7 Nº 31 26 de abril de 2018 SISTEMA MTR ONLINE Fepam atualiza regras e estabelece novo prazo para uso obrigatório Foi publicada no Diário Oficial Estado (DOE), de 24 de abril de 2018, a Portaria FEPAM n 033/2018, que aprova o Sistema de Manifesto de Transporte de Resíduos MTR Online e dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização do Sistema no Rio Grande do Sul. A referida Portaria estabelece que toda movimentação de resíduos no Estado deverá ser declarada no Sistema MTR Online, pontuando que o gerador, o transportador e o destinador devem declarar a efetivação do embarque, transporte e recebimento dos resíduos no Sistema. A nova normativa dispõe sobre algumas atividades e resíduos sólidos que ficam desobrigadas de registro no Sistema MTR, porém coloca algumas exceções, conforme mostra o quadro abaixo: Quem não precisa se cadastrar no Sistema MTR O serviço público de coleta de resíduos sólidos urbanos Obrigações e Particularidades As centrais de triagem, classificação e seleção e estações de transbordo necessitam de emissão de MTR pelo Sistema Online como geradores. Resíduos de Construção Civil (RCC) Embalagens de agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos, devolvidas pelo agricultor ou Coleta Volante. Embalagens de agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos, devolvidas pelo agricultor ou Coleta Volante. Os RCC perigosos (Classe D) necessitam de emissão de MTR pelo Sistema Online Postos e Centrais de Recebimento destas embalagens necessitam de registro no Sistema como geradores. Postos e Centrais de Recebimento destas embalagens necessitam de registro no Sistema como geradores. GERÊNCIA TÉCNICA E DE SUPORTE AOS CONSELHOS TEMÁTICOS GETEC Conselho de Meio Ambiente - CODEMA Coordenador: Walter A. R. Fichtner Telefone: (51) 3347-8791 E-mail: codema@fiergs.org.br
Quem não precisa se cadastrar no Sistema MTR Resíduos sólidos que tenham acordos de logística reversa implantados com documentação própria de coleta e destinação. Embalagens plásticas usadas de óleos lubrificantes pósconsumo, coletadas pelos fornecedores de óleos lubrificantes. Obrigações e Particularidades Não há. É obrigatória a emissão do comprovante de coleta para os estabelecimentos comerciais que armazenam as embalagens. Óleos lubrificantes usados, recolhidos por coletores autorizados pela ANP. Mantem-se a obrigatoriedade de emissão do Certificado de Coleta para os usuários que destinam o óleo lubrificante usado ou contaminado e para os revendedores de óleo lubrificante que armazenam o óleo lubrificante usado ou contaminado dos geradores. Resíduos sólidos resultantes de situações de emergência Embalagens retornáveis ao fabricante de produto envazado - embalagens do tipo retornável para Refil. Estes resíduos deverão ter comprovação de destinação através do documento Certificado de Destinação Final (CDF) emitido pela empresa responsável pelo recebimento e destinação dos mesmos. Não se aplica nos casos em que estas sejam encaminhadas para processamento (reciclagem, recondicionamento, recuperação, etc.) ou utilizadas como matérias-primas em outros processos industriais. Ou seja, nessas circunstâncias o cadastro no Sistema Online é necessário. Lâmpadas inservíveis contendo mercúrio, dentro do Estado do Rio Grande do Sul, até a quantidade de 100 unidades, conforme parágrafo único do art. 10º da Resolução CONSEMA n 333/2016. O controle de movimentação dos resíduos sólidos oriundos de ECOPONTOS ou PEV s (Pontos de Entrega Voluntária). Cadáveres humanos, os quais possuem documentação específica para o translado. Não há. Não há. Não há A Portaria estabelece que uma via impressa do MTR deverá obrigatoriamente acompanhar o transporte dos resíduos, sendo dever do transportador a apresentação do documento à fiscalização, quando solicitado. Ressalta-se que o gerador é responsável e o transportador é corresponsável pelo cumprimento desta obrigatoriedade. Os resíduos sólidos oriundos do esgotamento sanitário domiciliar (pessoas físicas/cpf) devem ser transportados com o respectivo
MTR Romaneio emitido pelo transportador licenciado para a atividade de Coleta e Transporte de Resíduos de Esgotamento Sanitário. Além disso, a Portaria dispõe que é de obrigatoriedade do destinador a baixa do MTR recebido e da emissão do CDF (Certificado de Destinação Final) referente aos resíduos recebidos. Certificado de Destinação Final (CDF): - Meio pelo qual os destinadores deverão atestar a efetiva destinação dos resíduos sólidos recebidos; - Não é substituível pelo MTR; - Os destinadores são responsáveis pela veracidade e exatidão das informações contidas no CDF emitido; - Só será válido e reconhecido pela FEPAM quando emitido através do Sistema MTR Online; - Deve conter a assinatura digitalizada do profissional responsável técnico pelo tratamento final dado na destinação realizada; - Nos casos em que a atividade licenciada para destinação não tenha obrigatoriedade de ter um responsável técnico, quem deve assinar o CDF é o responsável pela atividade; - É vedada a emissão do CDF por atividades não licenciadas pelo órgão ambiental especificamente para a destinação final de resíduos sólidos, entre as quais os Transportadores e os Armazenadores Temporários. Declaração de Movimentação de Resíduos (DMR): - Obrigatório para transportes e destinadores, que devem declarar trimestralmente no Sistema Online toda a movimentação de resíduos sólidos; - O envio da Declaração não se aplica aos Armazenadores Temporários e usuários cadastrados de outros estados; - A DMR deverá ser enviada dentro do mês subsequente ao período a ser reportado; - A obrigatoriedade de envio a FEPAM das Declarações de Movimentação de Resíduos Sólidos Urbanos (DMRSU/G e DMRSU/D) se aplicam, respectivamente, às prefeituras municipais e aos destinadores finais que recebem os resíduos sólidos urbanos. Por fim, a Portaria torna sem efeito as Portarias n 08/2018 e 10/2018 e revoga a Portaria n 034/2009, além de colocar prazo até 29/06/2018 para adequação ao novo Sistema Online de MTR. O novo Sistema passará a ser o único meio válido para documentar a movimentação dos resíduos a partir de 30/06/2018.