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Transcrição:

CONHECENDO O INIMIGO ProcessoCivil PROF. TATI KIPPER

Recurso de Apelação Cabimento: Cabe recurso de Apelação da sentença de Primeiro Grau, conforme previsão do artigo 1.009 do CPC: Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. Sentença é o pronunciamento do juiz que coloca fim a fase cognitiva do procedimento comum ou extingue a execução; O objetivo do recurso de apelação é devolver o reexame da decisão judicial ao órgão superior, com o objetivo de sua reforma, total ou parcial. Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. Para cabimento da Apelação não importa se a sentença resolveu o mérito ou não, bem como o procedimento em que a sentença foi prolatada (se procedimento comum ou especial), nem se se trata de jurisdição voluntária ou contenciosa. No entanto se o processo envolver de um lado estado estrangeiro ou organismo internacional, e de outro, município ou pessoa residente ou domiciliada no pais, será cabível o recurso ordinário para o stj, o qual se equipara neste caso, ao recurso de apelação, conforme previsão do artigo 1.027, ii, b, do CPC. Cabe ainda apelação contra sentença proferida em Mandado de Segurança, conforme previsão do artigo 14 da Lei 12.016/2009. No entanto, caso a decisão do juiz seja a de julgar parcialmente o mérito, nestes casos o recurso cabível é o de Agravo de Instrumento. Ou seja, se o juiz antes da instrução já julgou procedente o pedido quanto ao dano material, mas determinou prova quanto ao dano moral, houve julgamento parcial do mérito. Neste caso, o recurso quanto ao dano material já julgado será o de agravo de instrumento. Verificar os artigos 356 e 5º e o artigo 487, I do CPC. Observar que é passível de alegação na Apelação, em preliminares, inclusive nas contrarrazões, as questões resolvidas na fase de conhecimento sobre as quais não cabe Agravo de Instrumento, consoante previsão do 1º do artigo 1.009 do CPC. Caso sejam arguidas as matérias não sujeitas ao Recurso de Agravo de Instrumento nas contrarrazões, conforme previsão do 1º, o Apelante será intimado para no prazo de 15 dias, manifestar-se sobre elas. C. DO PRAZO:

O prazo para interposição da Apelação é de 15 dias, bem como para as contrarrazões. Vale as regras dos prazos para os recursos (Prazo em dobro, intimação, suspensão...). D. ESTRUTURA DA PETIÇÃO DA APELAÇÃO: A apelação será interposta por meio de duas petições: - A petição de interposição dirigida ao juiz de primeiro grau; - A petição que contém as razões de apelação; Ambas as petições acabam com pedido, local, data e assinatura do advogado; De acordo com o artigo 1.010 do CPC, a Apelação terá os elementos: nomes e qualificação das partes, exposição do fato e do direito, as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade e por fim o pedido de nova decisão. Portanto, a Apelação será interposta por meio de petição dirigida ao juiz da causa, sendo que a peça vai ter duas partes: uma chamada de petição de interposição que vai conter o endereçamento ao juiz da causa, os dados de identificação da causa e o cumprimento dos requisitos de admissibilidade, seguida da petição com as razões do recurso de apelação, que é dirigida ao tribunal, onde estão os fundamentos de fato e de direito e o pedido de reforma da decisão. E. EFEITOS DO RECURSO DE APELAÇÃO: Como regra, a apelação é recebida nos efeitos devolutivo e suspensivo, ou seja, no duplo efeito, consoante previsão do artigo 1.012 do CPC. No entanto, o próprio 1º do artigo 1.012 estabelece as segituações em que não terá efeito suspensivo a Apelação. Isso traz como consequência o fato de que uma vez publicada a sentença, a parte desde já poderá pleitear o cumprimento provisório. No entanto, o apelante poderá formular pedido de concessão de efeito suspensivo ao Tribunal. PROCEDIMENTO DA APELAÇÃO: Interposta a Apelação, os autos vão conclusos ao juízo a quo que determinará a intimação do Apelado para se quiser responder ao recurso; Da mesma forma, deverá proceder se houver o recurso adesivo. Novidade no CPC de 2015: diferente do que ocorria com o CPC de 1973, no novo CPC, o juiz de primeiro grau não faz mais o exame de admissibilidade do recurso de Apelação, justamente com o intuito de dar mais agilidade ao recurso. Cabe ao relator tão somente verificar se estão presentes os pressupostos de admissibilidade da Apelação.

Portanto, apresentadas ou não as contrarrazões, o julgador de primeiro grau determinará a subida dos autos ao Tribunal ad quem, onde o relator declarará os efeitos pelos quais a apelação é recebida, emitindo o juízo de admissibilidade. É de se analisar ainda a previsão do artigo 1.013, 3º e 4º do CPC. Tal dispositivo refere que em tais situações, se o processo estiver apto para julgamento, o Tribunal deverá desde logo decidir o mérito, sem devolver o processo à origem. Ou seja, em tais situações não haverá a anulação da decisão, mas o julgamento imediato do mérito pelo tribunal. Agravo de instrumento PREVISÃO LEGAL: Arts. 1.015 a 1.020 do CPC; CABIMENTO: Tem cabimento contra as decisões interlocutórias; Mas nem toda decisão interlocutória será impugnada por meio de Agravo de Instrumento; Contra as decisões interlocutórias que não cabe Agravo de Instrumento, tais matérias serão impugnadas quando do recurso de Apelação, em sede preliminar, conforme preceitua o 1º do artigo 1.009 e as decisões conforme o artigo 1.015. Tutelas provisórias: A disciplina da tutela provisória está elencada nos artigos 294 até 311 do CPC; Tem-se as tutelas de urgência divididas na tutela antecipada e cautelar, podendo cada uma ser requerida de forma antecedente ou incidental; As tutelas provisórias visam evitar ou amenizar prejuízos que poderia advir com a demora da prestação jurisdicional; Lembrando que a tutela provisória de urgência será concedida quando estiver presente os requisitos do periculum in mora (perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo) e probabilidade do direito (fumaça do bom direito); A tutela provisória da evidência será concedida nas hipóteses do artigo 311 do CPC; A tutela provisória da evidência é concedida não porque há urgência, mas porque é provável a procedência do pedido final.

A decisão judicial acerca das tutelas provisórias, concedendo, negando, revogando, modificando a tutela provisória é atacada por meio de agravo de instrumento, salvo quando for decidida na sentença, que daí cabe apelação. II.Mérito do Processo: De acordo com o artigo 356 do CPC, o juiz poderá julgar parcialmente omérito do processo; Os requisitos para o julgamento parcial do mérito estão estabelecidos noartigo 356 do CPC. Conforme a previsão do 5º do artigo 356 quando houver essa decisãoacerca do mérito, o recurso cabível é o de Agravo de Instrumento. III.Rejeição da alegação de convenção de arbitragem: Quando as partes estipularem a convenção de arbitragem, mas mesmoassim algumas delas ingressar na justiça, cabe ao réu alegar em preliminar decontestação, a existência da convenção de arbitragem. Caso o réu não alegue em preliminar de contestação, implicará na aceitação a prestação da atividade jurisdicional e renúncia ao juízo arbitral, conforme previsão do 6º do artigo 337 do CPC. Então, podem ocorrer duas situações: 1.se o juiz aceitar a alegação de existência da convenção de arbitragem e proferir sentença extinguindo o processo sem resolução de mérito, com base no artigo 485, vii do cpc o recurso é apelação; 2.se o juiz não acatar a alegação de convenção de arbitragem essa decisão é atacada por meio de agravo de instrumento; IV.Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica é previsto no artigo 134 do CPC Qualquer que seja a decisão do juiz acerca do incidente, seja rejeitando o pedido ou acatando cabe agravo de instrumento. V.Rejeição do pedido de Gratuidade da Justiça ou Acolhimento do Pedido de sua Revogação A previsão do benefício da Gratuidade da Justiça está fundamentada no artigo 98 do CPC. Ou seja, o Autor poderá fazer o pedido do benefício da Gratuidade da Justiça na Inicial, o Réu na Contestação e o terceiro interessado em simples petição; Ainda poderá haver o pedido em sede de recurso; Se já houve manifestação da parte no processo, o pedido poderá ser formulado por simples petição;

Caso deferido o pedido, a parte poderá oferecer impugnação, conforme previsão do artigo 100 do CPC: O recurso quanto à decisão acerca do benefício é Agravo de Instrumento, conforme previsão do artigo 101 do CPC. VI. Exibição ou posse de documento ou coisa: De acordo com o artigo 396 do CPC, o juiz pode determinar que a outra parte do processo exiba documento ou coisa que esteja sob sua posse. Contra essa decisão que determina ou rejeita a exibição de documento ou coisa cabe o recurso de Agravo de Instrumento. VII. Exclusão de Litisconsorte: Ocorre litisconsórcio quando houver pluralidade em um ou em ambos os polos da relação jurídica. Quando houver decisão acerca de exclusão de litisconsórcio, caberá agravo de instrumento. VIII. Rejeição do Pedido de Limitação de Litisconsórcio: O número excessivo de litisconsortes pode ao invés de agilizar a prestação jurisdicional, causar maior complexidade e lentidão ao processo Portanto, é cabível Agravo de Instrumento contra a decisão que nega o pedido de limitação do número de litisconsortes. IX. Admissão ou Inadmissão de Intervenção de Terceiros: 5 são as formas de intervenção de terceiros no NOVO CPC: - ASSISTENCIA; - DENUNCIAÇÃO A LIDE; - CHAMAMENTO AO PROCESSO; - INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA; - AMICUS CURIAE; A decisão que admite ou inadmite uma das formas de intervenção de terceiros é atacada por meio de Agravo de Instrumento. X. Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução: Os embargos à execução é o meio por meio do qual o executado (devedor) se defende na execução de título executivo extrajudicial. De acordo com o artigo 919 do CPC, os embargos à execução não terão efeito suspensivo: Ou seja, via de regra os embargos não possuem efeito suspensivo, mas o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos

embargos, quando verificar que estão presentes os requisitos para concessão da tutela provisória, e desde que a execução esteja garantia por penhora, deposito ou caução; Assim, qualquer das partes, prejudicadas acerca da decisão que CONCEDER, MODIFICAR OU REVOGAR o efeito suspensivo concedido aos embargos, poderá interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO. XI. Redistribuição do ônus da prova nos termos do artigo 373, 1º do CPC: O artigo 373 estabelece o ônus da prova. Nestas situações, não se torna aceitável esperar até o recurso de apelação, a fim de atacar a decisão acerca da redistribuição do ônus da prova, sendo, portanto, atacada por meio de Agravo de Instrumento. XII. Outros casos expressamente referidos em lei Além das hipóteses previstas nos incisos do artigo 1.015 do CPC, são apontadas outras previsões no CPC em que cabe Agravo de Instrumento. Ou seja, conforme o artigo 1.037, 13º do CPC, cabe agravo de instrumento contra a decisão que indefere pedido de distinção do processo sobrestado em incidente de recursos repetitivos, quando o processo estiver em primeiro Grau. Além disso, tem cabimento Agravo de Instrumento na hipótese do PARÁGRAFO ÚNICO do artigo 1.015 do CPC. C.PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO: Prazo de 15 dias; Mesmas observações do prazo (FORMA DE CONTAGEM, PRAZO EMDOBRO, RESTITUIÇÃO, ETC). D.EFEITOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO: De acordo com a regra contida no artigo 995 do CPC, o Agravo de Instrumento possui apenas, via de regra, o efeito devolutivo. Porém, o Agravante poderá, com base no artigo 1.019, I do CPC, que orelator ao receber o Agravo de Instrumento atribua efeito suspensivo ou deferir,em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal. E.DA PETIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO: Previsão no artigo 1.016 e 1.017 do CPC. Como o Agravo de Instrumento cabe de determinadas decisões, éimportante na Petição do Recurso que o Recorrente deixe claro o cabimento dorecurso, apontando para uma das hipóteses previstas no CPC; Conforme o artigo 1.016 do CPC, o recurso DEVERÁ SER DIRIGIDOIMEDIATAMENTE AO TRIBUNAL competente;

Logo, a petição do Recurso de Agravo será dirigida ao Tribunal; A petição de Agravo é dirigida assim ao presidente do Tribunal. Como o processo continua no Primeiro Grau e o recurso é diretamente encaminhado ao Tribunal, a peça do Agravo deverá indicar o nome e a qualificação completa das partes. Após o nome e qualificação das partes, deve o Agravante indicar o nome do Recurso, e se for hipótese, indicar o pedido de efeito suspensivo ou de antecipação de tutela recursal; Importante fazer um tópico sobre o cabimento do recurso, ou seja, que se trata de uma das hipóteses previstas nos incisos do artigo 1.015 do Novo CPC. O Artigo 1.016 refere ainda que a parte deve indicar o nome e endereço completo dos advogados isso para que se torne possível a comunicação com os procuradores. Porém, caso tais dados ainda não estejam disponíveis, essa informação deve constar na petição do Agravo. Ex: se foi negada uma tutela provisória com liminar, antes mesmo da citação do Réu, e o Autor quiser agravar, deve informar, por exemplo: deixa de informar o nome e o endereço completo do advogado da parte Ré, eis que ainda não integrou a relação processual, pois não foi citado, não constando tal informação nos autos. Além do artigo 1.016 do CPC, o Agravante deve cumprir os requisitos do artigo 1.017 do CPC. No caso de alguma peça exigida pelo artigo 1.017 não constar no processo, deverá o advogado do Agravante informar sob sua responsabilidade, pessoa, conforme previsão o inciso II do artigo 1.017 do CPC; Ainda, conforme o 5º do artigo 1.017 do CPC, sendo eletrônico o processo, não precisarão ser juntadas as peças referidas nos incisos I e II do artigo 1.017 Não precisam as peças que acompanham o agravo de instrumento ser autenticadas em Cartório, bastando que o advogado sob sua responsabilidade pessoal, declare a sua autenticidade, consoante previsão no artigo 425, IV do CPC. O artigo 1.106, nos incisos II e III refere que o Agravo de Instrumento trará as exposições de fato e de direito, bem como as razões do pedido de reforma ou invalidação da decisão agravada. Ou seja, deve indicar o recorrente o que pretende ver modificado, indicando os fundamentos para tanto. DO PREPARO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO: No agravo de instrumento deve haver o preparo, inclusive porte de remessa, sob pena de deserção, salvo as exceções previstas no artigo 1.007, 1º do CPC. É a exigência constante no 1º do artigo 1.017 do CPC. FORMA DE INTERPOSIÇÃO:

O protocolo do recurso poderá ser feito de acordo com uma das formas previstas no 2º do artigo 1.017 do CPC. Interposto o Agravo de Instrumento, o Agravante deverá no prazo de 03 dias requerer a juntada da cópia do Agravo no processo de 1º Grau, conforme prevê o artigo 1.018 do CPC. A referida previsão visa possibilitar o juízo de retratação pelo juiz de primeiro grau, bem como possibilitar a ciência do Agravado sobre o recurso interposto. Caso não seja atendida essa previsão, acarreta a inadmissibilidade do recurso pelo Tribunal, desde que seja arguido pelo Agravado e provada por este. PROCESSAMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO: Caso ocorra a interposição do Agravo com a falta de alguma peça obrigatória, ou haja algum vício que comprometa que o Agravo seja recebido, deve o relator antes de considerar inadmissível o Agravo de Instrumento, deve o relator conceder ao Agravante o prazo de 05 dias para que seja sanado o vício ou complementada a documentação. Então, protocolado o Agravo, o Recurso será imediatamente encaminhado ao Tribunal, distribuído e concluso ao relator para, não sendo o caso de aplicação do artigo 932, incisos III a IV do CPC, APLICAR. O efeito suspensivo tem cabimento quando a decisão de primeiro grau gerar prejuízos ao Agravante. Ex: juiz concede uma medida de urgência a pedido do autor e ainda fixa multa diária em razão do seu descumprimento. Então, o Agravante faz o pedido de efeito suspensivo para que a decisão de primeiro grau não precisa ser cumprida imediatamente e não esteja sujeito a multa. O pedido de antecipação de tutela no recurso tem cabimento quando o juiz no primeiro grau indeferir uma medida pleiteada, podendo então em sede de recurso a parte reiterar novamente o pedido, comprovando os requisitos do periculum in mora e fumaça do bom direito. Dessa decisão liminar do relator que concede ou nega o efeito suspensivo, bem como a antecipação de tutela cabe agravo interno, artigo 1.021 do CPC. Conhecido o Agravo de Instrumento e não tendo sido o caso de julgamento antecipado, apresentadas ou não as contrarrazões, o relator irá solicitar dia para seu julgamento no prazo de 01 mês da intimação do Agravado.