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CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA (Glycine max (L.) MERRILL) COM HERBICIDAS EM PRÉ-PLANTIO INCORPORADO * R. VICTORIA FILHO** I. GARCIA*** L.S.P: CRUZ**** RESUMO A presente pesquisa foi desenvolvida em área da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias "Campus" de Jaboticabal, em um Latos sol Vermelho Escuro fase arenosa, contendo 2,3% de matéria orgânica, com o objetivo de verificar o comportamento de herbicidas em pré-plantio incorporado na cultura da soja. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com 12 tratamentos e 4 repetições. As parcelas constituiram-se de cinco linhas de 5,0m espaçadas de 0,60 m. Os tratamentos com as respectivas doses do i.a./ha foram: dinitramine + metribuzin a 0,30 + 0,25; 0,50 + 0,25; 0,30 + 0,50 e 0,50+ 3,0; dinitramine + vernolate a 0,30+3,0 * Entregue para publicação em 30/12/1981. ** Departamento de Agricultura e Horticultura, E.S.A. "Luiz de Queiroz", USP. *** Ex-estagiário da disciplina Herbicida e Ervas Daninhas. **** Seção de Herbicidas, Instituto Biológico, São Paulo.

e 0,50 + 3,0; dinitramine a 0,30 e 0, 50; metri buzin a 0,25 e 0,50; vernolate a 3,0 e uma teste munha. A avaliação do controle das plantas daninhas foi realizada através de duas contagens das plantas daninhas sobreviventes aos 40 e 80 dias após o plantio. Também foi realizada uma contagem das plantas emergidas da cultura e avaliada a sua produção final. As plantas daninhas que ocorreram em maior densidade foram: capim-oferecido (Pennisetum setosum (L.) Rich. Pers.), carrapichi -rasteiro (Aeanthospermum australe (Loef.) O. Kuntze), poaia (Borreria sp.) e guanxuma (Sida sp.). No controle do capim-oferecido, os melhores tratamentos foram aqueles com dinitramine isoladamente e dinitramine em mistura. A poaia foi melhor controlada nos tratamentos com dinitramine em mistura na dose mais alta. A guanxuma e o carrapicho - rasteiro não foram controladas eficientemen te pelos herbicidas. A análise estatística não mostrou diferen ças na emergência inicial da cultura. Com relação a produção final somente o tratamen to dinitramine + vernolate a 0,30 + 3,0 diferiu significativamente da testemunha sem capina. INTRODUÇÃO As plantas daninhas prejudicam enormemente a cultura da soja, competindo principalmente em água, luz e nutrientes. Quando nao controladas podem acarretar prejuízos que chegam a ser totais em termos de produtividade. Também, além da competição, as plantas daninhas podem prejudicar a colheita, pois impedem o trabalho correto das col heitadeiras.

A cultura da soja, por ser altamente mecanizada esta entre as que mais utiliza o herbicída no controle das plantas daninhas. A ocorrência de gramfneas e dicoti1edôneas nas áreas de plantio é comum, todavia a utilização mais intensiva de produtos com características de ação graminicida tem proporc^ onado uma mudança na população das plantas daninhas, fazendo com que plantas daninhas dicoti1edômeas anteriormente sem mui ta importância tornassem problemas sérios em termos de competição com a cultura (BORGO δ BESKOW, 1976). Portanto a escolha do herbicida ou da mistura de herb cidas que tenha um amplo espectro de ação controlando gramfneas e dicoti1edôneas é muito importante. A tendência é de usar misturas que apresentando um bom controle de gramtneas e dicoti1edôneas, seja econômica para o lavrador. 0 trifluralin tem se destacado como um herbicida útil na cultura da soja, principalmente no controle de gramfneas (FORSTER, 1970). Recentemente tem sido experimentado outros graminicidas como o pendimethaliη e dinitramine, com bons resultados na cultura da soja. Trabalhos como os de RAMOS (1976), BORGO e BESKOW (1976), L0RENZ1 & DAVIS (1976), têm mostrado que o dinitramine apresenta um bom controle de gramfneas, porém, um controle deficiente de diversas dicoti1edôneas importantes na cultura da soja. Já o metribuzin é utilizado no controle das principais plantas daninhas dicoti1edôneas na cultura da soja (VELLOSO & FLECK, 1980) porém, as vezes apresenta um dano sério dependendo das condições climáticas e do cultivar de soja utilizado (WAX et alii, 1976; EAST IN et alii, 1980; SAVAGE, 1976). Portanto, a presente pesquisa foi conduzida com o objetivo de obter maiores informações da ação do herbicida dinitramine aplicado isoladamente, e em mistura com outros procu rando-se aumentar o espectro de ação na população de plantas dan i nhas MATERIAL Ε MÉTODOS 0 experimento foi desenvolvido em áreas da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, "Campus 11 de Jaboticabal, em

um Latossol Vermelho Escuro, fase arenosa, contendo 2,3¾ de matéria orgânica. 0 delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso com 12 tratamentos e 4 repetições. As par celas constituíam-se de 5 linhas de 5,0 m de comprimento, espaçadas de 0,60 m considerando por ocasião das avaliações, uma área útil correspondendo as 3 linhas centrais de 4,0 m. Ostra tamentos utilizados com as respectivas doses do ingrediente a tivo (i.a.) e do produto comercial (p.c.) em kg ou l/ha, encontram-se na Tabela 1. Os herbicidas foram aplicados com um pulverizador apres são constante (CO2) munido de uma barra de aplicação contendo três bicos Teejet 80.02. As aplicações foram realizadas â pressão de 30 lb/pol2 e com um consumo de calda de 250 l/ha. As condições de clima e solo durante as aplicações encontramse na Tabela 2. Havia chovido no dia 01/12 (18,8 mm) e também no dia 03 /12 (40 mm). A 1? precipitação após a aplicação ocorreu nodia 05/12 (4,2 mm). 0 plantio foi realizado no dia 04/12 utilizan do-se a variedade Santa Rosa, com uma densidade de plantio de 40 sementes/m e com uma adubação no sulco de 250 kg/ha da fórmula 4-34-11. Durante o ciclo da cultura foram realizadas 3 pulverizações para o controle de pragas com produtos recomendados para a cultura. Aos 30 dias após o plantio foi avaliada a população inicial de plantas contendo as três linhas centrais de 4,0 m de comprimento. A avaliação do controle das plantas daninhas foi realizada através da contagem das plantas sobreviventes aos 40 e 80 dias após o plantio. A área de amos tragem consistia de 8 retângulos de 0,1 m2 por parcela. A ava liação de fitotoxicidade ã cultura foi realizada através da es cala de notas da Associacion Latinoamericana demalezas (ALAM]" aos 15 e 30 dias após o plantio, assim como pela produção de grãos no final do ciclo da cultura. RESULTADOS Ε DISCUSSÃO As médias do numero de plantas nas três linhas centrais de 4,0 m de comprimento, assim como os valores de F e C.V. en contram~se na Tabela 3.

Verifica-se pela Tabela 3, que nenhum dos tratamento in fluiu na emergência inicial da cultura, concordando com trabalhos de RAMOS (1976) e BORGO e BESKOW (1976) que também não verificaram sintomas fitotóxicos por esses herbicidas. A avaliação visual de fitotoxicidade pela escala ALAM também mostrou que nenhum dos tratamentos apresentou sintomas de fitoto xicidade ã cultura. Os dados da porcentagem de controle das principais plan tas daninhas que ocorreram na área experimental, assim como a porcentagem de controle de monodicoti1edôneas e dicotiledôneas encontram-se nas Tabelas k e 5, respectivamente. Verifica-se pelos dados da Tabela 4, uma ocorrência alta de capim-oferecido que foi bem controlado pelo dinitramine isoladamente ou em mistura; o mesmo ocorrendo no controle geral das monodicoti1edoneas presentes, dados estes que concordam com trabalhos de BORGO e BESKOW (1976) e LORENZI δ DAVIS

(1976) que também obtiveram bom controle de monodicot[ ledôneas. A poaia foi melhor controlada nos tratamentos com dinitramine em mistura na dose mais alta. A guanxuma e o carrapicho-rasteiro não foram controlados eficientemente pelos herbi cidas utilizados. Controle inadequado para outras espécies di dotiledôneas com a utilização do dinitramine também jã foi observado por outros autores (RAMOS, 1976). Os dados da produção em kg/ha de grãos encontram-se Tabela 6. na Verifica-se que somente o trabalho dinitramine + vernolate a 0,30 + 3,0 diferiu significativamente da testemunha. Is so devido a que todos os tratamentos permaneceram com a população de plantas daninhas não controladas até o final do ciclo da cultura.

SUMMARY WEED CONTROL IN SOYBEAN (Glycine max (L.) MERRILL) CROP WITH INCORPORATED PRE-PLANTING HERBICIDES The present research was carried out for studying the use of herbicides as pre-planting incorporation in soybean. The field research was conducted at "Faculdade de Ciências A grárias e Veterinárias, Campus de Jaboticabal" on a oxisol containing 2,3% organic matter. The experimental design was the randomized complete blocks, with 12 treatments and 4 repetitions. Each plot had 3 x 5.0 m and 0,60 m apart rows. The treatments with the rates in a.i./ha were as follows: dinitramine + metribuzin at 0.30 + 0.25; 0.50 + 0.25; 0.30 + 0.50; and 0.50 + 0.50; dinitramine + vernolate at 0.30 + 3.0 and 0.50 + 3.0; dinitramine at 0.30 and 0.50; metribuzin at 0.25 and 0.50; vernolate at 3.0; and, control. Weed control effects in each treatment were evaluated by counting the surviving weeds, 40 and 80 days after planting the soybean. The effects of the treatments on the crop were evaluated by counting the stand and by visual evaluation of herbicida injuries. The most important weeds present in the area were: Pennisetum setosum (L.) Rich. Pers.; Acanthosper nrum australe (Loef.) 0. Kuntze; Borreria sp. and Sida sp. A good control of Pennisetum setosum was obtained with dinitramine alone and dinitramine in mixture. Borreria sp. was controled with dinitramine in mixture at the higher rate. Si da sp. and Acanthospermum australe were not controlled. The statistical analysis didn't show differences in the stand, only the treatment dinitramine + vernolate at 0.30 + 3.0 presenting significant differences. LITERATURA CITADA BORGO, Α.; BESKOW, G., 1976. Teste de herbicidas combinado na cultura da soja. Trigo e Soja 16: 6-14.

EASTIΝ, E.F.; SIJ, J.W.; GRAIFMILES, J.P., 1980. Tolerance of soybean genotypes to metribuzin. Agronomy Journal 72: 167-168. FORSTER, R., 1970. Situação geral do problema do controle de ervas invasoras na cultura da soja. I Simpósio da Cultura da Soja. Anais, Cati, Campinas, p. 104-107. LORENZI, H.; DAVIS, G.G., 1976. Competição de herbicidas na cultura da soja. XI Seminário Brasileiro de Herbicidas e Ervas Daninhas. Anais, IAPAR, Londrina, p.67-68. RAMOS, Μ., 1976. Controle químico de invasoras na cultura da soja. EMBRAPA, UEPAE de Ponta Grossa. Comunicado Técnico nº 04, 25p. SAVAGE, K.E., I976. Adsorption and mobility of metribuzin in soil. Weed Science 24: 525-528. VELLOSO, J.A.R.O.; FLECK, N.G., 1980. Comportamento de cultiva res de soja (Glycine max (L.) Merrill) em resposta a diferentes épocas de aplicação do metribuzin. Planta Daninha 3(1): 35-40. WAX, L.M.; STOLLER, E.W.; BERNARD, R.L., 1976. Differential response of soybean cultivars to metribuzin. Agronomy Jour nal 68: 484-486.