UNISALESIANO Língua portuguesa Profª. Drª. Adriana Monteiro Piromali Guarizo Pronomes demonstrativos São aqueles que situam pessoas ou coisas em relação àstrês pessoas do discurso. Essa localização pode se dar no tempo, no espaço ou no próprio texto. Em relação ao espaço Este (s), esta (s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala: Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu a meu avô. Esse (s), essa (s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala: Mamãe, passe-me, por favor, essa revista que está perto de você. Aquele (s), aquela (s) e aquilo indicam o que está distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala: Olhem aquela casa. É um exemplo de arquitetura colonial brasileira. 1
Em relação ao tempo Este (s), esta (s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala: Esta tarde irei ao supermercado fazer a comprado mês. Esse (s), essa (s) e isso indicam o tempo passado, mas relativamente próximo à época em que se situa a pessoa que fala: Essa noite dormi mal; tive pesadelos horríveis. Aquele (s), aquela (s) e aquilo indicam um afastamento no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto: Naquele tempo, os filhos das classes abastadas iam estudar em Portugal. Em relação ao falado ou escrito ou ao que vai se falar ou escrever Este (s), esta (s) e isto são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se vai falar: São estes os assuntos dareunião: informes gerais, discussão do uso das quadras nos intervalos entre as aulas, abertura da cantina aos sábados. Esse (s), essa (s) e isso são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobrea qual já se falou: Sua participação nas Olimpíadas de Matemática, isso é o que mais desejamos agora. Este e Aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados; aquele para o referido em primeiro lugar e este para o referido por último: Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez; aquele pela criatividade. Pronomes relativos É aquele que liga duas orações, substituindo na 2ª oração um termo já expresso na 1ª oraçao. Os pronomes relativos podem ser precedidos ou não por preposições. 2
Quadro dos pronomes relativos Masculino Pronomes relativos Variáveis Feminino singular plural singular plural o qual os quais Invariávei s a qual as quais que cujo cujos cuja cujas quem quanto quanto s quantas onde Termos relacionais: A preposição e a conjunção 3
Leia estes pares de palavras e identifique, no texto, a palavra que liga as palavras de cada par: Leva fora Suja lama Bom mim Há, na tira, três expressões ligadas pela palavra para: leva o lixo pra fora ; bom para mim e [bom] para as crianças. em qual das expressões a palavra para indica movimento ou direção para algum lugar? Agora observe estes pares de orações: Não leva o lixo para fora Por outro lado ele sustenta a casa Eu nem sabia que estava fazendo um provão a) Volte ao texto e identifique a palavra que liga as orações de cada par. b) Em qual par de orações a palavra que as liga estabelece uma relação de oposição? Na frase... ele sustenta a casa e é bom para mim e para as crianças, do 5º quadrinho, há duas ocorrências da palavra e. a) Em qual das duas ocorrências a palavra e liga duas orações? b) Para que é usado o segundo e? c) Identifique na tira outra frase em que a palavra e é empregada para ligar duas orações. d) Nessa frase, se a palavra e for substituída por vírgula, o sentido continuará o mesmo? Por quê? 4
Conceituando As palavras que estabelecem relação entre palavras e orações são consideradas palavras relacionais. Quando ligam duas palavras, são chamadas de preposições; quando ligam orações, são chamadas de conjunções. Em suja de lama, a preposição de cumpre o papel de ligar a palavra suja à palavra lama, exprimindo causa. Em Não leva o lixo para fora...mas por outro lado...ele sustenta a casa, a conjunção mas cumpre o papel de ligar uma oração a outra, estabelecendo entre elas uma oposição. As conjunções podem também ligar termos semelhantes da mesma oração. Concluindo Preposição é a palavra que liga duas outras palavras, de forma que o sentido da primeira é completado pela segunda. Conjunção é a palavra ou expressão que relaciona duas orações ou dois termos de mesmo valor sintático. Ex: Hagar é bom para mim e para as crianças. (CN) Principais preposições de nossa língua 5
Locução prepositiva Às vezes, a função de ligar palavras é desempenhada por mais de uma palavra. Por exemplo: além de, antes de, depois de, ao invés de, em via de, defronte de, a par de, através de, ao lado de, dentro de. Esse tipo de expressão é chamado de locução prepositiva. Veja: contração 6
combinação Conjunção Vocês tomam conta das crianças e nós cuidamos de vocês quando ficarem velhos. 7
Concluindo... Temos três orações; Elas estão ligadas pelas palavras e e quando; E e quando são conjunções; O e é uma conjunção coordenativa e o quando é uma conjunção subordinativa. Portanto... Conceituando... As orações se relacionam umas com as outras por meio de uma palavra ou expressão que as liga. Essa palavra ou expressão é chamada de conjunção. As relações que as conjunções estabelecem são um dos fatores responsáveis pela textualidade, ou seja, elas contribuem para que um texto seja coerente e coeso, e não uma sequência de palavras ou frases sem sentido. 8
Resumindo... Veja o quadro com as conjunções coordenativas e subordinativas Classificação das conjunções coordenativas 9
Leia este texto, de Cecília Meireles: OU ISTO OU AQUILO Ou se tem chuva e não se tem sol ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. (Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. p. 734.) 10