Tema 8: Vocação - um novo relacionamento Deus se revela através dos outros
DEUS SE REVELA ATRAVÉS DOS OUTROS Ser Marista com os outros: Experimentar caminhos de vida marista comunitariamente INTRODUÇÃO Ser marista com os outros requer absorver o espírito de Marcelino Champagnat, compartilhando- -o e vivendo-o com aqueles que nos rodeiam. Significa estar ao redor da mesa onde as pessoas se reúnem para falar, rir, estar juntas. (...) A mesa de La Valla é um símbolo do relacionamento que nos une. É a partilha do Carisma e da Missão Maristas com os outros. [Adaptado de Em torno da mesma mesa, p. 59, n.78-80.] Viver com outras pessoas o carisma Marista não restringe, a experiência comunitária apenas às pessoas as quais dividimos a mesma casa, seja família ou comunidade de irmãos. Viver hoje o carisma marista significa abrirmos, como em centros concéntricos, a todas as pessoas que compartilham conosco o espirito marista. (Viver com os outros o carisma marista, p.4) EXPERIÊNCIA HUMANA Reflexão de uma leiga marista: Nunca trabalhei com os Irmãos sob o mesmo teto, mas a minha experiência com eles tem sido como viver juntos, como uma família. O espírito acolhedor e a coragem de relevar a fraqueza dos outros têm sido experiências fortes de ser/viver/trabalhar juntos. Minha experiência de 20 anos com os Irmãos me tornou profundamente simples e isso é o que se destaca para mim na nossa vida de Irmãos e Leigos, como filhas e filhos de Champagnat. A experiência de estar juntos como Maristas tem sido como o vínculo da folha e do tronco de uma árvore. Um dá vida ao outro. Da mesma forma, essa experiência foi dando vida: uma verdadeira experiência de ser uma família. (Sra. Rubina Javed, Colégio Católico de Sargodha, Paquistão). ILUMINAÇÃO DA FÉ: OPÇÃO 1: Leitura das Escrituras - Atos 4: 32-35 Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham. Com grande poder os apóstolos continuavam a testemunhar da ressurreição do Senhor Jesus, e grandiosa graça estava sobre todos eles. 2 Fases Local e Provincial/Distrital: orientações e subsídios
Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um. OPÇÃO 2: Água da Rocha (p. 56-58) 95. A mensagem de Jesus é simples, mas provocadora: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Jesus não prega apenas a união, vive-a. Em sua essência, o cristianismo é comunhão que se concretiza no amor ao próximo. Em Cristo, descobrimos que uma missão comum nos une em comunidade e, por sua vez, a comunidade nos impele à missão. 96. Para construir comunidades e estabelecer estruturas que sustentem a sua vitalidade, devemos partilhar e viver uma espiritualidade. A espiritualidade Marista reconhece a comunidade como espaço privilegiado, onde cada pessoa e Deus se revelam através dos outros. 97. A espiritualidade Marista celebra o mistério da Santíssima Trindade que habita em nós e no coração das outras pessoas. Ela permite-nos sentir com os nossos irmãos e as nossas irmãs, levando-nos a partilhar as suas vidas e criar vínculos de amizade. Esta espiritualidade ajuda-nos a reconhecer a beleza e a bondade nos outros e a abrir-lhes um espaço nas nossas vidas. Deste modo, um grupo de pessoas vai progressivamente crescendo em comunidade, com um só coração e um só espírito. 98. Marcelino mostra-nos como devemos formar comunidades de missão e viver nelas. O próprio nome que escolheu para o seu Instituto Pequenos Irmãos de Maria sintetiza os elementos fundamentais da identidade da sua comunidade: a virtude evangélica da simplicidade, o apelo à fraternidade e a contemplação da pessoa de Maria. 99. Esta identidade expressa-se especialmente na prática das pequenas virtudes. Para Marcelino, esta prática é o modo de viver as atitudes de Maria no quotidiano das nossas vidas. Ele estava convencido de que estas virtudes ou atitudes são expressões de amor geradoras de vida. 100. Marcelino acreditava que, ao construir a casa, construía, ao mesmo tempo, a comunidade. Gostava de passar o Verão em L Hermitage, com os Irmãos, que vinham fazer o retiro anual, descansar, estudar e revigorar-se. Ao viver o ritmo da comunidade, tanto em La Valla como em L Hermitage, Marcelino animava e nutria a vida comunitária com o seu exemplo, dedicando- se pessoalmente ao trabalho manual e à oração em comunidade. 101. Num mundo ávido de sentimentos de unidade e de pertença, o lar é um símbolo poderoso. Famílias e comunidades tornam-se lugares cruciais para as pessoas poderem crescer, apoiar-se, cuidar-se e renovar o seu ânimo. 3 Fases Local e Provincial/Distrital: orientações e subsídios
102. Todas as nossas relações são enriquecidas quando Maria inspira o nosso modo de ser e de estar com os outros. Com Maria, aprendemos a expressar o amor de Deus em todas as relações da nossa vida pessoal e comunitária. Aprendemos, assim, a amar as pessoas, e a tornamo-nos sinais vivos da ternura do Pai. Questões para reflexão e partilha: 1. Você pode dar alguns exemplos de como a sua própria espiritualidade foi alimentada por membros desta comunidade? 2. Já vivenciou alguma experiência em uma comunidade marista, poderia compartilhá-la? 3. O que ajuda você a manter os seus relacionamentos autênticos, simples e acolhedores? APELOS PESSOAIS E COMUNITÁRIOS: Aqueles que vivem juntos e partilham o carisma do fundador são a comunidade, pelo testemunho do amor fraterno de pessoas consagradas, já é evangelizadora no seio da Igreja local. (Constituições 58). Em Evangelizadores entre os Jovens somos lembrados de que, sem dúvida alguma, independentemente das formas, a proximidade e o comprometimento com os jovens representam o melhor modelo de evangelização. Isso foi confirmado pelos jovens que participam de nossas propostas da Pastoral Juvenil Marista em diferentes cantos do mundo : (Se houver jovens presentes, eles podem ler, em voz alta, os itens relacionados abaixo, fazendo uma pausa entre cada um para reflexão. Se não houver jovens presentes, a atividade ainda pode ser realizada, projetando, com base em experiências vividas, o que os jovens diriam.) OBRIGADO... Pela confiança em nós depositada. Por abrir-nos um mundo que às vezes não conhecemos e ajudar-nos a conhecer os demais e nós mesmos. Pela oportunidade de conhecer Jesus e o carisma marista, e por mostrar-nos um Deus que não está longe, lá no céu, mas sim conosco. Por ajudar-nos a crescer humana e espiritualmente, por entender--nos, apoiar-nos e acompanhar-nos em nosso caminho e na procurade nossos sonhos. Pela presença em nossas alegrias e tristezas, e pelo carinho, compreensão e ajuda prestada em todos os momentos, especialmente quando mais precisávamos. 4 Fases Local e Provincial/Distrital: orientações e subsídios
Por oferecer-nos um lugar para crescer como pessoas, onde aprendemos a cuidar, a amar e a valorizar nossas vidas. Por ensinar-nos o valor das pequenas coisas, pela paciência e vontade oferecida durante o nosso caminhar. Pelos bons momentos partilhados, por viver experiências que foram muito significativas para nossas vidas. Pela amizade, a família, o serviço, a formação; por formar parte de nossas vidas e preocupar- -se por nós. Pela entrega, a constância, o carinho, o testemunho de amor e o tempo de suas vidas compartilhado conosco. Por continuar sonhando o sonho de Champagnat. Por ajudar-nos a descobrir a realidade. CELEBRAÇÃO Terminar a sessão selecionando dois ou três dos itens mais importantes, adicionando-lhes sugestões para aplicações práticas ou as expectativas que os jovens manifestam por essas ações. 5 Fases Local e Provincial/Distrital: orientações e subsídios