DE UM GENERO E ONZE ESPECIES NOVOS DA

Documentos relacionados
MIRÍDEOS NEOTROPICAIS, XL: DESCRIÇÕES DE NOVAS ESPÉCIES DA AMAZÔNIA (HEMIPTERA).

Mirídeos neotropicais, CCXXXIX: descrições de algumas espécies de Cylapinae do Amazonas (Hemiptera).

REVISTA BRASILEIRA DE ZOOLOGIA

Mirídeos neotropicais, CCXXXVII: Descrição de quatro espécies novas do gênero Peritropoides Carvalho (Hemiptera)

Derophthalma vittinotata, sp.n. Figs 1-4

Chrysodasia pronotata, sp.n. Figs 1-5

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CLXV: ESTUDOS SOBRE

MIRMDEOS NEOTROPICAIS, CCIV: DESCRI(OES DE

MIRiI)EOS NEOTROPICAIS, CVII: DESCRICOES DE CINCO

REVISTA BRASIlEIRA DE ZOOLOGIA ABSTRACT RESUMO INTRODUÇÃO

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CLII: GtNERO ORTHOTYLUS FIEBER

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCCXXXVIII: NOVO GENERO

alcanqando as coxas II, segmento I engrossado

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCCXXV: UM GENERO E DUAS ESPECIES NOVAS DO PERU (HEMIPTERA)

Revista Brasileira de Biologia

biaa-llziaa, znc.qyvth.ou. do-u> gzmhoi z 6ZAJ> zipzctzj, nova*, dzj>chlto6 z ihn> h.adoi> no phz

(**) Museu Nacional, Rio de Janeiro. Ceratocapsus barensis n sp. (Figs. 1-3).

MIRfDEOS NEOTROPICAIS, CCII: CINCO ESPtCIES NOVAS DA COLE"AO DA ACADEMIA. UM NOVO GtNERO E DE CIIENCIAS DA CALIFORNIA (HEM.

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCXLV: DESCRIÇÃO DE QUATRO ESPÉCIES NOVAS DO GÊNERO

GENERO, SETE ESPECIES E UMA OCORRENCIA NOVA DE

Mirideos Neotropicais, CCCXLII: Novo Genero e Novas Especies

Republica do Equador (Hemiptera)

CORCOVADENSIS CARVALHO & GOMES (HEMIPTERA)'

GtNEROS NOVOS (Hemiptera)l

Duas novas espécies de Mauesia (Cerambycidae, Lamiinae, Mauesini) e chave para identificação das espécies do gênero

(Hemiptera, Cicadellidae, Xestocephalinae) 1

Notholopus (Notholopoides) niger, Sp.D. Figs 1-5

MIIPDEOS NEOTROPICAIS, CCLIII: DESCRItOE.S

SISTEMÁTICA DE Rhabdepyris KIEFFER (HYMENOPTERA, BETHYLIDAE) AMAZÔNICOS COM ANTENAS PECTINADAS

Deltocephalinae): primeiro registro no Brasil e descrição de duas espécies novas 1

MIRIDEOS NEQJROPICAIS, CCLXXXIII: ESPECIES SUL

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCCLXXV: UM GENERO E QUATRO ESPECIES NOVOS DA NICARAGUA (HETEROPTERA).

Novos táxons de Desmiphorini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae) da Costa Rica e do Brasil

GUATUBESIA, NOVO GÊNERO DE GONYLEPTIDAE

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CXCVI: DESCRI(OES DE CINCO GE:NEROS E SEIS ESPECIES NOVAS (HEMIPTERA) 1

VINALTO GRAF ALICE FUMI KUMAGAI 3

(Hemiptera) ABSTRACT. Gomide da Silva, sob a supervis~o do primeiro autor. Elas slo descritas como segue: ao cinam6meo com Areas p~lido-amareladas;

Genero Paraproba Distant, com Descrisa&o de Novas Especies (Hemiptera, Miridae)

SEIS ESPÉCIES NOVAS DO GÊNERO MYCOTRETUS CHEVROLAT, 1837, DA REGIÃO AMAZÔNICA. (COLEÓPTERA, EROTYLIDAE). Moacir Alvarenga ( *)

~Descrigdo de REUTER (1. C., 1883) Modiflcada pelo autor: Corpo alongado, NOVAE "SOLANO-CORIS" N. G. (HEMIPTERA)

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CXCIII: SOBRE ALGUMAS ESPICIES QUE OCORREM NAS CAATINGAS BRASILEIRAS (HEMIPTERA)

JOSE C.M. CARVALHO. Museu Nacional, Rio de Janeiro. (Com 23 figuras no texto)

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCCL

Morfología externa dos adultos de Phthia picta (Drury, 1770) (Hemiptera, Coreidae)

Revta bras. Ent. 32(2): OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XXI. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE) ABSTRACT

NOTAS SOBRE PSEUDEVOPLITUS (HETEROPTERA, PENTATOMIDAE) E DESCRIÇÃO DE DUAS ESPÉCIES NOVAS 1

TAXNOMICAS (HEMWPIERA)

REV1ST A BRASILEIRA. DE ZOOLOGIA

Acta Biol. Par., Curitiba, 41 (3-4): KETI MARIA ROCHA ZANOL 2 Estrianna gen. nov. (Espécie tipo Estrianna sinopia sp. n.

Espécies novas de Eucerinae Neotropicais e notas sobre Dasyhalonia phaeoptera Moure & Michener (Hymenoptera, Anthophoridae) 1

NOVOS GÊNEROS E ESPÉCIES DE HOPLOPHORIONINI (HEMIPTERA, MEMBRACIDAE, MEMBRACINAE)

Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos Licenciatura em Ciências Exatas Biologia

Novas espécies de Aglaoschema Napp, 1994 (Coleoptera, Cerambycidae) 1

Mirideos Neotropicais, CCCXLVIII: Generos e Especies Novos

Descrição dos Imaturos de Loxa deducta Walker e Pallantia macunaima Grazia (Heteroptera: Pentatomidae) em Ligustro, Ligustrum lucidum Ait.

MIR1DEOS NEOTROPICAIS, CCCIV: NOVOS GENEROS

LORENA FERRARI UCELI ESTUDOS TAXONÔMICOS DA SUBFAMÍLIA ORTHOTYLINAE (HEMIPTERA: HETEROPTERA: MIRIDAE) NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL.

(HEMIPTERA) CONSIDERA OES SOBRE DUAS ESPECIES DESCRITAS MIRIDEOS NEOLROPICAIS, CCLXXVI: DESCRI OES DE DOIS NOVOS GENEROS, SEIS NOVAS ESPECIES E

Ordem Hemiptera Subordem Heteroptera. Nome comum: Percevejos

Acta Biol. Par., Curitiba, 46 (1-2):

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS SALTICIDAE (ARANEAE) DO BRASIL. VII. Maria José Bauab Vianna Benedict» A. M. Soares

Espécies novas de Blaptica do Rio Grande do Sul, Brasil (Blattaria, Blaberidae, Blaberinae)

Três espécies novas do gênero Chorisoneura (Blattellidae, Chorisoneuriinae) coletadas em ninhos de Sphecidae (Hymenoptera) do Estado do Acre, Brasil

Espécies novas de Ischnoptera (Blattellidae, Blattellinae) do Estado do Mato Grosso, Brasil e considerações sobre I. similis

Kyra gen. nov. (Cicadellidae, Deltocephalinae) e descrições de duas novas espécies 1

SEIS ESPÉCIES NOVAS DE CARIBLATTA HEBARD (BLATTARIA, BLATTELLIDAE) DO BRASIL 1

NOVA ESPÉCIE DE GHINALLELIA WYGODZINSKY, 1966 DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL (HEMIPTERA, HETEROPTERA, REDUVIIDAE, EMESINAE) 1

MERIDEOS NEOTROPICAIS, CCCXXIII: REDESCRI(AO DE

ABSTRACT. primento 0,2 mm; 11, 0,9 mm; II, 0,5 mm; IV, 0,3 mm. Pronoto: comprimento 0,6 mm, largura na. Unidos da Amrica, Washington, D.C.

DEIPARTAMENTO DE ZOOLOGIA. DOIS NOVOS CiÊNEROS E TRÊS NOVAS ESPÉCIES DE OPILIOES BRASILEIROS (*) POR INTRODUÇÁO

DESCRIÇÃO DE DUAS ESPÉCIES NOVAS DE Elmohardyia RAFAEL (DIPTERA, PEPUNCULIDAE) DA REGIÃO AMAZÔNICA

Morfologia externa dos adultos de Phthia picta (Drury, 1770) (Hemiptera, Coreidae)..-

Descrição de três novas espécies de Mahanarva (Hemiptera, Cercopidae, Ischnorhininae)

Coronalidia, gênero novo de Neocoelidiinae (Hemiptera, Cicadellidae) do Equador 1

REVISÃO DO GÊNERO SATIPOELLA (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, LAMIINAE) INTRODUÇÃO

bois GÉNEROS E QUATRO ESPÉCIES DE PACHYLINA E

NOVOS CERAMBYCIDAE (COLEOPTERA) DA COLEÇÃO ODETTE MORVAN, KAW, GUIANA FRANCESA

MIRDEOS NEOTROPICAIS, CCCXVII: SOBRE AS ESPECIES

UM NOVO GÊNERO E DOIS ALÓTIPOS DE "GONY- LEPTIDAE" (OPILIONES) 1

Novos Cerambycidae (Coleoptera) da Coleção Odette Morvan, Guiana Francesa. II

DESCRiÇÃO DE UMA ESPÉCIE NOVA DE CAL VOZ/NA ENDERLEIN (HYMENOPTERA, BETHYLlDAE) DO BRASIL. Celso Oliveira Azevedo 1

er: cinco espécies novas do Brasil (Hemiptera,

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLVII:

KETI MARIA ROCHA ZANOL 2

Keti Maria Rocha Zanol 2

Três espécies novas de Centronodus Funkhouser (Homoptera, Membracidae, Centronodinae) 1

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. VII (OPILIONES, GONYLEPTIDAE) '

Novas espécies de Desmiphorini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae) da Costa Rica e do Equador

Duas espécies novas de membracídeos (Hemiptera, Membracidae) da Mata Atlântica do Estado de São Paulo, Brasil 1

MIRIDEOS NEOI'ROPICAIS, CCI,XXXIV: DESCRI OES DE NOVAS ESPECIES, REVISAO DE TIPOS E CORREQOES TAXONOMICAS (HEMIV'PER.A)

Acta Biol. Par., Curitiba, 35 (1-2):

Boethus catarinae sp. nov.

Galatheoidea Chirostylidae Uroptycbus uncifer (A. Milne Edwards, 1880)

DANÚNCIA URBAN 2. Acta Biol. Par., Curitiba, 31 (1, 2, 3, 4):

ALGUNS LANIATORES NOVOS DA REPUBLIC A ARGENTIN A MELLO-LEITÃ O

Novos Cerambycidae (Coleoptera) da coleção Odette Morvan, Kaw, Guiana Francesa. IV

Notas e descrições em Eburiini (Coleoptera, Cerambycidae)

NOVO GÊNERO DE ANACOLINI E DESCRIÇÃO DOS MACHOS DE MYZOMORPHUS FLAVIPES E POEKILOSOMA CARINATIPENNE (COLEOPTERA, CERAMBYCIDAE, PRIONINAE)

Descrição dos Estágios Imaturos de Phthia picta (Drury) (Hemiptera: Coreidae)

Description of New Species of Fidicinoides Boulard & Martinelli (Hemiptera: Cicadidae) from Brazil

Transcrição:

Rev. Bras. BioL, 45(4): 653-668 Novembro, 1985 - Rio de Janeiro, RJ MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII: DESCRIW:OES DE UM GENERO E ONZE ESPECIES NOVOS DA AMERICA CENTRAL E AMERICA DO SUL (HEMIPTERA) JOSt C. M. CARVALHQ* Museu Nacional, Rio de Janeiro (Com 37 figuras) RESUMO Este trabalho consta das descriqbes de um gbnero e onze espcies novos (Hemiptera, Miridae), como segue: Chiloxionotus rondoniensis n. sp., Brazil; Daghertus emboabanus n. sp., Brazil; Fortunacoris n. gen., F castaneus n. sp., Panama; Horciasisca tiquiensis n. sp., Brazil, Monalonion paraensis n. sp., Brazil; Neella rondonia n. sp., Brazil; Neosilia dollingi :n. sp., Costa Rica; Neoleucon sulinus n. sp., Bolivia, Brazil; Pachymerocerista manauara n. sp., Brazil; Poeas schuhi n. sp., Peru; Reuteroscopuscacerensis n. sp., Brazil. Horciasisca castanea Carvalho e colocada na sinonimia de Horciasisca insignis Carvalho e Neosilia cineracea Distant e ilustrada. Desenhos de corpo inteiro e da genitalia do macho acham-se incluidos. Palavras-chave: Mirndeos'neotropicais - descrigbes- genero e especies novos. ABSTRACT Neotropical Miridae, CCLXII: Descriptions of a New Genus and eleven New Species from Central and South America (Hemiptera) This paper deals with the description ofa new genus and elevennew species ofmiridae (Hemiptera) as follows: Chiloxionotus rondoniensis n. sp., Brazil; Dagbertus emboabanus n. sp., Brazil; Fortunacois I. gen., F. castaneus n. sp., Panama; Horciasisca tiquiensis n. sp., Brazil; Monalonion paraensis n. sp., Brazil; Neella rondonia n. sp., Brazil; Neosilia dollingi n. sp., Costa Rica; Neoleucon sulinus ni sp., Bolivia, Brazil; Pachymerocerista manauara n. sp., Brazil; Poeas schuhi n. sp., Pan; Reuteroscopus cacerensis n. sp., Brazil. Horciasisca castanea Carvalho is placed in the synonymy ofhorciasisca insignis Carvalho and Neosilia cineracea Distant is illustrated. Drawings of habitus and male genitalia are included. Recebido em 9 de maio de 1985. Aceito em 25 de julho de 1985. Distribuido em 30 de novembro de 1985. *Pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico (CNPq).

654 CARVALHO INTRODUCAO 0 autor recebeu ultimamente material da faiflia Miridae para estudo proveniente de virias localidades da Am6rica Central e America do Sul. Dentre as esp&cies estudadas onze foram reconhecidas come ainda nko descritas, constituindo o motivo do presente trabalho. As ilustrapes que figuram no texto foram feitas por Paulo Roberto Nascimento e Maria Lilia Gomide da Silva sob a supervisio do autor. Chiloxionotus rondoniensis nsp. (Figs. I - 4) Caracterizada pela colora9&o do emb6lio e pela morfologia da genitalia do macho. Macho: comprimento 9,0 mm, largura 3,0 mm. Cabega: comprinmento 0,4 mm, largura 1,4 mm, vertice 0,62 mm. Antena: comprimento 1,3 mm; II, 2,9 mm; III, 1,8 mm; IV, 1,0 mm. Pronoto: comprimento 1,3 mm, largura na base 2,7 mm. Cuneo: comprinmento 1,20 mm, largura na base 0,52 mm (hol6tipo). Colora9&o geral cinambmea com Areas lutescentes a citrinas; cabeca lutescente, olhos e antenas pretos Ṗronoto de cor variavel: lutescente a citrino com area dos calos enfuscada a negra (ou todo o disco enfuscado exceto Area do colar ou todo o disco negro com faixa mediana alargando-se para a margem posterior lutescente); mesoescuto e escutelotambem de corvariavel, enfuscados, este ultimo com faixa mediana longitudinal a Apice lutescentes (ou lutescentes ou avermelhados ou citrinos com indicacio ou nto de faixa mediana longitudinal). Hemi~litro cinam6meo, clavo de cor fusca uniforme ou com faixa lutescente do lado externo ou do lado interno da nervura claval, c6riocinambmeo, emb6lio, apice do exocorio e cuneo externamente (ou em sua maior extensao) lutescentes, o emb6lio raramente totalmente cinam6meo; membrana negra. Lado inferior e coxas lutescentes, femures castanhos a pretos, tibias, tarsos e parkmeros pre-tos (em alguns exemplares a regiao estemal e o pig foro sio pretos). Corpo subglabro, lados do pronoto carenado anteriormente rostro alcanfando as coxas postenores, antena, femures e tibias com pelos espiniformes curtos. Genitdlia: v~sica do edeago (Fig. 2) com um espiculo grande, menos dilatado no ipice que em Chiloxionolus bahianus Carvalho, 1975, dois espiculos menores bastante afilados, um quarto menos esclerosado e lobos membranosos. ParAmero esquerdo(fig. 3) curvo, bastante esclerosado, alargado na base e afilado no Apice. Parrmero direito (Fig. 4) alongado, afilado na ponta. Femea: com aspecto geral e colora9&o semelhante ao macho, um pouco mais robusta. Hol6tipo: macho, Nova Fernand6polis, Barra dos Bugres, Mato Grosso, BRASIL, X.84, Roppa col., na cole9ao do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Pardtipos: 22 mrchos e 6 femeas, mesmas indica9oes que o tipo, 1 ftmea, Porte EsperidiAo, Caceres, MT, Brasil, XI. 1984, Alvarenga. Difere de Chiloxionotus bahianus Carvalho, 1975, pela colora9&o do emb6lio e do clipeo, pelo comprimento do rostro e pela morfologia da genitwlia do macho. 0 nome especifico 6 alusivo ao Estado de Rondbnia, local de origem do tipo. Dagbertus emboabanus n.sp. (Fig. 5) Caracterizada pela coloracao do corpo. Femea: comprimento 3,5 mm, largura 1,8 mm. Cabepa: comprimento 0,1 mm, largura 0,9 mm, v~rtice 0,40 mm. Antena: segmento I, comprinmento 0,2 mm; II, 1,2 mm; III, 0,4 mm; IV, 0,4 mm. Pronoto: comprimento 0,6 mm, largura na base 1,5 mm. Cuineo: comprimento 0,62 mm, largura na base-0,60 mm (holotipo). ColeracAo geral castanha tendendo ao castanho-avermelhado com areas palido-amareladas; cabeca e pronoto salpicados de pequenas manchas ou pontos palidos mais evidentes atras dos calos e dos lados do disco, uma faixa longitudinal entre os calos mais clara; mesoescuto e escutelo castanhos, salpicados de pontos palidos, corm linha mediana longitudinal e cerca do terco apical palidos; Hemielitros castanho-avermelhados, salpicados de pequenas manchas ou pontos palidos, metade basal do clavo com area pilida mais extensa, base do cuneo internamente com mancha pilido-amarelada; membrana fusca com mancha contigua ao apice do cuneo palida. Lado inferior e pernas castanhos salpicados de manchas ou pontos pabido-amarelados. Corpo com pelos abundantes, erectos, vertice

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII 655 Chiloxionotus rondoniensis n. sp.: Fig. 1 - macho, holotipo; Fig. 2 - vesica do edeago; Fig. 3 - paramero esquerdo; Fig. 4 - parimero direito. finamente carenado, tibias corn espinhos, pelos e fileiras de denticulos esclerosados, olhos comprimidos, convexos na margem interna, alcanpando urn pouco abaixo do pedunculo antenal, rostro atingindo o apice das coxas posteriores. Macho: desconhecido.

656 CARVALHO I Fig. holotipo. 5 - Dagbertus emboabanus n. sp., femea, recoberto por pubesc-ncia curta, adpressa, prateada sob lz incidente. Cabe;a larga, semi-horizontal, clipeo e jugo vistos de cina, fronte sulcada e estriada, v6rtice finamente marginado, olhos grandes, comprimidos, contiguos ao colar, antena com segmento I mais grosso que o I, segmento II cilindrico, revestidos de p~los curtos e cerdas finas, erectas, cabera vista de lado com clipeo arredondado, saliente, jugo e lora desenvolvidos; rostro Iongo, alcancando as coxas posteriores. Pronoto brilhante, grosseiramente pontuado, cabs planos, margem posterior largamente arredondada, mesoescuto descoberto, escutelo proeminente na regiao mediana, brilhante, rugosopontuado. Hemiblitro comr pubesc#ncia curta, adpressa, opaco, emb6lio piano, largo, cuneo um pouco mais longo que largo na base, membrana biareolada. Lado inferior pontuado na propleura, rugoso no mesoesterno, peritrema ostiolar grande, fem-ures e tibias com pibosidade densa, pzlos de comprimento aproximadamente igual a grossura da tibia. Especie tipo do genero: Fortunacoris castaneus n.-sp. Aproxima-se de Ata/ualpacoris Carvalho pelas manchas negras darmembrana e aspecto geral, diferenciando-se pelo comprimrento do segmento II da antena, pelo comprimento do rostro que alcanqa as coxas posteriores e pela morfologia da vesica do edeago sem espiculos esclerosados e sem campo de dentes espiniformes ao lado do gonoporo secundario. 0 nome generico e alusivo ao local de coleta dos exemplares em estudo. Holftipo: femea, BRASIL, Minas Gerais, Carro do Rio Claro, janeiro 1978, Carvalho & Schaffner col., na cole9&o do Museu Nacional (Rio de Janeiro). Pardtipos: rmeas, mesmas indicavoes que o, tipo, nas cole96es do Departamento de Entomologia, Universidade do Texas A & M e do autor. Difere das demais especies do genero pela colorasao do corpo. 0 nome especifico e alusivo ao municipio onde foram coletados os exemrplares. Fortunacoris nxgen. Mirinae, Miini. Corpo grande, alongado, Fortunacoris castaneus n.sp. - (Figs. 6 9) Caracterizada pela coloraqao do pronoto e pela morfologia da genitalia do macho. Macho: comprimento 7,8 mm, largura 3,5 mm. Cabela: comprimento 0,8 mm, largura 1,4 mm, vertice 0,50 rm. Antena: segmento I, comprimento 1,0 mm; II, 2,6 mm; III, 1,3 mm; IV, 0,7 mm. Pronoto: comprimento 1,2 mm, largura na base 2,8 mm. Cuneo; comprimento 1,20 mm, largura na base 0,68 mm (paratipo). Colorapao geral castanha com areas castanho-escuras e castanho-claras; cabepa, pronoto e escutelo brilhantes, cabeqa castanha, segmento II

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII 657 I.. S \I 6 in-4 Fig. 6 - Fortunacoris castaneus n. sp., fmea, hol6tipo. da antena negro na parte apical, segmento III palido (exceto na extremidade apical), segmento IV fusco. Pronoto com meio do disco tendo manchas palidas a castanho-claras em forma de aviao ou borboleta; escutelo castanho-escuro com duas manchas palidas (uma de cada lado da base), extremidade apical mais clara. Hemielitro castanho, membrana fusca, nervuras, uma mancha contigua ao Apice do cuneo e uma ofitra um pouco mais al~m pilidas. Lado inferiorcom xifo do prosterno e margem inferior da propleura palidos, regi~o esternal negra (recoberta com pruinosidade prateada sob luz incidente), peritremaostiolare coxas pilidos, fmures e tibias castanhos (o terceiro fremur com anel mediano e dois antis na extremidade apical negros); abdome pilido com :faixa lateral longitudinal negra. Corpo com pubescbncia curta, subadpressa hemrielitro com dois tipos de pblos negros e prateados, lanosos, sob luz incidente, fronte estriada, pronoto pontuado, escutelo rugoso-pontuado, proeminente, rostro alcangando as coxas posteriores, antena corn p~los normais e cerdas erectas, de comprimento aproximadamente igual ou pouco mais curto que a grossura dos segmentos, bastante mais longas no segnento III, femures e tibias densamente pilosos, espinhos ausentes. Genitalia: penis (Fig. 7) com ve-sica simples, membranosa, desprovida de espiculos. ParAmero esquerdo (Fig. 8) com lobo basal pouco proeminente e sem dentea)es na margerm, bastante curvo, recoberto superficialmente por numerosas cerdas longas, extremidade apical recurvada e fina. Paramero direito (Fig. 9) bem menor, globoso, levemente estreitado no meio, com cerdas dorsais longas e Apice em forma de lobo estreitado. Femea: semelhante ao macho em colora9ao e aspecto geral. Comprinmento 9,6 mm, largura 3,6 mm. Cabera: comprinmento 0,8 mrm, largura 1,5 mm, vtrtice 0,60 mm. Antena: segmento I, comprimento 0,9 mm; II, 2,4 mm; III, 1,3 mm, IV, 0,8 mm. Pronoto: comprimento 1,6 mm, largura na base 3,2 mm. Cgneo: comprimento 1,40rmm, largura na base 1,00 mm (holotipo). Hol6cipo: femea, Fortuna, PANAMA, 1976, H. Wolda col, na cole9ao do Museu Nacional de hist6ria Natural dos Estados Unidos da America, Washington, D.C. Pardtipos: 2 machos, 9 femeas, mesrmas indica96es que o tipo, 8 44' N 820 16' W, 10.03.79, nas coleq6es do colega J. Maldonado Capriles e do autor. Horciasisca tiquiensis n.sp. (Figs. 10-13) Caracterizada pela coloracao do hemilitro e pela morfologia da genitalia do macho. Fe6mea: comprinmento 4,6 mm, largura 2,0 mm. Cabera: comprimento 0,3 mm, largura 0,9

658 CARVALHO Fortunacoris castaneus a sp.; Fig. 7- penis; Fig. 8 - paramero esquerdo; Fig. 9 - paramero direito. mm, vertice 0,44 mm Antena: segmento I, comprimento 0,5 mm; 1I, 1,4 mm, III, 1,0 mm; IV, 0,7 mm. Pronoto: comprimento 1,0 mm, largura na base 1,8 mm. Cuineo: comprimento 0,64 mm, largura na base 0,42 mm (holotipo). Colorapo geral citrina a lutescente com areas castanho-escuras a pretas; cabepa lutescente, olhos pretos, antena com segmento I castanho-avermeihado, segnento II negro na por&ao apical, segmentos III e IV negros, brancos na base. Pronoto lutescente com mancha sub-basal transversal preta, escutelo luteo-amarelado. Hemielitro com clavo e poreao apical do corio pretos ou castanho-escuros, emb6lio, porq&o apical do exoc6rio e cuneo lutescentes a fusco-lutescentes, membrana nefgra. Lado inferior lutescente, coxas e permas palido-amareladas, poreio apical dos te-mures corn tintura avermeihada. Corpo com pelos semierectos pronoto finamente pontuado, hemielitro liso, escutelo proeminente, liso, pelos da antena muito curtos, tibia III comr 10-11 espinhos, rostro alcangando as coxas medianas. Macho: semeihante a femea em coloraqao geral e dimens6es. Um exemplar com as marcas negras pouco evidentes, tendendo ao castanho uniforme. Genitdlia: v~sica do edeago (Fig. 11) comr formaq&o visivel esclerosada alem do gonoporo secundario continuada por espiculo bemr mtido. Parimero esquerdo (Fig. 12) com lobo basal mediano, acentuadamente recurvo, recoberto por cerdas muito longas, afilado na extremidade apical. Parimero direito (Fig. 13) curto, globoso, terminado de forma caractenstica segundo mostra a ilustrago. Hol6tipo: emea, Tiquie (rio), Amazonas (BRASIL), J. C. M. Carvalho, 1949, na colecio do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Paratipos: macho e femea, mesmas indicacbes que o tipo. Difere de Horciasisca Carvalho, 1976 pela coloraao do hemielitro e pela morfologia da genitilia do macho. 0 nome especifico e alusivo ao rio Tiquie, Estado do Amazonas onde os exemplares foram colecionados. Horciasisca insignis Carvalho, 1976 Horciasisca insignis Carvalho, 1976:104, figs. 20-24; Horciasisca castanea Carvalho, 1976: 100, figs. 1-6, nova sinonimia. Estudos recentes sobre o genero Horciasisca Carvalho, 1976 revelaram que a especie castanea Carvalho e sinonima de insignis Carvalho. Em ambas, os machos tendem a possuirem uma coloragio castanea ou sao pouco marcados. Alguns exemplares sao completamente castaneos, fato esse que levou o autor a descrever castdnea como especie separada. As diferenpas de genitalia naio sao bastante significantes para diferencia-las. Monalonion paraensis n.sp. (Figs. 14-17) Caracterizada pela coloraqao do corpo e pelo seu pequeno porte. Macho: comprimento 7,4 mm, largura 2,0 mm (ao nivel da fratura cuneal). Cabefa: comprimento 0,6 mm, largura 1,3 mm, vertice 0,60 mm. Antena: segmento I, comprimento 0,5 mm; II, 4,0 mm; III, 3,2 mm; IV, 0,5 mm. Pronoto: comprimento 1,2 mm, largura na base 1,6 mm. Cuneo: comprimento 2,2 mm, largura na base 0,80 mm (holotipo). ColoraAo geral Iutea com Areas pretas;

13 MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII 659 II Horciasisca tiquiensis n. sp.: Fig. 10 - femea, holotipo; Fig. 11 - vesica do edeago; Fig. 12 - paramero esquerdo; Fig. 13 - paramero direito. olhos, manchas no vertice ao lado dos olhos, clipeo, clavo e corio (exceto extremas bases), apice do emb6lio castanho-escuros a pretos, cuneo castanho-escuro a avermelhado, membrana fusca, area intrareolar mais escura, nervuras negras. Lado inferior luteo, colar inferiormente, metapleura, metacoxa, abdome (exceto a base) avermelhados, pernas lutescentes, apice do femur III e tibias III castanhos a pretos, segmento III dos tarsos preto.

660 17 CARVALHO J14 Monalonion paraensis n. sp.; Fig. 14 - macho, holotipo; Fig. 15 - penis; Fig. 16 - paramero esquerdo; Fig. 17 - parkmero direito. Corpo liso, brilhante, rostro alcanfando as coxas posteriores, cabeca vertical, pescoro alongado, segmento 11 e tergo basal do segmento II da antena com cerdas longas, finas, erectas, de corprimento maior que a grossura dos segmentos, segmento I mais grosso na regiio mediana, cuneo arredondado externamente, cerca de quatro vezes mais longo que largo na base, porao extrareolar da membrana curta, femur III engrossado na porr&o apical, tibias posteriores com cerdas tdo longas ou mais longas que a grossura da tibia. Genitdlia: penis(fig. 15) dotipomonalonfinti com ampola bem nitida, gonoporo secundario globoso, teca apenas de um-lado, vesica membranosa. Parimero esquerdo (Fig. 16) mais largo na porrao basal, afilado para aextremidade. Parfmero direito (Fig. 17) pequeno, simples. Femea: semelhante ao macho em aspecto

1-8 MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII 661 Genildlia: nao dissecada por tratar-se de exemplar frigil. FNmea: desconhecida. Hol6tipo: macho, BRASIL, Rond6nia, Ji- Parana, 8.11.1983, Equipe J. R Arias, na colec&o do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Parntipo: macho, mesmas indicacoes que o tipo. Difere de Neella lutescens (Stil, 1860) e Neella similaris Carvalho & Gomes, 1971 pela coloraco do segmento I da antena e pelo seu menor porte. 0 nome especifico e alusivo ao Estado de Rondcnia onde os exemplares foram coligidos. Fig. 18 Neella rondonia n. sp., femea, holotipo. geral e dimens6es. Segmento II da antena apenas com pelos curtos, f~mures Hiteos, tibia III Kutea apenas na base. Hol6tipo: macho, BRASIL, Para, Municipio de Benevides, PA.- 408 km 06, 23.VII. 1980, E. L Oliveira, na colefao do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Pardtipo: femea, Rio Cassipore, 8.9.1961, Brasil, AP (Amapa), J. & B. Bechyne, na coleqfto do autor. Difere das outras especies de Monalonion pela coloraqio do corpo e pelo seu pequeno porte. 0 nome especifico e alusivo ao Estado do Para, localidade tipo da especie. Neella rondonia nsp. (Fig. 18) Caracterizada pela coloracio geral do corpo e pelas suas dimensbes. Macho: comprimento 0,4 mm, largura 1,8 mm. Cabepa: comprimento 0,2 mm, largura 0,9 mm, vertice 0,50. Antena: segmento I, comprimento 0,3 mm; 11, 0,9 mm; III, 0,6 mm; IV, 0,5 mm. Pronoto: comprimento 0,8 mm, largura na base 1,4 mm. Ctineo: comprimento0,80 mm, larguranabase 0,52 mm (holotipo). ColoraqAo geral lutescente-clara, olhos castanhos, segmento II da antena preto. Corpo com pelos curtos, semiadpressos, olhos salientes para fora, semipedunculados, pronoto pontuado, rostro alcancando as coxas posteriores. Neosilia cineracea (Distant, 1884) (Figs. 18-22) Silia cineracea Distant, 1884: 296; Neosilia cineracea Distant, 1884:297, pl 27, fig 22 Caracterizada pela coloracso do corpo, pelo comprimento do cuneo e pela morfologia da genitalia do macho. Macho: comprimento 5,4 mm, largura 1,5 mm. Cabera: comprimento 0,2 mm, largura 0,8 mm, vertice 0,44 mm. Antena: segmento I, comprimento 0,5 mm; II, 1,6 mm; III, 1,1 mm; IV, 0,7 mm. Pronoto: comprimento 1,0 mm, largura na base 1,3 mm. Cuneo: comprimento 1,20 mm, largura na base 0,44 (paratipo). Colora9ao geral palido-amarelada; olhos castanhos, antena negra, segmento I mais claro, escutelo, mancha no meio do clavo, mancha dos lados da comissura corial, nervura da membrana, margem interna, apice e margem externa do cuneo, margem externa do emb6lio (exceto area basal) negros. Lado inferior palido-amarelado, inclusive as pernas, tarsos negros. Corpo finamente pontuado, pelos muito curtos, semiadpressos, rostro alcanrando as coxas medianas, tibias e femures finamente pilosos. Genitdlia: paramero esquerdo (Fig. 20) com duas ramificaoes alongadas e afiladas. Parkmero direito (Fig. 21) bem fiienor, com porqso basal curva e grossa. Pigoforo (Fig. 22) com duas pontas caracteristicas do lado esquerdo. Femea: semelhante ao macho em colorafaco e aspecto geral. Exemplar estudado: 1 macho, paratipo, Volcano de Chiriqui, PANAMA, 2-3000 ft.

662 22 CARVALHO tipo; Fig. 20 - paramero esquerdo; Fig. 21 - paramero direito; Fig. 22 - pigoforo. mm, vertice 0,44 mm. Antena: segmento I, comprimento 0,8 mm; II, 2,3 mm; III e IV mutilados. Pronoto: comprimento 0,9 mm, largura na base 1,4 mnm Cuzneo: comprimentoo,90 mm, larguranabase 0,42 mm (holotipo). ColoraqAo geral palido-amarelada, translucida; pronoto tendendo ao citrino, olhos castanhos, antena negra (segmento I mais claro, tendendo ao fusco), sutura claval, margem interna do c6rio, margem interna, apice e margem externa do cuneo, margem externa do emb6lio (aproximadamente ate sua metade) negros, nervura da membrana fusca. Lado inferior paiido-amarelado, coxas e pernas palidas, femures iom pequena mancha negra na extremidade apical externa, tarsos negros. Corpo finamente pontuado (inclusive no hemielitro), pelos muito curtos, semierectos, rostro alcangando as coxas medianas, antena com segmento I mais grosso para a base, femures e tibias revestidos com cerdas finas, longas, erectas. Macho: desconhecido. Hol6tipo: femea, COSTA RICA, Turrialba, CATIE/IICA Research Station, 3-8.VII. 1981, W. R Dolling col., na coleao do Museu Britknico de Historia Natural, Londres. Paratipo: femea, mesmas indicasoes que o tipo. Difere de Neosilia cineracea (Distant, 1884) pela coloragao do hemielitro, pelo comprimento do cuneo e do segmento II da antena. 0 nome especifico e dado em homenagem ao colega W. R Dolling do Museu BritAnico de Historia Natural que coligiu esta especie e outras na Costa Rica e no Mexico. Neosilia cineracea Distant: Fig. 19 macho, para- Champion. coleqao do Museu Britanico de Historia Natural. Difere das demais especies do genero pela coloraqao do hemielitro, pelo comprimento do cuneo e pela morfologia da genitalia do macho. Neosilia dollingi n.sp. (Fig. 23) Caracterizada pela coloracao do hemielitro e pelo comprimento do cuneo. Femea: comprimento 5,8 mm, largura 1,6 mm. Cabera: comprimento 0,3 mm, largura 0,7 Neoleucon sulinus n.sp. (Figs. 24-27) Caracterizada pela coloracao do corpo e pela morfologia da genitalia do macho. Macho: comprimento 5,1 mm, largura 2,0 mm. Cabera: comprimento 0,5 mm, largura 1,2 mm, vertice 0,70 mm. Antena: segmento I, comprimento 0,6 mm; II, 1,3 mm; III, 0,8 mm; IV, 0,8 mm. Pronoto: comprimento 1,1 mm, largura na base 1,5. Cuneo: comprimento 1,20 mm, largura na base 0,60 mm (holotipo). ColoracAo geral lutea com areas pretas; fronte, antena (exceto base do segmento I), clipeo e loro pretos. Pronoto lu-teo com duas manchas sobre os Angulos laterais posteriores, prolongadas longitu-

23 MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII pronoto pontuado, emb6lio grosso, cuneo duas vezes mais longo que largo na base, nervura da membrana reta, rostro alcaneando as coxas posteriores. Genithlia: parkmero esquerdo (Fig. 25) caractenstico, com o lobo basal muito desenvovido, recoberto de cerdas, lobo principal fino e recurvo na extremidade apical. Parhmero direito (Fig. 663 26) grande, longo e curvo, corn numerosas cerdas dorsais. Pigoforo (Fig. 27) tambem caractenstico, conforme mostra a ilustra:ao. Femea: desconhecida. Hol6tipo: macho, BRASIL, Para, Serra Norte, Estrada do Fofoca, 17.VII. 1984, na cole- Ao do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Pardtipos: 2 machos, mesmas indica~ies que o tipo; 4 machos, BOLIVIA, Buena Vista, Prosen col.; 3 machos, Bolivia, Provincia Sara, Steinbich S., nas colerbes do Museu Paraense Emilio Goeldi e do autor. Difere deneoleucon horribilis Distant, 1884 pela coloracao do corpo e pela morfologia da genitalia do macho. 0 nome especifico e alusivo a sua localizaao geografica ao sul do Equador. Pachymerocerista manauara. nsp. (Fig. 28) Fig. 23 - Neosilia dollingi n. sp., femea, hol6tipo. dinalmente atw recobrir os calos (sem alcanear os calos em alguns exemplares) e escutelo, pretos. Hemielitros luteos, faixa longitudinal ao bongo da comissura claval, faixa transversal larga ao nivel do apice do clavo, emb6lio, margem interna e externa do cuneo e nervura da membrana pretos. Lado inferior com a regiao da propleura uitea, mancha posterior da fenda coxal I completa ate sua extremidade inferior, mancha anterior a mesma fenda presente apenas na regiio mediana, deixando a margem inferior (anterior) lutescente, mesoestemo, meso e metapleuras, coxas, femures pretos com rgiho basal palida, tibias e tarsos pretos. Pilosidade do corpo muito curta e adpressa, olhos muito pedunculados, voltados para cima, calos salientes, separados entre si por uma fossa, Caracterizada pela sua coloraao e pelo tamanho do corpo. Fomea: comprimento 2,2 mm, largura 0,9 mm. Cabera: comprimento 0,1 mm, largura 0,5 mm, v~rtice 0,32 mm. Antena: segment I, comprimento 0,3 :mm; 11, 0,4 mm; III, 0,3 mm; IV, 0,3 mm. Pronoto: comprimento 0,5 mm, largura na base 0,8 mm. C:ineo: comprimento 0,32 mm, largura na base 0,24 mm (holotipo). Colora9,o geral castanha com Areas castanho-escuras e lutescentes; cabeqa, olhos e antena castanhos, segmento I castanho-claro, segmento II castanho-escuro, segmentos HII e IV avermeihados; lados da cabega e rostro palido-avermelhados. Pronoto com disco e escutelo castanhoescuros, area anterior aos cabos lutescente-avermelhada. Hemitlitro castanho-escuro, parte basal do corio e do emb6lio, parte mediana do clavo e cuneo (exceto extremidade apical) pailidos a castanhoclaros; membrana fusca. Lado inferior castanho-escuro, coxas palidas, femures castanho-escuros, tibias castanho-claras.

664 CARVALHO 27 25 ii Neoleucon sulinus n. sp.: Fig. 24 -macho, hol6tipo; Fig. 25 -parameroesquerdo; Fig. 26 -paramerodireito; Fig. 27 - pigoforo. Corpo densamente piloso, pontuado no pronoto, escutelo e cabe-a, fronte arredondada, rostro longo, forte, ultrapassando as coxas posteriores, fmmures III curvos e grossos, olhos voltados para tris sobre a margem anterior do pronoto. Macho: desconhecido. Hol6tipo: fbmea, Manaus, Amazonas, BRASIL, VI.1973, Roppa & Oliveira col., na colefao do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Difere das demais especies do genero pela

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII 665 I I If Fig. 28 Pachymerocerista manauara n. sp., femea, holotipo. coloragio da cabeca e da irea anterior aos calos, bem como pela coloracpao do hemielitro. 0 nome especifico alusivo a cidade de Manaus onde o exemplar tipo foi coligido. Poeas schuhi -nsp. (Figs. 29-32) Caracterizada pela colorafao geral do corpo, pela morfologia do segmento I da antena e da genitalia do macho. Macho: compriment 7,2 mm, largura 2,8 mm. Cabepa: comprimento 0,5 mm, largura 1,1 mm, vertice 0,52 mm. Antena: segmento I, comprimento 1,0 mm; IL 2,6 mm; III, 0,8 mm; IV, 1,0 mm. Pronoto: comprimento 1,6 mm, largura na base 2,4 mm. Cuneo: comprimento 1,20 mm, largura na base 0,80 mm (holotipo). Coloraqio geral castanha com Areas castanho-escuras; olhos negros, antena castanha, Area apical do segmento II e segmentos III e IV negros; pronoto castanho (em alguns exemplares castanhoescuro na por9&o mediana basal ou tamb~m sobre os calos); escutelo negro ou castanho com faixa mediana basal (divida ao meio) negra; hemielitro castanho-escuro, por9ao apical do clavo, extremo ipice do c6rio e faixa transversal na base interna do cfuneo mais palidos; membrana fusca, translhcida, mais clara na por9&o mediana. Lado inferior castanho a castatho-claro, rostro e coxas pretos, pernas castanhas, fmures com extremidade apical mais escura (os posteriores com alguns pontos pilidos na extremidade apical). Corpo revestido de pilosidade adpressa, densa, dourada, rostro alcangindo as coxas medianas, segmento I da antena levremente engrossado, p6los do segmento 11 muito curtos. Genitdlia: vbsica do edeago (Fig. 30) com dois espiculos e uma area anterior ao gonoporo secundario bem esclerosados, lobos membranosos presentes. Parimero esquerdo (Fig. ) com lobo basal largo, recurvo na extremidade. ParAmero direito (Fig. ) alongado, afilado para a extremidade apical Ḟfmea: rais robusta que o macho, com o conexivo aparente do lado superior, comprimento 7,8 mm, largura 3,8 mm (incluindo o conexivo), v~rtice0,60 mm, colora ocastanho-escuraapenas na porrbo apical do c6rio, escutelo pilido-amarelado a castanho-claro. Holotipo: macho, PERU, Junin, San Ramon de Pangoa, 40 km SE Satip6, 750'm, Marc 4,1972, R T. & J. C. Schuh, sweeping road side vegetation, na coleglo do Museu Americano de Hist6ria Natural, Nova Iorque. Parddpos: 2 rmachos e 2 fmeas, meas indicapbes que o tipo; 1 machoe 3 fmeas, Penr, Junin, between Vila Maria and Vicalba, 50 km SE Satipo, 900 m, May29,1972, R T. & J. C. Schuh na cole9&o acima e do autor. Diferencia-se das demais esp6cies pela morfologia do segmento I da antena e da genit-lia do macho. 0 nome especifico A dado em homenagem ao colega Randall T. Schuh pelo seu trabalho na famiilia Miridae. Reuteroscopus cacerensis nsp. (Figs. 33-36) Caracterizada pela morfologia da v6sica do edeago e pela coloraqko do corpo. Macho: comprimento 3,0 mm, largura 1,2 mm. Cabera: comprimento 0,16 mm, largura 0,6 mm, vertice 0,30 mm. Antena: segmento I, conprimento0,16 mm 11, 0,9 mmn; HI, 0,6 mm; IV, 0,4 mm. Pronoto: comprimento 0,4 mm, largura na

666 CARVALHO 29 29 Poeas schuhi n. sp.: Fig. 29 - macho, hol6tipo; Fig. 29 A- esquema da fmea, vista de cima; Fig. 30 - vesica do edeago; Fig. 31 - parkmero esquerdo; Fig. 32- parkmero direito. base 0,9 mm. Cuneo: comprimento 0,46 mm, largura na base 0,30 mm (hol6tipo). Colora9&o geral palido-amarelada a pilidoesverdeada con Areas castanho-escuras; olhos castanhos, segment III e IV da antena negros, escutelo, por9&o basal e comissural do clavo, faixa transversal do c6rio (alim do Apice do clavo, nho recobrindo o emb6fio) fuscas a negras, membrana enfuscada, ar6ola menor e mancha alem do Apice do cuneo (situada entre duas manchas phlidas) negras. Lado inferior palido-amarelado, Apices do rostro e dos tarsos fuscos. Corpo recoberto por pilosidade densa, semiadpressa, rostro alcancando as coxas posteriores. Genitdlia: v~sica do edeago (Fig 34) com extremidade apical caracteristica, conforme mostra a ilustrac9o. Paramero esquerdo (Fig. 35) curvo, com extremidade apical foliacea e com cerdas dorsais. Parimero direito (Fig. 36) alongado, escavado de um lado, com cerdas dorsais longas. Ffmea: semelhante ao macho em colora9&o, aspecto geral e dimensbes. Hol6oipo: macho, Porto EsperidiAo, Caceres, MT (Mato Grosso). BRASIL, XI. 1984, Magno &

MIRIDEOS NEOTROPICAIS, CCLXII 667 IE i I bl IJe Reuteroscopus cacerensis n. sp.: Fig 33 - macho, holotipo; Fig 34 - v~sica do edeago; Fig. 35 - parhmero esquerdo; Fig. 36 - parkmero direito. Alvarenga col., na cole;o do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Pardipos: 19 machos e 12 fbmeas, mesmas indica'xes que o tipo, na cowe9&o acima e do autor. Diferencia das outras especies do 'gbnero pela morfologia caractenstica da vesica do edeago. 0 nome especifico e alusivo a cidade de Caceres, Estado de Mato Grosso, Brasil. REFERENCIAS BIBLIOGRALFICAS CARVALHO, J. C. M egomes, L. P., 1971, Mirideos Neotropicais, CXXIV: Quatrognerosedezesseis esp6cies novos da tribo Bryocorini Douglas & Scott (Hemiptera)..An. Acad Brasil CL, 43(2): 462-478, 56 figs. CARVALHO, J. C. M., 1972, Mirdeos Neotropicais, CXLVI: Genero Monalonion H.-S., 1853

668 CARVALHO (Hemiptera). An. Acad. BrasiL Ci, 44(1): 119-143, 42 figs. CARVALHO, J. C. M., 1975, Mirideos Neotropicais, CXCV: Genero Opistheurista Carvaho e descri- Ves de novas especies da tribo Resthenini (Hemiptera). Rev. BrasiL BioL, 35(3): 553-60, 14 figs. CARVALHO, J. C. MK, 1976, Mirideos Neotropicais, CXCIX: Descri9&o do g~nero Horciasisca n.gen. e tres esp6cies novas (Hemiptera). Rev. Brasil. Biol, 36(1): 99-106, 28 figs. CARVALHO, J. C. M., G~neroAtahualpacoris n.gen. Rev. Brasil. Biol. (no prelo). DISTANT, W. L., 1880-1893, Biologia Centrali Americana. Insecta. Rhynchota. Hemiptera- Heteroptera, vol I: 1-302 (1880-1884); Supplement 304-462 (1884-1893), 39 pls. London. STAL, C., 1860, Bidrag till RiodeJaneirotraktens-fauna HIemipter-fauna. Ofv. Sv. Kongl. Vet. Akad. Handl. 2(7): 45-59.