DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

Documentos relacionados
DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO IRRIGADO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

DENSIDADE DE SEMEADURA PARA TRIGO IRRIGADO SOB PIVÔ CENTRAL EM CRISTALINA - GO

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO APLICADO NA SEMEADURA

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

Produtividade de milho convencional 2B587 em diferentes doses de Nitrogênio

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

RESPOSTA DO MILHO SAFRINHA A DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DE POTÁSSIO

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO MAIS FÓSFORO APLICADOS NO PLANTIO

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

ESTUDOS DE CULTIVARES DE TRIGO SUBMETIDAS AO ESTRESSE HÍDRICO EM CASA DE VEGETAÇÃO

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

RESPOSTA DE MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis À ADUBAÇÃO, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

08 POTENCIAL PRODUTIVO DE CULTIVARES DE SOJA

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

l«x Seminário Nacional

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS E DENSIDADES DE SEMEADURA DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA

RENDIMENTO DE GRÃOS E EFICIÊNCIA DE USO DE NITROGÊNIO NA CULTURA DO TRIGO EM DUAS REGIÕES DO RIO GRANDE DO SUL

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Espaçamento alternado e controle de crescimento do feijoeiro com aplicação do fungicida propiconazol

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO

Controle da Mancha-em-Rede (Drechslera teres) em Cevada, Cultivar Embrapa 129, com os Novos Fungicidas Taspa e Artea, no Ano de 1998

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

DOSES E FONTES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

Avaliação da performance agronômica do híbrido de milho BRS 1001 no RS

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

RELATÓRIO TÉCNICO WISER TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DA UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA WISER NA CULTURA DO MILHO

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

ENSAIO PRELIMINAR DE CEVADA, ENTRE RIOS - GUARAPUAVA/PR

DESEMPENHO DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS, EM DOURADOS, MS

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

Palavras-chave: cultivares de milho, efeito residual de adubos.

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

Avaliação de cultivares de milho com e sem pendão visando a produção de minimilho na região Norte do estado de Minas Gerais 1

Palavras-Chave: Adubação mineral. Adubação orgânica. Cama de Peru. Glycine max.

ADUBAÇÃO NITROGENADA DE COBERTURA E FOLIAR ASSOCIADAS A DOIS TIPOS DE COBRETURA MORTA NA PRODUTIVIDADE DE FEIJÃO (Phaseolus vulgaris)

Palavras-chave: Zea mays L., densidade populacional, nitrogênio, produção.

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

CEP , Aquidauana, MS. 3 UNESP Ilha Solteira, Rua 3, nº 100, CEP , Ilha Solteira, SP.

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA COM POPULAÇÕES DE PLANTAS DE FORRAGEIRAS PERENES

Gessi Ceccon, Luís Armando Zago Machado, (2) (2) (3) Luiz Alberto Staut, Edvaldo Sagrilo, Danieli Pieretti Nunes e (3) Josiane Aparecida Mariani

AVALIAÇÃO DO MILHO SAFRINHA SOB DOIS NÍVEIS DE ADUBAÇÃO EM SETE LAGOAS MG

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

LEANDRO ZANCANARO LUIS CARLOS TESSARO JOEL HILLESHEIM LEONARDO VILELA

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

DESEMPENHO NA PRODUÇÃO DE FORRAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587 SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GIRASSOL EM SAFRINHA DE 2005 NO CERRADO NO PLANALTO CENTRAL

Resultados de Experimentação e Campos Demonstrativos de Trigo 2012

Genótipos de trigo irrigado para panificação, em dois locais de Minas Gerais, no ano de 2010

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587PW SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO EM ADUBAÇÃO DE COBERTURA

Efeito da Densidade de Plantas nas Características Biométricas e na Produtividade de Grãos de Milho no Sul de Minas Gerais

RENDIMENTO DE FEIJÃO CULTIVADO COM DIFERENTES FONTES DE ADUBOS VERDES NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE COBERTURA NITROGENADA.

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

Eficiência agronômica de inoculante líquido composto de bactérias do gênero AzospirÜ!um

AVALIAÇÃO AGRONÔMICA DOS FOSFATOS NATURAIS DE ARAD, DE DAOUI E DE GAFSA EM RELAÇÃO AO SUPERFOSFATO TRIPLO. Resumo

RESPOSTA DE HÍBRIDOS DE MILHO AO NITROGÊNIO EM COBERTURA

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM Azospirillum E NITROGÊNIO EM COBERTURA NO MILHO SAFRINHA

Arranjo espacial de plantas em diferentes cultivares de milho

FATORES FITOMÉTRICOS DA CULTIVAR DE MILHO DKB390 PARA SILAGEM SOB DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

Comportamento de genótipos de trigo para macarrão, em dois locais de Minas Gerais, no ano de 2009

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS

MILHO SAFRINHA SOLTEIRO E CONSORCIADO COM POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIA EM SEMEADURA TARDIA

EFEITO DE FONTES E DOSE DE NITROGÊNIO APLICADOS NO MILHO SAFRINHA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA E NA SOJA SUBSEQUENTE 1

DENSIDADE DE SEMEADURA E POPULAÇÃO INICIAL DE PLANTAS PARA CULTIVARES DE TRIGO EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

CALAGEM E GESSAGEM DE SOLO CULTIVADO COM ALGODÃO NO CERRADO DE RORAIMA 1 INTRODUÇÃO

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO E DE ROTA CÃO COM CULTURAS ,(, PRODUTORAS DE GRAOS NO INVERNO E NO VERÃO

MOMENTO DE APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO EM COBERTURA EM TRIGO: QUALIDADE TECNOLÓGICA E RENDIMENTO DE GRÃOS

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde.

PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA SOB INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E DOSES DE MATERIAL HÚMICO

Rendimento e caraterísticas agronômicas de soja em sistemas de produção com integração lavoura-pecuária e diferentes manejos de solo

INTERFERÊNCIA DA VELOCIDADE E DOSES DE POTÁSSIO NA LINHA DE SEMEADURA NA CULTURA DO MILHO

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE FOSFATO MONOAMÔNICO. Rodrigues Aparecido Lara (2)

Doses e épocas de aplicação do nitrogênio no milho safrinha.

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA

Resposta do Milho Irrigado à Adubação Nitrogenada em Sucessão ao Nabo Forrageiro como Cobertura de Solo no Inverno.

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

Transcrição:

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF Jorge Henrique Chagas 1 ; Júlio César Albrecht 2 ; João Leonardo Fernandes Pires 1 ; Márcio Só e Silva 1 e Joaquim Soares Sobrinho 1 1 Pesquisador, Embrapa Trigo, Rod. BR 285, km 294, CEP 99.001-970, Passo Fundo-RS; 2 Pesquisador, Embrapa Cerrados, BR 020, Km 18, CEP 73.310-970, Planaltina-DF. E-mail: jorge.chagas@embrapa.br A inserção do trigo no Cerrado, segundo Teixeira Filho et al. (2010), contribui para diversificar os sistemas produtivos regionais. Os autores afirmam ainda, que para obter rendimento de grãos elevado de trigo é essencial o manejo adequado da adubação nitrogenada. Um dos problemas do cultivo do trigo de sequeiro é a brusone, principal doença do trigo de expressão econômica no Cerrado (Pires et al., 2011). Segundo Sentelhas et al. (1993), o adensamento da cultura pode afetar parâmetros como a umidade do ar, temperatura e período de molhamento, que podem interferir nos processos epidemiológicos. Deste modo, objetivou-se avaliar a resposta de cultivares de trigo a diferentes densidades de semeadura e doses de nitrogênio em cobertura quando cultivadas em sistema de sequeiro sem irrigação, no período da safrinha de fevereiro a julho. Um experimento foi conduzido no ano de 2013, na área experimental da Embrapa Cerrados em Planaltina - DF, localizada nas coordenadas 15 o 36' de latitude sul e 47 o 42' de longitude oeste e altitude de 1.007 m acima do nível do mar, com classificação climática de Köppen do tipo Cwa - Tropical de altitude com inverno seco. A análise química do solo, de 0 a 20 cm, revelou: ph (H2O) = 5,2; Ca 2+, Mg 2+, K, Al 3+, H+Al 3+ = 0,4; 0,3; 0,3; 0,8; 4,0 cmolc dm -3 ; P = 38,9 mg dm -3 ; CTC = 5,04 cmolc dm -3 ; soma de bases = 1,04 cmolc dm -3 ; V = 21% e matéria orgânica = 29,9 g kg -1. A análise granulométrica apresentou argila = 315 g kg -1, o silte = 175 g kg -1 e areia = 510 g kg -1. As precipitações pluviais durante a

condução do experimento foram: 129,5 mm em março, 97,4 mm em abril, 18,9 mm em maio e 51,1 mm em junho. A semeadura foi realizada mecanicamente no dia 08 março de 2013, com espaçamento entre linhas de 20cm, no sistema de plantio direto, sob palhada de soja. Foram estudadas as cultivares BR 18, BRS 264 e MGS - Brilhante. A adubação de semeadura consistiu de 300 kg ha -1 de adubo de fórmula comercial N-P2O5-K2O 04-30-16. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, em parcelas subdivididas e quatro repetições. A parcela principal foi constituída por quatro densidades de semeadura (150, 250, 350 e 450 sementes m -2 ) e a subparcela por quatro diferentes doses de nitrogênio (0, 30, 60 e 90 kg de N ha -1 ) aplicadas em cobertura. Cada subparcela foi constituída de 5 linhas de 6 metros de comprimento com área total de 6 m 2 e área útil de 5,0 m 2 (5,0 x 1,0m). Após 15 dias da germinação, as diferentes doses de nitrogênio, na forma de sulfato de amônio, foram aplicadas em cobertura. Em pré-semeadura foi aplicado o herbicida glifosato na dose de 2,0 L ha -1 e em pós-emergência 5 g ha - 1 de Metsulfuron-metil e 0,2 L ha -1 de Clodinafop-propargil, uma aplicação de 1 L ha -1 de Clorpirifós e duas de fungicidas, 1 L ha -1 de Piraclostrobina+Epoxiconazol e 0,75 L ha -1 de Tebuconazol. Todas aplicações foram realizadas com 250 litros de calda. Foram realizadas as seguintes avaliações: rendimento de grãos (kg ha -1 ); peso hectolítrico (kg hl -1 ) e a incidência de brusone (%). O peso hectolítrico (PH) foi quantificado por meio do aparelho Agrologic AL - 101, aferido. A incidência de brusone foi avaliada pela relação percentual entre o número de espigas sadias e espigas infectadas. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa Sisvar, versão 4.2 (Ferreira, 2003). Os dados foram submetidos à análise de variância com teste F e análise de regressão, a 5% de probabilidade. Os resultados da cultivar BR 18 mostraram que para o rendimento de grãos (RG) a interação foi significativa entre as densidades de semeadura e as doses de nitrogênio (Tabela 1), onde as densidades de 150, 250 e 350 sementes m -2 tiveram uma resposta quadrática em relação as doses de N, com um RG máximo nas doses de 70, 53 e 35 kg de N ha -1, respectivamente (Tabela 2). Já o PH diminuiu linearmente com o aumento da densidade e das doses de N enquanto a

incidência de brusone aumentou com o aumento da densidade e das doses de N (Tabela 1). Na cultivar MGS Brilhante, a interação foi significativa para o RMG e a incidência de brusone. O PH também diminuiu com o aumento da densidade e das doses de N (Tabela 1). O RG nas densidades de 150, 250 e 450 sementes m - 2 teve uma resposta quadrática com um máximo alcançado nas doses de 75, 53 e 49 kg de N ha -1 respectivamente. A incidência de brusone, nas densidades de 350 e 450 sementes m -2 mostrou um aumento linear da infecção com o aumento das doses de N (Tabela 2). Já a cultivar BRS 264, as interações nas variáveis RG, PH e incidência de brusone foram significativas (Tabela 1). O aumento das doses de N provocou uma resposta quadrática nas densidades de 150 e 250 e uma resposta linear crescente na densidade de 450 sementes m -2 no RG. O PH diminuiu apenas na densidade de 450 sementes m -2. A incidência não foi significativa apenas na densidade de 250 sementes. Nas outras densidades foi observado um aumento crescente com o aumento das doses de N (Tabela 2). Esses resultados estão de acordo com Vieira et al. (1995), onde as cultivares responderam diferentemente as doses de nitrogênio. Respostas positivas quanto ao rendimento de grãos e negativas quanto ao PH, ao aumento das doses de nitrogênio, também foram relatadas por Teixeira Filho et al. (2010). O aumento da incidência de brusone com o aumento da densidade de semeadura e das doses de N neste ensaio pode ser devido à alteração provocada pelos fatores nos processos epidemiológicos da doença, conforme explica Sentelhas et al. (1993). Em conclusão, as cultivares tiveram melhores rendimentos de grãos em densidades igual ou inferior que 250 sementes m -2. O PH diminuiu com o aumento da densidade e das doses de N. A incidência de brusone aumentou com o aumento das densidades e das doses de N. Referências bibliográficas FERREIRA DF. 2003. SISVAR (Sistema para Análise de Variância) para Windows, versão 4.2. Lavras: DEX/UFLA.

PIRES, J.L.; VARGAS, L.; CUNHA, G.R. Da. Trigo no Brasil: bases para produção competitiva e sustentável. Passo Fundo, RS: Embrapa Trigo, p. 488, 2011. SENTELHAS, P.C.; PEDRO JÚNIOR, M.J.; FELÍCIO, J.C. Efeitos de diferentes condições de irrigação e densidade de semeadura no microclima e na ocorrência de Helmintosporiose e de Oídio em trigo. Bragantia, Campinas, 52(1)45-52. 1993. TEIXEIRA FILHO, M. C. M.; BUZETTI, S.; ANDREOTTI, M.; ARF, O.; BENETT, C. G. S. Doses, fontes e épocas de aplicação de nitrogênio em trigo irrigado em plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 45, n. 8, p. 797-804, 2010. VIEIRA, R.D.; FORNASIERI FILHO, D.; MINOHARA, L.; BERGAMASCHI, M.C.M. Efeito de doses e épocas de aplicação de nitrogênio em cobertura na produção e na qualidade fisiológica de sementes de trigo. Científica, v. 23, n. 2, p. 257-264, 1995. Tabela 1. Rendimento de grãos (RG), peso hectolítrico (PH) e incidência de brusone nas cultivares de trigo BR 18, Brilhante e BRS 264 submetidas a diferentes densidades de semeadura e doses de nitrogênio aplicadas em cobertura. Planaltina - DF, 2013. BR 18 Média RG (kg ha -1 ) *x x x x x x x x 2167,71 PH (kg hl -1 ) ** y = - 0,004019x + 83,1665 R 2 = 94,72% ** y = - 0,006562x + 82,25 R 2 = 91,66% 81,96 Incidência (%) ** y = 0,01199x - 0,06834 R 2 = 98,48% ** y = 0,02161x + 2,55 R 2 = 83,20% 3,52 MGS - Brilhante Média RG (kg ha -1 ) *x x x x x x x x 1913,14 PH (kg hl -1 ) ** y = - 0,006737x + 82,19 R 2 = 97,72% ** y = - 0,0227x + 81,20 R 2 = 94,61% 80,17 Incidência (%) *x x x x x x x x 5,76 BRS 264 Média RG (kg ha -1 ) *x x x x x x x x 2608,27 PH (kg hl -1 ) *x x x x x x x x 76,73 Incidência (%) *x x x x x x x x 12,94 * Interação dos fatores significativa a 5% de probabilidade. ** Regressão do efeito simples significativo a 5% de probabilidade.

Tabela 2. Desdobramento das interações, doses de nitrogênio dentro de cada densidade de semeadura. Planaltina - DF, 2013. BR 18 150 * y = - 0,1128x 2 + 15,74x + 2095,65 R 2 = 96,31 2448,77 250 * y = - 0,1316x 2 + 13,92x + 2264,15 R 2 = 95,19% 2476,19 350 * y = - 0,1080x 2 + 7,00x + 2081,72 R 2 = 90,69% 2056,39 450 1828,73 1643,64 1679,73 1605,92 1689,50 MGS - Brilhante 150 * y = - 0,078x 2 + 11,69x + 1764,68 R 2 = 74,48% 2045,23 250 * y = - 0,107x 2 + 11,46x + 1942,21 R 2 = 98,91% 2119,63 350 1748,58 1805,99 1776,25 1792,67 1780,88 450 * y = - 0,094x 2 + 9,27x + 1585,72 R 2 = 96,75% 1706,83 Incidência de brusone (%) 150 1,00 1,52 2,24 1,92 1,68 250 1,72 3,42 3,34 3,80 3,07 350 y = 0,0423x + 5,71 R 2 = 83,42% 7,62 450 y = 0,0832x + 6,94 R 2 = 96,58% 10,61 BRS 264 150 * y = - 0,13x 2 + 21,06x + 2003,54 R 2 = 98,41% 2517,76 250 * y = - 0,15x 2 + 22,26x + 2310,97 R 2 = 98,97% 2820,27 350 2803,80 2721,46 2639,12 2556,78 2680,29 450 * y = 5,47x + 2168,54 R 2 = 99,11% 2414,80 Peso hectolítrico (kg hl -1 ) 150 77,80 77,35 77,92 76,45 79,38 250 76,52 76,25 75,17 74,32 77,57 350 73,85 71,87 73,75 72,05 74,88 450 y = - 0,07875x + 78,65 R 2 = 93,49% 75,11 Incidência de brusone (%) 150 * y = 0,066x + 6,17 R 2 = 90,24% 9,15 250 10,67 10,54 11,42 12,61 11,32 350 * y = 0,0651x + 9,62 R 2 = 96,80% 12,56 450 * y = 0,1864x + 10,35 R 2 = 97,64% 18,75 * Regressão significativa a 5% de probabilidade. As médias na linha não diferem entre si pela análise de regressão a 5% de probabilidade.