Relatório da Provedora do Estudante IPL

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Transcrição:

Relatório da Provedora do Estudante IPL 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015

1 Índice Índice...1 Lista de siglas... 2 1.Introdução... 3 2. Análise dos casos... 3 2.1. Tipologia dos assuntos... 4 2.2. Distribuição no tempo... 5 2.3. Distribuição dos casos por Unidade Orgânica e por assunto... 5 2.4. Perfil dos estudantes que apresentaram os casos... 8 3. Análise dos resultados dos processos...8 3.1. Tipo de ação empreendida... 9 3.2. Tipo de decisão tomada...10 3.3. Duração média de resolução dos processos. 11 4. Interações com os órgãos e serviços do IPL e das suas UO... 12 5. Recomendações 13

2 Lista de siglas ESCS Escola Superior de Comunicação Social ESD Escola Superior de Dança ESELx Escola Superior de Educação de Lisboa ESML Escola Superior de Música de Lisboa ESTeSL Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa ESTC Escola Superior de Teatro e Cinema IPL Instituto Politécnico de Lisboa ISCAL Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa SAS Serviços de Ação Social UO Unidade Orgânica UC Unidade Curricular DAJ Departamento de Ação Jurídica

3 1. Introdução Este relatório, elaborado no cumprimento do artigo 14, número 2, do Estatuto do Provedor do Estudante do Instituto Politécnico de Lisboa, refere-se ao período compreendido entre 1 de setembro de 2014 e 31 de agosto de 2015. Vem na sequência e obedece à mesma estrutura do relatório apresentado anteriormente relativo ao período de 1 de abril de 2013 a 31 de agosto de 2014. Este relatório integra os casos sobre os quais a Provedora recebeu uma participação escrita por parte de estudantes do IPL, ex-estudantes ou familiares de estudantes (em nome destes) no período que se inicia em 1 de Setembro de 2014 e termina em 31 de agosto de 2015. Para além dos casos aqui relatados, a Provedora conversou, presencialmente ou através do telefone, com vários estudantes e outras entidades. Essas conversas só são parte deste relatório se delas resultou uma comunicação escrita dirigida à Provedora. 2. Análise dos casos O número total de casos submetidos à Provedora do Estudante do IPL, no período indicado, foi de 41, correspondendo a 38 pessoas (estudantes do IPL, ex-estudantes e familiares). Todos estes casos referem-se a atuais ou anteriores estudantes do IPL. A Provedora foi ainda contactada formalmente por uma potencial candidata a um curso do IPL e por uma aluna da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa 1. Todos os casos submetidos foram aceites para análise. Não foram considerados casos quando as mensagens eram dirigidas a outras instâncias, mas enviadas com conhecimento à Provedora. 1 Esta aluna estava convicta que a ESEL era uma escola integrada no IPL.

4 No que diz respeito à análise dos casos, apresenta-se a sua caracterização genérica de acordo com os seguintes pontos: 2.1. Tipologia dos assuntos 2.2. Distribuição no tempo 2.3. Distribuição dos casos por tipologia e por Unidade Orgânica 2.4. Perfil dos proponentes 2.1. Tipologia dos assuntos A Tabela 1 apresenta a tipologia de assuntos das situações apresentados à Provedora do Estudante, bem como a frequência dos mesmos. Tabela 1. Tipologia de assuntos Prescrição 1 Problemas administrativos sobre classificações em UC 1 Problemas relativos a propinas (pagamentos, regulamento, 10 etc.) Horários dos serviços 1 Morosidade na entrega de diplomas 1 Lançamento de notas 2 Problemas nas matrículas e inscrições (em UC, em turma, ou 5 em exame) Questões pedagógicas com o funcionamento do 1 curso/unidade curricular Problemas com creditação de UC 3 Avaliação 3 Exames revisão de provas 4 Bolsas 2 Problemas do fórum Associativo/cívico 2 Outros informações 4 Algumas das participações abordam mais de um assunto. A categoria Outros, inclui, neste caso, pedidos de informação sobre aspetos muito concretos

5 (estágio pós-licenciatura e indicação de prosseguimento de estudos póslicenciatura). 2.2. Distribuição no tempo O número de casos apresentados por mês não foi uniforme. O maior número de casos registou-se em setembro e novembro 6 casos. Janeiro e junho registaram cinco casos cada. Nos restantes meses o número variou entre 1 e 4, excepto em outubro, mês que não registou nenhum caso (ver gráfico da Figura 1). Já o número de casos por semestre é bastante equilibrado 21 no 1.º semestre e 20 no segundo. Número de casos 7 6 5 4 3 2 1 0 Distribuição no tempo Figura 1. Distribuição temporal das participações 2.3. Distribuição dos casos por Unidade Orgânica e por tipologia Dos 41 casos recebidos, 4 foram por ex-estudantes do IPL ou seus representantes (3 para contestar a exigência de pagamento de propinas em dívida e um para questionar sobre bolsas de mérito) e os restantes por atuais alunos. Os casos relativos a ex-alunos não foram associados à respetiva unidade orgânica. O gráfico da Figura 2 mostra a distribuição dos casos pelas diferentes UO. Tal como no relatório anterior não há nenhum caso apresentado formalmente por estudantes da ESTC. O ISCAL aparece destacado quando se olha para o

6 valor absoluto (Figura 2), não acontecendo o mesmo quando este número é convertido em percentagem relativa ao número de alunos (Figura 3). Tendo havido duas situações apresentadas por dois alunos da licenciatura em Música na Comunidade (licenciatura conjunta da ESELx e ESML) optou-se por atribuir um a cada uma das UO. 20 Casos por UO (valor absoluto) Número de casos 15 10 5 0 Figura 2. Distribuição por Unidade Orgânica (valores absolutos) Na Figura 3 a distribuição do número de casos por UO é referida em percentagem do número de alunos da mesma UO, o que altera bastante o gráfico. O ISCAL continua a apresentar a maior percentagem, mas é seguido pela ESD. A percentagem relativa ao número de alunos é praticamente igual na ESELx e na ESML. Percentagem 0,70% 0,60% 0,50% 0,40% 0,30% 0,20% 0,10% 0,00% Casos por UO (percentagem do nº alunos) Figura 3. Distribuição por Unidade Orgânica (percentagem)

7 Para além de organizados por UO, os casos foram também classificados por assunto e agrupados em quatro categorias: académico-administrativo, pedagógico, ação social e outros. Na categoria académico-administrativo consideram-se todos os casos que dizem respeito a questões de funcionamento dos serviços académicos e do portal académico, normalmente assuntos relacionados com inscrições em Unidades Curriculares e exames. Esta categoria inclui também assuntos relativos a propinas (regulamentos, informações sobre propina mínima ou propina parcial, etc.), a estatuto de trabalhador estudante ou de estudante a tempo parcial, etc.. A grande maioria dos casos apresentados estão nesta categoria (31). A categoria Pedagógico refere-se a casos que têm a ver com funcionamentos de UC (avaliação, creditação, forma de organização e gestão dos currículos, etc.), sendo o seu número muito menor (4). Na categoria Outros englobam-se os casos (4) que não se enquadram nas duas categorias anteriores (por exemplo, queixa duma pessoa exterior acerca do que considerou praxes abusivas, pedido de informações, etc.). Foi ainda considerada uma quarta categoria com os casos (2) relativos à Ação Social (bolsas). O gráfico da Figura 3 mostra a distribuição dos casos pelos quatro assuntos. Tipologia 10% 10% 5% Académico- Administrativo Pedagógico 75% Outros Ação Social Figura 3. Percentagem de processos por tipologia Os casos relativos à Ação Social são relativos a bolsas de estudo. Foram apresentados por um estudante do ISEL devido a um problema de creditação de UC (por isso consta também no ISEL) e um da ESCS.

8 Tabela 2. Casos por UO e respetivo assunto UO Assunto Número de casos ESD Pedagógico 1 ESCS Académico-Administrativo 1 ESELx Académico-Administrativo 2+2(ESML) Outros 1 ESML Académico-Administrativo 1+2(ESELx) ESTeSL Académico-Administrativo 1 Pedagógico 1 ISCAL Académico-Administrativo 16 Pedagógico 1 Outros 1 ISEL Académico-Administrativo 5 Pedagógico 1 Outros 1 Ação Social Bolsas 2 De notar que cerca de 75% dos casos são Académico-Administrativo, enquanto que os Pedagógicos são cerca de 10%. 2.4. Perfil dos estudantes que apresentaram os casos Dos casos apresentados por atuais alunos do IPL, 9 foram apresentados por estudantes de cursos do 2.º ciclo (mestrado), e os restantes (29) por estudante do 1.º ciclo (licenciatura). No caso dos três ex-alunos, são alunos que eram estudantes do 1.º ciclo não o tendo completado. Análise dos resultados dos processos Neste ponto apresenta-se uma análise dos resultados decorrentes da resolução dos processos submetidos e compreende os seguintes aspetos: 3.1. tipo de acção empreendida; 3.2. tipo de decisão tomada; 3.3. duração média de resolução dos processos.

9 3.1. Tipo de ação empreendida O processo de resolução dos casos apresentados à Provedora envolveu quatro tipos diferentes de ações: a prestação da informação solicitada, o encaminhamento da solicitação aos órgãos próprios da respetiva UO, o aconselhamento sobre possíveis caminhos a seguir e a mediação entre os signatários e os órgãos competentes. Nos processos mais complexos foi solicitado o apoio do Departamento de Ação Jurídica do IPL, cujos pareceres foram fundamentais em alguns casos. O gráfico da Figura 4 quantifica o tipo de ações efetuadas pela Provedora relativamente aos processos que lhe foram apresentados. Número de casos 35 30 25 20 15 10 5 0 Tipo de Ações Figura 4. Tipo de ações O reencaminhamento para os órgãos próprios da respetiva UO foi o processo mais usado, uma vez que as questões colocadas careciam da intervenção desses órgãos. A Provedora não se limitou a fazer este encaminhamento e procurou, sempre que considerou oportuno, mediar para obter uma solução. Como se vê no gráfico da Figura 4, a Mediação foi a segunda ação mais usada na resolução dos problemas. Sempre que a Provedora dispunha da informação solicitada informou diretamente os interessados. O Aconselhamento foi usado em oito dos casos apresentados. De referir que, por vezes, para o mesmo assunto foram usados mais do que um tipo das ações referidas, nomeadamente o encaminhamento para os órgãos próprios da UO e uma ação de mediação, sempre que se considerou oportuno.

10 3.2. Tipo de decisão tomada De acordo com as decisões tomadas, os processos foram agrupadas em quatro categorias: Processos deferidos, processos indeferidos, processos pendentes e processos indefinidos. O gráfico da Figura 5 mostra como se distribuem os processos recebidos. Estado dos Processos Indefenidos Pendentes Indeferidos Deferidos 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Número de processos Figura 5. Tipo de decisão sobre os casos recebidos - Processos deferidos são todos aqueles que mereceram deferimento oficial dos casos apresentados ou quando os pedidos submetidos foram satisfeitos, quer porque foi prestada a informação solicitada, quer porque os órgãos competentes da UO responderam positivamente à solicitação feita; - Processos indeferidos, todos os que resultaram na negação dos casos apresentados. Encontram-se nesta categoria reclamações apresentadas por ex-alunos que, durante este ano letivo, foram contactados para liquidarem propinas em dívida, devido a desistência do curso que estavam a frequentar há vários anos atrás (por exemplo, 2006/07); - Processos pendentes: casos que aguardam informação adicional ainda num estádio de análise, ou de decisão superior; - Processos indefinidos: referem-se a processos terminados com resultados inconclusivos no que respeita à classificação apresentada. Isto é, tratam-se de casos em que a provedora não foi informada porque os órgãos/serviços prestaram informações diretamente, como os relativos ao funcionamento de

11 cursos ou UC ou ainda, sobre motivos para não atribuição do estatuto de estudante a tempo parcial. De concluir que, excluindo os casos indefenidos ou pendentes,: - 68% dos casos apresentados foram deferidos/satisfeitos; - 32% dos casos foram indeferidos. Considerando todos os casos apresentados 41,5% foram deferidos/satisfeitos e 19,5% foram indeferidos. 3.3. Duração média de resolução dos processos Os tempos médios de resolução dos processos nos diferentes âmbitos considerados foram calculados como o quociente entre os intervalos de tempo compreendidos entre as datas de recepção e de finalização dos processos (número de dias). Em termos globais, o tempo médio de resolução dos processos foi de 14,5 dias. Houve 9 processos que excederam esta média. Foram todos processos de Mediação ou Reencaminhamento. Destes, o processo que teve maior duração (60 dias) foi um processo de Mediação relativo a um problema de inscrição num curso de mestrado que teve entretanto uma alteração no plano de estudos. Para não enviesar a média, não foi incluído no seu cálculo o processo de maior duração, apresentado em novembro e terminado favoravelmente para o estudante apenas em agosto. Tratou-se de um processo de atribuição de bolsa de estudo, que tinha sido indeferido por deficiente informação do portal académico, uma vez que não considerou as UC anteriormente feitas como unidades curriculares isoladas. Este processo teve a intervenção do Departamento de Ação Jurídica do IPL e a posterior concordância da Adiministradora do SAS. Dos processos pendentes um refere-se a de um estudante de mestrado da Escola Superior de Dança, que está identificado como processo Pedagógico, mas a forma como evoluiu transforma-o num processo mais técnicoadministrativo. Um outro refere-se também a um aluno a frequentar um mestrado, que foi impedido de o fazer por não constar no portal académico da sua escola o registo da inscrição e respetiva conclusão de diversas UC da licenciatura. Este processo teve um parecer positive do DAJ (IPL) e despacho

12 favorável do Presidente do IPL, mas não tenho informação que esteja resolvido. Um outro processo pendente está relacionado com a classificação atribuída a um exame, que mereceu a discordância da aluna e que mesmo depois da intervenção e esclarecimentos por parte do Conselho Pedagógico da UO, a aluna manteve o processo em aberto, levantando novas questões. Outros processos pendentes têm a ver com queixas relativas ao não lançamento de notas nos prazos fixados e sobre os quais os órgãos próprios das UO parecem ter dificuldade em responder. 3. Interações com os órgãos e serviços do IPL e das suas UO A atividade de um Provedor do Estudante envolve interações com uma multitude de membros e órgãos do Instituto, que são consequência da grande diversidade de assuntos que lhe são submetidos. De realçar a boa colaboração e recetividade que a Provedora sempre teve dos responsáveis pelos diferentes órgãos do Instituto e, de um modo geral, das suas unidades orgânicas. De realçar a resposta, sempre positiva, embora por vezes não imediata, às diferentes solicitações feitas pela Provedora ao DAJ (IPL). Os seus pareceres têm sido um auxiliar importante para a resposta a dar às solicitações dos estudantes. Embora, o meio de contacto privilegiado tenha sido o correio eletrónico, sempre que o solicitaram os participantes foram recebidos pela Provedora fazendo neste encontro uma primeira abordagem ao assunto que estava em causa, passando-o, posteriormente, a escrito, na grande maioria dos casos. Também sempre que foi considerado oportuno a Provedora solicitou discutir presencialmente ou pelo telefone com presidentes de diferentes órgãos das UO os problemas apresentados. De referir que estas solicitações foram prontamente correspondidas por todos os envolvidos. Adicionalmente, as diferentes fases por que passaram os processos de resolução dos vários casos determinaram a maior ou menor formalidade das interacções com a estrutura de cada UO, dos SAS e dos Serviços da Presidência do IPL. Também aqui, a principal forma de interação com as diferentes entidades foi o correio eletrónico, sendo o telefone o meio privilegiado sempre que se pretendeu agilizar os processos através do

13 contacto direto com os responsáveis dos órgãos das UO. Para além disso, e, excluindo os inúmeros contactos informais directamente estabelecidos com o Presidente e os Vice-Presidentes do IPL, o Administrador, docentes e funcionários não docents dos Serviços da Presidência e das diferentes UO, realizaram-se reuniões com responsáveis de diferentes órgãos e serviços do Instituto Politécnico de Lisboa. A Provedora participou ativamente no encontro promovido pela FAIPL em 23 de outubro de 2014 subordinado ao tema O Universo IPL. A pedido da responsável do Gabinete de Apoio ao Estudante da ESTeSL foi também realizado um encontro de trabalho com a Provedora onde foi apresentado aquele gabinete. Recomendações A defesa dos interesses dos estudantes é uma das funções mais importantes de um Provedor do Estudante. Na continuação do afirmado no anterior relatório, a análise dos casos apresentados permite identificar dificuldades, problemas e obstáculos pontuais que, no caso do IPL correspondem a alguma diversidade de assuntos. O Provedor tem também o papel de agente de promoção dos interesses dos estudantes que tenho procurado desenvolver ao longo dos processos de resolução dos casos individuais junto dos respetivos responsáveis da Instituição. De notar, que no universo dos processos que me foram apresentados e, como foi referido antes, a grande maioria continuam a ser de carácter Académico-Administrativo e muitos deles parecem ter uma relação direta com o funcionamento do portal académico problemas com inscrições em UC e inscrições em exames, que urge agilizar. Outros dizem respeito a aspetos relativos a disponibilização das Fichas de Unidade Curricular (FUC), Regulamentos de Frequência e Avaliação sobre os quais, por um lado, os alunos parecem ter pouco conhecimento, ou mesmo desconhecer, por outro a sua redação nem sempre é clara em pontos que para os estudantes se revelam essenciais. Assim, recomendo que os Conselhos Pedagógicos promovam uma maior divulgação e discussão junto de todos os estudantes daqueles regulamentos no início de cada ano letivo.

14 Uma outra área sensível diz respeito às propinas que, embora o seu regulamento já contemple a maioria das situações, é preciso que os serviços estejam completamente inteirados delas de modo a que possam responder prontamente às dúvidas dos estudantes. Lisboa, 30 de setembro de 2015 A Provedora do Estudante IPL Maria de Lurdes Serrazina