Estudo do Livro O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO



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E não há outra maneira de amar, se não formos caridosos. Caridade é ser benevolente, paciente, tolerante, humilde. É fazer para os outros o que desejamos que nos façam. Como não queremos que nos façam o mal, mas todo o bem possível, assim também devemos agir para com eles: familiares, parentes, amigos, estranhos e até inimigos. A obrigação do cristão é ser um trabalhador do bem, dando sua parte, por pequena que seja, na luta por um mundo melhor. Podemos fazer tudo isso, cuidando melhor de nossas atitudes, vigiando nosso comportamento diário, sendo mais atenciosos e gentis, vendo nos outros mais suas qualidades e, finalmente, sendo mais exigentes para conosco mesmos. Ajudar o pobre, socorrer o desesperado, assistir ao doente, orientar o desajustado, levar palavras de conforto e esperança ao aflito, divulgar e viver os ensinamentos de Jesus, tudo isso constitui as bases do verdadeiro amor por ele ensinado e exemplificado, há 2.000 anos. Seguindo as pegadas de Jesus, pelo amor vivo que manifestou ao mundo, ALLAN KARDEC proclama: "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO" O conhecimento das leis que presidem o destino do homem e a perfeita assimilação da Doutrina Espírita só se conseguem através do estudo das obras de Allan Kardec e das que lhe são subsidiárias. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO BIBLIOGRAFIA : O Livro dos Espíritos (1857) O Livro dos Médiuns (1861) O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864) O Céu e o Inferno (1865) A Gênese (1868) Elaboração: Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - CEECAL Coordenação: Carlos Roberto Schmitz Data de Editoração - Fev/2009 - Versão: 001/2009 - Número de exemplares impressos: 200 Editora: CEECAL Produções BIBLIOGRAFIA BATTAGLIA, 0. Introdução aos Evangelhos - Um Estudo Histórico-crítico. Rio de Janeiro, Vozes, 1984. FUNDAÇÃO ALLAN KARDEC. Roteiro Sistematizado para estudo do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo. Catanduva, SP: Boa Nova Editora, 2005. p. 104- FONTES COMPLEMENTARES Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz KARDEC, AlIan. Da Lei do Progresso. In:. O Livro dos Espíritos. Trad. Guilion Ribeiro. - 2 - Capítulo II

CAPITULO - II - MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO Mensagem GENTE Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz Engenheiros ilustres planejam notáveis construções ou traçam rodovias que lhes destacam a inteligência. Escultores arrancam obras-primas do mármore e compositores enriquecem o mundo com melodias imortais. Entretanto, é justo observar que, de modo geral, não foi gente importante que feriu as mãos deslocando pedras ou abrindo estradas e nem foram pessoas famosas que esticaram as cordas do violino. Recorda que o Cristo é o Sol de nossas vidas e sê para as sendas que te cercam o raio de sol infatigável do bem, espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente, o dom imperecível da luz e a graça do perdão. OBJETIVOS: Livro Jóia Psicografia de Francisco Candido Xavier. Aprofundar o entendimento da lição de Jesus contida na frase Meu reino não é deste mundo. Compreender que a crença na Vida Futura propicia aos homens a aceitação das dificuldades e vicissitudes da vida terrena. Divisão dos Assuntos MÁXIMAS Diálogo de Jesus com Pilatos João XVIII: 33:36:37 COMENTÁRIOS DE KARDEC A vida futura - A Realeza de Jesus - O Ponto de vista. INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS Uma Realeza Terrestre Para medirmos o quanto de absurdo existe na idéia do céu e o inferno, como penas eternas, basta que formulemos as seguintes perguntas: - "Como é que Deus, sendo o Supremo saber, sabendo inclusive o nosso futuro, criaria um filho, sabendo que ele iria para o inferno para toda a eternidade? Que Deus seria esse? Onde a sua bondade e sua misericórdia?" - "E, como ficaria no céu uma mãe amorosa, sabendo que seu filho querido está ardendo no fogo do inferno?" A Lei Moral Portanto, ninguém está perdido. Cada qual tem a oportunidade que merece. Se um pai humano, que é imperfeito e mau, não é capaz de condenar eternamente um filho, por pior que seja, quanto mais Deus, que é Pai Misericordioso e Perfeito, que faz chover sobre os bons e os maus, que faz com que a luz do sol ilumine os justos e injustos, indistintamente. Disse o Cristo: - "Ninguém poderá ver o Reino dos Céus se não nascer de novo". Referia-se ao nascimento do corpo e ao renascimento moral das criaturas; isto é, ao nascimento pela "água e pelo espírito". Daí sabermos que a vida é sempre uma nova oportunidade de reconciliação com os ideais superiores do bem e da verdade. Seguir o exemplo vivo de Jesus deve ser o ideal de todo Cristão sincero. Não adianta você dizer que pertence a esta ou àquela religião. Não adianta permanecer orando o tempo todo. O importante é a prática, é a vida de todos os dias, porque, como disse Tiago: "A FÉ SEM OBRAS É MORTA". E por falar em fé, veja como está sua vida! Como você vem tratando seus familiares: seu pai, sua mãe, seus irmãos, seu esposo ou sua esposa, seus filhos? Como você trata as pessoas estranhas? Como você se conduz no trabalho, na escola, no clube, na via pública em relação às outras pessoas com quem convive? Como você reage a uma ofensa? A um gesto de agressão? A uma calúnia? A uma ingratidão? A uma decepção na vida? Como você reage a um problema familiar? A perda de um ente querido? A uma doença incurável? E o que você vem fazendo em favor dos outros? "Amai-vos uns aos outros" - recomendou Jesus. Página - 2 - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo - página - 15 -

Fé Raciocinada Para podermos crer de verdade, antes de mais nada, precisamos compreender aquilo em que devemos crer. A crença sem raciocínio não passa de uma crença cega, de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos algo como verdade, devemos analisá-lo bem. O mal de muita gente é acreditar facilmente em tudo que lhe dizem, sem cuidadoso exame. "Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade." Allan Kardec. Lei da Evolução Cada um de nós é um espírito encarnado a caminho de Deus. a vida na Terra é sempre uma oportunidade de reajustamento no caminho do bem. A escolha nos pertence. Logo, as conseqüências boas ou más são resultado de nossas próprias decisões. É a lei da "ação e reação", das causas e conseqüências. Se agora, estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém de erros anteriores. Se, portanto, fizermos o mal, cedo ou tarde, sofreremos a sua conseqüência. "A cada um segundo as suas obras" - disse Jesus. Isso explica a razão de tanto sofrimento no mundo. Por isso, um caminha mais depressa que outro, como os diferentes alunos de uma mesma classe escolar. Quanto melhor nossa conduta, mais depressa nos libertaremos dos sofrimentos, encurtando o caminho da evolução. Não há céu nem inferno, conforme pintam as religiões tradicionais. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando. Deus não quer que nenhum de seus filhos se perca, e a Vontade de Deus, a Suprema Vontade, é a Lei. Se a sorte do ser humano fosse inapelavelmente selada após a morte, todos estaríamos perdidos, visto termos sido muito mais maus do que bons e quase ninguém, hoje em dia, mereceria ir para o céu de bem aventuranças, onde só caberiam os puros. Por outro lado, uma vida, por mais longa que seja, não é suficiente para nos esclarecer a respeito dos Planos de Deus. Muitos não têm sequer como garantir a própria sobrevivência e muito menos ainda oportunidade de uma boa educação. Muitos nunca foram orientados para o bem. Outros, morrem cedo demais, antes mesmo de se esclarecerem sobre o melhor caminho a seguir. A REALEZA DE JESUS A REALEZA MORAL É IMPERECÍVEL SEMPRE É POR MÉRITO PESSOAL SEMPRE SÃO AMADOS EXEMPLO: REIS DOS POETAS, DOS FILÓSOFOS, DOS ARTISTAS, DOS ESCRITORES,... O MAIOR FOI JESUS. A REALEZA TERRESTRE É TEMPORAL NEM SEMPRE É POR MÉRITO PESSOAL NEM SEMPRE SÃO AMADOS EXEMPLO: (...) A REALEZA MORAL SE PROLONGA E MANTÉM SEU PODER, GOVERNA SOBRETUDO, APÓS A MORTE. SOB ESTE ASPECTO NÃO É JESUS MAIS PODEROSO REI QUE OS POTENTADOS DA TERRA? AK - 4 O QUE SERIA O REINO DE JESUS? Quando Jesus disse a Pilatos que seu reino não era deste mundo, devemos entender: Que seu reino estava fora dos limites do mundo físico. Para conquistar esse reino precisamos viver de acordo com as leis Divinas, transmitidas no Evangelho. Que seria um reino espiritual constituído de paz e fraternidade, a que tem acesso todos os Espíritos. OS REIS DOS POVOS Página - 14 - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo - página - 3 -

3ª) para ajudarmos a humanidade e exemplificarmos o bem diante dos outros; 4ª) para desempenharmos missão especial, no caso de espíritos elevados que prestam grandes serviços à humanidade. Pelo mecanismo da Reencarnação, verificamos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos, pela lei de "ação e reação". Comunicabilidade dos Espíritos ENCONTRO DE JESUS COM PILATOS uma sociologia espírita é impressa na história humana a partir deste encontro de Jesus com Pilatos. O PONTO CENTRAL DOS ENSINOS DE JESUS A VIDA FUTURA TODAS AS MÁXIMAS DE JESUS SE DIRIGEM A ESTE PRINCÍPIO; RAZÃO DE SER DA MAIOR PARTE DOS PRECEITOS DE MORAL ENSINADOS POR JESUS; DEVE SER O OBJETO DAS MAIORES PREOCUPAÇÕES; DO HOMEM NA TERRA; JUSTIFICA AS DIFICULDADES TERRENAS CONCORDANDO COM A JUSTIÇA DE DEUS; PARA ONDE CAMINHA A HUMANIDADE. (...) OS QUE NÃO CREEM NA VIDA FUTURA, IMAGINANDO QUE ELE APENAS FALAVA NA VIDA PRESENTE NÃO OS COMPREENDEM (OS PRECEITOS MORAIS DO CRISTO), OU OS CONSIDERAM PUERIS. AK - 2 Os espíritos são seres humanos desencarnados. Eles são o que eram quando vivos: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos. Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações, como nós, os encarnados, temos as nossas. Não há lugar determinado para os espíritos. Geralmente os mais imperfeitos estão juntos de nós, por causa de nossas imperfeições. Não os vemos, pois se encontram numa dimensão diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos. Os espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase que restrita ao pensamento, porque eles não conseguem agir diretamente sobre a matéria. Para isso, eles precisam de pessoas que lhes ofereçam recursos especiais: essas pessoas são chamadas médiuns. Pelo médium, o espírito desencarnado pode comunicar-se, se puder e se quiser. Essa comunicação depende do tipo de mediunidade ou de faculdade do médium: pode ser pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia), por batidas (tiptologia), etc. Mas toda e qualquer comunicação não deve ser aceita cegamente; precisa ser encarada com reserva, examinada com o devido cuidado, para não sermos vítimas de espíritos enganadores. A comunicação depende da conduta moral do médium. Se for uma pessoa idônea, de bons princípios morais, oferece campo para a aproximação e manifestação de bons espíritos. Chico Xavier, por exemplo, é um bom médium, pelas qualidades morais de que é portador. A Doutrina Espírita alerta as pessoas muito crédulas contra as mistificações e contra os falsos médiuns, que tentam iludir o público menos avisado, em troca de vantagens materiais. Por isso, é importante que, antes de ouvir uma comunicação, a pessoa se esclareça a respeito do Espiritismo. Página - 4 - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo - página - 13 -

Não sabemos quantas encarnações já tivemos, e muito menos quantas temos pela frente. Sabemos, no entanto que, como espíritos atrasados, teremos muitas e muitas encarnações, até alcançarmos o desenvolvimento moral necessário para nos tornarmos espíritos puros. Todavia, nem todas as encarnações se verificam na Terra. Existem mundos superiores e inferiores ao nosso. Quando evoluirmos muito, poderemos renascer num planeta de ordem elevada. O Universo é infinito e "na casa de meu Pai há muitas moradas", já dizia Jesus. A Terra é um mundo de categoria moral inferior, haja visto o panorama lamentável em que se encontra a humanidade. Contudo, ela está sujeita a se transformar numa esfera de regeneração, quando os homens decidirem praticar o bem e a fraternidade reinar entre eles. Esquecimento do Passado Não nos lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação. Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram. Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como é também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a Espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível. Dependendo de nossas condições espirituais, podemos ou não ter escolhido as provas, os sofrimentos, as dificuldades que provarão nosso desenvolvimento espiritual. A reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina, explica-nos porque existe tanta desigualdade de destino das criaturas na Terra. A finalidade da Vida na Terra é, portanto: 1ª) para expiarmos o mal praticado, pagando, muitas vezes, com sofrimento nossos erros; 2ª) para provarmos ou medirmos nosso grau de evolução, ante as dificuldades da vida; RECOMPENSAS NA OBSERVÂNCIA DA LEI COM MOISÉS AS RECOMPENSAS SÃO NA TERRA EXEMPLO BENS TERRENOS SUPREMACIA DA NAÇÃO VITÓRIAS SOBRE INIMIGOS,... COM JESUS AS RECOMPENSAS NÃO SÃO NA TERRA EXEMPLO O CRISTO REVELOU OUTRO MUNDO ONDE ELE REINA E ONDE OS BONS ACHARÃO SUA RECOMPENSA,... O ESPIRITISMO COMPLEMENTA OS ENSINAMENTOS DE JESUS; AS DESCRIÇÕES SÃO FEITAS PELOS TESTEMUNHOS DOS ESPÍRITOS; AS RACIONAIS CONDIÇÕES DESCRITAS CONFIRMAM A VERDADEIRA JUSTIÇA DE DEUS. (...) COM O ESPIRITISMO A VIDA FUTURA DEIXA DE SER SIMPLES ARTIGO DE FÉ, MERA HIPÓTESE; TORNA-SE UMA REALIDADE MATERIAL, QUE OS FATOS DEMONSTRAM. AK - 3 Página - 12 - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo - página - 5 -

A IDÉIA DA VIDA FUTURA GERA CONSEQUÊNCIAS SOBRE A MORALIZAÇÃO DOS HOMENS EXEMPLOS A VIDA CORPORAL A MORTE OS BENS DA TERRA AS TRIBULAÇÕES O MAL NA DÚVIDA DA VIDA FUTURA É O OBJETO DE TODOS OS PENSAMENTOS É PORTA PARA O NADA SÃO OS ÚNICOS BENS REAIS SÃO TORMENTOS ANGUSTIOSOS É DE GRANDE IMPORTÂNCIA NA CERTEZA DA VIDA FUTURA É SIMPLES PASSAGEM É PORTA PARA A LIBERTAÇÃO SÃO DE IMPORTÂNCIA RELATIVA SÃO INCIDENTES DE CURTA DURAÇÃO É PASSAGEIRO (...) DAÍ SE SEGUE QUE A IMPORTÂNCIA DADA AOS BENS TERRENOS ESTÁ SEMPRE EM RAZÃO INVERSA DA FÉ NA VIDA FUTURA(...) FÉ QUE ACARRETA ENORMES CONSEQUÊNCIAS SOBRE A MORALIZAÇÃO DOS HOMENS(...) AK - 5 COM O CONHECIMENTO DA VIDA FUTURA O HOMEM SE OCUPARÁ DAS COISAS DA TERRA? PELAS LEIS DA NATUREZA, O HOMEM POSSUI O INSTINTO DO PROGRESSO E DA CONSERVAÇÃO, POIS DEUS O COLOCOU NA TERRA PARA ESSE FIM. Existência de Deus Deus existe. É a origem e o fim de tudo. É o criador, causa de todas as coisas. Deus é a Suprema Perfeição, com todos os atributos que a nossa imaginação possa imaginar, e muito mais. Não podemos conhecer sua natureza, porque somos imperfeitos. Como que uma inteligência limitada e imperfeita como a nossa poderia abranger o conhecimento ilimitado e perfeito que é Deus? Imortalidade da Alma Antes de sermos seres humanos filhos de nossos pais, somos, na verdade, espíritos, filhos de Deus. O Espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, simples e ignorante, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos, já existíamos antes de nascermos e continuaremos a existir, depois da morte física. Quando o espírito está na vida do corpo, dizemos que é uma alma ou espírito encarnado. quando nasce, dizemos que reencarnou; quando morre, que desencarnou. Desencarnado, volta para o Plano Espiritual ou Espiritualidade, de onde veio ao nascer. Os Espíritos são, portanto, pessoas desencarnadas que, presentemente, estão na Espiritualidade. Reencarnação Criado simples e ignorante, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal. Desse modo, ele tem possibilidade de se desenvolver, evolucionar, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos. Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e reencarnando, quantas vezes forem necessárias, para adquirir mais conhecimento, através das múltiplas experiências de vida. O progresso adquirido pelo espírito, pelas experiências vividas nas inúmeras existências, não é somente intelectual, mas sobretudo, o progresso moral, que vai aproximá-lo cada vez mais de Deus. Mas, assim como o aluno pode repetir o ano escolar - uma, duas ou mais vezes - o espírito que não aproveita bem a sua existência na Terra pode permanecer estacionário por muito tempo, conhecendo maiores sofrimentos, e atrasando, assim, sua evolução. Página - 6 - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo - página - 11 -

Expoentes da Codificação Maria Antonieta, Rainha de França Vítima do implacável ódio revolucionário Plinio Corrêa de Oliveira Uma das rainhas mais encantadoras da História (1755 1793) viveu seus últimos dias no cárcere da Conciergerie. Ela já estava condenada à pena capital, tendo sido ali colocada para aguardar a execução. Foi de tal prisão que saiu para ser guilhotinada. Quando estive visitando esse local o famoso cachot tive a impressão, entrando nele, de sentir a dureza implacável de sua condenação à morte. Arrastar até esse cachot aquela rainha uma flor de civilização, de graça, e em alguma medida de tradição católica e dali conduzi-la à morte, só era possível pela implacabilidade do ódio revolucionário. No cachot não havia nada que significasse o desejo de tornar um pouco mais leve para ela essas últimas horas. Por exemplo, consentir que houvesse no local um crucifixo, uma imagem sorridente de Nossa Senhora, ou um móvel que ao menos permitisse a seu corpo exausto descansar um pouco de suas dores e de suas apreensões. Umbræ mortis circundederunt me (as sombras da morte me rodearam), diz a Sagrada Escritura. Era muito compreensível que naquelas condições, sob o peso da sombra da morte, ela encontrasse pelo menos uma poltrona confortável onde sentar-se. Não. Dispunha apenas de um catre para dormir. Não me lembro em que historiador li a seguinte descrição. De manhã, a janelinha do cachot não tendo vidro nem veneziana, com os primeiros albores do dia ela acordou. Um dia feio, com nuvens pesadas. Alguém a viu deitada de lado, com a cabeça apoiada numa das mãos, enquanto ouvia ao longe os sons de tambores que chegavam das mais variadas distâncias. Provinham das diversas seções de uma espécie de guarda republicana que existia em todos os bairros de Paris. O ruído dos tambores visava despertar o povo e convocá-lo para dirigir-se à praça hoje denominada abstrusamente Praça da Concórdia, a fim de assistir à decapitação da rainha. Ela sabia disso. Ouvia portanto esses tambores de ódio conclamando a população, das mais variadas distâncias de Paris, para assistir ao regicídio. Estaria ela se lembrando do quê? Talvez de sua esplêndida Schönbrunn natal o palácio imperial em Viena, no qual residiu talvez da Hofburg, outro majestoso palácio da família. Quiçá deste ou daquele lugar encantador da Áustria, de tapeçarias, móveis estupendos, reverências. E de tudo o mais que compusera o ambiente fabuloso de sua vida na pátria que não mais veria. COM O CONHECIMENTO DA VIDA FUTURA O HOMEM SE OCUPARÁ DAS COISAS DA TERRA? O HOMEM QUE CRÊ NA VIDA FUTURA TRABALHA POR NECESSIDADE, POR GOSTO, PELO DEVER. PROCURA INSTINTIVAMENTE O SEU BEM ESTAR, MESMO SABENDO QUE VAI PERMANECER NA TERRA POR POUCO TEMPO. DEUS NÃO CONDENA OS GOZOS TERRENOS; CONDENA, SIM, OS ABUSOS DESSES GOZOS EM DETRIMENTO DAS COISAS DA ALMA! (...) O DESEJO DO BEM ESTAR FORÇA O HOMEM A TUDO MELHORAR, IMPELIDO QUE É PELO INSTINTO DO PROGRESSO E DA CONSERVAÇÃO, QUE ESTÁ NAS LEIS DA NATUREZA(...) AK - 6 CONLUSÃO:...EM LUGAR DESSA VISÃO ESTREITA E MESQUINHA QUE TEM O HOMEM SOBRE A VIDA PRESENTE, QUE FAZ DO INSTANTE QUE PASSA SOBRE A TERRA A ÚNICA E FRÁGIL BASE DO FUTURO E- TERNO......O ESPIRITISMO EXPANDE O PENSAMENTO E LHE ABRE NO- VOS HORIZONTES......MOSTRA QUE A VIDA É UM ELO NO CONJUNTO HARMONIOSO E GRANDIOSO NA OBRA DO CRIADOR......MOSTRA A SOLIDARIEDADE QUE LIGA TODAS AS EXISTÊN- CIAS DE UM MESMO SER......TODOS OS SERES DE UM MESMO MUNDO... Maria Antonieta, rainha de França, em todo o seu esplendor A Conciergerie Esboço de Maria Antonieta na carreta que a conduzia à guilhotina...e OS SERES DE TODOS OS MUNDOS... Página - 10 - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo - página - 7 -

(...) Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.(...) Uma Rainha de França. (Havre, 1863.)...DÁ ASSIM, UMA BASE E UMA RAZÃO DE SER À FRATERNIDADE UNIVERSAL... (...) É ESSE CONJUNTO QUE, AO TEMPO DO CRISTO, OS HOMENS NÃO TERIAM COMPREENDIDO E, POR ISSO, ELE RESERVOU O CONHECIMENTO PARA OUTROS TEMPOS. AK - 7 Comentários : A crença na vida futura concita-nos a lutar com fé diante das tribulações e vicissitudes da vida terrena, consolando-nos e nos dando a certeza de que devemos ter e serenidade, pois essas dificuldades não passam de incidentes passageiros, comparados à grandeza e eternidade da via espiritual. Perguntas Capítulo II O UMA REALEZA TERRESTRE OS ESPÍRITOS VOLTAM E NOS DEIXAM AS PISTAS DO CAMINHO QUE DEVEMOS SEGUIR. QUE BEM FIZESTES? QUE LÁGRIMAS ENXUGASTES? 1. O que quis Jesus expressar quando respondeu a Pilatos que seu reino não era deste mundo? 2. Embora fosse emissário da verdade, Jesus valeu-se da violência para divulgar sua doutrina? 3. Por que Jesus disse: meu reino ainda não é daqui? (João, 18, 36-37) 4. Com que finalidade Jesus veio a este mundo? 5. Que significa: Aquele que pertence à verdade, escuta a minha voz? 6. O que conseguimos entender com a expressão vida futura? 7. É possível compreender clara e totalmente a doutrina do Cristo sem considerar a imortalidade da alma? Página - 8 - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo - página - 9 -