II EXPANSIBILIDADE DA MANTA DE LODO DE REATORES UASB

Documentos relacionados
II-051 INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO CÍCLICA DE CARGA HIDRÁULICA NO COMPORTAMENTO DO REATOR UASB

PRODUÇÃO DE LODO EM UM REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE E MANTA DE LODO. Oliva Barijan Francisco Paulo, Roberto Feijó de Figueiredo*

IV YOSHIDA BRASIL 1 REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E FÓSFORO DE EFLUENTE DE TRATAMENTO ANAERÓBIO POR PROCESSO FÍSICO-QUÍMICO

12 Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente

Determinação do melhor TDH em reator UASB

II-140 COMPORTAMETO DE LAGOAS FACULTATIVAS SECUNDÁRIAS NO TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMÉSTICAS

II-203 NITROGÊNIO, FÓSFORO E ENXOFRE EM FILTROS DE PÓS- TRATAMENTO DE EFLUENTES DE LAGOAS DE MATURAÇÃO

EMPREGO DO BALANÇO DE MASSA NA AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DIGESTÃO ANAERÓBIA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

II BIORREATOR COMBINADO ANAERÓBIO-AERÓBIO DE LEITO FIXO PARA TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

Avaliação do Potencial e da Capacidade de Desnitrificação em Sistema Pós-D de Tratamento de Esgoto

PRELIMINARES. Conversão biológica nos sistemas aeróbios e anaeróbios (CHERNICHARO, 1997)

DESEMPENHO NA REMOÇÃO DA DBO UTILIZANDO REATORES AERÓBIOS DE LEITO FLUIDIZADO POR JATOS DE AR EM CONJUNTO COM UMA BOMBA AXIAL.

ETE PIRACICAMIRIM NOVA CONCEPÇÃO DE SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS PARTIDA, OPERAÇÃO E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO

MODELOS DE BIOCONVERSÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS INOCULADOS COM LODO DE ESGOTO SANITÁRIO

ESGOTAMENTO SANITÁRIO AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DQO EM SISTEMA ANAERÓBIO-AERÓBIO, NO TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO.

III ESTUDO DO STRIPPING DE AMÔNIA EM LÍQUIDO PERCOLADO

OPERAÇÃO DE UM REATOR ANAERÓBIO DE LEITO EXPANDIDO, EM ESCALA REAL, TRATANDO ESGOTO SANITÁRIO SEM UNIDADE PARA RETENÇÃO PRELIMINAR DE SÓLIDOS

II OZONIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMICILIARES APÓS TRATAMENTO ANAERÓBIO - ESTUDO PRELIMINAR

XX Encontro Anual de Iniciação Científica EAIC X Encontro de Pesquisa - EPUEPG

Avaliação da eficiência na remoção de DQO E DBO em um reator UASB de fluxo ascendente e manta de lodo

II AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM FILTRO ANAERÓBIO COM RECHEIO DE BAMBU, EM ESCALA REAL, UTILIZADO COMO PÓS- TRATAMENTO DE REATOR UASB

PÓS-TRATAMENTO DE EFLUENTE ANAERÓBIO EM REATOR EGSB COM LODO FLOCULENTO

II ESTABILIZAÇÃO DE LODO DE SISTEMAS AERÓBIOS EM REATORES DO TIPO UASB

EFICIÊNCIA NA ADERÊNCIA DOS ORGANISMOS DECOMPOSITORES, EMPREGANDO-SE DIFERENTES MEIOS SUPORTES PLÁSTICOS PARA REMOÇÃO DOS POLUENTES

INFLUÊNCIA DA CARGA ORGÂNICA NO DESEMPENHO DE REATORES DE LEITO MÓVEL COM BIOFILME PREENCHIDOS COM DIFERENTES MATERIAIS SUPORTE

INFLUÊNCIA DO TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICA SOBRE A AUTO-INOCULAÇÃO DE UM REATOR UASB TRATANDO ESGOTO SANITÁRIO

II-095 LODO RESIDUAL EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO TRATANDO ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMÉSTICAS II LAGOAS FACULTATIVAS PRIMÁRIAS

II AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UM REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE TRATANDO ESGOTO DOMÉSTICO E HOSPITALAR

1º Congresso Internacional de Tecnologias para o Meio Ambiente. Bento Gonçalves RS, Brasil, 29 a 31 de Outubro de 2008

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. 14 a 19 de Setembro Joinville - Santa Catarina

EFEITO DA PROPORÇÃO ÁREA/ PROFUNDIDADE SOBRE O DESEMPENHO DE UM REATOR UASB

UNIDADE COMPACTA ALTERNATIVA A TANQUES SÉPTICOS PARA O TRATAMENTO DE ESGOTOS DE POPULAÇÕES DISPERSAS

APLICABILIDADE DO REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE COM MANTA DE LODO PARA O TRATAMENTO DE DEJETOS DE SUÍNOS

II TAXA DE CARREGAMENTO ORGÂNICO: INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO DE REATORES COMPARTIMENTADOS

VARIAÇÕES DE CARGAS HIDRÁULICAS E ORGÂNICAS EM REATORES UASB

TIPO DE REATORES

II-015 APLICAÇÃO DE MODELO MATEMÁTICO PROBABILÍSTICO EM UM SISTEMA DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO DE PALMAS TO

LODOS DE TANQUES SÉPTICOS CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO ANAERÓBIO EM UM DIGESTOR PILOTO

II EFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FÁBRICA DE PAPEL POR LAGOAS E RESERVATÓRIO DE ESTABILIZAÇÃO

II FATORES INTERVENIENTES NO DESEMPENHO DE UM REATOR UASB SUBMETIDO A DIFERENTES CONDIÇÕES OPERACIONAIS

PÓS-TRATAMENTO DE EFLUENTES DE REATOR UASB EM ESCALA REAL

Ariuska Karla Amorim Cabral; Marcelo Zaiat; Eugenio Foresti *

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental II TOXICIDADE DO CLORETO FÉRRICO À BIOMASSA DE REATOR ANAERÓBIO DE LEITO EXPANDIDO

II-115 AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO ENTRE A ATIVIDADE METANOGÊNICA ESPECÍFICA DE LODOS DE ESGOTOS DOMÉSTICO E INDUSTRIAIS

II-069 COMPORTAMENTO DE REATOR ANAERÓBIO DE LEITO FLUIDIZADO INVERSO SUBMETIDO A CRESCENTES CARGAS ORGÂNICAS

II REATOR ANAERÓBIO HIBRIDO PARA O TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

OPERAM COM REATORES UASB NOS MUNICÍPIOS DE FORTALEZA E MARACANAÚ, COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DE DESCARTE EM CORPOS D'ÁGUA

II-272 MODELAGEM COMPUTACIONAL HIDRODINÂMICA E DA FASE GASOSA DE REATOR UASB

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE REATORES UASB NO TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE PETROLINA-PE

II-205 SISTEMA COMPACTO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS DOMICILIARES COMPOSTO DE TANQUE SÉPTICO MODIFICADO E REATORES ANAERÓBIOS HÍBRIDOS OPERANDO EM SÉRIE

II ESTUDO DA DESNITRIFICAÇÃO EM REATOR COMPARTIMENTADO PARA TRATAMENTO DE ESGOTO PROVENIENTE DE INDÚSTRIA DE TINTAS E VERNIZES

GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE RESÍDUOS DE ANIMAIS

REDUÇÃO DE SÓLIDOS VOLÁTEIS E TAXA DE APLICAÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA DE ÁGUA RESIDUÁRIA DE SUINOCULTURA EM BIODIGESTOR TUBULAR DE PVC

AVALIAÇÃO DA SEDIMENTABILIDADE DA BIOMASSA EM DIFERENTES SISTEMAS DE TRATAMENTO 1

II-059 COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO DE REATORES TIPO EGSB AERÓBIO E ANAERÓBIO TRATANDO ESGOTOS DOMÉSTICOS

GRANULAÇÃO DE LODO AERÓBIO TRATANDO ESGOTO COM BAIXA CARGA ORGÂNICA

O EFEITO DO USO DE CÂMARA SELETORA NA OPERAÇÃO DE UM SISTEMA DE LODOS ATIVADOS - ESTUDO EM ESCALA PILOTO

UTILIZAÇÃO DE REATORES AERÓBIOS DE LEITO FLUIDIZADO POR JATOS DE AR EM CONJUNTO COM UMA BOMBA AXIAL NA REMOÇÃO DE DQO.

III APLICAÇÃO DO BALANÇO DE MASSA NO PROCESSO DE BIOESTABILIZAÇÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

TRATAMENTO DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DE ARROZ PARBOILIZADO EM REATORES EGSB

II AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UMA ETE ANAERÓBIA COMPACTA NA REMOÇÃO DE SÓLIDOS SUSPENSOS, DQO E TURBIDEZ

RESUMO. PALAVRAS-CHAVE: Pós-Tratamento, Reatores Anaeróbios, Lodos Ativados, Coeficientes Cinéticos.

II-101 COMPARAÇÃO DE REATORES UASB E HÍBRIDO TRATANDO ESGOTO SANITÁRIO

TRATAMENTO DE EFLUENTE DOMÉSTICO DE LODOS ATIVADOS POR MEMBRANA DE ULTRAFILTRAÇÃO

TRATAMENTO ANAERÓBIO DE ESGOTOS ATRAVÉS DE REATORES DO TIPO UASB

PÓS-TRATAMENTO DE EFLUENTE PRÉ-TRATADO ANAEROBIAMENTE ATRAVÉS DE REATOR SEQÜENCIAL EM BATELADA

II-321 BIOSSISTEMAS INTEGRADOS NO TRATAMENTO DE DEJETOS DE SUÍNOS: OTIMIZAÇÃO DA ETAPA DE BIOMETANIZAÇÃO

PRODUÇÃO BIOGÁS EM REATOR UASB EM SÉRIE TRATANDO VINHAÇA E TORTA DE FILTRO.

Projeto de otimização de sistemas anaeróbios para tratamento de esgoto em escala unifamiliar

TRATAMENTO ANAERÓBIO DE ESGOTOS SANITÁRIOS, UTILIZANDO UM REATOR ANAERÓBIO COM CHICANAS

III AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE BIOESTABILIZAÇÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

II REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E SÓLIDOS TRATANDO DE ESGOTO SANITÁRIO COM TECNOLOGIAS ANAERÓBIAS

ICTR 2004 CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Costão do Santinho Florianópolis Santa Catarina

II DESEMPENHO DE REATORES AERÓBIOS DE LEITO FLUIDIZADO NA REMOÇÃO DA CARGA ORGÂNICA DE ESGOTO DOMÉSTICO.

EFEITO DE CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E OPERACIONAIS NA CINÉTICA DE REMOÇÃO DE COLIFORMES FECAIS EM LAGOAS FACULTATIVAS SECUNDÁRIAS E DE MATURAÇÃO

II-478 CONCEPÇÃO DE ETE COM VISTAS A MINIMIZAÇÃO DE PRODUÇÃO DE LODO VIA ROTA TECNOLÓGICA DE BIOMASSA IMOBILIZADA ANAERÓBIA E AERÓBIA

DESIDRATAÇÃO DE LODOS DE REATOR UASB EM LEITOS DE SECAGEM -DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental II "OXIGÊNIO PURO EM LODOS ATIVADOS UM ESTUDO DE CASO"

II-138 REMOÇÃO DE VIBRIO CHOLERAE 01 (ELTOR) E SALMONELA EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO EM SÉRIE, TRATANDO ÁGUAS RESIDUÁRIAS DOMÉSTICAS

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA CODISPOSIÇÃO DE LODO SÉPTICO EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO NO TRATAMENTO DE LIXIVIADO DE ATERROS SANITÁRIOS

UTILIZAÇÃO DE ENZIMAS NA DEGRADAÇÃO AERÓBIA DE DESPEJO DE ABATEDOURO DE AVES

Ruiter Lima Morais 1 Yara Vanessa Portuguez Fonseca¹ RESUMO

I AVALIAÇÃO DA PERDA DE CARGA EM UM REATOR ANAERÓBIO DE LEITO EXPANDIDO, EM ESCALA REAL, UTILIZADO NO TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO

II-090 DESENVOLVIMENTO DE MODELOS IDENTIFICADOS PARA DIAGNÓSTICOS OPERACIONAIS EM REATORES UASB

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA NA REMOÇÃO DE SÓLIDOS SUSPENSOS VOLÁTEIS E DQO DE REATOR UASB EM FASE DE PARTIDA

II DETERMINAÇÃO DAS CARGAS DE NUTRIENTES LANÇADAS NO RIO SALGADO, NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, REGIÃO DO CARIRI-CEARÁ

USO DE LEITO DE SECAGEM PARA DESIDRATAÇÃO DE LODO DE REATORES UASB NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

TRATAMENTO DE ESGOTOS SANITÁRIOS ATRAVÉS DE REATOR DE MANTA DE LODO (UASB) PROTÓTIPO: CARACTERIZAÇÃO DO ESGOTO E ACOMPANHAMENTO DE DESEMPENHO

I COMPORTAMENTO DE UM SISTEMA UASB/FILTRO BIOLÓGICO AERÓBIO QUANDO EXPOSTO A CHOQUES DE CARGA HIDRÁULICA

INFLUÊNCIA DA QUANTIDADE DE AR FORNECIDA NO PÓS- TRATAMENTO POR FLOTAÇÃO DE EFLUENTES DE REATORES ANAERÓBIOS UASB

Estudo da Taxa de Consumo de Oxigênio em Sistemas de Lodos Ativados relacionado à Concentração de Sólidos Suspensos

II CARACTERIZAÇÃO DAS BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS DE SISTEMAS DE LODO ATIVADO, GERADAS A PARTIR DE ESGOTO BRUTO E ESGOTO DIGERIDO

INFORMATIVO TÉCNICO MULTIBIODIGESTOR L

II ESTABILIZAÇÃO ANAERÓBIA DE LODO EM REATORES TIPO UASB

I PÓS-TRATAMENTO COM APLICAÇÃO DO MÉTODO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NO SOLO: POLIMENTO DE EFLUENTES DE FILTROS ANAERÓBIOS

Tratamento de Esgoto

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

II TRATAMENTO CONJUGADO DE ESGOTO DOMÉSTICO E LIXIVIADO DE ATERRO SANITÁRIO EM REATORES ANAERÓBIOS DE MANTA DE LODO

I-085 AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO HIDRÁULICO DA UNIDADE FLOCULAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA Nº 2 DE VALINHOS-SP

Transcrição:

II-179 - EXPANSIBILIDADE DA MANTA DE LODO DE REATORES UASB Renato Carrhá Leitão (1) Pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Ceará (1988), Mestre em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos EESC-USP (1991), Doutor em Tecnologia Ambiental pela Universidade de Wageningen Holanda (2004). Alexandre Colzi Lopes Mestrando em Hidráulica e Saneamento na Escola de Engenharia de São Carlos EESC-USP, Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Ceará (2002). Adrianus Cornelius van Haandel Professor Titular da Universidade Federal de Campina Grande, Engenheiro Químico pela Universidade de Eindhoven Holanda (1968), Mestre em Engenharia Química pela Universidade de Eindhoven Holanda (1971), PhD em Engenharia Civil pela Universidade da Cidade do Cabo África do Sul (1981), Pós-Doutor pela Universidade de Wageningen Holanda (1991). Grietje Zeeman Professora Associada da Universidade de Wageningen Holanda, Engenheira em Tecnologia Ambiental, PhD em Tecnologia Ambiental pela Universidade de Wageningen (1991). Gatze Lettinga Professor Emérito Titular da Universidade de Wageningen Holanda, inventor do reator UASB, ganhador de diversos prêmios e títulos: em 1992 o prêmio Karl-Imhoff da International Association for Water Quality, em 2000 o prêmio Royal Shell, Doctor Honoris Causa pela Universidade de Valladolid e pela Universidade de Santiago de Compostela Espanha. Endereço (1) : Rua Coronel Jucá, 510/902 Aldeota Fortaleza CE CEP: 60170-320 - Brasil - Tel: (85) 3267-1352 - e-mail: renatocl@yahoo.com RESUMO Este trabalho visou avaliar as propriedades hidrodinâmicas da manta de lodo dos reatores anaeróbios de fluxo ascendente e leito de lodo (Upflow Anaerobic Sludge Blanket UASB) baseando-se na expansibilidade. A metodologia utilizada para avaliação da expansibilidade do leito de lodo de reatores anaeróbios de leito expandido e de leito fluidificado de Richardson e Zaki (1954) foi adaptada às características específicas do lodo anaeróbio de reatores UASBs. Para tanto, desenvolveu-se um equipamento de fácil construção para se obter os parâmetros necessários ao cálculo da expansibilidade. Os resultados obtidos com experimentos realizados com lodos provenientes de 7 reatores operados diferentemente mostraram que a expansibilidade do lodo diminui quando o tempo de detenção hidráulica diminui e/ou a concentração afluente aumenta. PALAVRAS-CHAVE: Reator UASB, leito de lodo, expansibilidade, TDH, concentração afluente. INTRODUÇÃO Uma importante característica dos reatores anaeróbios que são operados em fluxo ascendente é o fenômeno de expansão da manta de lodo. Há vários artigos que tratam deste assunto, mas somente os reatores anaeróbios de leito expandido (Expanded Granular Sludge Bed - EGSB) e reatores anaeróbios de leito fluidificado (Fluidised Bed Reactor - FBR) foram utilizados nestas investigações (Nicolella et al., 1999; Marín et al., 1999; Diez Blanco et al., 1995; Hermanowicz e Ganczarczyk, 1983; Ngian e Martin, 1980). Particularmente para reatores anaeróbios de fluxo ascendente e leito de lodo (Upflow Anaerobic Sludge Blanket UASB), esta característica pode ser relacionada com a capacidade destes reatores em reter sólidos, tanto durante a operação em estado de equilíbrio com altas velocidades ascendentes, quanto durante uma sobrecarga hidráulica ou orgânica. De fato, o comportamento hidrodinâmico da manta de lodo nos reatores UASBs ainda não está esclarecido. A falta de informação faz com que o projeto e a operação desses reatores sejam realizados pelo método de tentativa e erro, principalmente no que diz respeito a altura apropriada da manta de lodo ou o espaço entre a manta de lodo e o separador de fases. Este trabalho teve como objetivo geral avaliar a expansibilidade da manta de lodo de reatores UASBs. Os objetivos específicos foram: (1) desenvolver um método simplificado para determinação da expansibilidade da ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

manta de lodo de reatores UASB; e (2) avaliar o efeito das condições operacionais (Tempo de Detenção Hidráulica TDH; e concentração afluente - DQO Afl ) na expansibilidade da manta de lodo. MATERIAIS E MÉTODOS Lodo Anaeróbio A investigação foi realizada usando lodo obtido de 7 reatores UASBs em escala piloto (altura de 4,0 m; diâmetro interno de 0,2 m; e volume de 120 L). Os reatores em escala piloto foram operados em temperatura de 27 ± 1ºC e alimentados com esgoto doméstico pré-gradeado da cidade de Campina Grande - PB. Os reatores em escala piloto foram operados por mais de 3 vezes o tempo de detenção do lodo. A partir deste tempo, considerou-se que foi atingido o estado de equilíbrio. Após a etapa de partida, foram retiradas amostras de lodo em 4 alturas do reator (0,25; 1,00; 1,75; 2,50 m da base) e estas foram misturadas para se obter uma amostra composta do lodo. Os reatores em escala piloto operados neste trabalho foram denominados por R TDH DQO, onde o índice sobrescrito representa o tempo de detenção hidráulica (os TDHs utilizados foram 1, 2, 4 e 6 h), e o índice subescrito representa a Demanda Química de Oxigênio (DQO) total do afluente (as DQOs foram 136, 352, 558, ~800 mg/l). Todos parâmetros estão representados pela média durante a operação em condição de equilíbrio. Os principais parâmetros operacionais estão apresentados na Tabela 1. Reatores em Escala de Laboratório Para os testes de sedimentabilidade, foram utilizados 2 reatores UASBs em escala de laboratório construídos em acrílico transparente, com volume de 7,8 L, altura de 1,2 m e diâmetro interno de 0,08 m. Eles foram equipados com um separador de fases modificado (como descrito por Cavalcanti, 2003), uma bomba de recirculação e um homogeneizador de baixa rotação (1 rpm), que foi instalado para evitar caminhos preferenciais e a formação do fenômeno de pistonamento na manta de lodo, como recomendado por Dick e Vesilind (1969) para testes de sedimentabilidade em cilindros estreitos. A Figura 1 mostra o esquema dos reatores em escala de laboratório utilizados neste trabalho. Figura 1 - Esquema dos reatores UASB em escala de laboratório ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2

Procedimento Experimental As amostras compostas de lodo foram analisadas baseando-se na determinação de sólidos totais (ST), sólidos voláteis (SV) e IVL antes do início de operação dos reatores em escala de laboratório. Em cada um dos dois reatores foram utilizadas 2,5 L da amostra composta de lodo (o experimento foi feito em duplicata). Para iniciar a operação, os reatores foram alimentados com efluente tratado anaerobiamente, e as bombas de recirculação foram ajustadas para tal vazão que a velocidade ascendente (U) fosse a mesma no reator em escala piloto de onde a amostra composta de lodo foi retirada. Os reatores foram mantidos nesta velocidade ascendente até que não houvesse a liberação de gás. Subseqüentemente, a velocidade ascendente foi aumentada ou diminuída através de um reajuste das bombas de recirculação. Os dados da altura da manta de lodo e dos respectivos tempos para que a manta de lodo atingisse esta altura foram coletados até que não houvesse mais variação na altura do leito. A velocidade ascendente foi aumentada até que a manta de lodo atingisse o separador gás-líquido-sólido, e diminuída por fatores de 0,5; 0,75 e finalmente a recirculação foi interrompida (U=0), quando a altura mínima foi observada. Todas as determinações físicas e químicas foram realizadas como está descrito em APHA (1995). RESULTADOS E DISCUSSÃO Aplicando-se a metodologia descrita anteriormente, alturas da manta de lodo diferentes foram encontradas para várias velocidades ascendentes. A expansão da manta de lodo (ε) foi calculada usando Equação 1, e pode ser modelada segundo a metodologia desenvolvida por Richardson e Zaki (1954), a qual é baseada em um gráfico de ε em função da velocidade ascendente (U), como está apresentado na Figura 2. Com os resultados calculados da expansão do leito de lodo, obtém-se a Figura 2. Através do método dos mínimos quadrados, os parâmetros da equação linear (Equação 2) podem ser obtidos (ver exemplo no gráfico da Figura 2) e pode-se deduzir as Equações 3 e 4. Os resultados dos parâmetros de Vesilind estão apresentados na Tabela 1 h h 0 ε = 100 (Equação 1) h 0 ( U) m.log( ) b Ln = ε + (Equação 2) U = U 0 ( ε) m (Equação 3) b U 0 = 10 (Equação 4) onde ε é a expansão da manta de lodo (%); h (m) é a altura estabilizada da manta de lodo para uma determinada velocidade ascendente U (m/h); h 0 (m) é a altura da manta de lodo quando a velocidade ascendente é zero; U é a velocidade ascendente imposta (m/h); U 0 (m/h), m (L/g) e b são as constantes de expansibilidade. Tabela 1 Parâmetros operacionais dos reatores UASB de onde as amostras de lodo foram obtidas e resultados dos cálculos para as constantes de expansibilidade. Reator TDH U (a) DQO (b) Afl Expansibilidade (h) (m/h) (mg/l) m (b) (c) U 0 R 6 816 6 0.64 816±45 1.96 0.3 R 4 770 4 0.95 770±38 1.59 0.5 R 2 787 2 1.90 787±31 1.52 0.8 R 1 716 1 3.80 716±42 1.59 3.2 R 4 558 4 0.95 558±31 1.27 0.8 R 2 352 2 1.90 352±18 1.61 0.3 R 1 136 1 3.80 136±18 1.84 0.6 (a) U representa a velocidade ascendente normalmente aplicada ao reator de onde foi obtido o lodo. (b) DQO média do afluente. (c) Parâmetro empírico calculado (L/g). (d) Parâmetro empírico calculado (m/h). ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3

Figura 2: Resultados da expansão do lodo (ε) e Log(U) dos lodos dos 7 reatores UASB. A Figura 3 mostra resultados experimentais de reatores operados com diferentes TDHs (R 6 816, R 4 770, R 2 787, R 1 716) e concentração do afluente em torno de 800 mgdqo/l, juntamente com os resultados calculados usando a Equação 3 (representada no gráfico pela linha contínua). Quando comparado os resultados desses reatores fica evidente que a expansibilidade do leito de lodo é menor em reatores operados com TDHs menores. Na realidade, a expansibilidade da manta de lodo está intimamente ligada a sedimentabilidade deste lodo. Os reatores em escala piloto de onde foram retirados os lodos deste experimento foram operados sem descarga de lodo, ou seja, eles foram operados com sua capacidade máxima de retenção de lodo. Conseqüentemente, a mínima expansão do leito causava carreamento de uma parte do lodo dos reatores. Então, o lodo que restava no reator que foi operado com velocidades ascendentes mais altas (menores TDHs) eram menos expansíveis. Figura 3: Resultados experimentais e calculados da velocidade ascendente (U) e a expansão (ε) para reatores operados com diferentes TDHs. A linha contínua representa os resultados calculados através da Equação 3. A Figura 4 mostra resultados experimentais de dois conjuntos de reatores operados com diferentes concentrações afluentes (Conjunto A: R 2 787 e R 2 352; e Conjunto B: R 1 716 e R 1 136), além dos resultados da Equação 3. Vale observar que em cada conjunto, os reatores são operados com o mesmo TDH. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4

Para um dado TDH, a expansibilidade da manta de lodo aumenta quando o reator é operado com menores concentrações afluentes. A razão principal para isto pode estar relacionada com a depleção na produção de polímeros extracelulares, que ocorre quando a biomassa fica submetida a baixas concentrações de substrato (Jia et al., 1996). Estes polímeros extracelulares são conhecidos como responsáveis pela granulação ou floculação, o que pode ser a causa da produção do lodo mais floculento e mais expansível. Porém, é possível que tenha havido um tipo de seleção natural do lodo, já que o lodo floculento oferece menor resistência à transferência de massa (mais permeável) quando comparado com lodo granular (Nicolella et al., 2000; Gonzalez-Gil et al., 1997). Logo, o substrato (diluído) está mais acessível para biomassa no lodo floculento. Figura 4: Resultados experimentais e calculados da velocidade ascendente (U) e a expansão (ε) para dois conjuntos de reatores operados com diferentes TDH e diferentes concentrações afluentes. A linha contínua representa os resultados calculados através da Equação 2. O modelo utilizado para estudar a dinâmica do leito do lodo em reatores UASB, adaptado da equação desenvolvida por Richardson e Zaki (1954), pode ser utilizado na otimização na altura do leito de lodo quando este reator for projetado para operar sob altas variações na carga hidráulica. Se o regime de vazões for conhecido, é possível conhecer a variação que ocorre na altura do leito de lodo. Assim, é possível evitar um carreamento de grandes massas de lodo durante a sobrecarga hidráulica, que pode eventualmente deteriorar a performance de um pós-tratamento. Como um exemplo: assumindo que um reator UASB tem que suportar uma sobrecarga hidráulica de 1,5 vezes a vazão média (valor normalmente encontrado para estações tratando esgoto doméstico), e usando os parâmetros obtidos para os reatores operados com TDH de 4 e 6 h, pode-se concluir que a altura ideal da manta de lodo deve ser mantida entre 70 e 80% da distância entre o fundo do reator e o separador de fases. Se um reator UASB for operado sem o devido descarte de lodo, é possível quantificar a quantidade de lodo que pode ser expelido durante uma sobrecarga hidráulica. Assim, medidas preventivas podem ser tomadas para evitar danos ao pós-tratamento. Os resultados deste trabalho mostram que é desnecessário operar um reator UASB com TDH longos apenas com o objetivo de melhorar sua capacidade de suportar choques hidráulicos, já que com longos TDHs ocorre a formação de lodo mais expansível, que é facilmente carreado em altas velocidades ascendentes. CONCLUSÕES Com base no trabalho realizado, concluiu-se que: A instalação experimental e o procedimento apresentado neste trabalho são apropriados para avaliação da expansibilidade da manta de lodo usando a equação de Richadson e Zaki. Diminuindo o TDH ou aumentando as velocidades ascensionais conduzem um a decréscimo da expansibilidade da manta de lodo dos reatores UASB. Diminuindo a concentração da DQO afluente conduz a um aumento da expansibilidade. O teste de expansibilidade pode ser usado para otimizar o nível ideal da manta de lodo, quando o reator UASB for projetado para operar com altas flutuações na vazão. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5

Não se deve aumentar o TDH com o objetivo de melhorar sua capacidade dos UASBs de suportar choques hidráulicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 19th ed., American Public Health Association, Washington DC, USA. 1995. 2. CAVALCANTI, P.F.F. Integrated Application of the UASB Reactor and Ponds for Domestic Sewage Treatment in Tropical Regions. Tese de Doutorado. Wageningen, Wageningen University. 139 p. 2003. 3. DICK, R.I.; VESILIND, P.A. The Sludge Volume Index - What is it? Journal of the Water Pollution Control Federation. v.41, n.7, p.1285-1291. 1969. 4. DIEZ BLANCO, V.; GARCÍA ENCINA, P.A.; FERNANDEZ POLANCO, F. Effects of biofilm growth, gas and liquid velocities on the expansion of an anaerobic fluidized bed reactor (AFBR). Water Research. v.29, n.7, p.1649-1654. 1995. 5. GONZALEZ-GIL, G., SEGHEZZO, L., LETTINGA, G. E KLEEREBEZEM, R. Kinetics and masstransfer phenomena in anaerobic granular sludge. Biotechnology and Bioengineering. v.73, n.2, p.125-134. 1997. 6. HERMANOWICZ, S.W.; GANCZARCZYK, J.J. Some fluidization characteristics of biological beds. Biotechnology Bioengineering. v.25, n.2, p.1321-1330. 1983. 7. JIA, X.S.; FURUMAI, H.E.; FANG, H.H.P. Extracellular polymers of hydrogen-utilizing methanogenic and sulfate-reducing sludges. Water Research. v.30, n.6, p.1439-1444. 1996. 8. MARÍN, P.; ALKALAY, D.; GUERRERO, L.; CHAMY, R.; SCHIAPPACASSE, M.C. Design and startup of an anaerobic fluidized bed reactor. Water Science and Technology. v.40, n.8, p.63-70. 1999. 9. NGIAN, K.F.; MARTIN, W.R.B. Bed expansion characteristics of liquid fluidized particles with attached microbial growth. Biotechnology Bioengineering. v.22, n.2, p.1843-1856. 1980. 10. NICOLELLA, C.; VAN LOOSDRECHT, M.M.C.; DI FELICE, R; ROVATTI, M. Terminal settling velocity and bed-expansion characteristics of biofilm-coated particles. Biotechnology and Bioengineering. v.62, n.1, p.62-70. 1999. 11. NICOLELLA, V., VAN LOOSDRECHT, M.C.M. E HEIJNEN, J.J. Wastewater treatment with particulate biofilm reactors. Journal of Biotechnology. v.80, p.1-33. 2000. 12. RICHARDSON, J.F.; ZAKI, W.N. Sedimentation and fluidization. Part I. Transactions of the Institution of Chemical Engineers. v.32, p.35-53. 1954. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6