Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas Boletim de maio/2016 Abril: Reajustes salariais reagem, mas mais da metade ficam ainda abaixo do INPC. Este boletim traz a primeira estimativa dos resultados das negociações coletivas com início de vigência em abril de 2016 e atualiza as estimativas dos meses anteriores. Até seu fechamento, a Fipe analisou 661 negociações com início de vigência em abril. Apenas 184 trataram de ajustes salariais e 153 de pisos salariais. Documentos analisados Acordos Convenções 184 153 661 620 152 123 32 30 41 Aumento salarial Piso salarial Total Todos os dados e informações são extraídos dos acordos coletivos e das convenções coletivas depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego : http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/
Destaques de maio/2016 Reajustes salariais A mediana dos ajustes salariais com vigência em abril/2016 foi 9,9%, ficando igual à inflação acumulada nos 12 meses anteriores (INPC = 9,9%). Nas convenções coletivas, a mediana foi 9,9% e nos acordos coletivos foi 9,9%. 51% das negociações resultaram em ajustes salariais abaixo do INPC (em Abril/2015 foram apenas 32,0%). Dos 184 acordos coletivos que trataram de ajustes salariais, 21 estabeleceram redução de jornada acompanhada de redução de salários, e destes, 3 utilizaram o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). Piso salarial A mediana do piso salarial com vigência em abril/2016 foi R$ 1000 (13,6% maior que o Salário Mínimo, de R$ 880). Nas convenções, o piso mediano foi R$ 948, enquanto nos acordos, foi R$ 1048. Folha salarial A folha de salários é estimada a partir do volume de depósitos vinculados ao FGTS. O último dado dessazonalizado refere-se ao mês de fevereiro e equivale a R$ 96,2 bilhões, cifra 1,2% menor que a observada no mês anterior (R$ 97,4 bilhões) e 6,9% menor que em fevereiro de 2015 (R$ 103,3 bilhões). O valor anualizado da folha salarial de fevereiro/2016 corresponde a uma folha anual de aproximadamente R$ 1,15 trilhão. Esta é a massa salarial anual do setor coberto pela CLT, que não inclui os rendimentos dos funcionários públicos estatutários e dos trabalhadores informais. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
-0.3% -0.4% -0.8% -0.3% Acordos e Convenções 0.2% 0.2% 8.5% 8.3% 9.0% 8.8% 9.3% 9.3% 9.8% 9.8% 9.9% 9.9% 9.9% 9.9% 1 10.3% 10.6% 11.0% 10.5% 11.3% 11.0% 11.3% 11.1% 11.1% 9.9% 9.9% Ajustes salariais Ajustes salariais de convenções coletivas e acordos coletivos, mês-a-mês (últimos 12 meses): Indicador 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr INPC acumulado (12 meses) - % 8,3 8,8 9,3 9,8 9,9 9,9 10,3 11,0 11,3 11,3 11,1 9,9 Total 8,5 9,0 9,3 9,8 9,9 9,9 10,0 10,6 10,5 11,0 11,1 9,9 Ajuste mediano negociado (%) Convenções 8,4 9,0 9,3 9,8 9,9 9,9 10,3 10,6 11,0 11,2 11,1 9,9 Acordos 8,5 9,3 9,0 9,8 9,9 9,9 10,0 10,8 10,3 11,0 11,0 9,9 Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. Ajustes salariais medianos e INPC - últimos 12 meses 13% 11% 9% 7% 5% 3% 1% -1% -3% -5% mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Reajuste nominal INPC (12 meses) Reajuste real Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 Ajustes salariais abaixo do INPC Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC: Indicador 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC (%) 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. 0% Total 32,0 21,5 19,3 50,4 41,0 29,3 37,9 54,7 53,8 67,5 56,9 50,9 51,0 Convenções 18,8 22,3 17,4 31,6 19,2 36,8 34,6 48,1 57,8 61,7 61,4 42,0 45,2 Acordos 37,7 21,4 19,7 54,9 49,7 28,0 38,7 56,1 52,7 70,0 56,4 55,5 52,4 Proporção de ajustes salariais abaixo do INPC (Convenções e Acordos) Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro Proporção no mês Proporção acumulada nos 12 meses mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Mediana dos ajustes salariais nominais A mediana dos ajustes salariais negociados para abril/2016 foi 9,9%, valor igual ao da inflação acumulada nos 12 meses anteriores (INPC = 9,9%). 12% Ajuste Mediano x Inflação (INPC) 10% 8% 6% 4% 2% 0% INPC (12 meses) Reajustes Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
Acordos coletivos com redução salarial Detalhes dos 412 acordos coletivos com redução salarial negociados entre janeiro/2015 e abril/2016 (110 utilizaram o Programa de Proteção ao Emprego PPE). Por início de vigência Mês Sem PPE (1) Com PPE (1) Total jan/15 2 0 2 fev/15 0 0 0 mar/15 0 0 0 abr/15 13 0 13 mai/15 10 0 10 jun/15 24 0 24 jul/15 53 0 53 ago/15 25 4 29 set/15 40 5 45 out/15 32 17 49 nov/15 25 10 35 dez/15 14 12 26 jan/16 14 39 53 fev/16 23 11 34 mar/16 9 9 18 abr/16 18 3 21 Total 302 110 412 salariômetro Categoria Por categoria econômica (2015 e 2016) Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. 2015 2016 Quantidade Mediana Quantidade Mediana Agricultura, pecuária, serviços agropecuários e pesca 1-18,2 0 0,0 Artefatos de borracha 2-13,3 0 0,0 Assessoria, consultoria e contabilidade 5-25,0 5-20,0 Bares, restaurantes, hotéis, similares e diversão e turismo 1-21,0 0 0,0 Comércio atacadista e varejista 14-19,4 1-5,9 Confecções, vestuário, calçados e artefatos de couro 4-10,5 3-22,1 Construção Civil 22-15,0 6-16,0 Educação, ensino e formação profissional 0 0,0 1-25,0 Fiação e tecelagem 6-14,3 2-16,2 Gráficas e editoras 3-12,0 3-13,3 Indústria de joalheria 1-15,0 0 0,0 Indústria do vidro 2-16,0 0 0,0 Indústria metalúrgica 188-16,7 89-20,0 Indústria química, farmacêutica e de plásticos 18-20,0 11-20,0 Indústrias de alimentos 2-23,0 0 0,0 Indústrias extrativas 2-16,6 0 0,0 Limpeza urbana, asseio e conservação do meio ambiente 1-20,0 1-20,0 Organizações não governamentais 3-20,0 0 0,0 Papel, papelão, celulose e embalagens 2-20,0 0 0,0 Refeições coletivas 0 0,0 1-10,0 Serviços a terceiros e fornecimento de mão-de-obra 0 0,0 1-20,0 Transporte, armazenagem e comunicações 5-20,0 1-20,0 Telecomunicações, telemarketing, processamento de dados e tecnologia da informação 2-30,0 1-20,0 Venda, compra, locação e administração de imóveis 2-20,0 0 0,0 Total 286-17,2 126-20,0 mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
Mediana dos ajustes salariais reais Mediana dos maiores e menores ajustes salariais reais, nos últimos 12 meses por categoria por UF Confecções / Vestuário 0.7% Paraná 0.2% Bancos e serviços financeiros 0.7% Santa Catarina 0.2% Transporte, armazenagem e comunicação 0.2% Rio Grande do Sul 0.2% Reparação de eletro-eletrônicos 0.1% São Paulo Indústria cinematográfica e fotografia 0.1% Bahia Feiras, eventos e divulgações -0.8% Rondônia -0.3% Outros serviços -0.9% Rio Grande do Norte -0.4% Indústria do vidro -1.3% Amazonas -0.4% Agronegócio da cana Extração e refino de petróleo -3.9% -1.3% Espírito Santo Roraima -0.9% -1.3% Fonte: MTE e IBGE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
mai/2014 jun/2014 jul/2014 ago/2014 set/2014 out/2014 nov/2014 dez/2014 jan/2015 fev/2015 mar/2015 abr/2015 mai/2015 jun/2015 jul/2015 ago/2015 set/2015 out/2015 nov/2015 dez/2015 jan/2016 fev/2016 mar/2016 abr/2016 Mediana dos pisos salariais A mediana dos pisos com vigência em abril/2016 foi R$ 1000 (13,6% maior que o Salário Mínimo, de R$ 880). Nas convenções coletivas, o piso mediano foi R$948, enquanto nos acordos coletivos foi R$1048. R$ 1,200 R$ 1,100 R$ 1,000 R$ 900 R$ 800 R$ 700 R$ 600 Piso Salarial x Salário Mínimo R$ 500 Salário Mínimo Pisos Indicador 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016 Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Salário Mínimo (R$) 788 788 788 788 788 788 788 788 880 880 880 880 Total 1.030 962 980 1.011 1.127 995 1.056 1.104 950 931 1.011 1.000 Piso mediano negociado (R$) Convenções 983 1.019 999 1.030 935 995 1.006 1.092 935 978 967 948 Acordos 1.035 939 978 1.000 1.146 995 1.063 1.118 966 931 1.031 1.048 Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
Mediana dos pisos salariais por categoria e por UF Maiores e menores pisos salariais nos últimos 12 meses (R$): por categoria por UF Distribuição cinematográfica 1,335 São Paulo 1,155 Indústria metalúrgica 1,200 Santa Catarina 1,080 Artefatos de borracha 1,186 Paraná 1,072 Bancos e serviços financeiros 1,148 Rio Grande do Sul 1,035 Outros serviços 1,103 Rio de Janeiro 981 Lavanderias e tinturarias 906 Sergipe 898 Confecções / Vestuário 903 Alagoas 897 Educação, ensino e formação profissional 901 Amapá 888 Estacionamentos / Garagens 885 Roraima 881 Feiras, eventos e divulgações 846 Rio Grande do Norte 870 Fonte: MTE. Elaboração: Fipe. salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
Folha salarial (CLT) O último dado dessazonalizado refere-se à folha salarial do mês de fevereiro, com valor de R$ 96,2 bilhões, a cifra 1,2% menor do que a observada em janeiro (R$ 97,4 bilhões), e 6,9% menor que o valor de fevereiro de 2015 (R$ 103,3 bilhões) Valor real da folha salarial dessazonalizado (R$ bi)* 102 100 98 96 101.7 103.3 100.9 100.5 100.2 99.4 98.3 98.0 97.2 97.2 99.2 97.1 97.4-1,2% (janeiro/16x fevereiro/16) 96.2 94 92 90-6,9% (fevereiro/15 x fevereiro/16) jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 Fonte: CEF. Elaboração: Fipe. Nota (*): valores atualizados pelo IPCA para R$ de fevereiro de 2016 salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas maio de 2016
salariômetro mercado de trabalho e negociações coletivas O boletim Salariômetro é uma iniciativa da Fipe para disponibilizar informações e análises sobre o mercado de trabalho brasileiro. Para sua elaboração, são coletados e analisados os resultados negociações coletivas, incluindo reajustes e pisos salariais; bem como a evolução da folha de salários do conjunto das empresas brasileiras. Os informes são elaborados no 20º. dia de cada mês e incluem todos os acordos e convenções com início de vigência até o mês anterior. Equipe técnica Hélio Zylberstajn (Coordenador) Bruno Teodoro Oliva Eduardo Zylberstajn Flávia Teixeira Motta Gabriela Scorza Gabriel Cardoso Lilian Karen de Souza Matheus Sérgio Custódio de Aquino Pedro Possani Raí Chicoli Rodrigo Beiro Dias Victoria Gerenutti Informações e contato www.salarios.org.br contato@salarios.org.br
Notas metodológicas Algumas considerações a respeito do SALARIÔMETRO: O acompanhamento das negociações coletivas é realizado por meio dos acordos e convenções depositados na página Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A Fipe coleta os dados e informações na Internet, tabulando os valores observados para reajustes e pisos salariais. As médias dos reajustes e pisos salariais não são ponderadas pela quantidade de trabalhadores cobertos, uma vez que essa informação não é disponibilizada no texto dos acordos e das convenções. Além disso, os valores referente aos reajustes e pisos, divulgados nos informes, podem ser modificados em edições futuras, já que as novas edições podem incluir acordos e convenções que ainda não tinham sido depositados no site do Mediador; O acompanhamento da folha salarial do setor celetista se baseia nas informações disponibilizadas pela Caixa Econômica Federal (CEF). A CEF disponibiliza a informação um mês após o recolhimento e este se dá no mês seguinte ao mês gerador do salário. Por essa razão, a atualização dessa informação nos informes do Salariômetro ocorre sempre com uma defasagem de 2 meses.