ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES. 3892 Diário da República, 1.ª série N.º 143 25 de julho de 2012



Documentos relacionados
Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo Associação Empresarial das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO Resolução do Conselho do Governo n.º 138/2015 de 15 de Setembro de 2015

Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo Associação Empresarial das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge

Sistema de Incentivos ao Desenvolvimento do Artesanato

Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo Associação Empresarial das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge

S.R. DA ECONOMIA Portaria n.º 39/2012 de 29 de Março de 2012

Inovação Empreendedorismo Qualificado e Criativo

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO Resolução do Conselho do Governo n.º 88/2013 de 29 de Julho de 2013

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012

SISTEMA DE INCENTIVOS À INOVAÇÃO

VALORIZAR Sistema de Incentivos à Valorização e Qualificação Empresarial da Região Autónoma da Madeira UNIÃO EUROPEIA

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

Sistema de Incentivos

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS Nº 01 / SIALM / 2013

PREPARE O SEU PROJETO FALE CONNOSCO!

POCI Aviso n.º3/si/2015 Programa Operacional Fatores de Competitividade INOVAÇÃO PRODUTIVA ENQUADRAMENTO E OBJETIVOS BENEFICIÁRIOS

MODERNIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DAS EMPRESAS

Comércio Investe. Projetos Individuais

EMISSOR: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Artigo 1.º Objeto

Promover o Emprego e Apoiar a Mobilidade Laboral

Fundo Modernização Comércio

Eixo Prioritário V Assistência Técnica

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES Decreto Regulamentar Regional n.º 20/2014/A de 23 de Setembro de 2014

Apresentação da Medida COMÉRCIO INVESTE

S. R. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA DIREÇÃO-GERAL DO ENSINO SUPERIOR

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 751/2009 de 9 de Julho de 2009

REGULAMENTO DO PROCESSO ESPECIAL DE ACREDITAÇÃO/RENOVAÇÃO DA ACREDITAÇÃO DE ENTIDADES CANDIDATAS À AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DOS MANUAIS ESCOLARES

V A L E I N O V A Ç Ã O Page 1 VALE INOVAÇÃO (PROJETOS SIMPLIFICADOS DE INOVAÇÃO)

REGULAMENTO DE CONCESSÃO DE INCENTIVOS AO INVESTIMENTO

Programa Gulbenkian Inovar em Saúde

REGULAMENTO ESPECÍFICO DO MADEIRA 14-20

LINHA DE APOIO À QUALIFICAÇÃO DA OFERTA

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 492/2009 de 28 de Abril de 2009

EDITAL VISEU TERCEIRO. Programa de Apoio Direto à Cultura e Criatividade

Inovação Produtiva PME

Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial

Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Concelho de Sines

REGULAMENTO DE INCENTIVO AO COMÉRCIO TRADICIONAL RICT. Nota Justificativa

REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL

Legislação. Resumo: Cria o Programa Empreende Já - Rede de Perceção e Gestão de Negócios e revoga a Portaria n.º 427/2012, de 31 de dezembro..

A COMPETITIVIDADE E O CRESCIMENTO DA ECONOMIA AÇORIANA - OPORTUNIDADES NO QUADRO DO HORIZONTE 2020

JORNAL OFICIAL I SÉRIE NÚMERO 60 QUARTA-FEIRA, 21 DE MAIO DE 2014

Portugal Regras Gerais para Apoios do Portugal 2020

AVISO (20/GAOA/2015)

SIPPE-RAM Sistemas de Incentivos a Pequenos Projectos Empresariais da Região Autónoma da Madeira

COMPETIR + Sistema de Incentivos para a Competitividade Empresarial

S.R. DA ECONOMIA Portaria n.º 72/2010 de 30 de Julho de 2010

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007

Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Concelho de Serpa

AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO

PROJETO DE REGULAMENTO PARA O RECONHECIMENTO DO INTERESSE DO INVESTIMENTO PARA A REGIÃO. Nota justificativa

FAQs COMÉRCIO INVESTE. Versão 1.0 Última atualização a PRIMAVERA Business Software Solutions, S.A , All rights reserved

OBRAS NACIONAIS ATRAVÉS DE ASSOCIAÇÕES DO SETOR

Contribuir para o desenvolvimento da região em que se inserem;

Qualificação e Internacionalização das PME

EIXO PRIORITÁRIO VI ASSISTÊNCIA TÉCNICA

AVISO DE CONCURSO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS AVISO Nº ALT Sistema de Incentivos Qualificação de PME

AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS. Reforçar a Competitividade das Empresas

50 the International Paris Air Show

Área Metropolitana do. Porto Programa Territorial de Desenvolvimento

Incentivos a Microempresas do Interior. Saiba como se candidatar

Consultoria de Gestão. Projectos de Investimento. Formação Profissional

INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN

Aviso de Abertura do Concurso para Atribuição de Bolsas Individuais de Doutoramento, de Doutoramento em Empresas e de Pós- Doutoramento 2015

JORNAL OFICIAL. 2.º Suplemento. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Terça-feira, 24 de fevereiro de Série. Número 33

Diário da República, 1.ª série N.º de julho de Portaria n.º 151/2014

SISTEMA DE APOIO A ACÇÕES COLECTIVAS (SIAC)

Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo Associação Empresarial das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge

Portaria 560/2004, de 26 de Maio

AVISO DE CONCURSO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS AVISO Nº ALT

3º Alargamento de Prazo das Linhas de Crédito PME Investe - Documento de divulgação - V.1

Captação de Grandes Congressos Internacionais. Regulamento

Programa Operacional Competitividade e Internacionalização

ORIENTAÇÃO DE GESTÃO N.º 05.REV3/2014

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Segunda-feira, 31 de março de Série. Número 44

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

EIXO PRIORITÁRIO VI ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Convite Público à Apresentação de Candidatura no Domínio da Assistência Técnica aos Órgãos de Gestão

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 23/2006 PROENERGIA SISTEMA DE INCENTIVOS À PRODUÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS

Programa Operacional Competitividade e Internacionalização

.: Instrumentos de financiamento de apoio à competitividade no âmbito do Portugal de Janeiro de 2015

REGULAMENTO DE PROCEDIMENTOS DO PROGRAMA NACIONAL DE MICROCRÉDITO

PDR Investimento na Exploração Agrícola

INFORMAÇÃO PARA ACESSO À LINHA DE CRÉDITO INVESTE QREN

Município de Oliveira do Hospital PROJETO DO REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS

Regulamento de Apoio Financeiro à Edição de Obras de Novos Autores Portugueses. Despacho Normativo n.º 9-C/2003 de 3 de Fevereiro de 2003

PROPOSTAS PARA ATIVIDADES ADICIONAIS

REGULAMENTO DO CONCURSO DE BOLSAS SANTANDER TOTTA/ UNIVERSIDADE DE COIMBRA 2015

Linha Específica. Dotação Específica do Têxtil, Vestuário e Calçado CAE das divisões 13, 14 e 15

Regulamento do Programa de Apoio à Economia e Emprego Nota Justificativa

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

REGULAMENTO CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS DO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO E DA ADMINISTRAÇÃO (ISCIA) Disposições Gerais

Sistema de Incentivos Internacionalização das PME

CRÉDITO AO INVESTIMENTO NO TURISMO

Regulamento de Atribuição do Título de Especialista Escola Superior de Educação João de Deus. na ESE João de Deus

REGULAMENTO NOSSA SENHORA DO MANTO

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo

Transcrição:

3892 Diário da República, 1.ª série N.º 143 25 de julho de 2012 ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Resolução da Assembleia da República n.º 92/2012 Recomenda ao Governo a elaboração de uma lista exaustiva com os custos de contexto que afetam as empresas exportadoras n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que: 1 Elabore, no mais curto espaço de tempo, uma lista exaustiva com os custos de contexto que afetam as empresas exportadoras. 2 Sejam apresentadas medidas, devidamente calendarizadas, tendentes à resolução ou pelo menos à atenuação dos custos de contextos identificados na lista a que se refere o ponto anterior. Resolução da Assembleia da República n.º 93/2012 Recomenda ao Governo que seja dada prioridade absoluta à negociação da linha de crédito com o Banco Europeu de Investimento prevista no Orçamento do Estado para 2012, mediante determinados critérios. n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que: 1 Seja dada prioridade absoluta à negociação da linha de crédito com o Banco Europeu de Investimento prevista no Orçamento do Estado para 2012. 2 Assegure critérios de seletividade e mérito no acesso à referida linha de financiamento, garantido uma adequada utilização dos recursos financeiros disponíveis e dando prioridade ao financiamento dos sectores de bens e serviços transacionáveis e às empresas exportadoras. Resolução da Assembleia da República n.º 94/2012 Recomenda ao Governo a elaboração de uma lista de pequenas e médias empresas que apenas atuam no mercado interno, mas com potencial de internacionalização, no sentido de as orientar para a exportação. n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que a Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa (AICEP) e o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI, I. P.), em conjunto com as autoridades locais e com as diversas associações empresariais, elaborem uma lista de pequenas e médias empresas que apenas atuam no mercado interno, mas com potencial de internacionalização, no sentido de as orientar para a exportação. Resolução da Assembleia da República n.º 95/2012 Prorrogação do prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito ao processo de nacionalização, gestão e alienação do Banco Português de Negócios, S. A., e suspensão dos trabalhos durante o mês de agosto. n.º 5 do artigo 166.º da Constituição e ao abrigo do disposto no artigo 11.º do Regime Jurídico dos Inquéritos Parlamentares, aprovado pela Lei n.º 5/93, de 1 de março, com as alterações que lhe foram introduzidas pelas Leis n. os 126/97, de 10 de dezembro, e 15/2007, de 3 de abril, o seguinte: 1 Prorrogar o prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito ao processo de nacionalização, gestão e alienação do Banco Português de Negócios, S. A., por mais 60 dias. 2 Suspender a contagem do referido prazo durante o mês de agosto, em consonância com os critérios fixados pela Deliberação n.º 5 -PL/2012, de 20 de junho, para funcionamento das comissões parlamentares, retomando -se essa contagem a partir do dia 3 de setembro. Aprovada em 13 de julho de 2012. REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Assembleia Legislativa Decreto Legislativo Regional n.º 34/2012/A Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento do Artesanato dos Açores SIDART Os sistemas de incentivos financeiros ao investimento na atividade artesanal têm assumido um papel de grande relevo na dinamização deste frágil setor económico, favorecendo a criação de uma estrutura empresarial e profissional mais sólida. No contexto atual, em que a globalização da crise económica e financeira se faz sentir em todos os mercados, torna -se essencial conferir maior eficácia à ação desenvolvida e prosseguir uma estratégia de desenvolvimento, alicerçada na valorização e modernização das atividades artesanais, apoiando e incentivando de forma específica este setor que tem conhecido nos últimos anos uma reestruturação e um crescimento assinalável e que nos Açores apresenta grandes potencialidades, principalmente quando associado ao turismo. A obrigação de revisão deste regime decorre, igualmente, da necessidade de colmatar as assimetrias regionais através da mobilidade, internacionalização, promoção, proteção e afirmação da identidade Artesanato dos Açores, a formação de públicos e a profissionalização da oferta artesanal, tendo em conta a respetiva representatividade e qualidade, que lhe são inerentes. Numa perspetiva de que o artesanato é considerado património cultural imaterial, o presente diploma incute a sua preservação, valorização e divulgação dos processos

Diário da República, 1.ª série N.º 143 25 de julho de 2012 3893 e técnicas tradicionais, protegendo a identidade, inovação, criatividade, genuinidade e autenticidade. Neste enquadramento, torna -se necessário estruturar o sistema de incentivos ao desenvolvimento do artesanato regional, envolvendo um conjunto de medidas, coerentes e devidamente articuladas, através do qual se pretende dar continuidade às alterações estruturais decorrentes da criação do Estatuto do Artesão e da Unidade Produtiva Artesanal, conducentes a melhores níveis de eficiência na produção, promoção e comercialização dos produtos artesanais, salvaguardando, contudo, o rigor e a transparência na atribuição dos apoios. O objetivo é que os incentivos se justifiquem em linhas estratégicas de intervenção essencialmente dirigidas ao desenvolvimento da qualificação da produção local, à promoção da qualidade e inovação, e a projetos de carácter estratégico para a comercialização do artesanato regional. Foram ouvidas as Associações de Artesãos Criaçores, Associação de Artesãos do Espírito Santo e Associação dos Artesãos Reunidos. Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 227.º da Constituição da República e do n.º 1 do artigo 37.º do Estatuto Político -Administrativo da Região Autónoma dos Açores, o seguinte: Artigo 1.º Objeto O presente diploma cria o Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento do Artesanato dos Açores, adiante designado por SIDART. Artigo 2.º Objetivo 1 O SIDART tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável da atividade artesanal no âmbito da economia regional, através de um conjunto de medidas que visam o reforço da qualidade da produção e da competitividade das empresas artesanais dos Açores. 2 Para efeitos do presente diploma, entende -se por atividade artesanal o processo de transformação de matérias- -primas destinado à produção ou reparação de objetos, admitindo -se o uso de máquinas auxiliares de trabalho, desde que a intervenção manual domine todas as fases do processo e constitua fator determinante de configuração e qualidade do produto. Artigo 3.º Âmbito São suscetíveis de apoio, no âmbito do SIDART, projetos nos seguintes domínios: a) Formação; b) Projetos de dinamização do setor artesanal, tais como participações em feiras ou exposições; c) Projetos de investimento nas Unidades Produtivas Artesanais; d) Projetos de qualificação e inovação do produto artesanal. Artigo 4.º Promotores Podem beneficiar dos incentivos previstos no presente diploma, individualmente ou em parceria, as pessoas que, com ou sem natureza comercial, desenvolvam uma atividade artesanal e, ainda, as associações de artesãos, que promovam as atividades artesanais. Artigo 5.º Condições de acesso dos promotores 1 Os promotores, à data da apresentação da candidatura, devem cumprir as seguintes condições de acesso: a) Estarem legalmente constituídos; b) Possuírem a situação regularizada face à administração fiscal e à segurança social e não se encontrarem em dívida no que respeita a apoios comunitários; c) Ter concluído o investimento relativo a projetos anteriormente aprovados, com exceção da alínea c) do artigo 3.º; d) Cumprir as condições legais necessárias ao exercício da respetiva atividade, nomeadamente ter a situação regularizada em matéria de licenciamento; e) Possuírem carta de artesão e de unidade produtiva artesanal. 2 As condições referidas nas alíneas a), d) e e) do número anterior são verificáveis no encerramento do processo de candidatura. 3 As associações de artesãos apenas se podem candidatar aos incentivos previstos nas alíneas a), b) e d) do artigo 3.º Artigo 6.º Condições de acesso dos projetos 1 O projeto deve: a) Ter uma duração máxima de execução de um ano após a data da publicação da concessão do incentivo, com exceção dos projetos que se refere a alínea c) do artigo 3.º; b) Ser iniciado após a data de apresentação da candidatura. 2 Para os projetos a que se refere a alínea c) do artigo 3.º, deve, à data de celebração do contrato, comprovar o início do respetivo processo de licenciamento. 3 Podem candidatar -se projetos que, cumulativamente, sejam suscetíveis de investimento nos domínios a que se refere o artigo 3.º Artigo 7.º Despesas elegíveis 1 Sem prejuízo das condições e dos limites regulamentarmente alínea a) do artigo 3.º as despesas com: a) Frequência de ações de formação; b) Passagens aéreas em classe económica.

3894 Diário da República, 1.ª série N.º 143 25 de julho de 2012 2 Sem prejuízo das condições e dos limites regulamentarmente alínea b) do artigo 3.º as despesas com: a) Produção de material promocional, incluindo outras formas de publicidade; b) Arrendamento de espaço, até ao limite máximo de 12 m 2 ; c) Aluguer de equipamento de exposição; d) Passagens aéreas em classe económica; e) Despesas com transporte de materiais promocionais e produtos artesanais, até 1m 3 em transporte marítimo e até 80 kg em transporte aéreo. 3 Sem prejuízo das condições e dos limites regulamentarmente alínea c) do artigo 3.º as despesas com: a) Aquisição e reparação de equipamento considerado indispensável para o exercício da atividade; b) Estudos, diagnósticos e projetos associados ao projeto de investimento; c) Obras de instalação ou remodelação de instalações ligadas ao processo produtivo; d) Aquisição de equipamento informático de apoio à contabilidade e gestão; e) Aquisição de equipamento considerado indispensável para a melhoria da qualidade, higiene e segurança; f) Aquisição dos equipamentos sociais que o promotor seja obrigado a possuir por determinação legal; g) Despesas com transportes, seguros, montagem e desmontagem dos equipamentos elegíveis. 4 Sem prejuízo das condições e dos limites regulamentarmente alínea d) do artigo 3.º as despesas com: a) Conceção da imagem gráfica da empresa, incluindo logótipo e documentação, bem como a respetiva produção e página web; b) Aquisição de equipamento informático de apoio à conceção/design dos produtos e software; c) Conceção e produção de embalagens adequadas ao tipo de produção, aliando aspetos relativos ao acondicionamento e transporte dos produtos; d) Conceção de novos produtos. 5 O cálculo das despesas elegíveis é efetuado a preços correntes, deduzido o imposto sobre o valor acrescentado (IVA), sempre que o promotor do projeto seja sujeito passivo desse imposto e possa exercer o direito à dedução. 6 Os limites de investimento elegível são: a) Para os projetos a que se referem as alíneas a), b) e d) do artigo 3.º o limite mínimo é de 200 (duzentos euros) e o limite máximo é de 5000 (cinco mil euros); b) Para os projetos a que se refere a alínea c) do artigo 3.º o limite mínimo é de 200 (duzentos euros) e o limite máximo é de 20 000 (vinte mil euros). Artigo 8.º Despesas não elegíveis Não são elegíveis as despesas realizadas com: a) Aquisição de equipamento em estado de uso, exceto quando se enquadre nas despesas previstas na alínea a) do n.º 3 do artigo 7.º; b) Aquisição de veículos automóveis; c) Aquisição de materiais e equipamentos não relacionados com o projeto e com as atividades artesanais em que a empresa se encontra reconhecida; d) Juros; e) Fundo de maneio; f) Custos de exploração das empresas. Artigo 9.º Natureza e montante do incentivo 1 O incentivo a conceder reveste a forma de subsídio não reembolsável. 2 O incentivo não reembolsável corresponde a 50 % das despesas elegíveis nos casos das ilhas São Miguel e Terceira e 60 % nos casos das ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo. Artigo 10.º Apresentação, elegibilidade e análise das candidaturas 1 Anualmente, por despacho do secretário regional com competência em matéria de artesanato, são definidas as fases de candidatura, as respetivas datas e dotação orçamental. 2 As candidaturas são entregues no Centro Regional de Apoio ao Artesanato CRAA, nos Serviços de Ilha do departamento do Governo Regional com competência em matéria de artesanato, ou nos serviços da RIAC, instruídas de acordo com um formulário homologado pelo membro do Governo Regional com competência em matéria de economia. 3 Aos projetos é atribuída uma classificação calculada de acordo com critérios a estabelecer em regulamentação específica. 4 Os projetos são selecionados até ao limite da dotação orçamental que vier a ser definida anualmente por despacho do membro do Governo Regional com competência em matéria de economia. 5 As candidaturas são instruídas junto da entidade gestora e analisadas por uma comissão de apreciação, constituída por três membros nomeados por despacho matéria de economia. 6 Depois de analisadas as candidaturas, o CRAA procede à sua hierarquização nos termos do n.º 3, propondo ao membro do Governo Regional com competência em matéria de economia a seleção dos projetos de concessão de apoio financeiro, tendo em conta o limite orçamental a que se refere o n.º 4. Artigo 11.º Entidade gestora A entidade responsável pela gestão do SIDART é o departamento do Governo Regional com competência em matéria de artesanato, através do Centro Regional de Apoio ao Artesanato CRAA.

Diário da República, 1.ª série N.º 143 25 de julho de 2012 3895 Artigo 12.º Competências da entidade gestora 1 Compete à entidade gestora: a) Instruir e validar as candidaturas, verificando se contêm todas as informações e documentos exigidos; b) Solicitar parecer ao departamento do Governo Regional com competência em matéria de indústria sobre a viabilidade técnica do projeto da área alimentar e da sua adequação aos objetivos propostos; c) Elaborar o projeto de decisão, que, sendo desfavorável ao promotor, lhe será comunicado no prazo de 10 dias úteis através de carta registada com aviso de receção; d) Reapreciar a candidatura, no prazo de 10 dias úteis, na eventualidade de o promotor apresentar alegações contrárias; e) Preparar a seleção dos projetos para efeitos de concessão de apoio financeiro a submeter à homologação matéria de economia; f) Comunicar ao promotor a decisão final relativa ao pedido de concessão de incentivo; g) Acompanhar globalmente os projetos, bem como efetuar a respetiva fiscalização dos investimentos; h) Enviar para processamento os incentivos devidos; i) Preparar as propostas de encerramento dos processos. 2 No decorrer da avaliação das candidaturas, poderão ser solicitados ao promotor esclarecimentos complementares, a prestar no prazo máximo de cinco dias úteis, decorrido o qual a ausência de resposta significará a desistência da candidatura. Artigo 13.º Competências de outras entidades Compete ao departamento do Governo Regional com competência em matéria de indústria emitir, no prazo de 10 dias úteis, um parecer vinculativo sobre as medidas de higiene, segurança e qualidade alimentar, bem como da análise de risco dos fatores intrínsecos e extrínsecos dos projetos de investimento previstos na alínea c) do artigo 3.º relativos à produção e preparação de bens alimentares e sua adequação aos objetivos propostos, bem como acompanhar tecnicamente os investimentos. Artigo 14.º Formalização da concessão do incentivo 1 Os incentivos são concedidos através de despacho matéria de economia. 2 A concessão do incentivo será formalizada mediante notificação da decisão de aprovação ao promotor e celebração do respetivo contrato de financiamento. Artigo 15.º Pagamento do incentivo 1 O pagamento dos incentivos efetua -se por transferência bancária para a conta do promotor indicada no formulário de candidatura nos termos contratualmente definidos. 2 Nos casos de despesas superiores a 200 (duzentos euros), podem ser efetuados até 10 adiantamentos para investimentos aprovados, no montante mínimo de 10 % do incentivo aprovado, devendo o promotor comprovar a execução do investimento em causa para efeitos de beneficiar de novo adiantamento, até ao limite de 90 % do incentivo aprovado. 3 O pagamento dos 10 % finais será efetuado após a conclusão do projeto. 4 O CRAA procederá à conferência dos documentos comprovativos da despesa e promovendo, no caso dos projetos previstos na alínea c) do artigo 3.º, a realização de uma vistoria física. Artigo 16.º Obrigações dos promotores e contrapartidas 1 Os promotores ficam sujeitos às seguintes obrigações: a) Executar o projeto nos termos e condições em que foram aprovados; b) Apresentar, no prazo de 30 dias após a conclusão do projeto, os documentos comprovativos da respetiva despesa; c) Cumprir as obrigações legais e contratualizadas; d) Entregar, nos prazos estabelecidos, todos os elementos que lhe forem solicitados pelas entidades com competência para o acompanhamento, controlo e fiscalização; e) Comunicar ao organismo gestor qualquer alteração ou ocorrência que ponha em causa os pressupostos relativos à aprovação do projeto; f) Manter as condições legais necessárias ao exercício da respetiva atividade, nomeadamente quanto à sua situação em matéria de licenciamento; g) Manter a situação regularizada perante a entidade pagadora do incentivo; h) Publicitar a origem dos apoios recebidos nos termos regulamentares; i) Afetar o projeto de investimento à atividade e localização geográfica pelo período mínimo de três anos, contados a partir da data de publicação do despacho de concessão do apoio; j) Garantir stock adequado à duração do evento e à dimensão do stand. 2 Os promotores obrigam -se a ministrar formação em ações que visam a transmissão dos saberes, num mínimo de 25 horas, mediante solicitação do CRAA. Artigo 17.º Penalizações 1 O não cumprimento, por facto imputável ao promotor, de quaisquer obrigações estabelecidas no presente diploma determina a revogação do despacho de concessão de incentivos. 2 A revogação do incentivo importa a devolução, por parte do promotor, no prazo de 60 dias úteis, do incentivo recebido acrescido dos juros à taxa estabelecida para as dívidas ao Estado e aplicada da mesma forma.

3896 Diário da República, 1.ª série N.º 143 25 de julho de 2012 3 O abandono de evento ou de ação contratualizada, por facto imputável ao promotor, implica, igualmente, a impossibilidade de candidatura para o mesmo domínio no ano seguinte. São revogados: Artigo 18.º Revogações a) Os Decretos Regulamentares Regionais n.º 26/86/A, de 23 de julho, e n.º 74/88/A, de 6 de dezembro; b) Os Despachos Normativos n.º 29/2001, de 28 de junho, n.º 13/2004, de 18 de março, e n.º 69/2005, de 17 de novembro. Artigo 19.º Entrada em vigor O presente diploma produz efeitos à data da entrada em vigor da regulamentação referida no n.º 3 do artigo 10.º Aprovado pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na Horta, em 4 de julho de 2012. O Presidente da Assembleia Legislativa, Francisco Manuel Coelho Lopes Cabral. Assinado em Angra do Heroísmo em 17 de julho de 2012. Publique-se. O Representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Manuel dos Reis Alves Catarino. I SÉRIE Diário da República Eletrónico: Endereço Internet: http://dre.pt Depósito legal n.º 8814/85 ISSN 0870-9963 Contactos: Correio eletrónico: dre@incm.pt Tel.: 21 781 0870 Fax: 21 394 5750 Toda a correspondência sobre assinaturas deverá ser dirigida para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, S. A. Unidade de Publicações Oficiais, Marketing e Vendas, Avenida Dr. António José de Almeida, 1000-042 Lisboa