BAMBU D E V. ifusão por ncharcamento ertical. para a Preservação de. www.bambubrasileiro.com. Tradução e Adaptação: Apoio:



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Transcrição:

D E V ifusão por ncharcamento ertical para a Preservação de BAMBU ENVIRONMENTAL BAMBOO FOUNDATION FUNDAÇÃO AMBIENTAL DO BAMBU Tradução e Adaptação: Apoio: www.bambubrasileiro.com

Environmental Bamboo Foundation Índice A (EBF) é uma organização sem fins lucrativos criada em 1993 na Indonésia pela designer e ambientalista LINDA GARLAND. A EBF luta para proteger as florestas tropicais através da promoção e demonstração das diversas oportunidades de consertvação e desenvolvimento que o bambu oferece. A missão da EBF é encorajar, através de pesquisa e educação, o plantio e utilização sustentável do bambu objetivando promover seus benefícios ambientais e proteger as florestas tropicais e mangroves restantes. Baseada em Bali, Indonésia, a EBF possui organizações sem fins lucrativos afiliadas nos Estados Unidos e na Holanda. -------------------------------------- Concepção A pesquisa inicial do método de Boucherie modificado foi feito pelo Prof. Dr. W. Liese, Universidade de Hamburgo, Alemanha, e adaptado posteriormente pela EBF junto a Don Longuevan sob financiamento da IESC (International Executives Service Corp. Testes em laboratório foram realizados pela Koppers-Hickson na Nova Zelândia. Agradecemos Ben Brown do Mangrove Action Project pela valiosa ajuda e esclarecimento durante os testes e por fornecer serviços de tradução para a edição Indonesiana. Agradecemos aos conselhos/comentários do Prof.Liese durante o desenvolvimento do tratamento DEV. Muito obrigado a Emerald Starr do Sacred Mountain Sanctuary em Bali, que utilizou uma alta porcentagem de bambus tratados experimentalmente por DEV na construção trução do seu resort. Sete anos depois, os bambus usados continuam em excelente estado. Concepção Índice Prefácio e Introdução Manejando Bambus Tropicais Colhendo Bambus Tropicais Centro de Tratamento Lista de ferramentas e materiais Misturando a solução Procedimentos do tratamento 1 2 3-4 5-6 7-8 9-10 11-12 13-14 15-20 Projeto & Desenvolvimento: Gráficos & Layout: Consultor em engenharia: Assistente Editorial Gerente de Projeto (EBF) Studio LaBel, Hedi LaBel Ben Brown Petra Schneider Ketut Sadia Essa publicação não é registrada. A EBF encoraja a tradução, adaptação e cópia do material para usos não comerciais, desde que esteja claro o reconhecimento à EBF. Todo esforço foi feito para assegurar que todas as informações deste manual são acuradas. Contanto, dadas diferentes condições, tipo e idade dos bambu, ferramentas, e habilidades individuais, a EBF não se responsabiliza por nenhuns acidentes, perdas, e outros danos que possam resultar do uso da informação contida neste manual. Primeira Edição publicada 2-1-2003 por: LINDA GARLAND, Bali, Indonésia, ebf@bamboocentral.info, www.bamboocentral.org Apêndices A) Bambu e Conservação 21-22 B) Informações sobre BORAX 23 C) Plano de Trabalho 24 D) Usos do Bambu 25-26 E) Adequação ao Brasil 27 F) Tradução para o português 28 1 2

Prefácio O uso de produtos de bambu geralmente requer proteção contra biodegradação através de tratamento químico. Sua aplicação é limitada pela estrutura do colmo, pela necessidade de maiores instalações técnicas e pelo perigo ambiental. O método DEV desenvolvido pela EBF é obviamente um eficiente método para obtenção de colmos tratados, além de seguro para seu manuseio. Sua maior aplicação, inclusive para outras espécies, fortalecerá seu embasamento prático-experimental. Walter Liese Universität Hamburg, Germany Introdução Colmos de bambu são um material natural suscetível ao ataque de insetos e fungos. Sem tratamento, produtos feitos de bambu têm uma expectativa de duração de apenas 3 anos. Existem muitas diferentes formas de secar e tratar colmos de bambu para prevenir rachaduras, infestação de insetos e crescimento de fungos. Aqui apresentamos a Difusão por Encharcamento Vertical, que utiliza boratos minimamente tóxicos como preservativos. O DEV foi testado na Indonésia em três espécies de bambu: Dendrocalamus asper* Gigantochloa apus* Gigantochloa atter* Se você pretende tratar outra espécie de bambu, siga a metodologia deste manual para tratar uma peça de 1 a 2 entrenós e observe a taxa de penetração da anilina vermelha discutida no passo 14, página 18. Enquanto o bambu tratado pelo sistema de boucherie modificado (um sistema de pressão introduzido pelo Prof. Dr. Liese, Hamburg, Alemanha) é apropriado para grandes plantações de bambu destinado à construção, móveis e outros usos, o sistema DEV funciona bem para pequenas plantações e em trabalhos de desenvolvimento comunitário em áreas rurais. *bambus exóticos, existentes em algumas coleções no Brasil 3 4

Manejando o Bambu Bambu de moita Na época seca quase todos os colmos com 3 anos ou mais podem ser removidos de uma moita cortando-os logo acima de um nó cerca de 20cm a partir do chão. Alguns colmos jovens devem ser deixados para o abstecimento dos rizomas. no máximo 10-15cm a mais corte 20cm acima das raízes Bambus de moita não são invasivos. Eles não estragam construções, crescem rapidamente quando jovens e os colmos são maiores que os de bambus invasivos. Requerem poucos cuidados, embora um simples manejo da moita beneficiará tanto o plantador quanto os bambus. Use caneta retroprojetora para datar os colmos logo após seu aparecimento, assim você saberá com certeza quando eles atingirem um mínimo de 3 a 4 anos de idade. Durante a época de brotação, remova os brotos que ocasionarão superpopulação (muitas espécies são comestíveis, se cozidas). Deixe apenas os brotos de grande diâmetro que têm potencial para produzir varas fortes, retas e utilizáveis. 5 6

Colhendo Bambu Época de chuvas Colha bambu durante a época seca Existem 2 diferentes modos de distinguir a idade dos colmos de bambu: 1) Geralmente os colmos no interior de uma moita são os mais velhos. Época seca A melhor época para colheita é depois da época de chuvas quando o conteúdo de amido na seiva do bambu está baixo. Amido é a comida favorita dos insetos. Não colha na época de brotação! Corte bambus de 3 a 5 anos de idade. Após 5 anos o bambu endurece e a parede interna torna-se impermeável à solução de ÁCIDO BÓRICO/ BORAX. Os colmos devem ser tratados logo após o corte, porém podem ser deixados em pé por alguns dias, sobre uma pedra. Devido à transpiração corrente nas folhas o colmo irá perder parte de sua umidade e amido, que é o alimento dos insetos, i.e., a broca. Mas não espere muito, já que a umidade é necessária para o processo de difusão a seguir. Bambu estocado é passível de infestação de brocas, que pode ser reconhecida na forma de um pó similar a talco e por pequenos furos na área dos nós assim como ao longo dos entrenós. Pedras Bambu.... nhám! 2) Marque os novos brotos, este é o método mais seguro. 02 1.6 mm A Broca (um tipo de besouro) 7 8

Planejando um Centro de Tratamento Nível do piso Elevação 2.5 m 4 m 2 m 6.4 m Área de Tratamento 7.3 m assegure-se que todas as instalações elétricas estão aterradas e que os encanamentos expostos estão protegidos 8 m 14.9 m 30cm 27 m Concreto 70cm Concreto 32 m Vaso coletor com bomba de sucção Filtro O piso do tanque principal deve serinclinado na direção do vaso coletor Tanque para encharcamento horizontal e lavagem dos bambus Estoque de Químicos e outros. 6 m Estoque sombreado para secar os colmos de bambu tratados. 9 m Vaso coletor Baixando 10 cm Tanque principal para encharcamento Desnível de drenagem Torneira de água Contêineres de 1100 litros para a solução BORAX/Ácido Bórico 21.5 m Nível do piso (Área de Tratamento) Utilizar de forma mais simples e econômica os princípios aqui mostrados é perfeitamente aceitável. 9 10

Lista de Ferramentas e Materiais Serra de Arco Proteção facial Luvas de Borracha Botas de Borracha cabeça hexagonal Vergalhão com Cabeça (de preferência soldada) Hexagonal Comprimento dependendo do colmo a ser tratado Pedaço de Pau ou Bambu Chato e Largo para Mistura Borax e Ácido Bórico Bomba de Plástico e/ou aço inoxidável Baldes de Plástico para Mistura & Medição Tintura vermelha de tecido, Anilina de Alta Qualidade Pequena Bomba para Reaproveitamento Mangueira de Plástico ou Borracha Perfurador de Nó de Bambu Água Filtro Escala: 1.000-1.050 para soluções salinas Hidrômetros (podem ser encontrados em lojas de aquários) Escovas para Lavagem Contêineres para Solução Corda (para amarrar os colmos) 11 12

Misturando a Solução de BORAX 1 Calcule o volume interno dos colmos. Há 3 maneiras diferentes de fazer isto: 1. Volume em litros (cm 3 )= raio interno ao quadrado (cm 2 ) x 3.1416 x altura do colmo (cm) dividido por 1000 Exemplo: bambu com raio de 6cm e altura de 400cm ((6x6) x 3.1416 x 400)) / 1000 = 45 litros 2. Preencha completamente um bambu perfurado e simplesmente meça a quantidade de água. Multiplique pelo número de colmos. 3. Preencha um entrenó de tamanho médio; meça a quantidade em litros e multiplique pelo número de entrenós e colmos. Passo Passo4 Adicione água devagar, mexa-a bem até que a mistura BO- RAX/ÁCIDO BÓRICO e a tintura estejam completamente dissolvidos, para que os cristais não fiquem depositados no fundo do balde. Compre apenas anilina de alta qualidade Passo2 Misture 3 kgs de BORAX com 2 kg de ÁCIDO BÓRICO e adicione 45 litros de água. Isso dá uma solução de 9 para 1 ou a 10%. BORAX 3 kg Água 45 litros ÁCIDO BÓRICO 2 kg 5 litros 5 litros 5 litros 5 litros 5 litros 5 litros 5 litros 5 litros 5 litros Passo3 Adicione a anilina vermelha, que deve penetrar completamente no tecido do colmo, de dentro para fora. Se as partículas da tintura forem muito grandes elas serão dissolvidas apenas parcialmente, bloqueando as aberturas do tecido do bambu e, consequentemente, impedindo a penetração da solução preservativa. Passo5 Teste a solução com um hidrômetro em temperatura normal da sua região. Encha vagarosamente um balde pequeno com a solução BORAX/ÁCIDO BÓRICO, sem formar bolhas. Coloque o hidrômetro dentro do balde e mexa a solução com movimentos circulares. Isto irá desfazer as bolhas de ar que se acumularam na superfície do hidrômetro. Então, como se estivesse lendo um termômetro, observe qual medida a solução atingiu na escala do hidrômetro: 1.035 (ou qualquer outra medida) será sua referência para testar a solução novamente mais tarde. 1.000 1.005 1.010 1.015 1.020 1.025 1.030 1.035 1.040 1.045 1.150 Com solução a 10% o hidrômetro deverá marcar entre 1.030 and 1.040 13 14

Tratamento (continuação) Passo6 Limpe o lado de fora do bambu preferencialmente com água e escova (de plástico ou aço) Passo8 Posicione horizontalmente os bambus contra uma parede. Insira o vergalhão e perfure os nós. Cuide para que o último nó não seja perfurado. Ponta do Vergalhão Cabeça Hexagonal Passo7 Solde a cabeça hexagonal em um vergalhão. Com isso poderá perfurar os diafragmas. A cabeça hexagonal criará grandes aberturas prevenindo a formação de bolhas de ar dentro dos colmos durante a fase de preenchimento. Passo9 Transporte os bambus para o tanque de concreto e posicione-os verticalmente. Amarre bem os bambus juntos para que não se movam durante o processo de preenchimento com a solução. Os colmos, quando cheios, são muito pesados. 15 16

Tratamento (continuação) Passo10 Conecte a mangueira no contêiner da solução. Bombeie a solução para dentro dos colmos. Passo12 A partir do décimo terceiro dia não adicione mais solução. Deixe que o nível desça para evitar transbordamento quando o último nó for rompido. 14 NOTA: O tempo necessário para uma completa penetração depende da espessura da parede dos colmos e a umidade previamente contida neles. Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Jan Fev 1 2 3 4 5 6 Mar Abr 7 Calendário 8 9 10 11 12 13 15 16 17 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ENTRADA Passo11 Preencha completamente os bambus com a solução. Toda manhã reabasteça os colmos, que terão absorvido cerca de 1% do líquido durante a noite. A taxa de absorção será menor a cada dia. Passo13 No décimo quarto dia teste o colmo serrando o entrenó superior. A tintura terá penetrado a parede dos colmos tingindo-a de rosa. Cuidadosamente transfira os colmos cheios para perto do vaso coletor e rompa o último nó com o perfurador de metal. Não realize este passo sem o uso de uma más cara facial protetora. SAÍDA ENTRADA Desnível A solução irá escorrer pelo piso em desnível para dentro do vaso coletor. 17 18

Tratamento (continuação) Notas Passo14 Deixe os bambus no mínimo uma hora dentro do tanque principal para que a solução escorra completamente dos colmos para o vaso coletor. Bombeie o resto da solução para dentro do contêiner através de um filtro para reuso. O filtro deve ser trocado regularmente. Repita o teste com o hidrômetro e, se necessário, adicione BORAX/ÁCIDO BÓRICO (veja apêndice na página 23). Limpe a parede externa dos colmos para remover o excesso de boratos. Mantenha os colmos afastados do chão para uma melhor circulação do ar. Passo15 Armazene os bambus horizontalmente ou verticalmente na sombra (sol quente racha os colmos) para que sequem lentamente. Não deixe os bambus expostos à chuva, pois esta iria remover os sais preservativos. 19 20

CONSERVAÇÃO DO BAMBU- O MODO $ EN $ ÍVEL MADEIRA O1 CO2 O1 CO2 O1 CO2 AQUECIMENTO GLOBAL BAMBU O1 CO2 O1 CO2 O1 CO2 O1 CO2 O1 CO2 EROSÃO COLHEITA APENAS DE DEZ EM DEZ ANOS COLHEITA ANUAL EMPREGO IRREGULAR ALTA GERAÇÃO DE EMPREGO RENDA IRREGULAR RENDA REGULAR 0 5 10 15 20 25 ANOS 0 5 10 15 20 25 21 22 Cov

Apêndices (continuação) B) Informação sobre Boratos BORAX/BORIC ACID é menos agressivo ao meio ambiente do que outros preservativos para a madeira utilizados atualmente. C) Plano de trabalho Nome do Cliente Tel. do Cliente Regras para a Reutilização A SOLUÇÃO BORAX/ÁCIDO BÓRICO pode ser usada mais de uma vez para tratar bambu, contanto que a leitura do hidrômetro na solução esteja como no início, aproximadamente 1.035. Lembre sempre que o amido/açúcar que houver na seiva do bambu irá passar do colmo, para a solução preservativa. Isso pode ocasionar leituras errôneas do hidrômetro. Após o terceiro ou quarto uso gradualmente aumente a concentração para 1040 e 1050. Quando a solução filtrada espumar significativamente, e/ou mofo surgir na superfície da solução e no colmo de bambu, é tempo de descartar esta solução e utilizar uma nova mistura desde o começo. Regras de Descarte A SOLUÇÃO BORAX/ÁCIDO BÓRICO não é tóxica ao meio ambiente, porém é altamente salina. Quando uma quantidade moderada é absorvida o solo filtra o sal até o ponto em que ela não poluirá o lençol freático. Contudo é aconselhável o descarte de forma segura e fora do alcance de crianças. Se diluída em mais água a solução descartada pode ser utilizada como herbicida em terraços/jardins e passagens/caminhos. Espécie do Bambu Dia de Chegada Data de Começo do Tratamento Data de Fim do Tratamento Novos Litros Adicionados Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 Dia 8 Dia 9 Dia 10 Quantidade de Colmos Comprimento dos colmos Diâmetro Interior Médio Diâmetro Exterior Médio 1 2 3 Litros de Solução Usada no Contêiner Exemplos de onde comprar BORATOS no Brasil Base Química - (www.basequimica.com.br) Tel/Fax: (016) 2101 1200 - Ribeirão Preto (SP) Rua Uruguai, 1493 - Parque Industrial Quito Junqueira, CEP 14075-330 Dia 11 Dia 12 Dia 13 Total de Litros Adicionados Litros de Solução Deixada no Contêiner Total de Litros Usados Sciavicco Comércio e Indústria Ltda. - (www.sciavicco.com.br) Tel: (31) 3463 2272 - Belo Horizonte (MG) Rua Niquelina, 921 - Santa Efigênia, CEP 30260-100 Dia 14 Dia 15 Dia 16 Secagem Secagem Secagem Total de BORAX Usado Total de ÁCIDO BÓRICO Usado 23 24

USOS DO BAMBU Financiamento Tôpo (Folhas & Galhos): Artesanato Medicina CO2 Empréstimos são concedidos florestas de bambu são plantadas Meio: Casas Móveis casas são construídas Base: Construção Carvão Móveis Rizomas: Comida Proteção da Água Controle de Erosão Limpeza de Tóxicos Carvão Medicina produtos são feitos & consumidos produtos são vendidos bancos têm o dinheiro de volta mais juros a comunidade se alegra 25 26

Apêndices (continuação) E) Adequação ao Brasil Tradução para o português É necessário adequar esta tecnologia aos recursos, materiais e espécies de bambu disponíveis no Brasil. Espécies de Bambu no Brasil Existem mais de 200 espécies brasileiras de bambu, algumas herbáceas e outras lenhosas. Além destas, os portugueses e os imigrantes asiáticos trouxeram muitas espécies asiáticas de bambu, e estas são as mais utilizadas atualmente. Podemos citar a Bambusa vulgaris (bambu verde), a Dendrocalamus giganteus (bambu gigante, balde), a Phyllostachys pubescens (mossô) e a Guadua angustifolia (bambu colombiano), todas estas estrangeiras e adequadas à construção civil e ao artesanato. Cada uma destas espécies irá demandar concentrações diferentes da solução preservativa, por causa das diferentes características de cada espécie. Sugerimos que no caso de bambus conhecidamente muito propensos ao ataque da broca, como a Bambusa vulgaris, o DVE seja testado com uma solução entre 15 a 25%. Octaborato de Sódio Além da mistura de Ácido Bórico com BORAX existe também o Octaborato de Sódio (Na2B8O13.4H2O), muito utilizado como parte dos nutrientes na produção de frutas e grãos como a maçã e a soja. Alguns especialistas consideram o octaborato mais eficiente que a mistura de Ácido Bórico com BORAX como preservativo da madeira. Ele é vendido na forma de pó solúvel, e pode ser dissolvido na água do mesmo jeito que a mistura referida acima, além de ser utiliza- do na mesma proporção. Ou seja, você pode substituir uma solução de Ácido Bórico com BORAX a 10% por uma solução de Octaborato de Sódio a 10%. Exemplo de onde comprar OCTABORATO no Brasil Sulboro - (www.sulboro.com.br) Tel/Fax: (51) 464 0895 - Canoas (RS) Rua C, 47 - Parque Industrial J. Lanner - Niterói Esta tradução é uma iniciativa do O Instituto do Bambu é uma ONG sem fins lucrativos cujos objetivos são a melhoria da qualidade de vida e a geração de emprego e renda através do uso do bambu. Sediada em Maceió - AL - o INBAMBU tem programas nas áreas de construção civil, artesanato e instrumentos musicais, entre outros. Tem como sócios fundadores e mantenedores o SEBRAE-AL, o SEBRAE Nacional e a Universidade Federal de Alagoas. Entre seus parceiros estão o Governo de Alagoas, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas, e o Secretariado de Assistência Social de Juvenópolis, Juvenópolis,além de outras parcerias em desenvolvimento. Visite http://www.institutodobambu.org.br Instituto do Bambu Tel/Fax: (82) 214 1503 Av. Lourival Melo Mota, S/N - Tabuleiro dos Martins Maceió / AL - CEP 57072-900 CNPJ - 05.478.561/0001-14 Email: atendimento@institutodobambu.org.br Agradecimentos a Rodrigo da Costa Primavera e Rubens Cardoso Junior pela ajuda, e ao Diretor-Presidente do Instituto do Bambu, Alejandro Luis Pereira da Silva, pela visão. Tradutores: Adaptação Técnica e Editoração: Cíntya Vituri Fernandes e Raphael Moras de Vasconcellos Raphael Moras de Vasconcellos 1 a Edição Eletrônica em maio de 2004 Apoio: www.bambubrasileiro.com 27 28