Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS #BemVindoAoNovo

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Transcrição:

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS - 2017 #BemVindoAoNovo

São Paulo Corporate Towers Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1909 Torre Norte São Paulo SP - Brasil CEP 04543-011 Tel: (5511) 2573-3000 ey.com.br Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras consolidadas Aos Acionistas e Administradores do Banco do Estado de Sergipe S.A. - Banese Opinião Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco do Estado de Sergipe S.A. ( Banco ) e empresas controladas, que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco do Estado de Sergipe S.A e suas controladas em 31 de dezembro de 2017, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standard Board (IASB). Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas. Somos independentes em relação ao Banco e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Uma empresa-membro da Ernst & Young Global Limited

Ênfase Realização do crédito tributário na controlada Conforme descrito nas Notas Explicativas nº 2.1 e 31b, a controlada Sergipe Administradora de Cartões e Serviços Ltda. possui créditos tributários diferidos ativos de imposto de renda e contribuição social no montante total de R$ 44.173 mil, cuja realização está baseada em estudo de projeção de lucros tributáveis futuros aprovado pela Administração. A realização desses créditos tributários diferidos ativos no período estimado depende da materialização das projeções e do plano de negócios aprovado pela Administração. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto. Outros assuntos: Demonstrações financeiras individuais O Banco do Estado de Sergipe S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações financeiras individuais e consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, apresentadas separadamente, sobre as quais emitimos relatório de auditoria independente separado, não contendo nenhuma modificação, datado de 23 de fevereiro de 2018. Principais assuntos de auditoria Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. Para cada assunto abaixo, a descrição de como nossa auditoria tratou o assunto, incluindo quaisquer comentários sobre os resultados de nossos procedimentos, é apresentado no contexto das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. Nós cumprimos as responsabilidades descritas na seção intitulada Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas, incluindo aquelas em relação a esses principais assuntos de auditoria. Dessa forma, nossa auditoria incluiu a condução de procedimentos planejados para responder a nossa avaliação de risco de distorções significativas nas demonstrações financeiras consolidadas. Os resultados de nossos procedimentos, incluindo aqueles executados para tratar os assuntos abaixo, fornecem a base para a nossa opinião de auditoria sobre as demonstrações financeiras consolidadas.

1. Planos de benefício pós emprego O Banco possui passivos relevantes relacionados a plano de benefício pós-emprego que, conforme mencionado na nota explicativa 27, compreendem benefícios de aposentadoria. Consideramos esse assunto como relevante em nossa auditoria devido à magnitude dos valores envolvidos e à complexidade dos modelos de avaliação dos passivos atuariais, que contemplam a utilização de premissas de longo prazo, tais como: tábua de mortalidade geral; crescimento salarial; taxa de desconto e inflação. Conforme descrito na nota explicativa 27, em 31 de dezembro de 2017, o saldo do passivo atuarial referente ao plano de benefício pós-emprego do Banco totalizava R$ 20.755 mil. Abordagem de auditoria: Analisamos, com o suporte de nossos especialistas atuários, a metodologia e as principais premissas utilizadas pela Administração na avaliação das obrigações atuarias decorrentes dos planos de benefício pós emprego, atentando para a acurácia matemática do cálculo e analisando a coerência dos resultados face aos parâmetros utilizados e às avaliações anteriores. Também fez parte dos procedimentos de auditoria, entre outros, os testes das bases de dados cadastrais utilizadas nas projeções atuariais e a suficiência das divulgações relacionadas aos planos de benefício pós emprego. Adicionalmente avaliamos a adequação das divulgações efetuadas pelo Banco na nota explicativas 27 às demonstrações financeiras consolidadas. Baseados no resultado dos procedimentos de auditoria efetuados para avaliação do passivo atuarial, que está consistente com a avaliação da Administração, consideramos que os critérios e premissas adotados pela Administração para apuração e reconhecimento do passivo atuarial, são aceitáveis no contexto das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. 2. Operações de crédito e provisão para créditos de liquidação duvidosa A Administração exerce julgamento para fins da determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa. Conforme divulgado na nota explicativa 6, em 31 de dezembro de 2017 o saldo bruto de operações de crédito é de R$ 2.398.332 mil, para o qual foi constituída provisão para créditos de liquidação duvidosa de R$ 50.193 mil, sendo que durante o exercício de 2017 foi reconhecido, pelo Banco, despesa com créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 93.453 mil.

Consideramos essa área como significativa em função: (i) da relevância do saldo de operações de crédito, sujeitas à avaliação de perda; (ii) das garantias recebidas para as operações de crédito concedidas, que podem impactar o nível de provisionamento a ser considerado; (iii) da situação econômica do País e do mercado em que os tomadores de crédito estão inseridos; (iv) julgamento da Administração em relação as provisões para impairment calculadas que determinam o nível de provisão mínimo individual por operação, tomador de crédito ou grupo econômico; e (v) do processo de reconhecimento da receita de juros com as operações de crédito; entre outros. Abordagem de auditoria: Nossos procedimentos de auditoria, abordaram entre outros, o entendimento do processo estabelecido pela Administração, bem como a realização de testes de controles relacionados com: (i) a originação das operações; (ii) a análise e aprovação de operações de crédito considerando os níveis de alçadas estabelecidas; (iii) atribuição de níveis de provisão por operação, tomador de crédito ou grupo econômico; (iv) análise de garantias recebidas; (v) atualização tempestiva de informações dos tomadores de crédito; (vi) reconhecimento de receitas de juros de operações em curso normal; (vii) suspensão do reconhecimento de receita sobre operações de crédito vencidas há mais de 59 dias; e (viii) a suficiência das divulgações em notas explicativas. Também realizamos, com base em uma amostra de operações de crédito, testes relativos a análise da documentação que consubstancia o nível de provisionamento determinado para os itens selecionados, recalculo da provisão para créditos de liquidação duvidosa com base na atribuição dos níveis de provisão por operação, tomador de crédito ou grupo econômico, confirmação de saldo diretamente com os tomadores de crédito selecionados mediante envio de carta de confirmação, recálculo do saldo em aberto na data-base do procedimento, além de testes de soma para confronto do total da base de dados com os registros contábeis e recalculo do total da provisão para crédito de liquidação duvidosa. Adicionalmente avaliamos a adequação das divulgações efetuadas pelo Banco na nota explicativas 6 às demonstrações financeiras consolidadas. Baseados no resultado dos procedimentos de auditoria efetuados sobre a carteira de operações de crédito e provisão para crédito de liquidação duvidosa, que está consistente com a avaliação da Administração, consideramos que os critérios e premissas adotados pela Administração para apuração e registro contábil das operações de créditos e da provisão para créditos de liquidação duvidosa, são aceitáveis no contexto das demonstrações financeiras consolidadas.

3. Ambiente de tecnologia As operações do Banco são extremamente dependentes do funcionamento apropriado da estrutura de tecnologia e seus sistemas, razão pela qual consideramos o ambiente de tecnologia como um dos principais assuntos de auditoria. Devido à natureza do negócio e volume de transações, a estratégia de auditoria é baseada na eficácia do mesmo. O Banco considera que o sucesso de suas atividades depende da melhoria e do aperfeiçoamento contínuo e integração de seus sistemas. Abordagem de auditoria: Avaliamos, com o suporte de nossos especialistas em tecnologia, os controles gerais de tecnologia para os sistemas considerados relevantes para o processo de auditoria, dando ênfase aos processos de gestão de mudanças e concessão de acessos. Também realizamos procedimentos quanto à efetividade dos controles automáticos relevantes que suportam os processos considerados significativos para as demonstrações financeiras. Nossos testes no desenho e operação dos controles gerais de tecnologia, bem como dos controles automatizados considerados relevantes no processo de auditoria, nos forneceram uma base para que pudéssemos manter a natureza, época e extensão planejadas de nossos procedimentos substantivos de auditoria. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras consolidadas A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), emitidas pelo emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, a administração é responsável pela avaliação da capacidade do Banco de continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar o Banco e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança do Banco e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras, e incluem a Administração e o Conselho Fiscal do Banco.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras consolidadas Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas, não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco e suas controladas. Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe uma incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional do Banco e suas controladas. Se concluirmos que existe uma incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar o Banco e suas controladas a não mais se manterem em continuidade operacional. Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações, e se as demonstrações financeiras consolidadas representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Fornecemos também aos responsáveis pela governança, declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras consolidadas do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público. São Paulo, 29 de março de 2018. ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC-2SP034519/O-6 Flávio Serpejante Peppe Contador CRC-1SP172167/O-6

BANCO DO ESTADO DE SERGIPE S.A (BANESE) Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 Conteúdo Relatório dos auditores independentes 3 Balanços Patrimoniais consolidados 5 Demonstrações consolidadas de resultado 7 Demonstrações consolidadas de resultados abrangentes 8 Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido 9 Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa método indireto 10 Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas: 1. Contexto operacional 11 2. Apresentação das demonstrações financeiras 11 3. Gerenciamento de riscos financeiros 27 4. Disponibilidades e reservas no Banco Central do Brasil 33 5. Ativos financeiros 33 6. Empréstimos e recebíveis 34 7. Imobilizado 37 8. Intangível 38 9. Impostos e contribuições a recuperar/compensar 39 10. Outros ativos 39 11. Depósitos, recursos de aceites e emissão de títulos e captação no mercado aberto 40 12. Outros passivos financeiros 40 13. Dívidas subordinadas 41 14. Provisões, passivos contingentes e obrigações legais 41 15. Obrigações fiscais 42 16. Outras obrigações 42 17. Patrimônio líquido 43 18. Receita líquida com juros 44 19. Receitas de tarifas e comissões 45 20. Ganhos (perdas) com ativos financeiros líquidos 45 21. Outras receitas (despesas) operacionais 45 22. Despesas com pessoal 46 23. Despesas administrativas 46 24. Depreciação e amortização 46 25. Despesas tributárias 47 26. Resultado por ação 47 27. Benefícios a empregados 47 28. Segmentos operacionais 50 29 Transações com partes relacionadas 51 30. Mensuração dos ativos financeiros 52 31. Imposto de renda e contribuição social 53 32. Capital regulatório 55 33. Outras informações 57 2

Balanços Patrimoniais Consolidados Ativo Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Valores expressos em milhares de reais R$, exceto quando indicado) Notas ATIVO Explicativas Caixa e equivalentes de caixa 4a 498.700 871.201 Depósitos em instituições financeiras 4b 600.724 232.925 Ativos Financeiros para Negociação 5a 990.102 586.220 Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento 5b 191.020 104.348 Empréstimos e Recebíveis 2.348.139 2.204.137 Operações de Crédito 6a 2.398.331 2.252.809 (-) Redução ao Valor Recuperável de Operações de Crédito 6e (50.192) (48.672) Ativos não-correntes disponíveis para venda 29.515 1.886 Imobilizado, liquido 7 81.127 78.339 Ativos Intangíveis, líquido 8 19.907 23.015 Tributos Diferidos 31b 102.732 98.998 Impostos e Contribuições a Compensar 9 21.500 35.281 Outros Ativos 10 231.584 182.569 TOTAL DO ATIVO 5.115.050 4.418.919 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 3

Balanços Patrimoniais Consolidados - Passivo e Patrimônio Líquido Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Valores expressos em milhares de reais R$, exceto quando indicado) Notas PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Explicativas Depósitos 11 3.864.640 3.278.150 Captação no Mercado Aberto 11 67.738 53.015 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 11 76.563 47.313 Outros passivos financeiros 12 80.771 91.183 Dívidas Subordinadas 13 146.432 137.507 Provisões 14 55.985 41.379 Obrigações Fiscais 15 82.469 85.973 Outras Obrigações 16 308.783 295.013 Total do Passivo 4.683.381 4.029.533 Patrimônio líquido Capital Social 232.000 232.000 Reserva de lucros 192.597 158.135 Participação de acionistas não Controladores 18.487 3.204 Outros resultados abrangentes (11.415) (3.953) Total do Patrimônio Líquido 17 431.669 389.386 Total do Passivo e Patrimônio Líquido 5.115.050 4.418.919 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 4

Demonstrações Consolidadas de Resultados Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Valores expressos em milhares de reais R$, exceto quando indicado) Notas Explicativas Receita com juros e similares 18 561.815 525.727 Despesa com juros e similares 18 (261.487) (291.543) RECEITA LÍQUIDA COM JUROS 300.328 234.184 Receita de tarifas e comissões 19 169.327 156.229 Despesa de tarifas e comissões (121) (107) Resultado das aplicações compulsórias 17.733 8.089 Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos 20 74.889 97.008 Resultado de instrumentos financeiros mantidos para negociação 74.889 97.008 Outras Receitas/(Despesas) Operacionais 21 153.245 174.548 TOTAL DE RECEITAS 715.401 669.951 Perdas com Redução ao Valor Recuperável de Ativos Financeiros (93.453) (75.499) Despesas com Pessoal 22 (208.248) (208.389) Despesas Administrativas 23 (167.855) (138.670) Despesa de Depreciação e Amortização 24 (19.805) (15.308) Despesas Tributárias 25 (54.793) (51.466) Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 171.247 180.619 Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes 31 (67.559) (62.005) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 31 (2.353) (5.128) Lucro Líquido do Exercício 101.335 113.486 Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores 86.052 87.004 Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Não Controladores 15.283 26.482 Lucro (Prejuízo) por Ação - Básico e Diluído Em reais 26 Ordinárias 6,63 7,42 Preferenciais 6,63 7,42 Quantidade Média de Ações em Circulação - Básica Ordinárias 7.642.545 7.642.545 Preferenciais 7.642.545 7.642.545 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 5

Demonstrações Consolidadas do Resultado Abrangente Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Valores expressos em milhares de reais R$, exceto quando indicado) Lucro Líquido do Exercício 101.335 113.486 Perdas (ganhos) atuariais com plano de previdência (7.462) 2.333 Resultado Abrangente 93.873 115.819 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 6

Demonstrações Consolidadas da Mutação do Patrimônio Líquido Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Valores expressos em milhares de reais R$, exceto quando indicado) Eventos Reservas de lucros Outros Lucros Total do Capital Resultados (prejuízos) social Legal Estatutária Outras Abrangentes acumulados Patrimônio Líquido Atribuível aos Controladores Total do Patrimônio Líquido Atribuível aos não Controladores Total do Patrimônio Líquido Saldos em 31.12.2015 232.000 20.471 60.281 6.117 (6.286) - 312.583-312.583 Lucro líquido do exercício - - - - - 87.004 87.004 26.482 113.486 Destinações: - Reserva legal (nota 17b.1) - 3.276 - - - (3.276) - - - - Reserva para margem operacional (nota 17b.2) - - 43.398 - - (43.398) - - - - Outras reservas - - - 21.480 - (21.480) - - - - Reservas Especiais de Lucros - dividendos adicionais propostos - - - 3.112 (3.112) - - - (nota 17b.3) - Dividendos obrigatórios (nota 17b.2) - - - - - (527) (527) - (527) - Juros sobre capital próprio - - - - - (15.211) (15.211) - (15.211) - Reversões por Ganhos em investimentos - - - - - - - (23.278) (23.278) - (Perdas) ganhos atuarias com plano de previdência - - - - 2.333-2.333-2.333 Saldos em 31.12.2016 232.000 23.747 103.679 30.709 (3.953) - 386.182 3.204 389.386 Lucro líquido do exercício - - - - - 86.052 86.052 15.283 101.335 Destinações: - Reserva legal (nota 17b.1) - 4.683 - - - (4.683) - - - - Reserva para margem operacional (nota 17b.2) - - 62.030 - - (62.030) - - - - Outras reservas (Reversão) - - - (7.609) - 7.609 - - - - Reservas Especiais de Lucros - dividendos adicionais propostos - - - 3.805 (3.805) - - - (nota 17b.3) - Dividendos obrigatórios (nota 17b.2) - - (28.447) - - - (28.447) - (28.447) - Juros sobre capital próprio - - - - - (23.143) (23.143) - (23.143) - (Perdas) ganhos atuarias com plano de previdência - - - - (7.462) - (7.462) - (7.462) Saldos em 31.12.2017 232.000 28.430 137.262 26.905 (11.415) - 413.182 18.487 431.669 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas. 7

Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa Método Indireto Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 (Valores expressos em milhares de reais R$, exceto quando indicado) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro Líquido Ajustado 223.060 171.612 Lucro Líquido 101.335 113.486 Ajuste ao Lucro Líquido 121.725 58.126 Perda por Redução ao Valor Recuperável do Ativo 93.453 75.499 Depreciações e Amortizações 19.805 15.308 Ajuste de Provisão para Passivos Trabalhistas, Cíveis e Fiscais 15.668 13.417 Reversão de outras provisões operacionais (7.462) (28.878) Ativo Fiscal Diferido (3.734) 1.892 Ganho ou Perda de Capital 3.233 3.330 Resultado de Participação em Controladas - (23.278) Provisão/(Reversão) para Créditos Vinculados-FCVS 762 836 Variação de Ativos e Passivos (533.411) 175.150 Depósitos em instituições financeiras (367.799) 45.073 Ativos Financeiros para Negociação (403.882) (72.916) Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento (86.672) 26.853 Empréstimos e Recebíveis (237.455) (147.936) Impostos e Contribuições a Compensar 13.781 (4.257) Outros ativos (49.015) (21.605) Ativos não-correntes disponíveis para venda (30.862) (2.064) Depósitos 586.490 472.754 Captação no Mercado Aberto 14.723 15.603 Outros Passivos Financeiros (10.412) (3.343) Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 29.250 (96.547) Obrigações Fiscais (3.504) 6.349 Provisões (1.062) (15.135) Outras Obrigações 13.008 (27.679) FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE DAS ATIVIDADE OPERACIONAIS (310.351) 346.762 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS Alienação de Imobilizado 4.525 3.630 Aquisição de Imobilizado (21.205) (18.903) Aplicações no Intangível (2.805) (3.214) Fluxo de caixa (utilizado) nas atividades de investimentos (19.485) (18.487) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS Dividendos e JCP pagos (51.590) (15.738) Dívidas subordinadas 8.925 (35.627) Fluxo de caixa (utilizado) nas atividades de financiamentos (42.665) (51.365) Aumento (diminuição) líquido de caixa e equivalentes de caixa (372.501) 276.910 AUMENTO (DIMINUIÇÃO) LÍQUIDO DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA (372.501) 276.910 Caixa e equivalente de caixa no início do exercício 871.201 594.291 Caixa e equivalente de caixa no fim do exercício 498.700 871.201 8

1. CONTEXTO OPERACIONAL O Banco do Estado de Sergipe S.A. (Banese), Instituição ou Banco é uma sociedade anônima de capital aberto controlada pelo Governo do Estado de Sergipe. Opera na forma de banco múltiplo e disponibiliza produtos e serviços bancários, por meio das carteiras de crédito comercial, desenvolvimento e imobiliário, além de contar com 63 agências no Estado de Sergipe. Como fonte de financiamento de suas operações, o Banese utiliza-se, além dos recursos dos acionistas (Patrimônio Líquido), de recursos obtidos principalmente com captações de depósitos à vista, poupança e depósitos a prazo, que incluem os depósitos judiciais. O Banese atua como banco oficial do Governo do Estado de Sergipe na administração dos recursos do Estado, assim como na prestação de serviços referentes às folhas de pagamento da administração direta e indireta. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2.1 Base de preparação das demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas do Banco foram preparadas de acordo com as International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB). As demonstrações financeiras consolidadas incluem o balanço patrimonial consolidado, a demonstração consolidada do resultado, a demonstração consolidada do resultado abrangente, a demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido, a demonstração consolidada dos fluxos de caixa e as notas explicativas. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas com base no custo histórico, exceto para os seguintes itens materiais no balanço patrimonial: ativos financeiros disponíveis para venda avaliados ao valor justo, ativos e passivos mantidos para negociação mensurados ao valor justo, e instrumentos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado, que são mensurados ao valor justo e, o passivo das obrigações por benefício definido é reconhecido pelo valor presente da obrigação do benefício definido menos o total líquido dos ativos do plano, mais os ganhos atuariais não reconhecidos, menos o custo dos serviços passados não reconhecido e menos as perdas atuariais não reconhecidas. O Banco classifica suas despesas pelo critério de natureza. A demonstração consolidada dos fluxos de caixa apresenta as alterações no caixa e equivalentes de caixa ocorridas no exercício, oriundas das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos. Caixa e equivalentes de caixa incluem investimentos de alta liquidez. A demonstração consolidada dos fluxos de caixa foi elaborada utilizando o método indireto. Portanto, o saldo de lucro antes dos impostos e da parcela de participação dos acionistas não controladores foi ajustado por transações que não afetam o caixa, tais como, provisões, depreciações, amortizações e perdas por valor não recuperável de empréstimos e adiantamentos. Os juros recebidos e pagos são classificados como de atividades operacionais, de financiamento ou investimento nos fluxos de caixa de acordo com a natureza correspondente nos ativos e passivos. A preparação das demonstrações financeiras consolidadas requer a adoção de estimativas e premissas que afetam os valores divulgados para ativos e passivos, bem como as divulgações de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações financeiras e da divulgação das receitas e despesas durante o exercício. As demonstrações financeiras consolidadas incluem várias estimativas e premissas, incluindo, mas não limitado à adequação da provisão para perdas por valor não recuperável de empréstimos e adiantamentos, estimativas de valor justo de instrumentos financeiros, depreciação e amortização, perdas por valor não recuperável dos ativos, vida útil dos ativos intangíveis, avaliação para realização de ativos fiscais, premissas para o cálculo das provisões técnicas de seguros, planos de previdência complementar e capitalização, provisões para contingências e provisões para potenciais perdas originadas de incertezas fiscais e tributárias. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações contábeis consolidadas estão divulgadas na Nota 2.4. 9

Base de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações Banese - Banco do Estado de Sergipe S.A., de sua controlada SEAC Sergipe Administradora de Cartões e Serviços Ltda. e dos fundos exclusivos de multimercado: Bozano Atalaia Crédito Privado Multimercado FI e Brasil Plural Bp Fic Fim Cred Priv. O Banese possui, sobre a SEAC, poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores, assim como controle operacional efetivo, caracterizada pela atuação no mercado sob a mesma marca ou nome comercial. O processo de consolidação das contas patrimoniais e de resultado corresponde à soma horizontal dos saldos das contas do ativo, do passivo, das receitas e despesas, segundo a sua natureza, complementada com as seguintes eliminações: Das participações no capital, reservas e resultados acumulados; Dos saldos de contas integrantes do ativo e/ou passivo, mantidas entre as empresas cujos balanços patrimoniais foram consolidados; e Dos efeitos decorrentes das transações realizadas entre essas instituições. Com o objetivo de recuperar a situação estável de patrimônio líquido negativo da SEAC, algumas medidas estão sendo adotadas, dentre elas: (i) reestruturação organizacional da SEAC; (ii) redução de custos operacionais e aumento das receitas através de parceria com empresa de recuperação de crédito e empresas de tecnologia na área automação de cartões de créditos. As demonstrações financeiras da controlada e dos fundos exclusivos utilizadas para fins de consolidação foram preparadas para os exercícios findos em dezembro de 2017 e 2016, utilizando práticas contábeis consistentes. Apresentamos na Nota 2.6 a reconciliação entre o patrimônio líquido e o lucro líquido em BRGAAP e em IFRS, na database de 31 de dezembro de 2017 e 2016. A diretoria do Banese autorizou a conclusão das presentes demonstrações financeiras em 29 de março de 2018, as quais consideram os eventos subsequentes ocorridos até esta data, que pudessem ter efeito sobre estas demonstrações financeiras consolidadas. 2.2 Resumo das principais práticas contábeis e financeiras a) Moeda funcional e de apresentação As informações financeiras estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional do Banese e suas controladas. b) Receitas e despesas As receitas e despesas são registradas de acordo com o regime de competência, observando o critério pro rata die. As operações de natureza financeira são atualizadas pelo método exponencial, com exceção daquelas relativas a títulos descontados, as quais são atualizadas pelo método linear. A Nota 18 Receita líquida com juros e similares contempla as receitas de juros com ativos financeiros que apresentam ou não redução do valor recuperável de ativos. 10

c) Transações em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e os passivos monetários expressos em moeda estrangeira são atualizados para Reais (R$) à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes dessa conversão são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado como Diferenças cambiais (líquidas). Os ativos e os passivos não monetários registrados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio da data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registrados pelo valor justo são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o valor justo foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas no resultado ou no patrimônio líquido, conforme aplicável. Doravante os exercícios de 2017 e 2016, o Banese e suas controladas não tiveram transações em moeda estrangeira. d) Caixa e equivalentes de caixa São representadas por caixa e equivalente de caixa, as disponibilidades (que compreendem caixa e contas corrente em bancos), e as aplicações interfinanceiras de liquidez, com vencimentos originais em até três meses da data da contratação e que apresentam risco insignificante de mudança de valor justo e são utilizados para gestão de caixa. As receitas de juros das aplicações interfinanceiras de liquidez são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado como Receita líquida com juros. e) Ativos e passivos financeiros O Banese classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. Nos exercícios de 2017 e 2016, o Banese e suas controladas não tiveram ativos financeiros classificados na categoria disponíveis para venda. e.1. Ativos financeiros Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Determinados títulos e valores mobiliários são registrados e avaliados pelo valor justo, sendo as respectivas modificações do valor justo reconhecidas imediatamente no resultado. Esses ativos podem ser subdivididos em três classificações distintas: ativos financeiros para negociação, outros ativos financeiros a valor justo por meio do resultado (quando do reconhecimento inicial) e instrumentos financeiros derivativos. Nos exercícios de 2017 e 2016 o Banese e suas controladas realizaram operações irrelevantes com instrumentos financeiros derivativos. 11

I. Ativos financeiros para negociação Os ativos financeiros para negociação são ativos mantidos pelo Banese com o propósito de negociação no curto prazo. Os ativos financeiros para negociação são inicialmente reconhecidos e avaliados pelo valor justo no balanço patrimonial consolidado e os custos de transação são registrados diretamente no resultado do exercício. Ganhos e perdas decorrentes de mudanças no valor justo são reconhecidos diretamente no resultado como Ganhos/(perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos. As receitas de juros de ativos financeiros para negociação são reconhecidas como Receita líquida com juros e similares. II. Outros Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado De acordo com o IAS 39, a opção de valor justo somente pode ser aplicada quando sua aplicação reduz ou elimina inconsistências financeiras no resultado ou quando os ativos financeiros fazem parte de uma carteira cujo risco é administrado e reportado à Administração com base no seu valor justo ou ainda quando estes ativos consistem em instrumento de dívida e em derivativo embutido que devem ser separados. Os ativos financeiros incluídos nesta categoria são reconhecidos inicialmente e subsequentemente pelo seu valor justo. Ganhos e perdas decorrentes de mudanças no valor justo são reconhecidas como Ganhos/ (perdas) com ativos financeiros líquidos. Nos exercícios de 2017 e 2016, o Banese e suas controladas não tiveram instrumentos financeiros classificados na categoria Outros ativos financeiros a valor justo por meio do resultado III. Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos do Banese são mantidos para fins de administração de riscos. As mudanças no valor justo são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado como Ganhos/(perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos. Durante os exercícios de 2017 e 2016 o Banese e suas controladas realizaram operações irrelevantes com instrumentos financeiros derivativos. Ativos financeiros disponíveis para venda São classificados como disponíveis para venda, os ativos financeiros não derivativos que serão mantidos por um período indefinido, que podem ser vendidos em resposta à necessidade de liquidez ou à mudança de taxa de juros, taxa de câmbio ou preços de ações. Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado como Receita líquida com juros. A parcela correspondente à variação no valor justo é lançada como componente do resultado abrangente, na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, sendo realizada contra resultado quando da sua liquidação ou por redução do valor recuperável quando for considerada permanente (impairment). Nos exercícios de 2017 e 2016 o Banese e suas controladas não possuíam ativos financeiros classificados como disponíveis para venda. 12

Ativos financeiros mantidos até o vencimento Os investimentos mantidos até o vencimento são ativos com pagamentos fixos ou determináveis e vencimento fixo que o Banese tem intenção e capacidade de manter até o vencimento, e que não são classificados a valor justo por meio do resultado nem como disponíveis para venda no reconhecimento inicial, nem atendem à definição de empréstimos e recebíveis. Os investimentos mantidos até o vencimento são contabilizados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa efetiva de juros. Qualquer venda ou reclassificação de um montante significativo de investimentos mantidos até o vencimento não próximos de seu vencimento resultará na reclassificação de todos os ativos mantidos até o vencimento para disponíveis para venda, e impedirá que o Banese classifique títulos de investimento como mantidos até o vencimento no exercício financeiro corrente e nos próximos dois subsequentes. Os juros sobre os ativos financeiros mantidos até o vencimento estão incluídos no resultado como "Receita líquida com juros". No caso de deterioração, a perda por redução ao valor recuperável é reconhecida na demonstração consolidada do resultado como Perdas com redução no valor recuperável de ativos financeiros. Empréstimos e recebíveis Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis do Banese compreendem operações de crédito, repasses interfinanceiros e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva, reduzidas a valor recuperável quando considerada perda permanente (impairment). e.2. Passivos financeiros Mensurados a valor justo por meio do resultado São registrados e avaliados pelo valor justo, sendo as respectivas modificações do valor justo reconhecidas imediatamente no resultado. Esses passivos podem ser subdivididos em duas classificações distintas: passivos financeiros para negociação e passivos financeiros a valor justo por meio do resultado. O Banese e suas controladas não classificaram nenhum de seus passivos financeiros como mensurados a valor justo por meio do resultado durante os exercícios de 2017 e 2016. Passivos Financeiros para Negociação Os passivos para negociação são inicialmente reconhecidos e avaliados pelo valor justo no balanço patrimonial consolidado e seus custos de transação são registrados diretamente no resultado do exercício. Passivos Financeiros a Valor Justo por Meio do Resultado Os passivos financeiros incluídos nesta categoria são reconhecidos inicialmente e subsequentemente pelo seu valor justo. As despesas de juros são reconhecidas como Despesas Financeiras e o ajuste do valor justo é reconhecido em Ganhos/(perdas) com ativos e passivos financeiros líquidos. Passivos financeiros ao custo amortizado Os passivos financeiros classificados nesta categoria são reconhecidos pelo valor justo e, subsequentemente, mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de taxa efetiva de juros. A despesa de juros é apresentada na demonstração consolidada do resultado como Despesas de juros de instrumentos ao custo amortizado. 13

e.3. Reconhecimento de ativos e passivos financeiros Todos os ativos e passivos financeiros, são inicialmente reconhecidos na data da negociação na qual o Banese vem a ser parte, conforme as disposições contratuais do instrumento. Os instrumentos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo, acrescidos, quando não classificados na categoria a valor justo por meio do resultado dos custos de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. e.4. Baixa de ativos e passivos financeiros ( derecognition ) É realizada a baixa do ativo financeiro quando expiram os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo, quando os mesmos são considerados incobráveis ou quando se transfere os direitos de receber os fluxos de caixa contratuais sobre o ativo financeiro em uma transação em que é transferida parte significativa dos riscos e dos benefícios da propriedade do ativo financeiro. Qualquer direito ou obrigação de ativos financeiros transferidos, que seja criado ou retido pelo Banese, é reconhecido como um ativo ou um passivo em separado. O Banese efetua a baixa de um passivo financeiro quando suas obrigações contratuais são atendidas, canceladas ou expiram. Em transações de transferência de ativos reconhecidos no balanço, em que são retidos os riscos e as recompensas dos ativos transferidos, ou uma parcela destes, tais ativos não são baixados do balanço. As transferências de ativos com retenção de todos, ou substancialmente todos, os riscos e as recompensas, incluem, por exemplo, empréstimo de títulos e transações de venda com compromisso de recompra. Os direitos e as obrigações retidos nas transações de transferência são reconhecidos separadamente como ativos e passivos conforme apropriado. Em transferências nas quais é retido o controle sobre o ativo, o Banese continua a reconhecer esse ativo enquanto permanecer o seu envolvimento, determinado pela duração de suas exposições às mudanças no valor do ativo transferido. e.5. Avaliação pelo custo amortizado O custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro é o valor no qual o ativo ou passivo financeiro é avaliado quando do reconhecimento inicial, menos as amortizações do principal, com a adição ou dedução da amortização acumulada utilizando o método da taxa efetiva de juros de quaisquer diferenças entre o valor inicial reconhecido e o valor no vencimento, deduzindo-se quaisquer reduções por impairment para ativos financeiros. e.6. Avaliação do valor justo Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser vendido, ou um passivo liquidado, entre partes independentes com conhecimento do negócio e interessadas, em condições competitivas e normais de mercado, na data da avaliação. A determinação dos valores justos de ativos e passivos financeiros é baseada nos preços de cotações do mercado ou cotações de preços de agentes de mercado para os instrumentos financeiros negociados em mercados ativos. Para os demais instrumentos financeiros, o valor justo é determinado utilizando técnicas de avaliação. As técnicas de avaliação incluem técnicas de valor presente líquido, método de fluxos de caixa descontados, comparação com instrumentos similares para os quais existam preços observáveis no mercado, e modelos de avaliação. O Banese utiliza modelos de avaliação amplamente reconhecidos para determinar o valor justo de instrumentos financeiros, levando em consideração dados observáveis no mercado. O valor produzido por um modelo ou por uma técnica de avaliação é ajustado para refletir diversos fatores, uma vez que as técnicas de avaliação podem não refletir adequadamente todos os fatores que os participantes do mercado consideram quando realizam uma transação. Os ajustes de avaliação são registrados para levar em conta os riscos dos modelos, as 14

diferenças entre o preço de compra e de venda, os riscos de liquidez, bem como outros fatores. Na opinião da Administração, tais ajustes de avaliação são necessários e apropriados para a correta demonstração do valor justo dos instrumentos financeiros registrados no balanço patrimonial consolidado. e.7. Identificação e avaliação de valor recuperável ( impairment ) Em cada data de balanço, o Banese avalia se há evidências objetivas de que os ativos financeiros não contabilizados pelo valor justo por meio do resultado apresentam perda de seu valor recuperável. Os ativos financeiros são considerados deteriorados quando evidências objetivas demonstram que ocorreu uma perda após o reconhecimento inicial do ativo e que a perda teve impacto nos fluxos de caixa futuros do ativo que podem ser estimados de modo confiável. O Banese considera evidências de impairment tanto para ativos específicos como no nível coletivo. Todos os ativos financeiros individualmente significativos são avaliados para se detectar perdas específicas. Todos os ativos significativos que a avaliação indique não serem especificamente deteriorados são avaliados coletivamente para detectar qualquer perda por redução ao valor recuperável incorrida, porém ainda não identificada. Os ativos que não são individualmente significativos são avaliados coletivamente para se detectar impairment agrupando-se ativos financeiros (contabilizados a custo amortizado) com características de risco similares. As evidências objetivas de que os ativos financeiros (incluindo títulos de capital) possuem impairment podem incluir inadimplência por parte do tomador do empréstimo, reestruturação do financiamento ou adiantamento pelo Banese em termos em que este não aceitaria em outra situação, indicações de que o tomador do financiamento ou emitente entrará em falência, a não-existência de um mercado ativo para um título, ou outros dados observáveis relativos a um grupo de ativos, tais como, mudanças adversas no histórico de pagamento de tomadores ou emitentes no grupo, ou condições econômicas que se correlacionam com inadimplências no Banese. Na avaliação do impairment coletivo, o Banese utiliza modelagens estatísticas de tendências históricas da probabilidade de inadimplência, prazos de recuperação e volumes de perdas incorridas, ajustadas conforme o julgamento da Administração, quando as condições atuais de economia indiquem que perdas reais tenham probabilidade de serem superiores ou inferiores àquelas sugeridas pela modelagem histórica. As proporções de inadimplência e de perdas, e os prazos estimados para recuperações futuras são regularmente comparados com os resultados reais para assegurar que continuem válidos. As perdas por impairment de ativos contabilizados pelo custo amortizado são mensuradas como sendo a diferença entre o valor contabilizado dos ativos financeiros e o valor presente dos fluxos de caixa estimados, descontadas às taxas de juros efetivas originais dos ativos. As perdas são reconhecidas na demonstração consolidada do resultado como Resultado de Perdas com Impairment de Ativos Financeiros e os juros do ativo com impairment continuam sendo reconhecidos enquanto existir a perspectiva de seu recebimento. Quando um evento subsequente causa uma redução no volume da perda por impairment, esta é revertida contra o resultado do exercício em que tal evento foi identificado. Quaisquer recuperações subsequentes no valor justo de um título de capital disponível para venda com impairment, entretanto, são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido. As mudanças nas provisões para impairment atribuíveis ao valor do tempo são refletidas como componente da receita de juros. e.8. Apresentação líquida de instrumentos financeiros Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. 15