PROPOSTA DO CONSELHO GERAL REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO DE ADVOGADOS E ADVOGADOS ESTAGIÁRIOS

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Transcrição:

PROPOSTA DO CONSELHO GERAL REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO DE ADVOGADOS E ADVOGADOS ESTAGIÁRIOS Aprovada em Sessão Plenária do Conselho Geral de 18 de Novembro de 2015

REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO DE ADVOGADOS E ADVOGADOS ESTAGIÁRIOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES COMUNS Artigo 1.º Âmbito de aplicação 1 - A inscrição de Advogados e de Advogados estagiários, bem como a inscrição ou registo de Advogados provenientes de outros Estados-Membros da União Europeia e do Espaço Económico Europeu na Ordem dos Advogados, rege-se pelas disposições respetivas do Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA) e pelo presente regulamento. 2 A inscrição de juristas de reconhecido mérito, Mestres e outros Doutores em direito, para a prática de atos de consulta jurídica, rege-se pelas disposições do EOA e por regulamento próprio. Artigo 2.º Inscrição e uso do título de Advogado e de Advogado estagiário 1 - Só podem inscrever-se na Ordem dos Advogados os titulares do grau académico necessário nos termos previstos no EOA, que reúnam os demais requisitos de inscrição prescritos nesse diploma legal e no presente regulamento. 2 - A inscrição e sua manutenção em vigor é condição do exercício dos direitos e do título de «Advogado» e de «Advogado estagiário». Artigo 3.º Restrições ao direito de inscrição 1 - É indeferida a inscrição, bem como o levantamento da sua suspensão, aos requerentes que: a) Não possuam idoneidade moral para o exercício da profissão; b) Não estejam no pleno gozo dos seus direitos civis; c) Tenham sido declarados incapazes de administrar as suas pessoas e bens por decisão transitada em julgado; d) Estejam em situação de incompatibilidade ou inibição para o exercício da Advocacia; e) Os magistrados e trabalhadores com vínculo de emprego público que, mediante processo disciplinar, hajam sido demitidos, aposentados, reformados ou colocados na inatividade por falta de idoneidade moral. 1

2- A verificação de inidoneidade moral dos candidatos à inscrição na Ordem dos Advogados é sempre objeto de processo próprio, que segue os termos do processo disciplinar, com as necessárias adaptações, conforme estatuído pelo n.º 2, do artigo 178.º do EOA. 3 A competência para a instrução e decisão do processo previsto no número anterior cabe ao Conselho de Deontologia territorialmente competente, que o desencadeia oficiosamente ou a requerimento. 4 O processo de averiguação de inidoneidade para o exercício da profissão de todos aqueles que se encontram sujeitos à jurisdição disciplinar da Ordem dos Advogados é instaurado nos mesmos termos em que o são os processos disciplinares, conforme o disposto nos artigos 178.º e seguintes do EOA e do regulamento disciplinar que estiver em vigor. Artigo 4.º Data da inscrição 1 - A data de inscrição na Ordem dos Advogados é a do dia em que é deliberada a inscrição pelo Conselho Geral, contando-se a antiguidade a partir dessa data. 2 - Cabe ao Conselho Regional competente receber e tramitar preparatoriamente os processos de inscrição dos Advogados e dos Advogados estagiários para confirmação da inscrição pelo Conselho Geral. 3 O recebimento e tramitação preparatória dos processos de inscrição efetuados pelos Conselhos Regionais e a realização da prova de agregação não conferem qualquer direito adquirido aos candidatos relativamente à inscrição como Advogado estagiário ou como Advogado, a cujas inscrições procede o Conselho Geral. Artigo 5.º Nome profissional 1 Os requerentes, no ato de inscrição, indicam o nome completo, podendo indicar, para uso no exercício da profissão, nome abreviado, o qual não é admitido se igual ou confundível com outro anteriormente requerido ou inscrito a nível nacional, exceto se o titular deste autorizar tal uso por escrito. 2 Verificando-se que o nome abreviado de Advogado ou de Advogado estagiário indicado pelo requerente é igual ou confundível com outro já requerido ou inscrito a nível nacional e na ausência da autorização referida no número anterior, a inscrição é registada com o nome completo do requerente sem prejuízo do direito que a este assiste de indicar outro nome abreviado admissível. 2

3 A autorização para uso do nome abreviado caduca em virtude da suspensão voluntária da inscrição durante um período ininterrupto de dez anos. 4 O disposto no número anterior aplica-se igualmente aos Advogados reformados que se mantenham nessa situação durante um período ininterrupto de cinco anos, sem terem requerido autorização para advogar. CAPÍTULO II INSCRIÇÃO DE ADVOGADOS E ADVOGADOS ESTAGIÁRIOS PORTUGUESES SECÇÃO I ADVOGADO ESTAGIÁRIO Artigo 6.º Requerimento de inscrição de Advogado estagiário 1 - O requerimento de inscrição de Advogado estagiário é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio do patrono, com a indicação deste, do nome completo e demais dados de identificação do requerente, cargos e atividades exercidos, telefone, fax, endereço de correio eletrónico, bem como a sua morada. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição de Advogado estagiário é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Comprovativo da habilitação académica necessária em original ou pública-forma, com menção da data de conclusão e respetiva média final, ou, na sua falta, documento comprovativo de que aquele já foi requerido se encontra em condições de ser expedido; c) Certidão de narrativa do registo de nascimento; d) Certificado do registo criminal; e) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; f) Cópia do Bilhete de Identidade e do Cartão de Contribuinte ou do Cartão do Cidadão, devendo ser exibidos os respetivos originais; g) Impresso para emissão da cédula profissional de Advogado estagiário; h) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais; 3

i) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; j) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada; k) Certidão do registo disciplinar, caso o requerente tenha sido funcionário ou agente da administração, ou magistrado; l) Declaração do patrono com, pelo menos, cinco anos de exercício efetivo da profissão, sem punição disciplinar superior à de multa, em como aceita o patrocínio com todas as obrigações legais inerentes, declaração que pode ser aposta no próprio requerimento de inscrição; m) Comprovativo de subscrição da apólice de seguro de grupo disponibilizada pela Ordem dos Advogados, ou contratada por si, relativa a seguro de acidentes pessoais, que cubra os riscos que possam ocorrer durante e por causa do estágio; n) Comprovativo de subscrição da apólice de seguro de grupo disponibilizada pela Ordem dos Advogados, ou contratada por si, relativa a seguro de responsabilidade civil profissional, que cubra, durante a realização do estágio e enquanto a respetiva inscrição se mantiver ativa, os riscos inerentes ao desempenho das tarefas que enquanto Advogado estagiário lhe forem atribuídas, conforme o estabelecido na apólice respetiva, renovando-o sempre que necessário até à sua conclusão. Artigo 7.º Tramitação preparatória e inscrição de Advogado estagiário 1 Com a entrega do requerimento de inscrição e respetivos documentos é constituído um processo ao qual é atribuído um número único nacional que coincide com o número da cédula profissional de Advogado estagiário. 2 O Conselho Regional, depois de ter verificado que o requerimento de inscrição está devidamente instruído e que nada obsta à inscrição, emite proposta relativamente à inscrição pelo Conselho Geral, remetendo a este todo o processo para proceder à inscrição do Advogado estagiário. 3 - A cédula profissional é entregue ao Advogado estagiário no início da segunda fase do estágio. 4

SECÇÃO II INSCRIÇÃO DE ADVOGADO SUBSECÇÃO I Inscrição precedida de estágio Artigo 8.º Cessação do estágio 1 - A inscrição como Advogado depende do cumprimento das obrigações de estágio com aprovação na prova de agregação nos termos do regulamento de estágio que estiver em vigor. 2 Considerado concluído o estágio nos termos do regulamento de estágio que estiver em vigor, fica o Advogado estagiário obrigado a requerer a sua inscrição como Advogado nos prazos aí definidos, sem prejuízo do disposto no n.º 4 do art.º 10.º. 3 O incumprimento da obrigação de requerer a inscrição como Advogado determina a suspensão administrativa da inscrição de Advogado estagiário, sem prejuízo de outras consequências determinadas pelo regulamento de estágio que estiver em vigor. Artigo 9.º Requerimento de inscrição de Advogado 1 - O requerimento de inscrição de Advogado é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio escolhido como centro da sua vida profissional, com a indicação deste, do nome completo e demais dados de identificação do requerente, cargos e atividades exercidos, telefone, número de fax, endereço de correio eletrónico, bem como a sua morada. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição de Advogado é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Comprovativo da habilitação académica necessária em original ou pública-forma, com menção da data de conclusão e respetiva média final, caso não conste do processo de Advogado estagiário; c) Certidão de narrativa do registo de nascimento; d) Certificado do registo criminal; e) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; f) Cópia do Bilhete de Identidade e do Cartão de Contribuinte, ou do Cartão do Cidadão, devendo ser exibidos os respetivos originais; 5

g) Impresso para emissão da cédula profissional de Advogado; h) Cédula profissional de Advogado estagiário; i) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais; j) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; k) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada; l) Certidão do registo disciplinar, caso o requerente tenha sido funcionário ou agente da administração, ou magistrado; m) Documentos exigidos pelo regulamento de estágio que estiver em vigor; n) Declaração de autorização para eliminação da documentação não essencial relativa ao estágio, caso o requerente não proceda ao seu levantamento após notificação do respetivo Conselho Regional. Artigo 10.º Tramitação preparatória e inscrição de Advogado 1 Realizada a prova de agregação com aprovação, o requerimento de inscrição de Advogado é submetido ao Conselho Regional competente para conclusão da tramitação preparatória do processo de inscrição. 2- O Conselho Regional competente, depois de ter verificado que o requerimento de inscrição está devidamente instruído e que o requerente está em condições de vir a ser inscrito, emite proposta relativamente à inscrição pelo Conselho Geral, remetendo a este todo o processo para proceder à inscrição do Advogado. 3 O Conselho Geral verificada a conformidade do processo de inscrição com o EOA e com o presente regulamento procede à da inscrição do Advogado, contando-se a antiguidade a partir desta data. 4 O Conselho Geral pode sujeitar a inscrição do Advogado à verificação de condição suspensiva quando tal decisão seja proferida em data anterior à aprovação na prova de agregação, caso em que a inscrição só produz efeitos na data da verificação de tal condição. 5 A decisão do Conselho Geral proferida sob condição nos termos do número anterior caduca automaticamente se o requerente reprovar na prova de agregação, no caso de 6

ter de repetir a segunda fase do estágio, bem como no caso de sobrevirem quaisquer factos impeditivos da inscrição. Artigo 11.º Tramitação subsequente à inscrição 1 No prazo máximo de oito dias a contar da inscrição o Conselho Regional competente procede à atribuição de um número sequencial nacional de Advogado. 2 Dentro do prazo previsto no número anterior o Conselho Regional coloca à disposição do requerente uma declaração comprovativa da sua inscrição como Advogado, válida por sessenta dias, a qual pode ser renovada pelos serviços do Conselho Geral, por iguais períodos de tempo, até à entrega da cédula profissional. 3 Após a inscrição, o Conselho Geral procede à criação do processo individual de Advogado e à emissão e entrega da respetiva cédula profissional. 4 Com vista à criação do processo mencionado no número anterior, os conselhos regionais enviam ao Conselho Geral os seguintes documentos: a) Cópia digitalizada do boletim de inscrição de Advogado estagiário; b) Cópia digitalizada do boletim de inscrição de Advogado; c) Cópia digitalizada da deliberação de inscrição pelo Conselho Geral; d) Cópia digitalizada da declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; e) Cópia digitalizada da certidão narrativa do registo de nascimento. 5 Os documentos referidos no número anterior podem ser enviados por via eletrónica, dispensando-se o envio daqueles que se encontrem disponíveis, em suporte digital, no Sistema de Informação da Ordem dos Advogados (SINOA). SUBSECÇÃO II Inscrição com dispensa de estágio Artigo 12.º Inscrição de Doutores em Ciências Jurídicas e de antigos magistrados 1 - É admitida a inscrição como Advogado a quem seja doutor em Direito, com efetivo exercício da docência de Direito numa instituição de ensino superior, bem como de antigos magistrados com efetivo exercício profissional, após a realização de um tirocínio, com a duração máxima de seis meses, sob a orientação de um patrono escolhido pelo interessado, com pelo menos cinco anos de exercício efetivo da 7

profissão e sem punição disciplinar superior à multa, visando a apreensão dos princípios deontológicos. 2 - O requerimento de inscrição é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio escolhido como centro da sua vida profissional, com a indicação deste, do nome completo e demais dados de identificação do requerente, cargos e atividades exercidos, telefone, número de fax, endereço de correio eletrónico, bem como a sua morada. 3 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Certidão de narrativa do registo de nascimento; c) Certificado do registo criminal; d) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; e) Cópia do Bilhete de Identidade e do Cartão de Contribuinte, ou do Cartão do Cidadão, devendo ser exibidos os respetivos originais; f) Impresso para emissão da cédula profissional de Advogado; g) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais; h) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; i) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada; j) Certidão do registo disciplinar, caso o requerente tenha sido funcionário ou agente da administração, ou magistrado; k) Comprovativo da habilitação académica necessária, e do efetivo exercício da docência de Direito numa instituição de ensino superior; ou, l) Certidão comprovativa do exercício efetivo da magistratura. m) Comprovativo da realização do tirocínio, com a duração máxima de seis meses, nos termos regulamentares. 8

Artigo 13.º Tramitação preparatória e inscrição 1 O Conselho Regional, depois de ter verificado que o requerimento de inscrição está devidamente instruído e que nada obsta à inscrição, emite proposta relativamente à inscrição pelo Conselho Geral, remetendo a este todo o processo para proceder à inscrição do Advogado, procedendo ao seu registo provisório. 2 - O Conselho Geral, verificada a conformidade do processo de inscrição com o EOA e com o presente regulamento, procede à inscrição, seguindo-se o procedimento previsto no artigo 11.º, com as devidas adaptações. CAPÍTULO III REGISTO E INSCRIÇÃO DE ADVOGADOS ESTRANGEIROS SECÇÃO I INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS EM REGIME DE RECIPROCIDADE SUBSECÇÃO I Advogados de outros Estados Artigo 14.º Inscrição de Advogados estrangeiros em regime de reciprocidade 1 Os Advogados estrangeiros oriundos de Estados não membros da União Europeia diplomados por qualquer Faculdade de Direito de Portugal podem inscrever-se na Ordem dos Advogados nos mesmos termos dos Advogados portugueses, se a estes o país de origem daqueles conceder reciprocidade de tratamento. 2 Considera-se existir reciprocidade para os efeitos previstos no número anterior desde que, mediante tratado internacional ou acordo escrito entre a Ordem dos Advogados e a organização profissional equivalente do Estado de origem do Advogado estrangeiro, que deverá especificar as condições de reciprocidade, seja admitida a inscrição dos Advogados portugueses naquela organização profissional. Artigo 15.º Requerimento de inscrição 1 O requerimento de inscrição de Advogado estrangeiro, em regime de reciprocidade, é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio escolhido como centro da sua vida profissional, com a indicação deste, do nome completo e 9

demais dados de identificação do requerente, cargos e atividades exercidos, telefone, número de fax, endereço de correio eletrónico bem como a morada em Portugal. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Certidão do processo completo de inscrição na organização profissional equivalente à Ordem dos Advogados, do Estado de origem; c) Comprovativo da habilitação académica necessária oficialmente reconhecida, por Faculdade de Direito de Portugal, com menção da data de conclusão e respetiva média final, documento que será dispensado se constar do processo de inscrição mencionado na alínea anterior; d) Certidão de narrativa do registo de nascimento ou do documento equivalente do Estado de origem; e) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado de origem; f) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado português; g) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; h) Cópia do título de autorização de residência emitido pela autoridade competente do Estado português, devendo ser exibido o respetivo original; i) Cópia do Cartão de Contribuinte, devendo ser exibido o respetivo original; j) Impresso para emissão da cédula profissional de Advogado; k) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais; l) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; m) Cópia da cédula profissional de Advogado ou do documento equivalente da organização profissional análoga à Ordem dos Advogados, do Estado de origem; n) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada. 3 - Todos os documentos emitidos no Estado de origem devem ser legalizados e, caso 10

não estejam redigidos em língua portuguesa, serão ainda acompanhados da respetiva tradução, nos termos previstos na lei. Artigo 16.º Tramitação preparatória e inscrição A tramitação preparatória e a inscrição de Advogado estrangeiro oriundo de Estado não membro da União Europeia, em regime de reciprocidade, segue o disposto no artigo 13.º. SUBSECÇÃO II Inscrição de Advogados brasileiros Artigo 17.º Inscrição de Advogados de nacionalidade brasileira 1 Por força do disposto no EOA, os Advogados brasileiros cuja formação académica superior tenha sido realizada no Brasil ou em Portugal podem inscrever-se na Ordem dos Advogados desde que idêntico regime seja aplicável aos Advogados de nacionalidade portuguesa inscritos na Ordem dos Advogados que se queiram inscrever na Ordem dos Advogados do Brasil. 2 O regime de reciprocidade previsto no número anterior permite a inscrição de Advogado brasileiro com dispensa da realização de estágio e da obrigatoriedade de realizar prova de agregação. Artigo 18.º Requerimento de Inscrição 1 - O requerimento de inscrição como Advogado, nos termos do artigo anterior, é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio escolhido como centro da sua vida profissional, com a indicação deste, do nome completo e demais dados de identificação do requerente, cargos e atividades exercidos, telefone, número de fax, endereço de correio eletrónico bem como a morada em Portugal. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Certidão do processo completo da inscrição principal como Advogado na Ordem dos Advogados do Brasil; 11

c) Certidão emitida pela Ordem dos Advogados do Brasil comprovativa da inscrição em vigor, da situação contributiva, e bem assim do registo disciplinar do requerente; d) Comprovativo da habilitação académica necessária oficialmente reconhecida, por faculdade de Direito de Portugal, ou diploma em Direito emitido por instituição de ensino oficialmente credenciada no Brasil, com menção da data de conclusão e respetiva média final, documento que será dispensado se constar do processo de inscrição mencionado na alínea b); e) Certidão de narrativa do registo de nascimento; f) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado brasileiro; g) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado português; h) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; i) Cópia do título de autorização de residência emitido pela autoridade competente do Estado português, devendo ser exibido o respetivo original; j) Cópia do Passaporte, devendo ser exibido o original; k) Cópia do Cartão de contribuinte, devendo ser exibido o original; l) Impresso para emissão da cédula profissional de Advogado; m) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais; n) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; o) Cópia da carteira ou do cartão de identidade de Advogado brasileiro, devendo ser exibido o original; p) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada; q) Documento comprovativo dos requisitos necessários para que os Advogados portugueses se possam inscrever na Ordem dos Advogados do Brasil. 3 - Todos os documentos emitidos no Brasil devem ser legalizados nos termos previstos na lei. 4 Não é requisito da inscrição a residência habitual em Portugal se idêntico regime for aplicável aos Advogados portugueses que se queiram inscrever na Ordem dos Advogados do Brasil, porém, nesse caso, o Advogado brasileiro deve indicar e manter 12

domicílio profissional em território nacional ou, juntar declaração, emitida por Advogado, com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados, autorizando a indicação do respetivo domicílio profissional como domicílio profissional do requerente e comprometendo-se a entregar todas as comunicações que lhe forem dirigidas. Artigo 19.º Tramitação Preparatória e Inscrição A tramitação preparatória e a inscrição de Advogado brasileiro segue o disposto no artigo 13.º. SECÇÃO II INSCRIÇÃO DE ESTRANGEIROS NÃO ABRANGIDOS POR REGIMES DE RECIPROCIDADE Artigo 20.º Inscrição de cidadãos estrangeiros como Advogados estagiários 1 Podem requerer a sua inscrição como Advogados estagiários os cidadãos estrangeiros a quem haja sido conferido por uma instituição de ensino superior portuguesa um dos graus académicos a que se referem as alíneas a) e b) do artigo 194.º do EOA. 2 O processo de tramitação preparatória e inscrição segue os termos previstos no artigo 7.º do presente regulamento, com as devidas adaptações. Artigo 21.º Requerimento de inscrição 1 - O requerimento de inscrição de cidadão estrangeiro como Advogado estagiário é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio do patrono, com a indicação deste, do nome completo e demais dados de identificação do requerente, cargos e atividades exercidos, telefone, fax, endereço de correio eletrónico bem como a morada em Portugal. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Comprovativo da habilitação académica necessária, oficialmente reconhecida ou equiparada, em original ou pública-forma, com menção da data de conclusão e 13

respetiva média final, ou, na sua falta, documento comprovativo de que aquele já foi requerido e se encontra em condições de ser expedido; c) Certidão de narrativa do registo de nascimento ou documento equivalente do Estado de origem; d) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado de origem; e) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado português; f) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; g) Cópia do título de autorização de residência, emitido pela autoridade competente do Estado português, devendo ser exibido o respetivo original; h) Cópia do Cartão de Contribuinte, devendo ser exibido o respetivo original; i) Impresso para emissão da cédula profissional de Advogado estagiário; j) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais; k) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; l) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada; m) Declaração do patrono com pelo menos cinco anos de exercício efetivo da profissão, sem punição disciplinar superior à de multa, em como aceita o patrocínio com todas as obrigações legais inerentes, declaração que pode ser aposta no próprio requerimento de inscrição; n) Comprovativo de subscrição da apólice de seguro de grupo disponibilizada pela Ordem dos Advogados, ou contratada por si, relativa a seguro de acidentes pessoais, que cubra os riscos que possam ocorrer durante e por causa do estágio; o) Comprovativo de subscrição da apólice de seguro de grupo disponibilizada pela Ordem dos Advogados, ou contratada por si, relativa a seguro de responsabilidade civil profissional, que cubra, durante a realização do estágio e enquanto a respetiva inscrição se mantiver ativa, os riscos inerentes ao desempenho das tarefas que enquanto Advogado estagiário lhe forem atribuídas, conforme o estabelecido na apólice respetiva, renovando-o sempre que necessário até à sua conclusão. 14

3 - Todos os documentos emitidos no Estado de origem devem ser legalizados e, caso não estejam redigidos em língua portuguesa, são ainda acompanhados da respetiva tradução, nos termos previstos na lei. Artigo 22.º Tramitação preparatória e inscrição de cidadãos estrangeiros como Advogados precedida de estágio 1 - À tramitação preparatória e inscrição de cidadãos estrangeiros que tenham realizado estágio é aplicável o disposto nos artigos 8.º a 11.º, com as adaptações previstas no presente artigo. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Comprovativo da habilitação académica necessária com menção da data de conclusão e respetiva média final, caso não conste do processo de Advogado estagiário; c) Certidão de narrativa do registo de nascimento ou do documento equivalente do Estado de origem; d) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado de origem; e) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado Português; f) Cópia do título de autorização de residência, emitido pela autoridade competente do Estado português, devendo ser exibido o respetivo original; g) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; h) Cópia do Cartão de Contribuinte, devendo ser exibido o respetivo original; i) Impresso para emissão da cédula profissional de Advogado; j) Cédula profissional de Advogado estagiário; k) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais; l) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; m) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em 15

termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada; n) Certidão do registo disciplinar, caso o requerente tenha sido funcionário ou agente da administração, ou magistrado; o) Documentos exigidos pelo regulamento de estágio que estiver em vigor; p) Declaração de autorização para eliminação da documentação não essencial relativa ao estágio, caso o requerente não proceda ao seu levantamento após notificação do respetivo Conselho Regional. 3 - Todos os documentos emitidos no Estado de origem devem ser legalizados e, caso não estejam redigidos em língua portuguesa, são ainda acompanhados da respetiva tradução, nos termos previstos na lei. SECÇÃO III REGISTO E INSCRIÇÃO DE ADVOGADOS DE OUTROS ESTADOS-MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA SUBSECÇÃO I Prestação ocasional e estabelecimento Artigo 23.º Reconhecimento do título profissional São reconhecidos em Portugal na qualidade de Advogados, e como tal autorizados a exercer a respetiva profissão, nos termos dos artigos subsequentes, as pessoas que, nos respetivos países membros da União Europeia e do Espaço Económico Europeu, estejam autorizadas a exercer as atividades profissionais com um dos títulos profissionais seguintes: Na Bélgica Avocat/Advocaat/Rechtsanwalt; Na Dinamarca Advokat; Na Alemanha Rechtsanwalt; Na Grécia dijgcóqoy; Em Espanha Abogado/Advocat/Avogado/Abokatu; Em França Avocat; Na Irlanda Barrister/Solicitor; Em Itália Avvocato; No Luxemburgo Avocat; Nos Países Baixos Advocaat; Na Áustria Rechtsanwalt; 16

Na Finlândia Asianajaja/Advokat; Na Suécia Advokat; No Reino Unido Advocate/Barrister/Solicitor; Na República Checa Advokát; Na Estónia Vandeadvokaat; No Chipre dijgcóqoy; Na Letónia Zverinatsadvokáts; Na Lituânia Advokatas; Na Hungria Ügyvéd; Em Malta Avukat/ProkuraturLegali; Na Polónia Advwokat/Radcaprawny; Na Eslovénia Odvetnik/Odvetnica; Na Eslováquia Advokát/Komer*y právnik; Na Bulgária адвокат; Na Roménia Avocat; Na Croácia Odvjetnik, Odvjetnica; Na Islândia Lögmaður; No Liechtenstein Rechtsanwalt; Na Noruega Advokat. Artigo 24.º Estatuto profissional 1 - Na prestação de serviços profissionais de Advocacia em Portugal, os Advogados da União Europeia que exerçam a sua atividade com o seu título profissional de origem estão sujeitos às regras profissionais e deontológicas aplicáveis aos Advogados inscritos na Ordem dos Advogados, sem prejuízo das regras do Estado-membro de origem a que continuam sujeitos. 2 Os Advogados da União Europeia, autorizados a exercer em Portugal nos termos previstos nos artigos seguintes, ficam obrigados a mencionar no exercício da sua atividade: a) O título profissional de origem, expresso na ou numa das línguas do Estado-membro de origem; b) A inscrição na organização profissional a que pertencem ou da jurisdição junto da qual se encontram admitidos nos termos da lei do Estado-membro de origem; 17

c) O modo de exercício da atividade em Portugal indicando o número de registo na Ordem dos Advogados, no caso de estabelecimento permanente, ou mencionando o exercício em regime de prestação ocasional de serviços. 3 Os Advogados da União Europeia aos quais se refere o artigo 26.º ficam ainda obrigados a comunicar à Ordem dos Advogados qualquer alteração relativa ao estado da inscrição na organização profissional equivalente à Ordem dos Advogados do Estadomembro de origem. Artigo 25.º Prestação ocasional de serviços 1 A prestação ocasional de serviços profissionais de Advocacia em Portugal por Advogados da União Europeia, que exerçam a sua atividade com o seu título profissional de origem é livre, sem prejuízo destes terem que dar prévio conhecimento desse facto à Ordem dos Advogados, e do cumprimento do disposto no art.º 29. 2 A comunicação prevista no número anterior é efetuada por escrito e dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, acompanhada de cópia do título comprovativo do direito a exercer a profissão no Estado-membro de origem. 3 Nos casos em que a prestação ocasional envolva a representação e o exercício do mandato judicial perante os tribunais portugueses, a comunicação é ainda acompanhada de declaração de Advogado inscrito na Ordem dos Advogados em como assegura a orientação efetiva do patrocínio. 4 Em caso de dúvida relativamente à inscrição na organização profissional equivalente à Ordem dos Advogados do Estado-membro de origem pode ser exigida a apresentação de documentação complementar. Artigo 26.º Estabelecimento em Portugal O estabelecimento em Portugal de Advogados da União Europeia que pretendam exercer a sua atividade com o seu título profissional de origem depende de prévio registo na Ordem dos Advogados. Artigo 27.º Requerimento de registo 1 - O requerimento para realização do registo previsto no artigo anterior é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio escolhido como centro da vida profissional em Portugal, com a indicação deste, nome completo e demais 18

dados de identificação do requerente, telefone, número de fax, endereço de correio eletrónico, bem como a morada em Portugal. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de registo é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de registo com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Certificado emitido há menos de três meses pela organização profissional equivalente à Ordem dos Advogados do Estado-membro de origem, comprovativo da inscrição em vigor nesta organização, donde conste a situação contributiva e uma certificação do registo disciplinar do requerente; c) Certidão de narrativa do registo de nascimento ou documento equivalente do Estado-membro de origem; d) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estadomembro de origem; e) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado Português; f) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais, nomeadamente autorizando a troca de toda a informação relevante relativa ao exercício da atividade profissional do requerente entre a Ordem dos Advogados e a organização profissional equivalente à Ordem dos Advogados do Estado-membro de origem; g) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; h) Cópia do Bilhete de Identidade ou do Passaporte e do cartão de contribuinte, devendo ser exibidos os respetivos originais; i) Cópia da cédula profissional ou do documento equivalente da organização profissional análoga à Ordem dos Advogados do Estado-membro de origem; j) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; k) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada; l) Comprovativo da existência, em vigor, de seguro de responsabilidade civil profissional com uma cobertura mínima igual à assegurada pelo seguro de 19

responsabilidade civil de que beneficiam todos os Advogados com inscrição em vigor na Ordem dos Advogados, nos termos do EOA. 3 Todos os documentos emitidos no Estado-membro de origem devem ser acompanhados da respetiva tradução para português, podendo ser exigida a legalização dos documentos nos termos da lei. Artigo 28. º Tramitação preparatória e registo 1 O Conselho Regional competente cria o respetivo processo individual e, depois de ter verificado que o requerimento está devidamente documentado e que nada obsta ao registo, emite proposta relativamente ao registo pelo Conselho Geral, remetendo a este todo o processo para proceder a esse registo. 2 Efetuado o registo pelo Conselho Geral, o Conselho Regional emite uma certidão probatória do registo que é entregue ao requerente. 3 A certidão prevista no número anterior contém, pelo menos, os seguintes elementos: a) Identificação do Conselho Regional responsável pelo registo; b) O título profissional de origem, expresso na ou numa das línguas do Estado-membro de origem; c) A identificação da organização profissional a que o Advogado pertence ou da jurisdição junto da qual se encontra admitido nos termos da lei do Estado-membro de origem; d) O nome profissional adotado no Estado-membro de origem; e) A fotografia do titular; f) O número da certidão probatória correspondente ao processo de registo; g) A norma estatutária ao abrigo da qual é emitida; h) A data de emissão e o respetivo prazo de validade que não será superior a cinco anos; i) A assinatura do titular; j) A assinatura do Bastonário. Artigo 29.º Condição de exercício do mandato judicial 1 A representação e o mandato judicial perante os tribunais portugueses só podem ser exercidos por Advogados da União Europeia que exerçam a sua atividade com o seu 20

título profissional de origem sob a orientação efetiva de Advogado com a inscrição em vigor na Ordem dos Advogados. 2 Para os efeitos previstos no número anterior a procuração forense passada a Advogado da União Europeia deve mencionar expressamente que é emitida para os efeitos previstos no n.º 2, do artigo 204º, do EOA, e bem assim identificar devidamente o Advogado inscrito na Ordem dos Advogados responsável pela orientação do patrocínio e a qualidade em que este intervém. SUBSECÇÃO II Inscrição de Advogados da União Europeia Artigo 30.º Inscrição na Ordem dos Advogados 1 - O estabelecimento em Portugal dos Advogados da União Europeia mencionados no artigo 23.º, que pretendam exercer a sua atividade com o título profissional de «Advogado», em plena igualdade de direitos e deveres com os Advogados portugueses, depende de prévia inscrição na Ordem dos Advogados nos mesmos termos destes. 2 - A utilização do título profissional de «Advogado» não prejudica o direito de utilização do título profissional de origem. Artigo 31.º Requerimento de inscrição de Advogado da União Europeia 1 - O requerimento de inscrição de Advogado da União Europeia é apresentado junto do Conselho Regional competente em razão do domicílio escolhido como centro da sua vida profissional, com a indicação deste, do nome completo e demais dados de identificação do requerente, cargos e atividades exercidos, telefone, fax, endereço de correio eletrónico, bem como a morada em Portugal. 2 Sem prejuízo de outros elementos ou documentos que venham a ser considerados necessários nos termos legais, o requerimento de inscrição é instruído com os seguintes documentos: a) Boletim de inscrição com a assinatura pessoal e profissional do requerente; b) Certificado emitido há menos de três meses pela organização profissional equivalente à Ordem dos Advogados do Estado-membro de origem, comprovativo da inscrição em vigor nesta organização, donde conste uma certificação do registo disciplinar do requerente; 21

c) Comprovativo da habilitação académica necessária, oficialmente reconhecida ou equiparada, com menção da data de conclusão e respetiva média final, em original ou pública-forma; d) Certidão de narrativa do registo de nascimento ou documento equivalente do Estado-membro de origem; e) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estadomembro de origem; f) Certificado do registo criminal emitido pela entidade competente do Estado português; g) Três fotografias iguais, a cores, tipo passe; h) Cópia do Bilhete de Identidade ou do Passaporte, devendo ser exibido o respetivo original; i) Cópia do Cartão de Contribuinte, devendo ser exibido o original; j) Impresso para emissão de cédula profissional de Advogado; k) Cópia da cédula profissional ou do documento equivalente da organização profissional análoga à Ordem dos Advogados do Estado-membro de origem; l) Autorização do requerente para o tratamento dos seus dados pessoais e profissionais, nomeadamente autorizando a troca de toda a informação relevante relativa ao exercício da atividade profissional do requerente entre a Ordem dos Advogados e a organização profissional equivalente à Ordem dos Advogados do Estado-membro de origem; m) Declaração, sob compromisso de honra, datada e assinada pelo requerente, de não estar em situação de incompatibilidade com o exercício da Advocacia, nos termos dos artigos 81.º e seguintes do EOA; n) Cópia do contrato de trabalho, do documento comprovativo do título de provimento, ou de qualquer outro vínculo contratual, com indicação das funções e respetivo horário, quando o requerente declare exercer qualquer atividade e, em termos gerais, qualquer que seja o cargo, função ou atividade desempenhada. 3 Todos os documentos emitidos no Estado-membro de origem devem ser acompanhados da respetiva tradução para português, podendo ser exigida a legalização dos documentos nos termos da lei. Artigo 32.º Tramitação preparatória da inscrição de Advogado da União Europeia O Conselho Regional competente, depois de ter verificado que o requerimento está devidamente documentado e que o requerente está em condições de vir a ser inscrito, 22

emite proposta relativamente ao registo pelo Conselho Geral, remetendo a este todo o processo para proceder a esse registo. CAPÍTULO IV DA CÉDULA PROFISSIONAL Artigo 33.º Cédula profissional 1 A cada Advogado ou Advogado estagiário é entregue a respetiva cédula profissional, a qual serve de prova da inscrição na Ordem dos Advogados. 2 O Advogado ou o Advogado estagiário no exercício das respetivas funções deve, sempre que necessário, fazer prova da sua inscrição através de cédula profissional válida. 3 - A cédula profissional de Advogado e de Advogado estagiário deve conter obrigatoriamente os seguintes elementos: a) A menção «Ordem dos Advogados» e o respetivo símbolo oficial; b) A indicação «Cédula Profissional de Advogado» ou «Cédula Profissional de Advogado Estagiário»; c) O nome abreviado do titular, quando adotado, para uso no exercício da profissão; d) A data de inscrição na Ordem dos Advogados; e) O número do Bilhete de Identidade ou do Cartão do Cidadão ou do Passaporte, quando aplicável e o número de identificação fiscal; f) A assinatura digitalizada do titular, para uso no exercício da profissão; g) A assinatura digitalizada do Bastonário; h) O número da cédula profissional correspondente ao número de inscrição; i) A fotografia digitalizada do titular; j) A respetiva data de validade; k) O selo digitalizado da Ordem dos Advogados. 4 As cédulas profissionais de Advogado e de Advogado estagiário têm um prazo máximo de validade de cinco e três anos, respetivamente. 5 - A cédula profissional pode conter um chip eletrónico, utilizado para armazenar informação relativa ao estado da inscrição do titular e outros elementos úteis relacionados com o exercício da profissão. 23

Artigo 34.º Renovação da cédula 1 - No caso de perda, extravio ou inutilização da cédula profissional, o requerente solicita a emissão de segunda via da mesma ao órgão que a tiver emitido, prestando os esclarecimentos e fornecendo os elementos que lhe forem solicitados para este efeito. 2 - O órgão competente, depois de apreciar o pedido, solicita a emissão de segunda via da cédula profissional, efetuando as comunicações e os averbamentos necessários. 3 Ocorrendo caducidade da cédula profissional de Advogado ou de Advogado estagiário com a inscrição em vigor, compete ao Conselho Geral ou ao Conselho Regional competente providenciar pela emissão e envio da nova cédula, devendo o titular proceder à devolução da cédula caducada. 4 O requerimento de emissão de nova cédula é acompanhado do respetivo impresso e de uma fotografia, a cores, tipo passe, bem como da cédula inutilizada, quando aplicável. Artigo 35.º Entrega da cédula de Advogado A cédula profissional dos novos Advogados é entregue diretamente ou em cerimónia pública precedida da prestação de juramento nos termos do artigo seguinte. Artigo 36.º Juramento Na cerimónia pública referida no artigo anterior é, pelos novos Advogados, prestado o seguinte juramento: Juro, pela minha honra, exercer a Advocacia com independência, espírito de serviço, coragem e dignidade e, como servidor da humanidade, da justiça, do direito e da lei, cumprir escrupulosamente os deveres fundamentais, legais e deontológicos, da profissão. CAPÍTULO V OBRIGAÇÕES DECORRENTES DA INSCRIÇÃO Artigo 37.º Deveres gerais 1 - Sem prejuízo das obrigações previstas no EOA, nos regulamentos e demais legislação a que estão vinculados, os Advogados e os Advogados estagiários, inscritos ou 24

registados ao abrigo do presente regulamento, ficam sujeitos ao cumprimento dos seguintes deveres: a) Suspender imediatamente o exercício da profissão e requerer no prazo máximo de trinta dias a suspensão da inscrição ou do registo quando ocorrer incompatibilidade superveniente; b) Comunicar qualquer alteração do domicílio profissional e, bem assim, qualquer alteração dos seus dados profissionais, nos termos regulados no artigo seguinte; c) Manter ou indicar, consoante o caso, um domicílio profissional em território nacional, dotado de uma estrutura que assegure o cumprimento dos seus deveres profissionais, nos termos de regulamento a aprovar pelo Conselho Geral. 2 - Os Advogados inscritos na Ordem dos Advogados estão ainda obrigados a: a) Pagar pontualmente as quotas e outros encargos devidos à Ordem dos Advogados; b) Promover a sua própria formação contínua nos termos de regulamento a aprovar pelo Conselho Geral. Artigo 38.º Comunicação de alterações 1 - A alteração do domicílio profissional ou qualquer outro fato que possa influir na inscrição, deve ser comunicada pelo requerente ao Conselho Geral, ou ao Conselho Regional competente no caso dos Advogados estagiários, no prazo de trinta dias. 2 A comunicação prevista no número anterior pode ser efetuada por escrito e remetida por qualquer meio que garanta a identificação do requerente, designadamente via postal, fax, ou mensagem de correio eletrónico de conta de correio eletrónico atribuída pela Ordem, com aposição de assinatura digital, sem prejuízo do disposto no número seguinte. 3 As alterações aos dados pessoais ou profissionais podem também, em alternativa, ser indicadas on-line, pelo requerente, o qual, para o efeito, deve aceder à área reservada do portal da Ordem dos Advogados, na Internet, introduzindo a respetiva senha de acesso, ou por acesso ao Balcão eletrónico. Artigo 39.º Quotas 1 - A inscrição como Advogado e sua manutenção em vigor na Ordem dos Advogados obriga ao pagamento de uma quota mensal cujo quantitativo é fixado nos termos legais. 2 - Não é exigível o pagamento de quotas aos Advogados estagiários. 25

3 Não é devido o pagamento da quota relativa ao mês em que ocorre: a) A inscrição como Advogado; b) O levantamento da suspensão da inscrição. 4 - É devido o pagamento da quota correspondente ao mês em que é requerida ou decretada a suspensão da inscrição. Artigo 40.º Prazo e forma de pagamento 1 A quota mensal tem de ser paga até ao último dia do mês a que respeita, sendo enviado para esse efeito, aos Advogados com inscrição em vigor, aviso/recibo de pagamento da quota mensal. 2 Sem prejuízo de outras formas de pagamento autorizadas pelo Conselho Geral, o pagamento da quota pode ser efetuado: a) Em numerário, cheque ou Multibanco, na sede da Ordem dos Advogados; b) Por cheque, remetido via postal para a sede da Ordem dos Advogados; c) Nos CTT ou no Multibanco. 3 O Conselho Geral pode definir outras modalidades de pagamento, designadamente, pagamento antecipado, anual ou semestral. Artigo 41.º Emolumentos Pela emissão dos documentos ou pela prática dos atos previstos no presente regulamento são devidos os emolumentos fixados pelo Conselho Geral, nos termos da respetiva tabela, os quais constituem receitas dos conselhos regionais ou do Conselho Geral, consoante se tratem de atos praticados ou de documentos emitidos por aqueles ou por este. Artigo 42.º Certidões 1 As certidões das inscrições não devem conter os averbamentos das penas disciplinares, salvo: a) Quando tal for expressamente requerido pelos interessados e autorizado pelo órgão competente para o efeito; b) Quando requerido e ordenado pelos órgãos da Ordem dos Advogados; c) Quando se encontre em vigor pena disciplinar de suspensão. 26