Disco como gargalo. Armazenamento Secundário. Técnicas p/ minimizar o problema. Técnicas p/ minimizar o problema

Documentos relacionados
ARMAZENAMENTO SECUNDÁRIO, PARTE 2

Hierarquia. Hierarquia

HDs. Armazenamento Secundário. HDs. Capacidade do Disco. Organização de Informação em Disco. Organização de Informação em Disco

Armazenamento Secundário. SCE-183 Algoritmos e Estruturas de Dados II

Armazenamento Secundário

Armazenamento Secundário. Endereços no disco. Organização da informação no disco. Organização da informação no disco

Arquivos. Fundamentos de Arquivos. Discos X Memória Principal. Memória Secundária x Principal. Informação mantida em memória secundária (externa)

ARMAZENAMENTO SECUNDÁRIO, PARTE 1 Professora Rosane Minghim

DISCO MAGNÉTICO Cabeçote Trilha

Departamento de Engenharia Elétrica - EESC-USP. Organização de Computadores. Memórias Parte 2. Aula 5. Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira

Armazenamento Secundário

ARQUITETURA DE COMPUTADORES UNIDADES DE MEMÓRIA. Prof: Leandro Coelho

Operações Coseqüenciais. Processamento Coseqüencial. Modelo para implementação de processos coseqüenciais

Departamento de Engenharia Elétrica - EESC-USP. Organização de Computadores. Memórias Parte 2. Aula 4. Profa. Profa. Luiza Maria Romeiro Codá

Fundamentos de Arquivos

Sistemas de arquivos Discos

Fundamentos de Arquivos e Armazenamento Secundário

Subsistemas de E/S Device Driver Controlador de E/S Dispositivos de E/S Discos Magnéticos Desempenho, redundância, proteção de dados

Introdução à Informática. Alexandre Meslin

Sistemas Operacionais. Entrada/Saída

Dispositivos de Armazenamento. Prof. Flávio Humberto Cabral Nunes

Arquitetura de Computadores

Leandro C. Cintra M.C.F. de Oliveira Rosane Minghim PAE 2012: Rafael Martins. Fonte: Folk& Zoelick, File Structure

Sistemas de entrada/saída

Ordenação Externa. Profa. Graça Nunes

Organização de Computadores Memória. Professor: Francisco Ary

Algoritmos e Estruturas de Dados II. Ordenação Externa II. Ordenação Externa. Ordenação Externa. Ordenação Externa

ACH2025. Laboratório de Bases de Dados Aula 7. Armazenamento Físico. Professora: Fátima L. S. Nunes SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Entrada/Saída e Armazenamento

Organização de Arquivos. Leandro C. Cintra M.C.F. de Oliveira Thiago A. S. Pardo Cristina D. A. Ciferri

Níveis de memória. Diferentes velocidades de acesso. Memória Cache. Memórias Auxiliar e Auxiliar-Backup

Sumário. Sumário. Algoritmos e Estruturas de Dados II Organização de Arquivos. Organização de Arquivos. Seqüência de bytes (stream)

Prof. Benito Piropo Da-Rin. Arquitetura, Organização e Hardware de Computadores - Prof. B. Piropo

Sistemas Operacionais

Parte I Multiprocessamento

Sistemas Operacionais. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto

Conceitos Básicos de Planejamento

Capítulo 4. Discos. Disco rígido

Introdução. Gerenciamento de Armazenamento

O que faz? De tudo um pouco.


Infraestrutura de Hardware. Explorando a Hierarquia de Memória

Barramento. Prof. Leonardo Barreto Campos 1

Capítulo 11: Implementação de Sistemas de Arquivos. Operating System Concepts 8th Edition

Módulo 3 - Estrutura e configuração de Sistemas Operativos monoposto

Estados dos processos. Infra Estruturas Computacionais. A troca de contexto. Escalonamento de Processos. Escalonamento de Processos

Arquitetura de Computadores. Memórias

ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES CAPÍTULO4: MEMÓRIAPRINCIPAL

Sistemas Operacionais

Chaves. Acesso a Registros. Chaves Primária e Secundária. Chaves Primária e Secundária

Aula 09. Módulos de Entrada e Saída

Disciplina: Sistemas Operacionais

Arquitetura de Computadores

Memória. Memória Cache

Entrada. Saída. Entrada e Saída. Sistemas Operacionais

Arquitetura e Organização de Computadores

Sistemas Operacionais Abertos. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto

Memoria. UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Faculdade de Engenharia Departamento de Informática

Organização de Computadores Processadores, Placa Mãe e Memória RAM. Professor: Francisco Ary Alves de Souza

ü Capítulo 4 Livro do Mário Monteiro ü Introdução ü Hierarquia de memória ü Memória Principal ü Memória principal ü Memória cache

Organização e Arquitetura de computadores. Memórias

Arquitetura e Organização de Computadores

Unidade II. Organização de Computadores. Prof. Renato Lellis

Fita Magnética. Fita Magnética. Disco Magnético. Disco Óptico

BARRAMENTOS DO SISTEMA FELIPE G. TORRES

Memória Principal. Tiago Alves de Oliveira

Processamento Coseqüencial

ARQUITETURA E ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MEMÓRIA E BARRAMENTOS DE SISTEMA. Prof. Dr. Daniel Caetano

Armazenamento de Dados

Gerência de Entrada e Saída

Arquitetura de Computadores Unidade 2 Organização Funcional dos Sistemas de Computação tópico 2.3 Subsistemas de E/S

Introdução. Introdução

Problemas com Entrada e Saída

Arquitecturas Avançadas de Computadores MEEC (2008/09 2º Sem.)

Organização de Computadores

UFU/FACOM/BCC Gerenciamento de Bancos de Dados 2019/1-1 a Lista de Exercícios Prof. Ilmério Reis da Silva

Organização de Arquivos. SCE-183 Algoritmos e Estruturas de Dados II

Gerência de Dispositivos. Adão de Melo Neto

Acesso a registros. Acesso a Registros. Acesso a registros. Chaves. Forma Canônica da Chave. Forma Canônica da Chave

Universidade Federal de Minas Gerais. Sistemas Operacionais. Aula 19. Sistema de Entrada/Saída

Redes de Computadores. Fundamentos de Sistemas Operacionais - 2º Período

Sistemas Operacionais. Sistema de entrada e Saída

MEMÓRIA SECUNDÁRIA E RAID FELIPE G. TORRES

Sistema de entrada e saída (E/S)- Módulos de E/S; tipos de operações de E/S

FUNDAMENTOS DE ARQUITETURAS DE COMPUTADORES MEMÓRIA PRINCIPAL CAPÍTULO 4. Cristina Boeres

Sistemas Operacionais. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto

Introdução aos Sistemas Operacionais. Subsistema de Arquivos

Sistemas de Memória. CES-25 Arquiteturas para Alto Desmpenho. Paulo André Castro

ARQUITETURA E ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MEMÓRIA. Prof. Dr. Daniel Caetano

Gerência de Dispositivos. Adão de Melo Neto

Ordenação e Busca em Arquivos

Aula 03 - Concorrência. por Sediane Carmem Lunardi Hernandes

Função Principal da Memória

Hardware: Componentes Básicos. Sistema de Computador Pessoal. Anatomia de um Teclado. Estrutura do Computador. Arquitetura e Organização

SSC0112 Organização de Computadores Digitais I

Tempo de processador desperdiçado a fazer nada. Processor register 1 clock cycle (0.5 2 GHz) $??? DRAM semiconductor memory ns $10 $20

Ordem. Árvores-B (Parte IV) Número mínimo de chaves por página. Definição formal das Propriedades de árvores-b /30 1

Árvores-B (Parte IV) Leandro C. Cintra M.C.F. de Oliveira Fonte: Folk & Zoelick, File Structures

Discos. Hardware Tadeu Ferreira Oliveira -

Sistemas de Entrada e Saída

Transcrição:

Disco como gargalo Armazenamento Secundário Discos são muito mais lentos que as redes ou a CPU Leandro C. Cintra M.C.F. de Oliveira Fonte: Folk & Zoelick, File Structures Muitos processos são disk-bound, i.e, CPU e rede têm que esperar pelos dados do disco 2 Técnicas p/ minimizar o problema Multiprogramação: CPU trabalha em outro processo enquanto aguarda o disco Stripping: o arquivo é repartido entre vários drives (paralelismo) RAID (redundat array of inexpensive disks): http://linas.org/linux/raid.html Técnicas p/ minimizar o problema Disk cache: blocos de memória RAM configurados para conter páginas de dados do disco. Ao ler dados de um arquivo, o cache é verificado primeiro. Se a informação desejada não é encontrada, um acesso ao disco é realizado, e o novo conteúdo é carregado no cache. RAM Disk: simula em memória o comportamento do disco mecânico 3 4 1

Fitas Magnéticas Fitas: permitem acesso seqüencial muito rápido, mas não permitem acesso direto Compactas, resistentes, fáceis de transportar, mais baratas que discos Usadas como memória terciária (backup, arquivo-morto,...) Organização dos dados na fita Posição de um registro é dada por um deslocamento em bytes (offset) relativo ao início do arquivo Posição lógica de um byte no arquivo corresponde diretamente à sua posição física relativa ao início do arquivo 5 6 Superfície da fita Superfície da fita A superfície pode ser vista como um conjunto de trilhas paralelas, cada qual sendo uma seqüência bits. 9 trilhas paralelas (1 frame): 1 byte + paridade (em geral, paridade ímpar, i.e., o número de bits = 1 é ímpar) 1 frame = 1 byte (8 bits em 8 trilhas) + paridade 7 8 2

Superfície da fita Frames são agrupados em blocos de dados de tamanhos variados, os quais são separados por intervalos (interblock gaps) sem informações Intervalos são necessários para viabilizar parada/reinício Medidas de comparação Densidade: bpi - bytes per inch Ex: 6.250 bpi Velocidade: ips - inches per second Ex: 200 ips Tamanho do interblock gap : inches Ex: 0.3 inches 1 inch (polegada) ~ 2,5 cm. 9 10 Estimativa do tamanho de fita necessário EX: armazenar em fita 1.000.000 de registros com 100 bytes cada. Suponha fita com 6.250 bpi, com intervalo entre blocos de 0.3 polegadas. Quanto de fita é necessário? Sejam: b = comprimento físico do bloco de dados (pol.) g = comprimento físico do intervalo (pol.) n = número de blocos de dados S = comprimento de fita necessário (espaço físico) é dado por: S=n*(b+g) Estimativa do tamanho de fita necessário Supondo 1 bloco = 1 registro: S=1.000.000*(100/6.250+0.3) S=316.000 pol ~ 7.900 m Supondo 1 bloco=50 registros n=1.000.000/50=20.000 blocos b=5000/6250 ~ 0.8 pol S=20.000*(0.8+0.3)=22.000 pol ~ 492 m Comprimentos típicos de fitas: 91 a 1.000 m 11 12 3

Estimativa do tamanho de fita necessário 1 registro por bloco Estimativa de tempos de transmissão Taxa nominal de transmissão de dados=densidade (bpi)*velocidade (ips) 50 registros por bloco Ex: Fita de 6.250 bpi e 200 ips taxa transmissão = 6250*200=1.250 KB/s Não parece muito ruim, mas... não é a taxa efetiva! Porque? 13 14 Jornada de um byte O que acontece quando 1 programa escreve um byte p/ um arquivo em disco? Write(arq,&c,1) Jornada de um byte Operações na memória O comando ativa o S.O (file manager), que supervisiona a operação: Verifica se o arquivo existe; se tem permissão de escrita, etc. Obtém a localização do arquivo físico (drive, cilindro, cluster ou extent) correspondente ao arquivo lógico Determina em que setor escrever o byte. Verifica se esse setor já está no buffer de E/S (se não estiver, carrega-o...) 15 16 4

Jornada de um byte Operações fora da memória Processador de E/S aguarda a disponibilidade do recurso p/ poder efetivamente disparar a escrita no disco Controlador de disco verifica se drive está disponível p/ escrita instrui drive p/ mover cabeça de L/E para trilha/setor corretos Disco rotaciona, o setor (e o novo byte) é escrito Jornada de um byte 17 18 Gerenciamento de buffer Buffering: permite trabalhar com grandes quantidades de RAM para armazenar informação sendo transferida, de modo a reduzir o nº de acessos ao dispositivo de memória secundária Buffer como gargalo Suponha um sistema que utilize um único buffer. Em um programa que realiza, intercaladamente operações de leitura/escrita o desempenho seria muito ruim (Porque?). Os sistemas precisam de, no mínimo, 2 buffers: 1 p/ entrada, 1 p/ saída 19 20 5

Buffer como gargalo Mesmo com 2 buffers, mover dados de e para o disco é muito lento, e os programas podem ficar I/O bound Para reduzir o problema: Multiple buffering Double buffering Buffer pooling 21 6