V/Ref. Ofícios n sl 157/XII/P-CACDLG/2013. N/Ref. Ents de 18/10/2013 e de 18/10/2013. Pedro Benodis Silva. (Chefe de Serviços)

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III ACTOS APROVADOS AO ABRIGO DO TÍTULO VI DO TRATADO UE

Transcrição:

Assembleia da República Direitos, Liberdades e Garantias da Comissão de Assuntos Constitucionais, Ilustre Presidente da E-mali: gab.juridico@cg.oa.pt www.oa.pt T. 21 882 35 50 Fax: 21 888 05 81 Largo de S. Domingos, 14, 1 1169-060 Lisboa B344/1 3 Lisboa, 28.10.2013 (Chefe de Serviços) Pedro Benodis Silva. Com os melhores cumprimentos, Advogados, no âmbito das Proposta de Lei nb172/xii/3a (GOV) e n 459/XJJ/3 5 incumbe-me o Senhor Bastonário, de remeter por este meio, os Pareceres da Ordem dos (PSD/CDS-PP). Na sequência dos oficios supra identificados de V.Exa., cuja recepção assinalamos, n 459/XII/3 (PSD/CDS-PP) Assunto: Solicitação de parecer sobre as Propostas de Lei n 172/XII/Y (GOV) e 21606 de 18/10/2013 N/Ref. Ents. 21607 de 18/10/2013 e 11 67/XII/ 1 CACDLG/20 13 V/Ref. Ofícios n sl 157/XII/P-CACDLG/2013 Dr. Fernando Negrão Exmo. Senhor

1 Parecer da Ordem dos Advogados Proposta de Lei n. 172/XII/3 (GOV) troca de informações sobre infracções rodoviárias 1 Questões que suscitam reservas na proposta de lei A Ordem dos Advogados emitiu, em 18 de Setembro de 2013, parecer sobre o anteprojecto que antecedeu a presente proposta de lei. Tal parecer encontra-se disponível para consulta, na página Web do Parlamento relativa à iniciativa legislativa ora em apreço. Analisado o teor da proposta de lei n. 0 172/XII/3, verifica-se que, nesta última, foram tomadas em consideração e acolhidas algumas das sugestões que foram feitas, no referido parecer da Ordem dos Advogados. Há, porém, duas questões que, salvo melhor opinião, deverão ser ponderadas em sede de análise e discussão parlamentar da presente proposta de lei. A primeira tem a ver com a repetição do étimot prática, primeiro, como substantivo (a prática), e, logo a seguir, como adjectivo participial (praticadas), o que se verifica, quer no sumário, quer na segunda parte do n. 2 1 do art. 1.0 da proposta de lei. Na verdade, o sumário da proposta de lei reproduz, quase ipsis verbis, a redacção parte inicial do era o seguinte: 2 n. 1 do art. 1.2 do anteprojecto que precedeu a proposta de lei, cujo teor Largo de S. Domingos, 14, 1. 1169-060 Lisboa T. 21 882 35 50 Fax: 21 886 24 03 E-maU: cons.geral@cg.oa.pt www.oa.pt

1- O presente diploma estabelece os princípios e as regras do intercâmbio E-mau: cons.gerol@cg.oo.pl www.00.pi T. 21 882 35 50 Fax: 21 886 24 03 Largo de S. Domingos, 14. 1. 1169-060 Lisboa autoridade competente do Estado-Membro da infracção. tenham sido comunicados ao Estado-Membro da infracção, incluindo a data do pedido e a direito de ser informada sobre os dados pessoais registados no Estado-Membro de registo que 2 3 do art. 7g da Directiva 2011/82/UE, que confere a qualquer pessoa interessada o n. A segunda questão, também já suscitada no anterior parecer, refere-se ao disposto no (praticadas). repetição, primeiro do substantivo ( a prática ), e, logo a seguir, do adjectivo participial proposta de lei, quer da segunda parte do n. 2 1 do respectivo art. l., a fim de se evitar a Afigura-se, por isso, que deverá ser aperfeiçoada a redacção, quer do sumário da participial (praticadas). étimo prática, primeiro, como substantivo ( a prática ), e, logo a seguir, como adjectivo Como já se referiu no anterior parecer, não parece ser boa redacção repetir-se o cometida... (sublinhado nosso). com utilização de veículo matriculado num Estado-Membro distinto daquele onde a infração foi transfronteiriço de informações relacionadas com a prática de infrações rodoviárias praticadas da proposta de lei o seguinte excerto: Estabelece os princípios e as regras do intercâmbio Desse n. 2 1 do art. 1. do anteprojecto foi transposto para a primeira parte do sumário veículo rn que foi praticada a infração. (itálico, negrito e sublinhado nossos). foi cometida, visando permitir a notificação do titular do documento de identificação do praticadas rn veículo matriculado num Estado-Membro distinto daquele onde a infração transfronteiríço de informações relacionadas com a prática de infrações rodoviárias 2

2011/82/UE: Transcreve-se, para melhor compreensão, o disposto no art. 70 da Directiva 3 E-mau: cons.geral@cg.oa.pl www. o a. pi T. 21 8823550. Fax: 21 8862403 Largo de S. Domingos, 14, 1. 1169-060 Lisboa números também se remete para a referida Decisão-Quadro. disposto nos n. 2s 1 e 2 do art. 72 da Directiva 2011/82/UE, dado que em cada um desses infrações rodoviárias gozam da proteção a que se refere a Decisão-Quadro n. âmbito da cooperação policial e judiciária em matéria penal., o que se conformava com o do Conselho, de 27 de novembro de 2008, relativa à proteção dos dados pessoais tratados no 2 2008/977/JAL pessoais recolhidos no âmbito do intercâmbio de informações relacionadas com a prática de Na verdade, o art. 8. do anteprojecto de proposta de lei estabelecia que os dados incluindo a data do pedido e a autoridade competente do Estado-Membro da infracção. no Estado-Membro de registo que tenham sido comunicados ao Estado-Membro da infracção, 3. Qualquer pessoa interessada tem o direito de ser informada sobre os dados pessoais registados Aplicam-se igualmente aos dados pessoais tratados no âmbito da presente directiva todas as disposições pertinentes sobre a protecção de dados previstas nas Decisões Prüm. dados, de reparação e de recurso judicial idênticos aos adoptados no direito nacional em aplicação das disposições pertinentes da Decisão-Quadro 2008/977/JAI. tenham direitos de informação, de acesso, de rectificação, de supressão e de bloqueio dos Os Estados-Membros asseguram que todos os dados pessoais tratados ao abrigo da presente máximo para a conservação dos dados, em conformidade com o disposto no artigo 9 Q dessa artigos 4 Q e 5 2 da Decisão-Quadro 2008/977/JAI, e assegura que seja fixado um prazo bloqueados, se tiverem deixado de ser necessários, em conformidade com o disposto nos decisão-quadro. directiva sejam utilizados apenas para o fim estabelecido no artigo 1., e que os interessados tratados ao abrigo da presente directiva sejam rectificados, se incorrectos, ou suprimidos ou 2. Em particular, cada Estado-Membro garante que, num prazo adequado, os dados pessoais aplicam-se aos dados pessoais tratados no âmbito da presente directiva. 1. As disposições sobre a protecção de dados previstas na Decisão-Quadro 2008/977/JAI Protecção de dados Artigo Z

E-mau: cons.geral@cg.oapl www.o a. p1 T. 21 882 35 50 Fax: 21 886 24 03 Largo de S. Domingos, 14, 1. 1 169-060 Lisboa singular ou colectiva, a autoridade pública, o serviço ou qualquer outro organismo que, nos termos do disposto na alínea d) do art. 3. da mencionada Lei n. 67/98, é a pessoa Outubro, é exercido pelo titular dos dados, perante o responsável pelo tratamento e este, Com efeito, o direito de acesso consagrado no art. l1. da Lei n. 2 67/98, de 26 de autoridade competente do Estado-Membro da infracção que fez esse pedido. 67/98, de 26 de outubro., o que é facto é que esta Lei n. 67/98 também não contempla e consagra, salvo melhor entendimento, o direito de o interessado saber, perante o Estado- quais os dados que este último Estado lhe comunicou e bem assim a data do pedido e qual a Membro ao qual foram comunicados dados pessoais registados noutro Estado-Membro, âmbito do intercâmbio de informações previsto na presente lei é aplicável o disposto na Lei n. tratamento, segurança, conservação, acesso e proteção dos dados pessoais recolhidos no n. 2008/977/JAI, do Conselho, de 27 de Novembro de 2008, para aí passar a dispôr que Ao preconizava para o art. 8., deixando de nele remeter para o estabelecido na Decisão-Quadro E não obstante a proposta de lei ter alterado a redacção que o anteprojecto sucede com o disposto no n. conferido a qualquer interessado, de forma imperativa e irrestricta. 2008/977/JAI, do Conselho, de 27 de Novembro de 2008, ao condicionalismo de o Estado- infracção, ficava sujeito, pelo disposto no n. Membro que transmite os dados autorizar a sua comunicação ao interessado, o que não 2 2 do art. 16g da Decisão-Quadro n. 2 2 3 do art. 7Q da Directiva 2011/82/UE em que tal direito é infracção, incluindo a data do pedido e a autoridade competente do Estado-Membro da registados no Estado-Membro de registo que tenham sido comunicados ao Estado-Membro da dado que o direito de qualquer pessoa interessada ser informada sobre os dados pessoais Mas não se conformava com o disposto no n. 2 3 do art. 7 2 da Directiva 2011/82/UE, 4

individualmente ou em conjunto com outrem, determine as finalidades e os meios de E-mali: cons.gerai@cg.oa.pt www,oa.pt T. 21 882 35 50 Fax: 21 886 24 03 Largo de S. Domingos, 14, 1. 1169-060 Lisboa solicitou. incluindo a data do pedido e a autoridade competente do Estado-Membro da infracção que os sobre os dados pessoais que tenham sido comunicados ao Estado-Membro da infracção, direito de qualquer pessoa interessada ser informada, pelo Estado-Membro da infração, da Directiva 201 1/82/UE, deverá prever e consagrar, num n. 2 a aditar ao respectivo art. 8., o Afigura-se, por isso, que a proposta de lei, em cumprimento do disposto no n. 3 do art. 7. Directiva 2011/82/UE. Lei g 67/98 não assegura o direito que é conferido pelo disposto no n. 3 do art. 7. da Portanto e salvo melhor entendimento, o direito de acesso consagrado no art. ll. da pedido e a autoridade competente do Estado-Membro da infracção que os solicitou. os dados que tenham sido comunicados ao Estado-Membro da infracção, incluindo a data do conferido pelo disposto no n. 3 do art. 7 2 da Directiva 2011/82/UE, de ser informado sobre tratamento dos dados transmitidos, que o titular dos dados também tem o direito, perante o Estado-Membro onde foi cometida a infracção, que não é o responsável pelo Membro onde se encontra matriculado o veículo com que foi cometida a infração, mas é Ou seja, quem é o responsável pelo tratamento dos dados pessoais é o Estado- deve ser indicado na lei de organização e funcionamento ou no estatuto da entidade legal ou determinados por disposições legislativas ou regulamentares, o responsável pelo tratamento tratamento dos dados pessoais; sempre que as finalidades e os meios do tratamento sejam estatutariamente competente para tratar os dados pessoais em causa;. 5

Em conclusão II E-mau: cons.geral@cg.oa.pt WWW.00 p1 T. 21 882 35 50. Fax: 21 886 2403 Largo de S. Domingos, 14, 10. 1169-060 Lisboa pelo tratamento dos dados pessoais, e o direito conferido pelo disposto no n. 4- Uma vez que o direito de acesso consagrado no referido art. 11.2 da Lei n. 2 67/98 é 2 3 do art. previsto para ser exercido, pelo interessado, perante o Estado-Membro responsável direito que é conferido pelo disposto no n. 2 3 do art. 7 2 da Directiva 2011/82/UE. cuja aplicação se remete, no art. 8. da proposta de lei, não assegura o mencionado 3- O direito de acesso consagrado no art. 11.2 da Lei n. 2 67/98, de 26 de Outubro, para que os solicitou. incluindo a data do pedido e a autoridade competente do Estado-Membro da infracção os dados pessoais que tenham sido comunicados ao Estado-Membro da infracção, qualquer pessoa interessada ser informada, pelo Estado-Membro da infração, sobre 201 1/82/UE, deverá prever e consagrar, num n. 2 a aditar ao respectivo art. 8., o direito de 2- A proposta de lei, em cumprimento do disposto no n. 3 do art. 7. da Directiva do substantivo (a prática), e, logo a seguir, do adjectivo participial (praticadas). segunda parte do n. 2 1 do respectivo art. 1., a fim de se evitar a repetição, primeiro 1- Deverá ser aperfeiçoada a redacção, quer do sumário da proposta de lei, quer da Em face do supra exposto, a Ordem dos Advogados considera que 6

7 E-mali: cons.geral@cg.oa.pt www.oa.pi J. 21 882 35 50 Fax: 21 886 24 03 Largo de S. Domingos, 14. 1 1169-060 Lisboa / A Ordem dos Advogados Lisboa, 24 outubro 2013 infracção ao qual foram comunicados esses dados. 72 da Directiva 2011/82/UE também pode ser exercido perante o Estado-Membro da