CORCOVADENSIS CARVALHO & GOMES (HEMIPTERA)'



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Transcrição:

Rev. Brasil. Bol., 37(1): 17-22 Fevereiro, 1977 - Rio de Janeiro, RJ MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCIX: DESCRIAOES DE QUATRO ESPECIES NOVAS E DO MACHO DE HADRONEMISCA CORCOVADENSIS CARVALHO & GOMES (HEMIPTERA)' JOSI2 C. M. CARVALHO* Museu Nacional, Rio de Janeiro (Coin 16 figuras no texto) Dentre material entomologico coligido pelos pequenas manchas na parte mediana do segmento colegas Carlos Alberto Seabra, no Corcovado, Rio II, castanho a avermelhadas; pronoto (exceto tede Janeiro e Moacyr Alvarenga, em Sinop, Rio Te- nue linha longitudinal mediana clara e duas manles Pires, Mato Grosso, o autor encontrou representantes de quatro especies de miridos (Mirinae, Mirini) e o macho de Hadronemisca corcovadensis Carvalho &Gornes, 1970, ainda desconhecido, que sao descritos e ilustrados neste trabalho. As ilustragoes que figuram no texto slo de autoria de Paulo Wallerstein, Luiz Antonio Alves Costa e Paulo Roberto Nascimento. Bahiarmiris cajabianus n. sp. (Fig. 1) Caracterizada pela coloragio geral do corpo e pelas suas dimensdes. Femea: comprimento 5,8 mm, largura, 2,0 mmn. Cabefa: comprimento 0,4 mm, largura 0,8 mm, vdrtice 0,40 mm. Antena: segmento I, comprimento 1,4 mm; II, 2,6 mm; III, 0,6 mm; IV, 04, mm. Pronoto: comprimento 0,8 mm, largura na base 1,6 mm. Caneo: comprimento 0,80 mm, largura na base 0,44 mm. Coloraqio geral pilido-amarelada com areas castanhas; cabega superiormente (fronte com umr conjunto de pelos negros em forma de tufo), olhos, parte apical do segmento I da antena e duas a tres Recebido para publica,91o a 9 de margo de 1976. * Chefe de Pesquisas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientffico e Tecnol6gico (CNPq). Fig. 1 - Bahia-rmis cajabianus n. sp., fmea, hol6tipo.

18 JOSI, C. M. CARVALHO chas ocel6ides negras circundadas de palido), mesoescuto (exceto manchas negras ocel6ides, umna de cada lado, junto ao ingulo basal lateral), escutelo (exceto tenue linha longitudinal mediana), clavo (exceto Area mediana externa i veia claval), mancha arredondada internamente, de cada lado da comissura no corio, castanhos; no clavo e na mancha corial podem ser vistas pequenas manchas pilidas; membrana fusca. Lado inferior p~lido-amarelado, Apice do clipeo e faixa longitudinal estreita no pescogo, ao nfvel da margem inferior do olho, vermelhos; femures com ligeira tintura castanha a avermelhada na porgio apical. Fronte saliente entre as antenas, recoberta por cerdas negras semi-erectas, que recobrem tambdm o segmento I da antena, segmento II com pelos finos e mninusculas cerdas erectas. Macho desconhecido. Holfifpo femea, Sinop, Rio Teles Pires, Mato Grosso, Brasil, X.1975, Alvarenga &Roppa col., na coleglo do autor. Diferencia-se de Bahiamiris rubrornatus Carvalho, 1975 (Rev. Brasil. Biol. 35 (3): 500, fig. 1) pela coloraglo geral do corpo, especialmente dos hemitlitros. Dagbertus snis n. sp. (Fig. 2) Caracterizada pela colorgao do corpo. Femea: comprirento 4,04, 4 mm, largura 1,8 mn. Cabefa: comprimento 0,2 nun, largura 0,9 min, vwrtice 0,36 mm. Antena: segnento 1, comprimento 0,4 mm;ll, 1,2 mm; III, 0,6 mm; IV, 0,5 mm. Pronoto: comprimento 1,0 mm, largura na base 1,6 nun. Cuineo: comprimento 0,64 mm, largura na base 0,64 mm. Coloraglo geral castanha com Areas pilidoamareladas a sulfurescentes; cabega pilida comr tres faixas longitudinais caracteristicas, a mediana prolongando-se sobre o. clipeo atd a base do rostro, as laterais unindo-se na regilo mediana do clipeo anteriormente e no pescoso, atrds do vwrtice, posteriormente, duas outras faixas mais curtas acham-se presentes; uma ao longo do pedfinculo antenal e outra ao longo do loro, buicula e rostro negros; o- lhos castanhos, antena pdlido-amarelada, segmentos III e IV fuscos na extremidade apical; pronoto com area clara no colar e porglo mediana dos cabs, onde se localizam duas faixas longitudinais castanhas ber marcadas, lados do pronoto anterior- Fig. 2 - Dagbertus insignis n. sp., fe-mea, hol6tipo. mente com duas faixas longitudinais (que nio atingem a margem posterior) e toda regiffo marginal (posterior e lateral) com linha pdlido-amarelada; mesoescuto e escutelo palidos, ambos com ingulos basais e duas faixas subinedianas longitudinais castanhas; hemiilitros castanhos, clavo com faixa ion-. gitudinal em toda a extenslo do exoclavo e faixa equivalente no endoclavo alcangando no mriximo o 4pice do escutelo, c6rio tamb6m com duas faixas longitudinais obliquas: a intema interrompida no endoc6rio e a externa tambwm interrompida na parte apical do exoc6rio; regiio comissural do c6- rio, mancha no paracu'neo, mancha basal intemna e mancha externa no cuneo (nio atingindo o dpice) pilidas; membrana fusca, nervuras pflido-amareladas. Lado inferior castanho: propleura pilida com tres faixas longitudinais castanhas, mesoesterno castanho-escuro com mancha semilunar esbranquiqada lateralmente, peritrema ostiolar, meso e metapleura com manchas pfilidas, abdome com tres a quatro faixas longitudinais e regiao basal pa-

MIRfDEOS NEOTROPICAIS, CCIX 19 lido-arnarelada, segmento genital com duas manchas da mesma cor; pernas castanhas, femures com manchas e pontos na face superior e faixas longitudinais na face externa, pdlido-anarelados, tfbias anteriores e medianas com duas faixas ou andis e tibias posteriores com tres faixas, pfilido-amareladas. Corpo revestido de pubescencia curta, semiadpressa; pronoto rugoso-pontuado superficialmente; carena do vdrtice curva para frente; segmento I da antena de comprimento aproximadamente igual i largura do vertice; olhos compridos, ocupando quase toda a regifo lateral da cabea, mais altos que o comprimento do segnento I da antena; rostro alcangando as coxas posteriores. Macho desconhecido. Hol6tipo femea, Sinop, Rio Teles Plies, Mato Grosso, Brasil, X.1975, M. Alvarenga & Roppa col., na colecao do autor. Pardtipos: duas fe-meas, Brasilien, Nova Teutonia, 270 11' S 520 21' L, Fritz Plaunmn col.; Entre Rios, Liebig, 5.XII.1974, Zolich, Argentina. Aproxima-se de Dagbertus mexcanus Carvalho & Schaffner, 1974 (Rev. Brasil. Biol. 33 (Supi.): 50, fig. 5-1973), diferenciando-se pela coloragio geral do corpo. Lampednths tupinambana n. sp. (Figs. 3-7) Caracterizada pela colornao do corpo e pela- morfologia da genitflia do macho. Macho: comprimento 6,2 nmn, largura 2,8 mm. Cabepa: comprinento 0,2 nmn, largura 1,1 mm, vwrtice 0,44 mm. Antena: segmento I, comprimento 0,8-1,0mm; II, 1,8-2,0mm; III, 0,8mm; IV, 0,8 mm. Pronoto: compnrmento 0,8 mm, largura na base 2,0 mm. Qineo: comprimento 0,88 mm, largura na bae 0,95 mm. Coloraglo geral castanho-escura com areas negras sulfurescentes; cabeqa negra com manchas no vfrtice junto i margem interna dos olhos, na base e spice do jugo, duas manchas subapicais no clipeo, faixa longitudinal inferior no loro e bicula, pequena mancha na gena e duas outras no pescogo, p~lido-anareladas; olhos e antenas castanho-escuros, seginento I com pontuag6es pdlidas na face anterior, segmento II-IV, esbranquigados na base, o II castanho-claro na sua maior extensio e negro na parte apical; pronoto pfilido-amarelado a sulfurescente, colar, mancha anterior, mediana e pos- Fig. 3 - Lampethuw :tupinambana n. sp.; macho hol6tipo. terior aos cabs (esta Altima de forma retangular) atingindo ou nio a margem posterior e aingulos u- merais (e alguns exemplares estendendo-se tamnb6m pela margem lateral posterior), negros; a mancha negra retangular do disco em alguns exemplares e circundada anteriormente por outra mais clara; mesoescuto negro, no meio e angulos basais; escutelo sulfurescente, asperso de castanho na regiao mediana (com minisculos pontos castanhos); hemidlitros castanho-escuros, embo'lio e Spice do c6rio e cineo um pouco mais claros, com pontuages p$lido-amareladas; ipice do clavo e mancha interna subasal no cfineo, castanhos a pdlidos. Lado inferior sulfurescente; base e ipice das coxas, mesoesterno (exceto mancha sulfurescente lateral), pequena mancha na metapleura, manchas laterals nos segmentos abdominais IlI-VIII, porglo

20 JOS9 C. M. CARVALHO mediana do segmento VII e segmento genital (exceto manchas laterais), castanhos a castanho-escuros; femures e tibias castanhos, os primeiros salpicados de pontos pfilido-anarelados na face externa, tibias anteriores com uma larga faixa mediana e tibias posteriores com duas faixas (submediana e apical), sulfurescentes; tarsos pllidos, segmento III negro. Em alguns exemplares o lado inferior do macho 6 castanho com manchas p~lidas na porgao apical da coxa I, mancha esbranquigada em forma de meia lua na parte lateral do mesoesterno, manchas p-alidas no peritrema ostiolar e manchas laterais medianas no abdome. Corpo recoberto de pubescencia formada por cerdas negras njas semi-erectas e pubescencia prateada adpressa; rostro atingindo as coxas medianas; segmento I da antena muito grosso (achatado lateralmente em alguns exemplares), com difmetro aproximadamente igual ou maior que a grossura do colar, revestido de numerosas cerdas suberctas e rijas; fronte proeminente entre a base das antenas, clipeo visfvel de cima. Genitdlia: v6sica do aedeagus (fig.4) com lobos membranosos curtos e um espiculo (fig. 5) esclerosado caracteristico. Parimero esquerdo (fig. 6) curvo, com lobo basal bem desenvolvido. Pairnmero direito (fig. 7) simples, afilado no apice. Femea desconhecida. Ho!tiipo macho, Corcovado, Riode Janeiro, Brasil, C. A. Seabra col., X. 1975, cole9do do autor. Pardtipos: dois machos, mesmas indica96es que o hol6tipo. Diferencia-se das demais esp6cies do genero. pala coloraglo geral do corpo e pela morfologia da genitalia do macho. Poeas nigra n. sp. (Figs. 8-12) Caracterizada pela coloragao negra e pela morfologia da genitalia. do macho. Macho: comprimento 6,0 mm, largura 2,7 mm. Cabepa: comprinento 0,4 mm; largura 1,0 mm, v~rtice 0,44 mm. Antena: segmento I, com- Lampethua tupinambana n. sp. Fig. 4: Visica do aedeagus; fig. 5: espiculo esclerosado da vesica; fig. 6: paramero esquerdo; fig. 7: patimero direito. Fig. 8 - Poeas nga n. sp., macho, hol6tipo.

MIRIbEOS NEOTROPICAIS, ccix 21 primento 1,0 mm; II, 1,7 mm; II1, 0,7 mm. PNoto: comprimento 1,0 mm, largura na base 0,54 mm. Czoneo: comprimento 1,1 mn, largura na base 0,88 mm. Coloraggo geral negra, opaca; duas pequenas manchas no vrrtice junto aos olhos e segmento I da antena (em alguns exemplares) comr pontos palidos ou totalmente negros na maioria dos individuos estudados, segmento II da antena palido, exceto na extremidade basal e tervo apical, segmentos IHI e IV palidos na parte basal; regiao superior do corpo preta-opaca, apenas a parte apical das nervuras da membrana e manchas contiguas ao dpice do cfineo slo pflidas. Lado inferior negro; rostro palido, enfuscado para o Apice, abdome com manchas palidas na regino basal mediana (machos) ou com pequenas manchas palidas laterals em alguns exemplares ou totalmente negro; pernas negras, femures comr pontuag6es pequenas palido-amareladas mais visfveis na face externa, tibias anteriores e medianas comr faixa palida subapical, tibias posteriores com es- Poeas nigra n. sp. Fig. 9: VWsica do aedeagus; fig. 10: espiculo esclerosado da vesica; fig. 11: paramero esquerdo; fig. 12: paxmero direito. treita faixa pilida no meio (apenas indicada em alguns exemplares) e faixa da mesmna cor na extremidade apical. Corpo revestido de cerdas rijas, segmento I da antena mais grosso que a largura do colar, densamente recoberto de cerdas rijas, semi-erectas, de comprimento aproxinadanente igual i metade da grossura do segmento, rostro atingindo as coxas medianas. Genitdlia: visica do aedeagus (fig. 9) corm urm espfculo esclerosado (fig.10) caracteristico e lobos membranosos. Parkmero esquerdo (fig. 11) fortemente curvo, com lobo basal grande. Paramero direito (fig 12) simples, estreitado no meio, terminando em ponta esclerosada. Fbnea mais robusta, embora semelhante ao macho em coloraglo e aspecto geral. Comprimento 6,0-6,8 mm, largura 3,2 mm. Segmento II da antena, comprimento 2,4-2,2 mm. Holoffipo macho, Corcovado; Rio de Janeiro, Brasil, C. A. Seabra col. X.1974 e XI.1975, na colegao do autor. Al6tipo: idem femea. Pardtipos: seis machos e onze femeas, mesmas indica9oes que o hol6tipo, coligidas por C. A. Seabra em X.74; IX.67 e X.L67. Diferencia-se das demais espcies do genero pela coloragao negra do corpo e pela morfologia da genitalia do macho. Hadronemisca corcovadensis Carvalho & Gomes, 1970 (Figs. 13-15) Hadronesmica corcovadensis Carvalho & Gomes, Rev. BrasiL Biol. 30 (4): 597. Caracterizada pela coloragio geral do corpo e pela morfologia da genitalia do macho. Macho: comprimento 4,6 mm, largura 1,6 mm. Cabe.a: comprimento. 0,2 mm, largura, 1,0 mm, vdrtice 0,52 nm. Antena: segmento I, comprimento 0,6 mm; II, 1,6 mm; III, 1,2mm; IV, mutilado. Pronoto: comprimento 0,7 mm, largura na base 0,8 mm. Cgneo: comprimento 0,8 mm, largura na base 0,48 mm. Coloraglo geral negra comr Areas lutescentes e pdlido-amareladas; cabega negra com pequena mancha no meio do vwrtice, junto a carena, jugo e loro (exceto os Apices), gena, bficula e gula, pflidoamarelados; olhos e antenas negros; pronoto negro com faixa mediana longitudinal estreita iniciandose atras dos calos e continuando-se com outra semelhante e mais larga no mesoescuto e escutelo,

22 JOSl, C. M. CARVALHO Hadronemisca corcovadensis Carvaiho & Gomes - Fig. 13: Penis; fig. direito; fig. 16: pig foro. 14: paxamero esquerdo; fig. 15: paramero que slo totalimente lutescentes; hemidlitros e membrana negros, emb6lio e metade exterior do cineo, pdilido-amarelados. Lado inferior negro; propleura, inferiormente, e xifo do prosterno, palidos; abdome e pernas negros, coxas (exceto a base) e femures na metade basal, lutescentes. Caracteres morfol6gicos corno citados para o genero, carena do vdrtice muito desenvolvida com seis cerdas longas rijas, erectas, corpo com numerosas cerdas erectas, rostro alcangando as coxas medianas Ȯs dois sexos desta esp~cie apresentam coloraglo e caracteres externos muito semeihantes. SUMMARY The author describes four new species of Miridae (Hemiptera) from Brazil, as follows: Dagbertus insignis n. sp., Mato Grosso and Santa Catarina; Bahamiars cajabianus n. sp., Mato Grosso; Poeas nigra n. sp., Rio de Janeiro and Lampethusa tlpinamban n. sp., Rio db Janeiro. The male of Iadronemisca corcovadensis Carvalho & Gomes is also described. Illustrations for the new species and genitalia are included. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS CARVALHO, J. C. M., 1975, Mirfdeos Neotropicais: novas de Poeas Distant e DesciC6es de especies Taedia Distant (Hemiptera). Rev. Bras!! Biot. 35 (2): 167-206, 100 figs. CARVALHO, J. C. M. & GOMES, I. P., 1970, Mirideos Neotropicais, CXX: Descriq6es de um g&nero e quatro especies novas (Hemiptera). Rev. Brasil. Bidl., 30 (4): 595-599,8 figs.