REGULAMENTO PARA PROGRAMA DE MELHORIA À HABITAÇÃO E APOIO AO ARRENDAMENTO HABITACIONAL PARA INDIVÍDUOS OU AGREGADOS

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Transcrição:

REGULAMENTO PARA PROGRAMA DE MELHORIA À HABITAÇÃO E APOIO AO ARRENDAMENTO HABITACIONAL PARA INDIVÍDUOS OU AGREGADOS CARENCIADOS NO CONCELHO DE AGUIAR DA BEIRA (proposta) Preâmbulo Nos termos do artigo 116º do Código do Procedimento Administrativo, entendeu a Câmara Municipal de Aguiar da Beira elaborar um regulamento de apoio social, na área da melhoria das condições habitacionais e apoio ao arrendamento destinado a agregados familiares carenciados: 1. Considerando que, cada vez mais, é imprescindível a participação do município no âmbito da ação social, com vista à progressiva inserção social e autonomização das pessoas e das famílias carenciadas ou dependentes; 2. Considerando a existência neste concelho de agregados familiares a viver em condições sociais desfavoráveis, com um quadro de vida problemático; 3. Considerando que, por via de regra, as condições habitacionais destes agregados são muito precárias; 4. Considerando a inexistência de respostas de realojamento para estas situações em habitação social; 5. Considerando que o elevado valor das rendas praticado no mercado normal de arrendamento impossibilita à sua maioria melhorar por si tais condições; 6. Atendendo a que as alíneas i) e h), do n.º 2, do artigo 23 da Lei n.º 75/2013, de 12 de referem que os municípios têm atribuições nas áreas da habitação e ação social.

Atendendo ainda a que, para a efetiva as atribuições supramencionadas a lei 75/2013, de 12 de setembro, na alínea v) do n.º 1 do artigo 33, refere que é competência da Câmara municipal ( ) prestar apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade ( ) em condições constantes de regulamento municipal. Nestes termos, entende-se por bem submeter a aprovação o presente REGULAMENTO PARA PROGRAMA DE MELHORIA À HABITAÇÃO E APOIO AO ARRENDAMENTO HABITACIONAL PARA INDIVÍDUOS OU AGREGADOS CARENCIADOS NO CONCELHO DE AGUIAR DA BEIRA. Regulamento, elaborado com fundamento do n.º 8 do artigo 112º e no artigo 241º ambos da Constituição da República Portuguesa, na alínea h) do n.º 1 do artigo 13º e artigo 23º da Lei nº 159/99 de 14 de Setembro, na alínea c) do n.º 4 e alínea a) do n.º 6 do artigo 64º e alínea a) do nº2 d artigo 53º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5 A/2002, de 11 de Janeiro. Artigo 1º Lei Habilitante O presente REGULAMENTO PARA PROGRAMA DE MELHORIA À HABITAÇÃO E APOIO AO ARRENDAMENTO HABITACIONAL PARA INDIVÍDUOS OU AGREGADOS CARENCIADOS NO CONCELHO DE AGUIAR DA BEIRA e elaborado com o fundamento n.º 8 do artigo 112º e no artigo 241º, ambos da Constituição da República Portuguesa, alíneas i) e h), do n.º 2, do artigo 23 e alínea v) do n.º 1 do artigo 33, ambos da lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. Artigo 2º Âmbito O presente regulamento aplica-se a toda a área do concelho de Aguiar da Beira. Artigo 2º Objeto 1. O presente Regulamento define as regras aplicáveis à atribuição de subsídios ou apoios destinados à melhoria das condições habitacionais básicas dos indivíduos ou agregados familiares mais carenciados no município de Aguiar da Beira, no que se refere às seguintes áreas:

a) Obras de conservação, beneficiação, alteração ou ampliação de habitação própria e permanente; b) Licenciamento ou comunicação prévia de obras para habitação própria e permanente. 2. O presente regulamento define ainda as regras para a atribuição subsídio /comparticipação financeira a fundo perdido para apoio ao arrendamento habitacional, de indivíduos ou agregados familiares carenciados e desfavorecidos. TÍTULO I Da melhoria à habitação para indivíduos e agregados carenciados Artigo 3º Tipos de apoios 1. A Câmara Municipal, desde que detenha as disponibilidades necessárias, pode conceder os seguintes tipos de apoio: a) Apoios económico-financeiros; b) Prestação de serviços; 2. Os apoios económico-financeiros a conceder pela Câmara Municipal podem consistir em: a) Fornecimento de materiais necessários à realização de obras; b) Fornecimento de maquinarias e equipamentos; c) Fornecimento de mão-de-obra; d) Subsídio para a realização de obras. 3. A Câmara Municipal, no âmbito da prestação de serviços, por si ou com recurso à contratação externa, pode conceder os seguintes apoios: a) Elaboração de projetos de arquitetura e projetos de especialidades;

b) Acompanhamento técnico na elaboração e execução de projetos de melhorias/beneficiação habitacionais. 4. Para além dos apoios previstos nos números anteriores, podem ainda ser concedidos os seguintes: a) Isenção do pagamento de taxas, em pedido de prolongamento de conduta, quando a ligação de água exija este tipo de ação; b) Isenção do pagamento de taxas em processos de obras, cujo objetivo seja facilitar a melhoria das condições habitacionais; e) Apoios orientados noutros domínios, em situações excecionais devidamente caracterizadas e justificadas, sempre sujeitos à aprovação do órgão municipal competente. 4. As isenções referidas nas alíneas a) e b) do número anterior tem natureza especial face ao disposto no Regulamento Liquidação e Cobrança de Taxas do Município de Aguiar da Beira. Artigo 4º Valor e modalidade de apoios económico financeiros 1. Os apoios a conceder pela Câmara Municipal nos termos da alínea d), do n.º 2, do artigo 3.º serão sempre limitados ao montante global da verba aprovada anualmente para o efeito pelos órgãos municipais, até ao limite máximo de 20.000,00 (vinte mil euros) por agregado familiar. 2. Nos casos em que o candidato seja beneficiário de Rendimento Social de Inserção, este apoio deverá ser integrado no Plano de Inserção podendo cessar por incumprimento desse plano, nos termos previstos na lei habilitante da medida. 3. Os subsídios a atribuir para a realização de obras nos termos da alínea d) do número 2 do artigo anterior serão pagos mediante autos de medição das obras executadas. Artigo 5º Condições de Acesso

1. Podem requerer, ou ser proposto pelo Serviço de Ação Social, os apoios da melhoria à habitação previstos no presente regulamento, os indivíduos ou agregados familiares em situação de carência económica que preencham cumulativamente as seguintes condições: a) Ter nacionalidade portuguesa ou estar autorizado a residir em Portugal, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras; b) Residir na área do município há pelo menos três anos; c) O rendimento per capita do agregado familiar seja igual ou inferior a 75% do ordenado mínimo nacional, fixado para o ano em que o apoio é solicitado; d) Nenhum dos membros do agregado familiar pode ser proprietário de outro prédio ou fração autónoma destinado à habitação, ou receber rendimentos decorrentes da propriedade de quaisquer bens imóveis, para além daquele objeto do pedido de apoio; e) Nenhum dos membros do agregado familiar pode ter em curso qualquer empréstimo para a realização de obras na edificação destinada à habitação familiar; f) Não ser beneficiário de outros apoios para a habitação, nomeadamente programas de financiamento promovidos pelo Instituto Nacional da Habitação. 2. Em casos excecionais a Câmara Municipal pode, mediante requerimento devidamente fundamentado e documentado, apoiar agregados familiares, cujo rendimento ultrapasse o referido na alínea c) do n.º 1, quando a cargo dos mesmos se encontrem indivíduos menores, portadores de deficiência, em situação de dependência ou portadores de doenças crónicas que impliquem despesas avultadas de saúde ou outras. 3. Para além do estabelecido no n.º 1 devem ainda ser observadas as seguintes condições: a) As obras devem estar licenciadas pela Câmara Municipal, serem passíveis de licenciamento pela mesma, ou estarem isentas de licenciamento, nos termos legais; b) A edificação destinada à habitação objeto das obras a financiar deve ser propriedade exclusiva de um ou mais membros do agregado familiar, união de facto ou pessoas que vivam em economia comum; Artigo 6º Instrução das Candidaturas

1. As candidaturas aos apoios previstos no presente regulamento são apresentadas na Câmara Municipal, instruídas com: a) Formulário de candidatura em modelo a aprovar pela Câmara Municipal; b) Fotocópia dos bilhetes de identidade/ cartão do cidadão dos elementos do agregado familiar; c) Fotocópia dos números de contribuinte dos elementos do agregado familiar; d) Fotocópia dos cartões de beneficiário dos elementos do agregado familiar; e) Atestado de residência emitido pela junta de freguesia, comprovativo do agregado familiar ou de união de facto, ou de pessoas que vivam em economia comum do requerente; f) Fotocópia do último recibo de pensão, dos elementos que se encontrem nessa situação; g) Certificado da situação de desemprego, se for o caso, e de inscrição atualizada no Centro de Emprego da área do concelho; h) Apresentação da declaração de rendimentos anual (IRS); i) Histórico da carreira contributiva para trabalhador independente; j) Declaração sob o compromisso de honra, sobre a veracidade dos elementos constantes no requerimento e sobre o cumprimento do estabelecido nas alíneas d) e e) do n.º 1 do artigo 5º; k) Certidão atualizada da descrição predial e inscrições em vigor, quando o requerente seja proprietário do imóvel a que se refere o pedido; l) Documento comprovativo da posse do imóvel, ou na sua impossibilidade, declaração, sob o compromisso de honra, de que o requerente se encontra na posse de imóvel há pelo menos vinte anos, com indicação de um mínimo de duas testemunhas e fundamentando razões que o impossibilitam de apresentar a documentação comprovativa respetiva, para o caso de realização de obras isentas de licença; n) Declaração de compromisso de não alienar o imóvel durante os cinco anos subsequentes à receção dos apoios e de nele habitar e ter a sua residência permanente pelo mesmo período de tempo; o) Orçamento das obras a efetuar, do qual deve constar, designadamente, o preço proposto, a descrição dos trabalhos e o respetivo prazo de execução;

2. Para além dos documentos indicados no número anterior, a Câmara Municipal organizará processos individuais compostos pelos seguintes elementos: a) Planta de localização do imóvel; b) Fotografia do imóvel; c) Informação social do gabinete da ação social, comprovativo da situação de carência económica; d) Memória descritiva das obras a executar e respetiva listagem; e) Projeto aprovado pelos órgãos municipais competentes, quando necessário f) Tipo, quantidades e valor global dos apoios concedidos por cada agregado familiar. Artigo 7º Períodos de candidatura 1. Em cada ano civil existirão dois períodos de candidatura nos meses de Maio e Novembro. 2. Excecionalmente a Câmara Municipal poderá aceitar candidaturas noutro momento, se se verificarem alterações imprevisíveis nas condições de habitabilidade de um agregado familiar. 3. Em cada um dos períodos será usada metade da dotação orçamental prevista. 4. Os beneficiários não poderão candidatar-se mais do que uma vez para o mesmo tipo de intervenção no prazo mínima de dez anos. Artigo 8º Critério de classificação para atribuição dos subsídios 1. A atribuição dos subsídios ou apoios constantes neste regulamento é resultado da aplicação de um conjunto de critérios a aprovar pela Câmara Municipal, sob proposta da comissão de análise referida no artigo seguinte, previamente ao período de abertura de candidaturas. 2. Os candidatos são classificados por ordem decrescente de pontos obtidos.

3. No caso de empate entre concorrentes atender-se-á, prioritariamente: I. Condições de insalubridade da habitação; II. Existência de deficientes no agregado familiar; III. Número de crianças no agregado familiar; IV. Menor rendimento per capita mensal; V. Mais tempo de residência no concelho do Aguiar da Beira. Artigo 9º Comissão de Análise A Comissão de Análise dos processos terá a seguinte constituição: a) Presidente da Câmara Municipal do Aguiar da Beira, ou Vereador com competências delegadas; b) Um funcionário pertencente à Divisão de Obras Ordenamento do Território e Ambiente; c) Um representante dos Serviços de Ação Sociais do município. Artigo 10º Aprovação das candidaturas 1. A apreciação e decisão de que os concorrentes reúnem as condições estabelecidas no presente regulamento, bem como a proposta de apoio a atribuir será apresentada à Câmara Municipal pela Comissão de Análise prevista no presente Regulamento. 2. A Câmara Municipal depois de analisar a proposta decidirá sobre o apoio a atribuir a cada candidato. Artigo 11º Fiscalização

1. A Câmara Municipal poderá, em qualquer altura, requerer ou diligenciar, por qualquer meio de prova idóneo, comprovativo da veracidade das declarações apresentadas pelos concorrentes ou da sua real situação económica e familiar; 2. Um técnico da Câmara Municipal fiscalizará as obras relativas aos projetos que vierem a ser devidamente licenciados ou às obras que vierem a realizadas; 3. A comprovada prestação de falsas declarações, tendo por fim obter algum dos benefícios a que se refere o presente regulamento, e o venha a obter, aplica-se o disposto no artigo 12º do presente regulamento, ficando o beneficiário instituído na obrigação de pagamento de juros nos termos gerais aplicáveis às dívidas à Administração Pública, e ainda, inibido de receber mais incentivos no âmbito deste regulamento, sem prejuízo da efetivação das responsabilidades civis ou criminais a que houver lugar; 4. Os beneficiários de apoios no âmbito do regulamento são obrigados a guardar durante o período de cinco anos, todos os documentos de despesa comprovativos das obras realizadas. Artigo 12º Devolução de apoios 1. A Câmara Municipal poderá retirar ou reduzir os apoios concedidos, sempre que se verifique qualquer uma das seguintes situações: a) Não utilização ou utilização indevida do montante concedido; b) Prestação de falsas declarações pelo candidato; c) Não cumprimento das exigências previstas no regime jurídico da urbanização e da edificação; d) Alteração substancial da situação económica do agregado familiar, de forma a não justificar o montante atribuído. 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, em caso de falecimento do proprietário do imóvel objeto dos apoios previstos no presente regulamento antes de decorridos 10 anos, os seus herdeiros devem ressarcir o município em 50% do valor dos apoios atribuídos, exceto se algum deles, pertencendo ao agregado familiar do falecido, reúna as condições de acesso previstas no artigo 5º e o mesmo continue a ter a sua residência permanente naquele imóvel.

Artigo 13º Execução das Obras As obras devem ser iniciadas no prazo máximo de três meses a contar da data da notificação da atribuição do subsídio e ser concluída no prazo máximo de doze meses a contar da mesma data, salvo em casos excecionais devidamente justificados e aceites pela Câmara Municipal. Artigo 14º Pagamentos dos Subsídios Os subsídios a atribuir serão pagos mediante autos de medição das obras executadas, efetuados pelos serviços técnicos do município, podendo, em casos devidamente justificados, sere efetuados um adiantamento de 10% para o início da obra. Artigo 15º Uso das edificações 1. As edificações cuja construção, reconstrução, conservação, beneficiação ou ampliação, tenham sido financiadas ao abrigo do presente Regulamento destinam-se a habitação própria permanente dos proprietários e do respetivo agregado familiar 2. A utilização da edificação para fim diferente do previsto no número anterior determina o pagamento do valor do subsídio atribuído acrescido dos respetivos juros de mora, contados no prazo de 30 dias após a notificação para a sua devolução, desde que não hajam decorrido, pelo menos cinco anos, após a sua atribuição. 3. Excetua-se do disposto no número anterior as transmissões mortis causa sem prejuízo dos disposto no n.º 2 do artigo 12º. Artigo 16º Ónus da inalienabilidade 1. As edificações a que se referem os artigos anteriores estão sujeitas a um ónus de inalienabilidade pelo prazo de cinco anos a contar da data de concessão do subsídio. 2. Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 12º, transmitido o Imóvel objeto de apoio no prazo

referido no número anterior e antes de decorrido o prazo de 10 anos, os transmitentes ficam obrigados a restituir ao município o montante de 75% do valor dos apoios concedidos. Artigo 17º Levantamento da inalienabilidade 1. O proprietário só pode alienar direitos ou constituir quaisquer ónus ou encargos sobre a edificação no decurso do prazo de inalienabilidade se reembolsar o valor do subsídio concedido, atualizado de acordo com o índice de inflação. 2. Para efeitos do número anterior, o proprietário da edificação, deve requerer à Câmara Municipal, com uma antecedência mínima de 30 dias em relação ao ato de celebração do negócio jurídico de alienação ou de oneração da habitação, o levantamento do ónus de inalienabilidade. 3. Sempre que, designadamente, no caso de compra e venda, o proprietário não dispuser dos meios financeiros para o pagamento antecipado dos montantes a reembolsar, pode solicitar à Câmara Municipal que o pagamento seja efetuado no ato de celebração da escritura. Artigo 18º Caducidade do ónus de inalienabilidade 1. O ónus de inalienabilidade caduca no caso de venda ou adjudicação da habitação em processo de execução. TÍTULO II APOIO AO ARRENDAMENTO HABITACIONAL PARA INDIVÍDUOS OU AGREGADOS CARENCIADOS Artigo 19º Tipo de apoio

O apoio ao arrendamento habitacional para indivíduos ou agregados carenciados consiste na atribuição de um subsídio financeira a fundo perdido para apoio ao pagamento da renda. Artigo 20º Âmbito Podem beneficiar do apoio ao arrendamento habitacional os arrendatários ou subarrendatários que preencham as condições referidas no artigo 5 º, e não sejam beneficiários de qualquer subsídio de renda ou de qualquer apoio ao arrendamento e vigor. Artigo 21º Atribuição, Renovação, Suspensão 1.O subsídio ao arrendamento será sempre limitado ao montante global da verba aprovada anualmente para o efeito pelos órgãos municipais. 2. O subsídio é atribuído pelo período de doze meses, renovável até ao máximo de 3 anos, desde que não se verifiquem alterações ao nível dos rendimentos mensais do agregado familiar, ou nos elementos instrutórios do respetivo processo. 3. Ultrapassados os prazos definidos no número anterior, poderá ser atribuído ao mesmo requerente/beneficiário, pelo mesmo período de duração e condições de renovação, novo apoio, decorrente da apresentação de uma nova candidatura. 4. O subsídio ao arrendamento será suspenso quando houver por parte do beneficiário: a) Incumprimento do presente regulamento; b) Quando se verificar a melhoria da situação económica do agregado; c) Se forem omitidas ou prestadas falsas declarações pelo beneficiário. d) Quando houver subarrendamento ou hospedagem do locado. e) Por motivo considerado pela Câmara Municipal justificável, como por exemplo a recusa injustificada de oferta de emprego.

Artigo 22º Condições de atribuição São condições de atribuição do apoio ao arrendamento: a) Ser cidadão nacional ou equiparado, nos termos legais; b) Residir na área do Município, facto este comprovado por recenseamento eleitoral e outros meios de prova que se julguem necessários, nomeadamente declaração emitida pela Junta de Freguesia respetiva; c) Não ser proprietário de qualquer bem imóvel com condições de habitabilidade ou, ainda que sem condições de habitabilidade seja suscetível de ser recuperado, designadamente através da atribuição do apoio à melhoria das condições habitacionais previstas no presente regulamento; d) Situação de comprovada carência económica. e) Fornecimento de todos os meios legais de prova que sejam solicitados para apuramento da situação económica do agregado; f) A tipologia da habitação arrendada ser adequada ao agregado familiar. g) O rendimento per capita do agregado familiar seja igual ou inferior a 75% ao ordenado mínimo nacional, fixado para o ano em que o apoio é solicitado; 2. Não poderão beneficiar deste apoio aqueles que, sendo arrendatários, beneficiem já de apoios ao arrendamento, designadamente, a medida de apoio ao arrendamento designada por Porta 65. Artigo 23º Instrução dos Pedidos 1. A candidatura À atribuição do subsídio ao arrendamento deve ser instruída com os seguintes documentos: a) Formulário de candidatura em modelo a aprovar pela Câmara Municipal;

b) Fotocópia dos bilhetes de identidade/ cartão do cidadão dos elementos do agregado familiar; c) Fotocópia dos números de contribuinte dos elementos do agregado familiar; d) Fotocópia dos cartões de beneficiário dos elementos do agregado familiar; e) Atestado de residência emitido pela junta de freguesia, comprovativo do agregado familiar ou de união de facto, ou de pessoas que vivam em economia comum do requerente; e) Documentos comprovativos de todos os rendimentos auferidos pelos elementos do agregado, nomeadamente: salários ou outras remunerações do trabalho, subordinado ou independente; pensões de reforma e outras; rendimentos familiares e quaisquer tipos de subsídios, bem como cópia da última declaração de IRS ou declaração emitida pela Repartição de Finanças que comprove isenção de entrega da mesma; f) Autorização de Utilização atualizada do imóvel arrendado; g) Contrato de arrendamento visado pela repartição de finanças e último recibo da Renda; h) Declaração sob compromisso de honra do requerente, sobre a veracidade de todas as informações prestadas e declaradas; i) No caso de desempregados, Declaração do Centro de Emprego comprovativa da situação desemprego e da disponibilidade para integração profissional, bem proatividade na procura de emprego; 2. O requerente poderá ainda apresentar outros documentos que entenda necessários para comprovar a sua situação económica, tais como despesas de saúde e educação. 3. Em qualquer momento, durante a vigência da concessão do apoio, poderá o município solicitar ao beneficiário a prestação de informações ou a apresentação de documentos que entenda ser necessário apreciar. 4. A apreciação das candidaturas compete à Comissão de Análise referida no artigo 9º seguindo-se o procedimento descrito no artigo 10º. Artigo 24º Valor de apoios

1. O apoio a conceder pela Câmara Municipal nos termos da alínea 19º do presente regulamento, será limitado ao montante global da verba aprovada anualmente para o efeito pelos órgãos municipais, e tem um limite máximo mensal de 150,00 (cento e cinquenta euros) por agregado familiar. 2. Em casos excecionais a Câmara Municipal pode, mediante requerimento devidamente fundamentado e documentado, apoiar agregados familiares, cujo rendimento ultrapasse o referido na alínea g) do artigo 22º, bem como os limites mensais fixados no número anterior, quando a cargo dos mesmos se encontrem indivíduos menores, portadores de deficiência, em situação de dependência ou portadores de doenças crónicas que impliquem despesas avultadas de saúde ou outras. 3. Nos casos em que o candidato seja beneficiário de Rendimento Social de Inserção, este apoio deverá ser integrado no Plano de Inserção podendo cessar por incumprimento desse plano, nos termos previstos na lei habilitante da medida; 4. O apoio concedido será pago mensalmente na Tesouraria da Câmara Municipal, mediante exibição do original do recibo de Renda, do qual se extrairá fotocópia, comprova o pagamento efetuado ao senhorio; Artigo 25º Falsas declarações Às falsas declarações aplica-se o disposto no n.º 3 do artigo 11º do presente regulamento. Artigo 25º Dúvidas e omissões As dúvidas e omissões ao presente regulamento serão apreciados e resolvidos por deliberação da Câmara Municipal. Artigo 25º Entrada em vigor O presente Regulamento depois de aprovado Pela Assembleia Municipal, entrará em vigor no prazo de cinco dias a contar da sua publicitação em edital e/ou no sitio da internet do município.