OS EFEITOS TRABALHADOR ADICIONAL E DESENCORAJADO: UMA ANÁLISE PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL

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Transcrição:

OS EFEITOS TRABALHADOR ADICIONAL E DESENCORAJADO: UMA ANÁLISE PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS DO BRASIL Victor Rodrigues de Oliveira 1, Paulo de Andrade Jacinto 1 (orientador) Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia, PUCRS Resumo O objetivo da pesquisa é apresentar evidências sobre o efeito trabalhador adicional ou trabalhador desencorajado para esposas e para o filho mais velho nas regiões metropolitanas do Brasil. A fundamentação teórica tem como base a literatura na qual estabelece que a oferta de trabalho agregada das famílias aumentaria em resposta ao declínio na renda familiar para manter o nível de consumo e bem-estar inalterado. Esta situação surge em períodos de recessão econômica quando a perda de renda e ou de emprego do chefe da família pode fazer com que trabalhadores secundários na família, tais como esposas e o filho mais velho, entrem na força de trabalho. Para testar essa hipótese são utilizados os microdados oriundos da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para o período de 2002 a 2009 e um modelo de escolha discreta do tipo Logit. Introdução Os estudos com intuito de testar a hipótese de trabalhador adicional bem como o efeito trabalhador desencorajado tem recebido pouca atenção no Brasil. O número reduzido de estudos reforça esse argumento. O estudo de Fernandes e Felício (2002) utilizando os painéis rotativos da Pesquisa Mensal de Emprego PME identificou o efeito trabalhador adicional para o período de 1985 a 1999. Schmitt e Ribeiro (2003) usando dados da Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios validaram a hipótese de trabalhador adicional para as esposas da Região Metropolitana de Porto Alegre. O estudo de Gonzaga e Reis (2005), por sua vez, partiu da coexistência do efeito trabalhador adicional e do efeito desalento no Brasil e buscou determinar a existências de ambos os efeitos, analisando qual deles era predominante. Sua análise foi realizada para os dados da PME para o período de 1991 a 2002. A abordagem empírica utilizada sobre o efeito trabalhador adicional mostrou que ao se incorporar variáveis relacionadas ao efeito desalento na análise, o efeito trabalhador adicional deixava de ser significativo ao se estudar o conjunto dos trabalhadores, permanecendo apenas significativo para aqueles com baixa remuneração e escolaridades relativas. 344

Não obstante a essas evidências, vale mencionar que os estudos contemplaram uma periodicidade que vai até 2002. Após esse período o mercado de trabalho tem sido caracterizado por um crescente aumento na participação da mulher na força de trabalho ao mesmo tempo em que a taxa de ocupação aumentou. Logo, o desemprego do marido pode não ser a principal razão para a existência do efeito trabalhador adicional, mas sim a precarização do emprego dele. Nesse sentido, de acordo com informações divulgadas pelo IBGE, apesar da recuperação do rendimento da população ocupada nos últimos anos, ainda não foi possível retomar o poder de compra do rendimento do trabalho da população em relação ao ano de 2002. Além disso, nenhum estudo em particular foi direcionado para verificar a existência desses efeitos para as duas regiões metropolitanas de Recife e Salvador que estão entre as duas mais importantes na região Nordeste. Assim, o objetivo do presente estudo é apresentar evidências sobre os efeitos do trabalhador adicional ou trabalhador desencorajado para o Brasil considerando as informações da PME para as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre para o período de 2002 a 2009. Metodologia Os dados utilizados referem-se ao painel da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para analisar o efeito trabalhador adicional, as esposas são divididas em dois grupos, gerando duas situações. O grupo 1 é composto por aquelas cujos maridos permaneceram empregados nos meses t+1, t+2 e t+3 (situação 1). No grupo 2 estão as esposas cujos maridos perderam o emprego e se encontravam na situação de desempregados no mês t+1 (situação 2). A Tabela 1 apresenta essa composição. Tabela 1: Família chefiada por homem Grupo 1 Grupo 2 ( t ) ( t+1; t+2; t+3 ) ( t ) ( t+1 ) Maridos (empregado) Esposas (fora do mercado de trabalho) Permaneceram empregados Entraram no mercado de trabalho Maridos (empregado) Esposas (fora do mercado de trabalho) N = 7.376 N = 109 Fonte: nos dados referentes ao período de março de 2002 a dezembro de 2007. Encontram-se desempregados Entraram no mercado de trabalho 345

A equação básica utilizada nas regressões é a seguinte: P = 1 2 ( TA, Re nd,re nd, X, M C ) ( A = 1) t) t f t ) t t t) t ), t) onde: P(A=1) t)t = probabilidade de participação no mercado de trabalho da esposa i no período t. TA t) = variável dummy igual a 1 para esposas na situação 2 e igual a 0 para esposas na situação 1; j Re nd t = log do rendimento médio do trabalho durante o período t para esposas na situação j, onde j=1, 2; X t) = conjunto de características individuais da esposa i (nível de escolaridade, idade, idade ao quadrado). M t) = conjunto de características individuais do marido correspondente à esposa i (nível de escolaridade, idade, idade ao quadrado) e o rendimento do trabalho no primeiro mês de entrevista. C t) = número de filhos com menos de 10 anos residentes no domicílio. O subscrito t) ressalta o fato de que, como cada indivíduo é observado apenas três vezes, a presença da esposa i na amostra depende do período t. Resultados preliminares Embora os resultados serão gerados para todas as regiões metropolitanas, a Tabela 2 apresenta os resultados gerados apenas para a região NE. Nota-se na coluna (1) que o efeito trabalhador adicional, o qual é mensurado pela dummy para esposas na situação 2, apresenta um efeito significativo e positivo sobre a probabilidade de participação, sugerindo que a transição do marido para o desemprego aumenta a chance da esposa entrar no mercado de trabalho, evidenciando a existência do efeito trabalhador adicional. Ao incluir a variável taxa de desemprego das regiões metropolitanas como uma proxy para captar o efeito trabalhador desalento para as esposas na situação 1 e 2, colunas (2) a (5), o efeito marginal para trabalhador adicional deixa de ser estatisticamente significativo. Com exceção da coluna (5), o sinal negativo do efeito marginal da taxa de desemprego para as esposas na situação 1 sugere que aumento na taxa de desemprego reduz a participação das esposas na força de trabalho e vice-versa. Nota-se, ainda, que um maior nível de escolaridade da esposa aumenta sua probabilidade de participar do mercado de trabalho. Já o aumento de escolaridade do marido, por sua vez, reduz a probabilidade de participação da esposa. Com relação à variável idade da esposa, pode se observar que ela influencia positivamente na sua decisão de participar do mercado de trabalho. A presença de filhos com menos de 10 anos, como pode ser observado na coluna (4) e (5), reduz a probabilidade de participação da esposa. A renda do marido tende a reduzir a probabilidade da esposa de participar do mercado de trabalho. 346

Tabela 2 Modelo Logit para probabilidade de participação das esposas na Região Nordeste Variáveis (1) (2) (3) (4) (5) Esposa na situação 2 1.688*** 0.596 0.499 (0.299) (2.353) (2.349) Taxa desemprego x dummy sit_1-0.055*** -0.037*** - Taxa desemprego x dummy sit_2 0.0328 0.0382 - (0.171) (0.171) Escolaridade do marido 1 e 3-0.0454-0.0414 - (0.170) (0.170) Escolaridade do marido 4 a 7-0.0466-0.0383 - (0.156) (0.156) Escolaridade do marido 8 a 10 0.0192 0.0348 - Escolaridade do marido mais 11-0.174-0.135 - Escolaridade da mulher 1 e 3 0.293* 0.300* - (0.172) (0.172) Escolaridade da mulher 4 a 7 0.356** 0.360** - (0.158) (0.158) Escolaridade da mulher 8 a 10 0.486*** 0.497*** - Escolaridade da mulher mais 11 0.699*** 0.722*** - Idade do marido 0.0612* 0.0636* - (0.037) (0.037) Idade do marido ao quadrado -0.0007* -0.0007* - (0.0004) (0.0004) Idade da esposa 0.127*** 0.126*** - (0.041) (0.041) Idade da esposa ao quadrado -0.001*** -0.001*** - (0.0005) (0.0005) Marido com carteira assinada -0.0338-0.0453 - (0.069) (0.069) Região metropolitana 0.195** 0.229*** - (0.077) (0.078) Ln rendimento do marido em t -0.0415*** - - Filhos com menos de 10 anos - - - Duração do emprego do marido na situação 1 - - - - - Constante 3.416*** -6.130*** -6.200*** (0.061) (0.867) (0.866) 0.506 (2.349) -0.037*** 0.0379 (0.171) -0.0455 (0.170) -0.0502 (0.155) 0.0166-0.156 0.288* (0.172) 0.340** (0.158) 0.468*** (0.166) 0.686*** 0.0616* (0.036) -0.0007* (0.0004) 0.099** -0.001*** (0.0005) -0.0530 (0.069) 0.229*** (0.077) -0.0417*** -0.157*** -5.333*** (0.890) -0.0844 (2.352) 0.045** (0.022) 0.0687 (0.171) -0.0410 (0.170) -0.0488 (0.156) 0.0236-0.153 0.281 (0.172) 0.340** (0.158) 0.463*** 0.688*** 0.0615* (0.036) -0.0007* (0.0004) 0.099** -0.001*** (0.0005) -0.0322 (0.069) 0.385*** (0.087) -0.0361*** -0.154*** -1.378*** (0.345) -5.262*** (0.890) N 27615 27615 27615 27615 27615 Teste LR - [0.0000] [0.0000] [0.0002] [0.0001] AIC 16217.87 16076.3 16055.99 16043.98 16029.95 BIC 16242.55 16232.59 16220.51 16216.73 16210.93 Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da PME 2002 a 2007. Desvios-padrão entre parênteses. Notas: *** estatisticamente significativo ao nível de 1%; ** estatisticamente significativo ao nível de 5%; * estatisticamente significativo ao nível de 10%; O teste da Razão da Verossimilhança (LR) é um teste utilizado para analisar se o modelo imediatamente posterior é o mais adequado, ou seja, se é o melhor modelo. BIC é o critério de informação de Schwarz e o AIC é o critério de informação de Akaike. Eles também são utilizados para fazer a comparação entre modelos. 347

Referências FERNANDES, R.; F. FELÍCIO. O ingresso de esposas na força de trabalho como resposta ao desemprego dos maridos: uma avaliação para o Brasil metropolitano. In: CHAHAD, J. P. Z., MENEZES-FILHO, N. A. (Orgs.) Mercado de trabalho no Brasil: salário, emprego e desemprego numa era de grandes mudanças. São Paulo: Ltr, 2002. p.79-96. FERNANDES, R.; F. FELÍCIO. The Entry of Wives into the Labor Force as a Response to the Husband`s Unemployment: A Study on the Brazilian Metropolitan Areas. Journal of Development and Cultural Change, forthcoming, 2005. GONZAGA, G.; REIS, M. Os efeitos trabalhador adicional e desalento no Brasil. Anais do XXXIII Encontro Nacional de Economia. Natal, RN, 2005. SCHMITT, C.; RIBEIRO. E. P. Participação feminina na força de trabalho e o efeito trabalhador adicional em Porto Alegre. 2003. 26p. Disponível em: http://www.ufrgs.br/ppge/textos-para-discussao.asp?ano=2003. Acesso em: fevereiro de 2007. 348