Jorge Amon Filho * Paulo Cesar Alves Fernandes Denesmar Gomes Pimenta FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

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SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GAT - 21 16 a 21 Outubro de 2005 Curitiba - Paraná GRUPO IV GRUPO DE ESTUDO DE ANÁLISE E TÉCNICAS DE SISTEMAS DE POTÊNCIA GAT ANÁLISE DA SUPERAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS NOMINAIS DE EQUIPAMENTOS: MÉTODOS PARA A IDENTIFICAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA E ESTUDO DE SOLUÇÕES DE MITIGAÇÃO FACE AS REGRAS DO ATUAL MODELO DO SETOR ELÉTRICO Jorge Amon Filho * Paulo Cesar Alves Fernandes Denesmar Gomes Pimenta FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. RESUMO A análise da superação das características nominais de equipamentos pelas solicitações impostas pelo sistema elétrico era matéria de menor prioridade em relação aos demais estudos de planejamento e de operação nas concessionárias brasileiras de energia elétrica. No atual modelo do setor elétrico brasileiro, os agentes de geração são estimulados a instalar geradores próximos aos centros de carga com livre acesso à transmissão o que causa impactos significativos e superações precoces das características nominais de equipamentos pelas solicitações impostas pelo sistema elétrico, exigindo-se a execução de estudos de identificação da superação que utilizem metodologias e critérios bem definidos assim como investigações cíclicas freqüentes com a finalidade da definição de soluções de mitigação. O presente artigo descreve a metodologia praticada por FURNAS Centrais Elétricas S. A. desde a década de 70 para a identificação da possibilidade de ocorrência de superação e para a aplicação de soluções de mitigação dando ênfase às adaptações que se fizeram necessárias em função das regras do atual modelo do setor elétrico. PALAVRAS-CHAVE Característica Nominal, Equipamento, Expansão, Mitigação, Superação 1.0 - INTRODUÇÃO Os equipamentos elétricos de um sistema de potência devem ser especificados para permanecer em serviço por um período de tempo que seja suficiente para compensar os custos de sua aquisição e instalação. Conseqüentemente, devem ser dimensionados para suportar as eventuais ampliações que ocorrerem no sistema, durante esse período de tempo.os estudos de planejamento do sistema fornecem os subsídios necessários para a definição das características nominais desses equipamentos. Entretanto, durante o tempo em que o equipamento estiver em operação, é possível que ocorram mudanças na configuração do sistema que não haviam sido previstas no planejamento original. Por esse motivo, torna-se necessária uma verificação periódica onde são comparadas as solicitações de corrente de carga, corrente de curto-circuito e tensão de restabelecimento transitória do sistema com as características nominais dos equipamentos, dos pára-raios das linhas de transmissão, dos barramentos e das malhas de terra das subestações. (*) Rua Real Grandeza, 219 sala 1607.3 - Bloco C CEP 22283-900 Rio de Janeiro, RJ Brasil Tel: (+55 21) 2528-4903 Fax:(+55 21) 2528-4857 Email: jorgamon@furnas.gov.br

2 No caso de ser detetada alguma superação de característica nominal por solicitação do sistema, devem ser estudadas medidas que evitem ou pelo menos adiem a troça do equipamento ou o reforço do barramento ou da malha de terra superados. Num modelo em que as usinas eram planejadas e definidas de modo centralizado era possível a análise da superação em ciclos de planejamento de longo prazo. No atual modelo do setor elétrico brasileiro, os agentes de geração são estimulados pelas regras tarifárias a instalar geradores próximos aos centros de carga, mas rede de transmissão, o que causa impactos significativos e superações precoces. Este fato muda o conceito desta análise, exigindo-se a execução de estudos de identificação da superação que utilizem metodologias e critérios bem definidos assim como investigações cíclicas mais freqüentes. É importante observar aqui que em outros sistemas, como o americano por exemplo, os agentes são estimulados à se conectarem junto aos centros de carga, mas na rede de distribuição e são obrigados à dotarem seus equipamentos de dispositivos que limitem significativamente a contribuição para a corrente de cuto-circuito. Cabe salientar que estudos de superação de equipamentos conduzidos em nível de planejamento consideram o equipamento como sendo ideal durante toda a sua vida útil. O grau de envelhecimento do equipamento e a degradação de suas características elétricas podem ser avaliados através de aplicação de técnicas de engenharia de manutenção, não abordadas no presente artigo. Assim, ficam excluídos da verificação os transformadores de potencial, tanto indutivos quanto capacitivos e os pára-raios, por estarem submetidos apenas à tensão nominal, sempre constante, e às sobretensões, cujas magnitudes podem até diminuir com a expansão do sistema. Uma vez caracterizada a superação de algum equipamento, são estudadas possíveis soluções de mitigação a serem aplicadas à rede existente. Tais soluções de mitigação compreendem desde a revisão das premissas adotadas nos estudos iniciais de acordo com avaliações mais apuradas, passando pela adoção de medidas operativas, tais como o chaveamento seqüencial ou a modificação da configuração da rede próxima à instalação com superação, pela instalação de dispositivos limitadores de curto-circuito até, finalmente, a substituição do equipamento superado por outro de maior capacidade. 2.0 - DETEÇÃO DA SUPERAÇÃO Na sistemática adotada são examinados primeiro os cenários de longo prazo verificando os equipamentos superados, que são então reavaliados nos cenários mais próximos identificando-se o ano em que ocorre a superação. 2.1 Por Corrente de Carga Na etapa da identificação da superação por corrente de carga com estudos de fluxo de potência, são examinadas as condições mais severas de emergências que determinam carregamentos mais elevados que possam superar equipamentos terminais das linhas de transmissão. Também deve ser investigada a distribuição das correntes pelos barramentos das subestações para condições da saída de linha e de disjuntores em manutenção, principalmente quando, no tipo de arranjo adotado, seja necessária a abertura de mais de um disjuntor para a manobra de um único circuito. É o caso dos arranjos do tipo "anel" e "disjuntor-e-meio". Nesses casos, é possível a ocorrência de situações em que os valores das correntes, através dos equipamentos e barramentos, sejam superiores aos das correntes nos circuitos. 2.2 Por Corrente de Curto-Circuíto No exame de curto-circuito definem-se as correntes de defeito (valor eficaz) de curta duração nos barramentos para avaliação de disjuntores, secionadores e demais equipamentos associados, utilizando-se como critério para indicar uma possível superação por corrente de curto-circuito o nível de 85% a 90% da capacidade do equipamento. A consideração das condições iniciais para o cálculo das correntes de defeito evita erros consideráveis tanto para mais, quanto para menos, dependendo do ponto de operação da rede e de sua realidade.

3 Como a tensão interna da fonte geradora é função do ponto de operação, via de regra ela é maior que a terminal em carga pesada e pode ser menor em carga leve. Assim, os programas que não representam as condições da rede pré-defeito produzem normalmente resultados com níveis menores de corrente. Esta influência, é claro, depende da topologia da rede e da proximidade elétrica das máquinas. As normas IEC indicam que esses valores podem variar da ordem de 10% a 30% entre a hipótese sem carga e a condição real da rede. As solicitações de curto-circuito do sistema devem corresponder às piores condições possíveis, ilustradas na figura 1, conforme segue: a. Curto-circuito máximo na saída de linha com o outro extremo aberto. Neste caso, admite-se que o disjuntor da extremidade B da linha abra antes do disjuntor da extremidade A, seja por falha da proteção primária da extremidade A da linha ou por temporização intencional. Esta condição é conhecida como "line out" e também se aplica a transformadores. Neste caso, o disjuntor da extremidade A deverá interromper a corrente total de curto-circuito. b. A segunda pior condição consiste em uma falta idêntica à da situação anterior, porém estando fechado o disjuntor da extremidade B da linha. Neste caso, o disjuntor da extremidade A deverá interromper a corrente total de curto-circuito, menos a contribuição do próprio circuito. c. O curto na barra da subestação corresponde à pior condição para os barramentos e se o curto for para a terra, também, à pior condição para a malha de terra. FIGURA 1 Condições possíveis para solicitações de curto-circuito 2.3 Por Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT) A expansão da rede elétrica acarreta maior distorção e amortecimento das ondas refletidas das solicitações transitórias de manobra, resultando em princípio, em solicitações menos severas para os equipamentos e instalações. Por outro lado, a conseqüente elevação dos níveis de curto-circuito acarreta aumento da severidade da onda incidente da Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT) dos disjuntores (1). Portanto, a TRT, bem como a sua taxa de crescimento (TCTR), são grandezas que também devem ser investigadas em decorrência da expansão da rede elétrica e, por inúmeras vezes, podem caracterizar a superação das características nominais de disjuntores. As suportabilidades dos disjuntores à tensão de restabelecimento transitória (TRT) e à taxa de crescimento da TRT (TCTR) devem ser comparadas com os valores fornecidos por estudos de transitórios elétricos devidos a manobras de abertura de correntes de curto-circuito, para configurações futuras. A verificação pode ser feita, de início, empregando-se métodos simplificados e, geralmente conservadores (2). Neste caso, os resultados obtidos serão considerados satisfatórios se demonstrarem a não superação dos disjuntores. Entretanto, a constatação de casos de superação deverá ser comprovada com o emprego de métodos mais sofisticados com uma melhor representação dos elementos da rede estudada, fornecendo, em geral, resultados menos conservadores. Para tal, deve ser utilizado um programa de computador digital para cálculo de transitórios eletromagnéticos (3). Embora a TRT seja função da corrente de curto-circuito, existem casos em que o disjuntor pode estar superado por TRT sem que esteja por corrente de curto-circuito.

4 3.0 - MÉTODOS PARA EVITAR SUPERAÇÃO Quando os estudos de superação demonstrarem a existência numa subestação de equipamentos, barramentos, malha de terra, cabos pára-raios, etc superados, diversos métodos podem ser adotados para evitar a superação. neste item, serão examinados os métodos mais freqüentemente considerados para tal fim. De um modo geral, a aplicação de medidas para evitar superação que não envolvam a instalação de equipamentos é mais econômica do que a substituição de equipamentos superados por outros de maior capacidade. 3.1 Por Corrente de Carga No caso de superação por corrente de carga, também chamada de sobrecarga, não são aplicados métodos propriamente ditos para evitar a superação. O procedimento mais comum é a comprovação ou não da superação detetada pelo refinamento dos resultados, onde os seguintes aspectos devem ser investigados com mais rigor: a. A sobrecarga é detetada para condição de emergência crítica. Isto significa que em condições normais de operação não ocorre superação. b. Para ocorrer superação é necessário haver coincidência de emergência com as condições de carga que tornam essa emergência crítica. Isto significa que a possibilidade de ocorrer sobrecarga é pequena e, caso ocorra sobrecarga, sua duração pode ser por pouco tempo. c. Os equipamentos podem operar com sobrecarga. Alguns deles, como, por exemplo os transformadores de corrente, possuem fator térmico e podem operar continuamente até um certo limite de sobrecarga. Outros podem operar com sobrecarga, porém por tempo limitado, como, por exemplo, os transformadores, os disjuntores, as chaves secionadoras e os próprios transformadores de corrente. 3.2 Por Corrente de Curto-Circuito As soluções (4) mais comuns para limitação dos níveis de curto-circuito são: divisão do sistema de transmissão em subsistemas introduzindo conexões de tensão mais altas (CA ou CC); uso de estratégias complexas tais como de chaveamento seqüencial; introdução de transformadores de impedância mais alta e reatores série e por fim, a substituição dos equipamentos de manobra por outros de maior capacidade. Não obstante estas alternativas podem criar outros problemas como perda de segurança e de confiabilidade, custos altos, e aumento de perdas de potência como é o caso dos reatores série. No caso de ser detetada superação por corrente de curto-circuito de algum equipamento, ou quando o nível de curto-circuito admissível pelos barramentos, rede de terra, cabo pára-raios, etc. for excedido, as seguintes medidas podem ser tomadas para evitar a superação: 3.2.1 Secionamento de Barras O efeito desejado com o secionamento de barras é o aumento das impedâncias de seqüência positiva, negativa e zero com a conseqüente redução dos níveis de curtocircuito monofásico e trifásico. O ponto de secionamento de um determinado barramento deve ser, preferencialmente, o vão do disjuntor de interligação, para que este possa ser utilizado em qualquer das duas seções do barramento. A divisão de cargas entre as duas seções do barramento (que já está definida pelo arranjo físico de subestação), é de se esperar um aumento nas perdas com o secionamento.entretanto, é possível reduzir-se consideravelmente as perdas e até, em alguns casos, aumentar-se a confiabilidade desde que se proceda a um remanejamento dos circuitos de modo a obter-se uma simetria entre as duas seções. O secionamento de barras pode ser realizado por meio de: a. Secionadores Com o secionamento, estando o secionador na posição aberta, pode ocorrer redução da confiabilidade, pois as duas seções de barramento podem ficar com tensões diferentes e a carga mais importante poderá não estar na seção mais confiável do barramento. b. Dispositivo limitador de corrente (DLC)

5 O secionamento com DLC (5, 6) apresenta vantagens sobre o secionamento com secionadores, pois, presenta baixa impedância durante a operação normal e alta impedância somente para correntes de curto-circuito, limitando-as a um valor predeterminado. Na Figura 2 são mostradas três possibilidades para a aplicação do DLC numa subestação. 3.2.2 Modificação da Rede de Seqüência Zero do Sistema Em situações onde o curto-circuito monofásico apresenta-se maior que o trifásico, a modificação da rede de seqüência zero do sistema pode ser conveniente. Com este procedimento, evita-se que os equipamentos sejam superados em primeiro lugar pelo curto-circuito monofásico. Observe-se que uma alteração na rede de seqüência zero altera o fator de aterramento do sistema e isto deve ser verificado, com vistas à atuação dos pára-raios. A modificação da rede de seqüência zero do sistema pode ser realizada por meio de: a. Desaterramento de transformadores Ao ser estudada a possibilidade do desaterramento de um transformador ou autotransformador, devem ser examinadas as características de isolamento do terminal de neutro, referente ao enrolamento a ser desaterrado, face a solicitações tanto de surtos de manobra quanto de surtos atmosféricos. A utilização de um pára-raios de valor adequado é a maneira mais eficiente de se conseguir este objetivo. Neste aspecto, os transformadores são mais versáteis que os autotransformadores, uma vez que permitem o desaterramento de apenas um dos enrolamentos. b. Aterramento do neutro do transformador, através de resistores ou reatores Uma outra alternativa, como recurso para a redução da corrente de curto-circuito monofásico, é a de efetuar o aterramento do neutro, através de uma impedância. Como vantagem, esta alternativa apresenta a possibilidade de amarrar a tensão sustentada imposta ao neutro do transformador, com o valor da impedância de aterramento a ser utilizada, embora esta solução envolva maiores custos do que o simples desaterramento do neutro. c. Alteração da ligação delta do enrolamento terciário Uma terceira alternativa, ainda, seria a abertura do delta do enrolamento terciário dos transformadores, como recurso para a redução da corrente de curto-circuito monofásico. Neste caso, devem ser analisadas as conseqüências da circulação de correntes de seqüência zero, de 3 harmônico, e o problema de transferência de surto. 3.2.3 Chave de Aterramento Rápido Se nenhum dos métodos abordados nos itens anteriores for satisfatório, outra alternativa que pode ser examinada é o emprego da chave de aterramento rápido.

6 A utilização desta chave está condicionada à situação em que a corrente de curto-circuito monofásico é bem maior que a corrente de curto-circuito trifásico, não havendo superação de equipamentos para este último tipo de falta. Esta condição está ligada à operação de chave, que provoca um curto-circuito trifásico, logo após a deteção do defeito, levando o disjuntor a interromper uma corrente dentro de sua capacidade. Alguns fabricantes propõem o uso de cartuchos explosivos como mecanismo de operação necessário à obtenção de um tempo de fechamento inferior à operação de abertura dos disjuntores, que se encontram com sua capacidade de interrupção superada pelo curto monofásico. Estes cartuchos, normalmente importados e custosos, devem ser adquiridos num determinado número suficiente para reposição. Além do custo envolvido, a dificuldade na aplicação desta solução é a confiabilidade, ou seja, a garantia da operação devida quando da ocorrência de falta. 3.2.4 Chaveamento Seqüencial Uma alternativa para se evitar a operação de disjuntores para curtos-circuitos superiores à sua capacidade nominal é a abertura seqüencial dos disjuntores, de forma que aquele que estiver com sua capacidade superada atue, somente, após a abertura de outro equipamento. Desta forma, a operação do disjuntor com capacidade superada se daria com um nível de curtocircuito mais baixo. 3.2.5 Transformador de Maior Reatância No caso de instalação de uma nova transformação, pode-se cogitar do emprego de transformadores com reatâncias maiores que as usuais, para limitar as correntes de curto-circuito. No caso de transformação já existente, a colocação de um novo transformador com reatância diferente dos já instalados apresenta o problema de circulação decorrente. A norma NBR 5356 recomenda as seguintes variações máximas na impedância para transformadores em paralelo: - transformadores de dois enrolamentos: 7,5% - transformadores com três ou mais enrolamentos: 10% - transformadores com enrolamentos em ziguezague: 10% - autotransformadores: 10% Em bancos monofásicos, tem-se que considerar, ainda, o problema da reserva já existente que, ao ser colocado num banco com unidades diferentes, causará desequilíbrio entre as fases. 3.2.6 "By-pass" de Linhas nas SE's Em subestações em que a configuração física e a confiabilidade o permitem, pode ser verificada a possibilidade de, às custas de redução da confiabilidade, "by-passar" um ou mais pares de circuitos, reduzindo, assim, o nível de curto-circuito no barramento (7). 3.2.7 Recursos Finais No caso de não ser possível a aplicação de nenhuma dessas medidas, restam os seguintes recursos para solucionar o problema: a. Permuta dos disjuntores A troca de equipamentos pode ser feita na própria subestação, quando se verificar a existência de disjuntores que sofrem diferentes solicitações. Na maioria dos casos, pode-se dizer que os disjuntores de linha sofrem maiores solicitações que os dos transformadores. É importante, contudo, enfatizar que a permuta de disjuntores deve ser acompanhada de cuidadosos estudos de curto-circuito que demonstrem a viabilidade da solução, dentro de um prazo adequado.

7 b. Modificações nos disjuntores A troca ou o acréscimo de câmaras de extinção em disjuntores já instalados é uma solução recomendada pelos fabricantes com o objetivo de elevar sua capacidade de interrupção. Esta solução representa uma grande economia de trabalho e tempo, principalmente se for o caso de disjuntores a grande volume de óleo, para os quais a remoção e ajuste em outra localidade é muito complicada. c. Compra de disjuntores É realmente a última solução a ser adotada, mas que deve ser levada avante se nenhum dos processos vistos, anteriormente, forem viáveis. Entretanto, quando esta decisão for tomada, é importante pensar na utilização dos disjuntores que serão substituídos. Estes poderão ser aproveitados como unidades reservas ou aplicados em subestações em planejamento ou expansão. d. Providências quanto a outros equipamentos A adoção das soluções de permuta, modificação no projeto ou compra é decidida quando o nível de curto circuito na subestação for elevado, pois tais soluções provêm da impraticabilidade das medidas redutoras do nível de curto-circuito. A sobrevivência da SE a um nível mais elevado provoca a necessidade de verificação da superação dos demais equipamentos, principalmente chaves secionadoras, transformadores de corrente, barramentos, cabos pára-raios, etc. Na maioria dos casos, a superação do disjuntor é acompanhada da superação de chaves e TC's; o que significa que as soluções apresentadas nos subitens a) a d) conduzem também à necessidade de troca ou compra de outros equipamentos. Este fato serve para enfatizar a necessidade de um esforço maior na busca das soluções que conduzem a uma redução do nível de curto-circuito. 3.3 Por Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT) As providências mais correntes para a correção da superação pela TRT são o acréscimo de capacitores do lado da fonte (caso de faltas terminais) ou do lado da linha (caso de faltas quilométricas) e o acréscimo de resistores de abertura aos disjuntores superados. O acréscimo de capacitores tem efeito apenas sobre a TCTR, que é reduzida com a sua introdução devido à redução da freqüência natural da oscilação transitória da tensão de restabelecimento. 0 valor de pico não é praticamente afetado, podendo ser ligeiramente reduzido ou mesmo aumentado (em função da modificação das condições de reflexão). Quando se decidir instalar capacitores para reduzir a TCTR, em casos de faltas terminais, estes deverão ser de preferência ligados permamentemente às barras, tal como divisores capacitìvos de potencial. Com efeito, seria pouco razoável empregar disjuntores para protegê-los e manobrá-los, uma vez que o acréscimo dos capacitores teria por objetivo evitar a substituição de disjuntores existentes (que, de outra maneira, seriam superados pela TCTR). A ligação dos capacitores às barras, dessa maneira, contribuirá para o aumento da possibilidade de operação da proteção diferencial de barras, quando tal esquema de proteção for empregado. 4.0 - CONCLUSÃO Embora os equipamentos elétricos de um sistema de potência sejam dimensionados para suportar as eventuais ampliações que ocorram no sistema no horizonte da sua vida útil, os impactos significativos causados pelos agentes de geração que, no atual modelo do setor elétrico brasileiro, são estimulados a instalar geradores próximos aos centros de carga com livre acesso à transmissão, tornam necessárias verificações periódicas onde são comparadas as solicitações do sistema com as características nominais dos equipamentos e das instalações com a finalidade de identificação de superação e de definição de soluções de mitigação. Uma forma válida de verificação é possível através do monitoramento das solicitações impostas pelo sistema, cujas magnitudes aumentem com a sua expansão, ou seja, correntes de carga, de curto-circuito e tensão de

8 restabelecimento transitória, através das quais podem ser secionadores, transformadores de corrente e bobinas de bloqueio. verificadas as superações de disjuntores, Na sistemática adotada são examinados primeiro os cenários de longo prazo verificando os equipamentos superados, que são então reavaliados nos cenários mais próximos identificando-se o ano em que ocorre a superação. Uma vez caracterizada a superação de algum equipamento, são estudadas possíveis soluções de mitigação a serem aplicadas que vão desde a alteração da topologia da rede até a substituição do equipamento superado por outro de maior capacidade. 5.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (1) Tensão de Restabelecimento Transitória de Disjuntores - Metodologia de Estudo - Amon F.,J. - Dissertação Submetida à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro para a obtenção do Título de Mestre em Ciências de Engenharia Elétrica, 1986 (2) ANSI C37.0721-1971 "Application guide for Transient Recovery Voltage for AC High-Voltage Circuit Breakers Rated on a Symmetrical Current Basis" (3) ATP Alternative Transients Program RULE BOOK, 1987 (4) D AJUZ, A. et alii - Equipamentos Elétricos - Especificação a Aplicação em Subestações de Alta Tensão - Cap. 14 - Superação de Equipamentos - livro técnico publicado por FURNAS/UFF - 1985. (5) Limitação dos Níveis de Curto-Circuito no Setor de 345 kv da Subestação de Mogi das Cruzes Através do Emprego de Reatores Limitadores de Núcleo de Ar - Amon F.,J, Maldonado, P. M., Peres, L. A. P., Gomes, R., Orçai, J. e outros - VIII ERLAC Ciudad del Este, 1999 (6) Limitação de curto-circuito: Experiência de FURNAS e análise de novas tecnologias existentes e em desenvolvimento, cada vez mais necessárias para viabilizar a conexão de novos produtores independentes à rede básica. - Amon F.,J, - IX ERLAC Foz do Iguaçú, maio de 2001 (7) Recapacitação da Subestação de Mogi 345/230 kv e Adaptação aos Novos Níveis de Curto-Circuito da Rede - Amon F.,J, Peres, L. A. P. - XIV SNPTEE, Belém, 1997 6.0 - DADOS BIOGRÁFICOS Jorge Amon Filho Nascido no Rio de Janeiro, RJ em 08 de agosto de 1952. Mestrado (1986) e Graduação (1975) em Engenharia Elétrica: PUC-Rio de Janeiro Empresa: FURNAS Centrais Elétricas, desde 1976 Gerente da Divisão de Estudos de Equipamentos do Departamento de Planejamento de Transmissão Coordenador do Comitê de Estudos A3 do CIGRÉ-Brasil e do Comitê Brasileiro de Usuários do EMTP/ATP Paulo Cesar Alves Fernandes Nascido no Rio de Janeiro, RJ, em 09 de agosto de 1949. Mestrado (1975) : PUC-RJ e Graduação (1971) em Engenharia Elétrica: UEG-Rio de Janeiro Empresas: PTEL engenharia Consorcio de ITAIPU( 1974-1979) FURNAS Centrais Elétricas, desde 1979 Engenheiro da Divisão de Estudos da Transmissão do Departamento de Planejamento de Transmissão Denesmar Gomes Pimenta Nascido em Vitória, ES, em 05 desetembro de 1969. Graduação (1996) em Engenharia Elétrica: Universidade Federal do Espírito Santo Empresas: PAG Engenharia Ltda. (1998 a 2002) FURNAS Centrais Elétricas, desde 2002 Engenheiro da Divisão de Estudos de Equipamentos do Departamento de Planejamento de Transmissão