REGIMENTO INTERNO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL DA UFV CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS Art. 1 0 O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil oferecido pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa tem a finalidade de proporcionar aos seus estudantes formação científica ampla e aprofundada, bem como capacidade para o desenvolvimento de pesquisa. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO GERAL Art. 2 0 O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil é oferecido nos níveis de Mestrado e de Doutorado, nas áreas de concentração em Engenharia da Construção, Geotecnia, Informações Espaciais e Sanitária e Ambiental. Art. 3 0 - O Mestrado e o Doutorado terão duração mínima de 1 (um) e 2 (dois) anos e máxima de 3 (três) e 5 (cinco) anos, respectivamente, contados da data da admissão do estudante no Programa, de acordo com o Art. 3 do Capítulo I do Regimento da Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Art. 4 0 - Para obter o título de Magister Scientiae (M.Sc.) ou Doctor Scientiae (D.Sc.), além de outras exigências, o estudante deverá cursar disciplinas de pósgraduação, de acordo com o Art. 4 do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Art. 5 0 - Para obter o título de Magister Scientiae, além de outras exigências, o estudante deverá completar, no mínimo, 24 (vinte e quatro) créditos em disciplinas do Programa, com pelo menos 50% dos créditos obtidos em disciplinas da área de concentração. Para obter o título de Doctor Scientiae, além de outras exigências, o estudante deverá completar, no mínimo, 24 (vinte e quatro) créditos, caso possua o título de Mestre ou Magister Sciantiae, ou 48 (quarenta e oito) créditos em disciplinas de pós-graduação do Programa, com pelo menos 50% dos créditos obtidos em disciplinas da área de concentração. Parágrafo único - Poderão ser aproveitados créditos de disciplinas de Programa Stricto Sensu da Universidade Federal de Viçosa ou de outra instituição de ensino, desde que atendendo ao disposto nos Capítulos XI e XII do Regimento de Pós- Graduação Stricto Sensu da UFV.
CAPÍTULO III DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA Art. 6 0 As atividades didático-científico serão coordenadas pela Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, composta por: (i) 1 (um) coordenador; (ii) 3 (três) representantes dos professores, com os respectivos suplentes; e 1 (um) representante dos estudantes, com o respectivo suplente. Parágrafo único os quatro professores que compõem a Comissão Coordenadora (o coordenador e os demais três professores com os seus respectivos suplentes) deverão representar diferentes áreas de concentração do programa. O coordenador deverá ser, também, o representante de sua área de concentração. CAPÍTULO IV DA ADMISSÃO AO PROGRAMA Art. 7 0 - Poderão ser admitidos no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil: a) para o nível de Mestrado, os candidatos que concluíram o curso de graduação em áreas afins às áreas de atuação do Programa, desde que suas candidaturas sejam aprovadas pela Comissão Coordenadora, ouvidas as respectivas áreas de concentração; b) para o nível de Doutorado, os portadores de título de mestre, sendo que, excepcionalmente, esta exigência poderá ser dispensada, de acordo com o parágrafo único do Art. 22 do Capítulo V do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Art. 8 0 Para a inscrição, o candidato deverá apresentar os documentos listados no Art. 23 do Capítulo V do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Art. 9 0 O período de inscrição será fixado no Calendário Escolar da Universidade Federal de Viçosa. Art. 10 - Na seleção dos candidatos, serão considerados: avaliação do curriculum vitae, de acordo com os critérios a serem disponibilizados na página e na secretaria do Programa; cartas de referência e plano de trabalho ou projeto de pesquisa (Mestrado) ou projeto de pesquisa (Doutorado). Adicionalmente, a critério de cada área, poderão ser exigidas outras formas de avaliação. Na seleção será respeitado o disposto nos Artigos 25, 26 e 27 do Capítulo V do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. 2
CAPÍTULO V DA MATRÍCULA Art. 11 - Em cada período letivo, na época fixada no Calendário Escolar, o estudante deverá requerer sua matrícula na Universidade, em conformidade com o Capitulo VI, Artigos 28, 29, 30, 31, 32 e 33 do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Art. 12 - Não será permitido, a qualquer estudante, cursar disciplina na qual não esteja regularmente matriculado. Art. 13 _ A critério da Comissão Coordenadora e do orientador poderá ser solicitado ao estudante que curse disciplinas de nivelamento. CAPÍTULO VI DO REGIME DIDÁTICO Art. 14 - O estudante e o seu orientador deverão selecionar o elenco de disciplinas que irá compor o Plano de Estudos, a ser aprovado pelo Coordenador do Programa e pelo Presidente do Conselho de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Parágrafo Único A definição da existência de disciplinas obrigatórias ficará a critério de cada área de concentração, e a lista das mesmas será disponibilizada na página e na secretaria do Programa. CAPÍTULO VII ORIENTAÇÃO DO ESTUDANTE Art. 15 - O aconselhamento didático-pedagógico do estudante será exercido pelo orientador e, subsidiariamente, pelos coorientadores, conforme estabelecido nos Artigos 46, 47, 48 e 49 do Capítulo VIII do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Art. 16 - A Coordenação do Programa, ouvidas as suas respectivas áreas de concentração, homologará um orientador para cada estudante, obedecendo aos interesses do estudante e do grupo de orientadores do Programa. Art. 17 - A composição da Comissão Orientadora poderá ser alterada mediante solicitação do estudante ou do orientador e concordância da Coordenação do Programa. 3
CAPÍTULO VIII DO PLANO DE ESTUDO Art. 18 - Antes do início do segundo período de estudos do estudante no Programa, este deverá encaminhar ao orientador o seu Plano de Estudo. Art. 19 - O Plano de Estudo relacionará, necessariamente, as disciplinas da área de concentração e do domínio conexo, conforme estabelecido nos Artigos 50, 51 e 52 do Capítulo IX do Regimento de Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. 1 o - Os alunos de Mestrado e de Doutorado deverão se matricular na disciplina CIV 797 Seminário, respectivamente, no 2º e no 3º períodos letivos após ingresso no Programa. Eles deverão, também, se matricular na disciplina CIV 799 Pesquisa, respectivamente, a partir do 2º e do 3º períodos letivos após ingresso no Programa. 2 o - Os alunos de Mestrado e de Doutorado deverão apresentar seminário sobre os seus projetos de pesquisa na disciplina CIV 797 Seminário, respectivamente, no decorrer do 2º e do 3º períodos letivos após ingresso no Programa, sendo a avaliação de desempenho realizada por banca examinadora nomeada pela Coordenação do Programa, ouvida a Comissão Coordenadora, e constituída por, no mínimo, 2 (dois) avaliadores, a qual conferirá o conceito Satisfatório ou Não Satisfatório. Este conceito terá, também, validade para a disciplina CIV 799 Pesquisa. Ao aluno que obtiver o conceito Não Satisfatório na avaliação do seu projeto de pesquisa, será facultada a sua reapresentação nos moldes anteriores no decorrer do mesmo período letivo em que estiver matriculado na disciplina CIV 797, sendo que a banca examinadora lhe conferirá o conceito Satisfatório ou Não Satisfatório que terá, também, validade para a disciplina CIV 799 Pesquisa. 3 o - Os alunos de Mestrado e de Doutorado deverão registrar os seus projetos de pesquisa no Conselho de Pesquisa da UFV, respectivamente, até o final do 2º e do 3º períodos letivos após ingresso no Programa, condicionado à aprovação dos mesmos na disciplina CIV 797 Seminário. 4 o Ouvidos os respectivos orientadores, os alunos de Mestrado e de Doutorado poderão receber o conceito Não Satisfatório na disciplina CIV 799 Pesquisa ao término do 4º (Mestrado) e do 8º (Doutorado) períodos letivos, caso não haja previsão de término dos seus trabalhos até o 24º e o 48º meses após ingresso no Programa, respectivamente, para o Mestrado e para o Doutorado. Ouvidas as Comissões Orientadoras, esta regra será aplicada novamente ao fim do 5º e do 9º períodos letivos após ingresso do aluno no Programa, respectivamente, para o Mestrado e o Doutorado. 4
CAPÍTULO IX DA EXIGÊNCIA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA Art. 20 - Os candidatos ao título de Magister Scientiae e Doctor Scientiae deverão demonstrar capacidade de leitura e compreensão de língua estrangeira, obedecido ao disposto nos Artigos 53, 54 e 55 do Capítulo X do Regimento da Pós- Graduação Stricto Sensu da UFV. CAPÍTULO X DO EXAME DE QUALIFICAÇÃO Art. 21 - Todo estudante candidato ao título de Doctor Scientiae deverá submeter-se a um Exame de Qualificação, em conformidade com o Capítulo XIII do Regimento da Pós-Graduação Stricto Sensu da UFV. Art. 22 A Banca Examinadora de 5 (cinco) membros será constituída de portadores do título de Doutor e presidida pelo orientador do candidato. Art. 23 - O Presidente da Banca Examinadora comunicará ao candidato e aos demais membros a data, o horário e o local das provas. Art. 24 - O Exame de Qualificação constará de uma avaliação do tema que o candidato pretende desenvolver na sua tese de doutorado, podendo, a critério da Comissão Orientadora, incluir a avaliação de conhecimentos de matérias pertinentes à área de concentração do estudante. O exame será realizado em conjunto com a participação do candidato e dos 5 (cinco) examinadores. Cada Examinador disporá de um tempo pré-estabelecido para arguição do candidato. 1 o - O estudante candidato ao título de Doctor Scientiae deverá prestar o seu exame de qualificação em até, no máximo, 30 (trinta) meses após o início dos seus estudos no Programa. CAPÍTULO XII DA DISSERTAÇÃO OU DA TESE Art. 25 Os candidatos aos títulos de Mestre e de Doutor deverão preparar e defender, respectivamente, uma dissertação e uma tese e nelas serem aprovados, de acordo com os Artigos 79, 80, 81 e 82 do Capítulo XV do Regimento da Pós- Graduação Stricto Sensu da UFV. Parágrafo único - A dissertação e a tese somente poderão ser submetidas à defesa com o assentimento expresso da Comissão Orientadora. 5
Art. 26 Salvo situação excepcional de sigilo oficial dos resultados da pesquisa, reconhecido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, o estudante de Mestrado deverá depositar na secretaria do Programa, necessariamente antes da entrega da versão final de sua dissertação à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós- Graduação, cópia de, pelo menos, 1 (um) artigo técnico-científico referente à sua dissertação e documento comprobatório da sua submissão a um periódico nível A (A1 ou A2) ou B (B1, B2 ou B3), segundo a avaliação vigente do Qualis CAPES. Caso isto não ocorra, o orientador ou outro professor que tenha exercido a função de presidente da banca examinadora não poderá assinar a página de rosto da sua dissertação, inviabilizando, assim, a conclusão do seu programa de treinamento. Art. 27 Salvo situação excepcional de sigilo oficial dos resultados da pesquisa, reconhecido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, o estudante de Doutorado deverá depositar na secretaria do Programa, necessariamente antes da entrega da versão final de sua tese à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, cópia de, pelo menos, 2 (dois) artigos técnico-científicos referentes à sua tese e documentos comprobatórios das suas submissões a periódicos níveis A (A1 ou A2) ou B (B1, B2 ou B3), segundo a avaliação vigente do Qualis CAPES. Caso isto não ocorra, o orientador ou outro professor que tenha exercido a função de presidente da banca examinadora não poderá assinar a página de rosto da sua tese, inviabilizando, assim, a conclusão do seu programa de treinamento. CAPÍTULO XIII DA BOLSA DE ESTUDO Art. 28 - A Comissão Coordenadora, segundo a disponibilidade, concederá bolsa de estudo ao estudante matriculado no Programa. Parágrafo único - A bolsa pertence ao Programa e não ao estudante. Art. 29 - As bolsas não poderão ser concedidas após o 24º mês, no nível de Mestrado e após o 48º mês, no nível de Doutorado, contados a partir da data da admissão do estudante no Programa. Art. 30 Salvo os casos previstos na legislação vigente, a concessão da bolsa implica tempo integral, dedicação exclusiva ao Programa, ausência de vínculo empregatício e residência em Viçosa. Esta última exigência será relevada quando da realização da dissertação ou tese em outra Instituição e/ou outra localidade. Art. 31 - O estudante bolsista somente poderá afastar-se de Viçosa mediante consentimento do seu orientador, que deverá informar o fato à Comissão Coordenadora do Programa. Art. 32 - A bolsa poderá ser suspensa ou cancelada pela Comissão Coordenadora ou 6
pela Agência Financiadora, por motivos acadêmicos, disciplinares ou financeiros, não cabendo qualquer direito de indenização ao bolsista. Art. 33 - O trancamento de matrícula é motivo de suspensão imediata da bolsa, sem nenhum direito adquirido no eventual retorno do estudante. CAPÍTULO XIV DA TRANSFERÊNCIA DIRETA PARA O DOUTORADO Art. 34 A pedido do estudante de mestrado e do seu orientador, a Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil julgará pedidos de transferência direta de estudantes de mestrado para o doutorado com ou sem defesa de dissertação. Os requisitos mínimos para que esta transferência seja atendida são: a) o estudante ter integralizado todos os créditos exigidos para o mestrado em um período de 12 (doze) meses, exceto seminário; b) o estudante ter obtido coeficiente de rendimento acumulado maior ou igual a 2,8; c) o limite anual de promoções para os bolsistas do Programa é de até 10% do total de estudantes matriculados no mestrado, limitado a um número máximo de 5 (cinco) promoções anuais, obedecidas as exigências das agências de fomento. CAPÍTULO XV DO CREDENCIAMENTO E RECREDENCIAMENTO DE PROFESSORES ORIENTADORES Art. 35 Todo professor, pesquisador ou técnico com título de Doutor poderá ser credenciado como orientador do Programa, devendo apresentar à Comissão Coordenadora os seguintes documentos: a) solicitação formal de credenciamento dirigida ao (à) Coordenador (a) do Programa; b) cópia do diploma de Doutor; c) cópia do curriculum Lattes atualizado. Art. 36 O credenciamento e o descredenciamento de orientadores junto ao programa terão como base os níveis de produção intelectual mínima exigida por esse Regimento e a obrigatoriedade do fornecimento de todas as informações necessárias à avaliação do programa, em tempo hábil, para composição dos relatórios da CAPES. 1 o Entende-se por produção intelectual mínima no triênio a participação do docente como autor ou coautor de, pelo menos, 2 (dois) artigos técnico-científicos em periódico A (A1 ou A2) ou B (B1, B2 ou B3), segundo a avaliação vigente do Qualis CAPES. 7
Art. 37 Além dos critérios apresentados no Art. 36, os professores deverão, obrigatoriamente, ministrar aulas na pós-graduação e, ou na graduação. Art. 38 O credenciamento de orientador terá validade de 3 (três) anos e, havendo interesse do orientador e do Programa, a proposta de recredenciamento deverá ser encaminhada à Comissão Coordenadora. Nestes casos, o mesmo deverá comprovar que: a) completou a orientação de, pelo menos, um estudante nos últimos 3 (três) anos e estar orientando pelo menos um estudante; b) atendeu aos critérios estabelecidos no Capítulo XII e nos Artigos 36 e 37 do presente Regimento; c) manteve atualizado o seu curriculum Lattes. Art.39 Os casos omissos serão analisados pela Comissão Coordenadora. Art.40 Este Regimento entrará em vigor na data de sua aprovação pelo Conselho Técnico de Pós-Graduação. 8