PROVAS DISSERTATIVAS ESCRITAS GRUPOS III E IV Nas provas a seguir, faça o que se pede, usando os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DAS PROVAS DISSERTATIVAS ESCRITAS, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. Em cada questão e em cada peça judicial ou dissertação, qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. Será também desconsiderado o texto que não for escrito na(s) folha(s) de texto definitivo correspondente(s). No caderno de textos definitivos, identifique-se apenas no cabeçalho da primeira página, pois não será avaliado texto que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado. Caso queira assinar seus textos, utilize apenas o nome Defensor Público Federal. Ao texto que contenha outra forma de identificação será atribuída nota zero, correspondente à identificação do candidato em local indevido. Em cada questão, ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 5,00 pontos, dos quais até 0,25 ponto será atribuído ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafo) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado). Em cada peça judicial ou dissertação, esses valores corresponderão a 20,00 pontos e 1,00 ponto respectivamente. Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 1
QUESTÃO GRUPO III CESPE CEBRASPE DPU Aplicação: 2015 Paula foi contratada por um microempreendedor individual, mediante contrato de experiência com prazo de duração de noventa dias. No octogésimo segundo dia de prestação do serviço, Paula descobriu que estava grávida e comunicou a gravidez a seu empregador. No final do prazo contratual, Paula não foi efetivada pela empresa contratante sob a justificativa de que não estaria devidamente qualificada para prestar o serviço. Após o nascimento de seu filho, Paula fez o requerimento de salário-maternidade ao Instituto Nacional do Seguro Social, tendo sido o pedido indeferido, sob o argumento de que Paula não faria jus ao benefício previdenciário em razão da natureza do contrato de emprego. A autarquia previdenciária argumentou, ainda, que, mesmo se houvesse direito ao salário-maternidade, não seria ela a responsável direta pelo pagamento do benefício, cabendo a obrigação ao empregador, conforme legislação vigente. Inconformada, Paula compareceu a uma unidade da Defensoria Pública da União em busca de orientação jurídica. Em face dessa situação hipotética, responda, com fundamento na Constituição Federal, na legislação infraconstitucional trabalhista e previdenciária e na jurisprudência sumulada pelo Tribunal Superior do Trabalho, às indagações que se seguem. < Há amparo no ordenamento jurídico e na jurisprudência para a manutenção da referida relação de emprego? [valor: 2,50 pontos] < Em sendo devido o benefício de salário-maternidade, qual seria o responsável direto pelo seu pagamento, de acordo com a legislação previdenciária? [valor: 2,25 pontos] Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 2
RASCUNHO QUESTÃO GRUPO III 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 3
DISSERTAÇÃO GRUPO III CESPE CEBRASPE DPU Aplicação: 2015 Duarte sofre, desde a infância, de doença renal leve, moléstia que, devidamente tratada, não o impede de exercer suas atividades habituais e laborais. Aos dezenove anos de idade, Duarte trabalhou como empregado em uma farmácia na função de balconista, com registro em carteira de trabalho e previdência social. Após quinze meses no emprego, Duarte comunicou a seu empregador que não iria mais trabalhar e deixou de exercer qualquer atividade laborativa durante um período de três anos. Após tal lapso, voltou a trabalhar como balconista na mesma farmácia, durante cinco meses, quando ocorreu o agravamento da doença renal, que o tornou incapaz temporariamente de exercer o trabalho habitual. Não obstante a incapacidade devidamente comprovada por perícia médica, Duarte continuou a laborar em suas funções de balconista, dada a premente necessidade de subsistência pessoal e familiar. Diante da aludida situação, Duarte requereu administrativamente, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o benefício previdenciário de auxílio-doença, tendo o pleito sido indeferido pela autarquia previdenciária sob os fundamentos de que: a) Duarte não seria segurado da previdência social, uma vez que não fora constatado o recolhimento das contribuições sociais em seu nome no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS); b) não teria sido cumprida a carência necessária à concessão do benefício; Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 4
c) a doença seria preexistente à filiação de Duarte ao regime geral de previdência social (RGPS), tendo-se originado em sua infância; d) Duarte não estaria incapaz, o que se comprovaria pela continuidade do exercício de suas atividades laborativas habituais. Inconformado com o indeferimento administrativo, Duarte compareceu a uma unidade da Defensoria Pública da União em busca de orientação jurídica. Em face dessa situação hipotética, redija texto dissertativo devidamente fundamentado na Constituição Federal, na legislação infraconstitucional previdenciária e na jurisprudência dos tribunais superiores e da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, em resposta aos questionamentos a seguir. < A inexistência de registro de recolhimento das contribuições previdenciárias no CNIS obsta a caracterização da qualidade de segurado de Duarte? [valor: 4,50 pontos] < O indeferimento do pleito de Duarte pelo INSS com base na ausência de carência foi juridicamente adequado? [valor: 4,50 pontos] < A doença de Duarte, preexistente à sua filiação ao RGPS, é causa de impedimento para a concessão do benefício previdenciário? [valor: 5,00 pontos] < O fato de Duarte ter continuado a laborar, a despeito da constatação da incapacidade pela perícia médica, é causa de impedimento para a concessão do benefício previdenciário? [valor: 5,00 pontos] Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 5
RASCUNHO DISSERTAÇÃO GRUPO III 1/3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 6
RASCUNHO DISSERTAÇÃO GRUPO III 2/3 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 7
RASCUNHO DISSERTAÇÃO GRUPO III 3/3 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 8
QUESTÃO GRUPO IV CESPE CEBRASPE DPU Aplicação: 2015 Discorra sobre as funções da Corte Interamericana de Direitos Humanos [valor: 1,50 ponto], abordando os modos de exercício de sua competência [valor: 1,50 ponto] e os elementos que a caracterizam como tribunal internacional [valor: 1,75 ponto]. RASCUNHO QUESTÃO GRUPO IV 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 9
DISSERTAÇÃO GRUPO IV CESPE CEBRASPE DPU Aplicação: 2015 Em 31/3/2010, Marta, cidadã brasileira casada com Half, irlandês, e residente com seu cônjuge e os dois filhos do casal em Dublin, na Irlanda, país signatário da Convenção da Haia sobre os aspectos civis do sequestro internacional de crianças, veio para o Brasil com os filhos, prometendo ao marido retornar à Irlanda, em março de 2011. Todavia, em fevereiro de 2011, Marta informou ao marido que ela e os dois filhos, ambos menores de idade, não mais retornariam à Irlanda e ajuizou, no Brasil, ação de guarda dos filhos, argumentando que o pai os maltratava física e psicologicamente. Em agosto de 2013, Half iniciou procedimento administrativo de repatriação dos menores ante a autoridade central federal brasileira. Em face dessa situação hipotética, redija texto dissertativo acerca dos aspectos civis do sequestro internacional de crianças, abordando, à luz da Convenção da Haia e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os seguintes tópicos: < objetivos da citada convenção e requisitos para a sua aplicação; [valor: 3,00 pontos] < possíveis exceções à determinação do retorno de menores; [valor: 3,00 pontos] < implicações decorrentes do ajuizamento da ação de guarda dos filhos no Brasil; [valor: 2,50 pontos] < princípio tutelado pela convenção em apreço segundo diretriz jurisprudencial do STJ; [valor: 4,00 pontos] < posição do STJ a respeito da produção de prova pericial; [valor: 3,00 pontos] < significado da expressão juízo complacente. [valor: 3,50 pontos] Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 10
RASCUNHO DISSERTAÇÃO GRUPO IV 1/3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 11
RASCUNHO DISSERTAÇÃO GRUPO IV 2/3 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 12
RASCUNHO DISSERTAÇÃO GRUPO IV 3/3 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 Cargo: Defensor Público Federal de Segunda Categoria SUPERAMPLIADA 13