vários traços de argamassas e seus usos

Mistura manual

Mistura mecânica

Obrigado pela atenção!!

Bueno, C. F. H. Tecnologia de materiais de construção. Viçosa, MG: UFV. 2002. 40p. www.abcp.org.br