RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORAÇÃO RADIOLÓGICA AMBIENTAL DO IPEN NO ANO DE 2004

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Transcrição:

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORAÇÃO RADIOLÓGICA AMBIENTAL DO IPEN NO ANO DE 2004 LABORATÓRIO DE RADIOMETRIA AMBIENTAL CENTRO DE METROLOGIA DAS RADIAÇÕES 1 de 19

EQUIPE EXECUTORA Responsável pelo Laboratório de Radiometria Ambiental: Barbara Paci Mazzilli Responsável pela elaboração do relatório: Brigitte R. S. Pecequilo Responsáveis pela caracterização das águas de lençol freático: espectrometria gama: Sandra Regina Damatto Moreira contagem alfa e beta total: Ana Claudia Peres urânio e tório: Marcos Medrado de Alencar trício: Brigitte R. S. Pecequilo Responsável pela caracterização das águas de precipitação pluviométrica: Sandra Regina Damatto Moreira Responsável pela caracterização radioativa dos filtros de ar: Sandra Regina Damatto Moreira Responsável pela medida dos dosímetros termoluminescentes: Laboratório de Calibração e Dosimetria do Centro de Metrologia das Radiações 2 de 19

1. Introdução A atividade normal de uma instalação nuclear ou radiativa, assim como qualquer outra atividade humana, apresenta um certo risco. A operação normal de uma instalação em geral envolve a liberação de efluentes radioativos líquidos e/ou gasosos. Cabe ressaltar que uma completa remoção dos radionuclídeos contidos nestes efluentes, antes de serem liberados para o meio ambiente, não é praticamente possível. Cabe ao Serviço de Radioproteção da instituição, por meio da Supervisão de Radioproteção de cada instalação estabelecer um programa de amostragem dos efluentes radioativos 1 para determinar a quantidade de material radioativo, termo fonte, liberada para o meio ambiente e detectar imediatamente, qualquer liberação não planejada acima dos limites operacionais pré-estabelecidos. O controle de efluentes é, portanto, uma monitoração de caráter preventivo, pois uma vez determinado o termo fonte da instalação e as características do meio ambiente receptor, é possível avaliar a dose de radiação recebida pelos indivíduos do público e, em particular, pelo grupo crítico, antes que o material radioativo seja lançado no meio ambiente. Para demonstrar que as doses de radiação provenientes da liberação dos efluentes radioativos permanecem abaixo dos limites estipulados, num grau de risco aceitável para a população em geral, durante a operação normal das instalações, são realizadas medidas inloco do nível de radioatividade. Estas medidas podem ter a forma de um programa de monitoração ambiental 2. Portanto, o objetivo primário de um programa de monitoração ambiental é o controle radiológico, um controle de caráter confirmatório, que irá estimar se as suposições feitas no cálculo de dose, a partir do termo fonte, estão corretas. O impacto radiológico provocado pela operação das instalações nucleares e radiativas funcionando nas dependências do ipen é avaliado considerando a influência da operação normal na comunidade circunvizinha, isto é, avaliando a dose nos indivíduos do público. Considerando os dados meteorológicos da região e um modelo genérico de dispersão atmosférica 3, o grupo crítico da população foi definido como aquele que permanece a 1,4 km no setor NNW, medido a partir das instalações do ipen 4. Recentemente, a aplicação de modelos mais realistas que incluem, além dos dados meteorológicos fornecidos pela Torre Meteorológica instalada no campus do ipen, o mapeamento da topografia local e das edificações existentes, permitiu a definição de um novo grupo crítico, situado agora a cerca de 200 m do ponto de descarga 5. O cálculo das doses nos indivíduos do público, realizado anualmente para as liberações aquáticas e atmosféricas dos efluentes radioativos líquidos e gasosos, respectivamente, concluiu que as mesmas são desprezíveis quando comparadas aos limites recomendados pelas normas vigentes de proteção radiológica 4. Assim, em princípio, não é necessário realizar um programa de monitoração ambiental, bastando somente o controle da liberação do material radioativo. 3 de 19

Contudo, outras razões que não o controle radiológico, podem ser invocadas para realizar uma rotina de monitoração do meio ambiente. Dentre elas, destacamos a investigação científica e as relações públicas para assegurar à população que não há nenhum risco decorrente da operação normal das instalações nucleares e radioativas do ipen. Tendo em vista estas considerações, é realizado rotineiramente o Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen. 2. Descrição Geral O Programa de Monitoração Radiológica Ambiental (PMRA) é realizado regularmente e envolve todas as instalações nucleares e radiativas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. O programa geral foi estabelecido em 1988, considerando as principais vias de transferência dos radionuclídeos até chegarem ao homem e os dados referentes à caracterização da região 6. O Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen avalia os níveis de radioatividade aos quais estão expostos os indivíduos do público por meio da análise de amostras de origem atmosférica e aquática, enquanto que a radiação direta no meio ambiente é determinada a partir de medidas com dosímetros termoluminescentes. A análise dos resultados do PMRA desde o seu início permitiu a configuração atual, mostrada na tabela 1. A radiação direta no meio ambiente é determinada a partir da medida com dosímetros termoluminescentes (TL), cuja localização pode ser visualizada no mapa do ipen da Figura 1. A identificação dos pontos encontra-se na Tabela 2. Existem 6 pontos (poços) para coleta de água subterrânea, 4 pontos para coleta de precipitação pluviométrica e 2 pontos de amostragem de ar, situados perto das instalações nucleares e radiativas do ipen. A localização dos pontos de coleta pode ser visualizada no mapa do ipen da Figura 1 e a identificação dos pontos encontra-se nas Tabelas 3, 4 e 5, respectivamente para água subterrânea, precipitação pluviométrica e amostragem do ar. 4 de 19

Tabela 1 Plano do Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen Meio amostrado Instrumento de amostragem Freqûencia de amostragem Número. de pontos de amostragem Tipo de análise realizada Radiação direta no meio ambiente (ar) Precipitação atmosférica Dosímetro TL trimestral 15 Taxa de exposição Pluviômetro mensal 4 Emissores gama Água subterrânea Poço bimensal 6 Emissores gama Alfa e beta total Trício Urânio e tório Ar Amostrador contínuo quinzenal 2 Emissores gama Amostrador de ar TR Amostrador de ar ES Direção preferencial dos ventos Os pontos de coleta estão identificados nas Tabelas de 1 a 4 5 de 19

Tabela 2 - Identificação das estações de monitoramento com dosímetros termoluminescentes do Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen em relação às unidades do ipen PONTO TL #1 TL #2 TL #3 TL #4 TL #5 TL #6 TL #7 TL #8 TL #11 TL #13 TL #24 TL #25 TL #26 TL #27 TL #28 LOCALIZAÇÃO atrás do Serviço Médico curva da UITAR em frente ao CAC em frente à UITAR em frente ao CTR ao lado do Restaurante morro prédio do CTR em cima do bunker Portaria Geral Perimetral ao lado do prédio do CTR (TORRE METEOROLÓGICA) IPEN-MB 01 (Unidade Crítica) Portaria Geral (setor esportivo) CQMA (Celeste) CCN 6 de 19

Tabela 3 - Identificação dos pontos de coleta (poços) de água subterrânea do Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen em relação às unidades do ipen PONTO LOCALIZAÇÃO Tabela 4 - Identificação dos pontos de coleta de precipitação pluviométrica (pluviômetros) do Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen em relação às unidades do ipen AP01 Portaria Geral (Setor Esportivo) PONTO LOCALIZAÇÃO AP02 AP03 AP04 UITAR CQMA (Celeste) Galpão da Salvaguardas PL01 PL02 ao lado do prédio do CTR (TORRE METEOROLÓGICA) Portaria Geral (Setor Administrativo) AP05 Perimetral PL03 CCN AP06 atrás da UITAR PL04 CQMA (Celeste) Tabela 5 - Identificação dos pontos de amostragem de ar do Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen em relação às unidades do ipen PONTO TR ES LOCALIZAÇÃO ao lado do prédio do CTR (TORRE METEOROLÓGICA) perto do TL #24 e PL01 em frente ao CR 7 de 19

3. Metodologias 3.1 Metodologia de Coleta A coleta de água de chuva é uma coleta composta mensal para cada pluviômetro. A coleta de água subterrânea é bimensal e a amostragem de ar é quinzenal, utilizando filtros de papel e carvão ativado. Os dosímetros termoluminescentes utilizam cristais de CaSO 4 :Dy fabricados no ipen pela Divisão de Calibração e Dosimetria (CRMD). No campo são sempre posicionados a 1 m da superfície do solo, em porta-dosímetros de plástico injetado, colocados em tubos-estaca de PVC. A exposição é trimestral, seguindo a sazonalidade. 3.2 Metodologia de Medida As amostras da coleta de água subterrânea, após pré-tratamento, foram analisadas para a determinação dos níveis de radioatividade por contagem alfa e beta total, cintilação líquida, espectrometria alfa e espectrometria gama passiva de alta resolução. As amostras da coleta de precipitação pluviométrica, após pré-tratamento, foram analisadas para a determinação dos níveis de radioatividade por espectrometria gama passiva de alta resolução. A contagem alfa e beta total é realizada num detector proporcional de fluxo gasoso e de baixa radiação de fundo. Caso a atividade alfa e/ou beta total esteja acima dos limites previstos nas normas de proteção radiológica vigentes no país, deve ser feita análise específica de 226 Ra, 210 Pb e 228 Ra. A determinação do conteúdo de urânio e tório é realizada por espectrometria alfa. Para a espectrometria gama é utilizado um sistema de aquisição de dados composto de um detector coaxial de germânio hiperpuro com eficiência nominal de 15%, com alta tensão e eletrônica convencional associados a um analisador multicanal de 4096 canais, numa geometria de frasco Marinelli de 0,850 L ou de frasco de polietileno de 100 ml, conforme a quantidade de amostra disponível. A análise dos espectros gama é realizada com o código WinnerGamma para microcomputador. A biblioteca de radionuclídeos é construída a partir do termo-fonte das instalações do ipen. Os filtros de papel e carvão ativado são analisados por espectrometria gama com detector coaxial de germânio hiperpuro de faixa estendida e eficiência nominal 25%, com alta tensão e eletrônica convencional associados a um analisador multicanal de 4096 canais. A análise dos espectros gama foi realizada com o código WinnerGamma para microcomputador e com um código computacional desenvolvido pelo próprio laboratório. 8 de 19

As metodologias de medida por espectrometria alfa e gama e contagem alfa e beta total são periodicamente verificadas com sucesso, no Programa Nacional de Intercomparação PNI coordenado pelo IRD-CNEN/RJ. O preparo, a calibração e a leitura dos dosímetros termoluminescentes são realizados pela Divisão de Calibração e Dosimetria (CMRM) do ipen. À Divisão de Radiometria Ambiental (CMRA) cabe somente a escolha dos pontos de monitoramento, a troca dos dosímetros e a interpretação dos resultados. 3.3 Amostras Monitoradas 3.3.1 Água Subterrânea As amostras foram coletadas bimensalmente nos 6 poços (Tab. 3) de água de lençol freático no campus do ipen (Fig. 1), respeitadas as condições de estiagem dos poços. No período de julho/agosto, por problemas operacionais, não houve coleta. 3.3.2 Precipitação Pluviométrica A coleta de água de chuva foi realizada mensalmente nos 4 pluviômetros (Tab. 4) no campus do ipen (Fig. 1), respeitadas as condições de estiagem. 3.3.3 Amostragem de ar No primeiro semestre de 2004 não houve amostragem de ar, pois os filtros de carvão são importados e chegaram somente em junho. Os filtros de papel e carvão ativado dos amostradores de ar (Tab. 5) no campus do ipen foram trocados a cada 15 dias. 3.3.4 Radiação Direta no Meio Ambiente Atualmente, há 15 estações de monitoramento com dosímetros termoluminescentes (Tab. 2) dentro do campus do ipen (Fig. 1). Cinco estações foram colocadas em pontos de concentrações máximas previstas e as dez restantes em pontos mais distantes, supostos fora da influência das instalações do ipen. A troca dos dosímetros é trimestral e sazonal. 4. Resultados 4.1 Lençol Freático A coleta bimensal é convencionalmente representada pelo segundo mês de coleta, a saber: janeiro e fevereiro: fev/04, março e abril: abr/04, etc.. 9 de 19

4.1.1 Alfa e Beta total As concentrações alfa e beta total determinadas com o detector proporcional de fluxo gasoso Berthold LB 770 na água coletada dos poços de lençol freático do Programa de Monitoração Radiológica Ambiental do ipen podem ser visualizadas nas Figuras 2 e 3, agrupadas para cada poço em relação ao mês da coleta. ALFA TOTAL PMRA 2004 0,14 0,12 jun/04: coleta não efetuada AP02-ago/04: < 0,001 Bq/L AP05- ago/04: < 0,001 Bq/L AP04-dez/04: < 0,001 Bq/L 0,1 Concentração (Bq/L) 0,08 0,06 fev/04 abr/04 jun/04 ago/04 out/04 dez/04 0,04 0,02 0 AP01 AP02 AP03 AP04 AP05 AP06 Fig.2 Concentração alfa total da coleta bimensal de água nos poços de água subterrânea do PMRA do ipen em relação ao mês da coleta. 10 de 19

BETA TOTAL PMRA 2004 0,5 0,4 jun/04 coleta não efetuada AP02 Ago/04 < 0,001 Bq/L Concentração (Bq/L) 0,3 0,2 fev/04 abr/04 jun/04 ago/04 out/04 dez/04 0,1 0 AP01 AP02 AP03 AP04 AP05 AP06 Fig.3 Concentração beta total da coleta bimensal de água nos poços de água subterrânea do PMRA do ipen em relação ao mês da coleta. 4.1.2 Trício A concentração de trício nas águas dos poços de água subterrânea foi determinada por destilação prévia e medida por cintilação líquida no cintilador Packard TR 2700. Os resultados estão na Figura 4, agrupados para cada poço em relação ao mês da coleta. TRÍCIO PMRA 2004 Concentração (Bq/L) 1000 900 800 700 600 500 400 jun/04 coleta não efetuada AP01: fev/04-ago/04-dez/04 < 20,6 Bq/L AP02: abr/04-ago/04-out/04-dez/04 < 20,6 Bq/L AP03: abr/04-ago/04-out/04 < 20,6 Bq/L AP04: fev/04-abr/04-ago/04-out/04 < 20,6 Bq/L AP05: abr/04-ago/04-out/04-dez/04 < 20,6 Bq/L fev/04 abr/04 jun/04 ago/04 out/04 dez/04 300 200 100 0 AP01 AP02 AP03 AP04 AP05 AP06 Fig.4 Concentração de trício da coleta bimensal de água nos poços de lençol freático do PMRA do ipen em relação ao mês da coleta. 11 de 19

4.1.3 Urânio e Tório A concentração de 238 U e 232 Th total foi determinada por espectrometria alfa. Os resultados estão apresentados nas Figuras 5 e 6, respectivamente para urânio e tório, agrupados para cada poço em relação ao mês da coleta. URÂNIO ( 238 U) PMRA 2004 0,01 0,009 jun/04: coleta não efetuada 0,008 0,007 0,006 0,005 0,004 0,003 fev/04 abr / 04 j un/ 04 ago/ 04 out/ 04 dez/ 04 0,002 0,001 0 AP01 AP02 AP03 AP04 AP05 AP06 Fig.5 Concentração de 238 U da coleta bimensal de água nos poços de água subterrânea do PMRA do ipen em relação ao mês da coleta. TÓRIO ( 232 Th) PMRA 2004 0,1 0,09 OS V ALORES DO GRÁFICO REPRESENTAM A ATIV IDADE M Í NIM A DETECTÁVEL jun/04: coleta não efetuada 0,08 0,07 0,06 0,05 0,04 0,03 fev/04 abr / 04 j un/ 04 ago/ 04 out/ 04 dez/ 04 0,02 0,01 0 AP01 AP02 AP03 AP04 AP05 AP06 Fig.6 Concentração de 232 Th da coleta bimensal de água nos poços de água subterrânea do PMRA do ipen em relação ao mês da coleta. 12 de 19

4.1.4 Espectrometria gama As amostras de água do lençol freático, pré-concentradas, foram medidas em geometria de frasco Marinelli de 0,850 L. Na análise dos espectros foram considerados os radionuclídeos presentes no termo-fonte do ipen. Não foi encontrado nenhum radionuclídeo com atividade acima dos limites de detecção do sistema de contagem. 4.2 Precipitação Pluviométrica A coleta dos pluviômetros é função da precipitação pluviométrica. Na Figura 7 são mostrados os índices pluviométricos de 2004 para os 4 pluviômetros. Podemos observar que o mês de agosto foi um período de estiagem. As amostras de água de chuva, préconcentradas, foram medidas em geometria de frasco de polietileno de 100 ml. Na análise dos espectros foram considerados os radionuclídeos presentes no termofonte do ipen. Além do 7 Be, não foi encontrado nenhum radionuclídeo com atividade acima dos limites de detecção do sistema de contagem. Na Tabela 6 são apresentadas as concentrações do 7 Be. Precipitação Pluviométrica Mensal - 2004 200,0 160,0 mm 120,0 80,0 40,0 0,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez PL 1 PL 2 PL 3 PL 4 Fig.7 Precipitação pluviométrica mensal medida nos pluviômetros do PMRA do ipen. 13 de 19

Tabela 6 Concentração de 7 Be (Bq/L) em precipitação pluviométrica PL01 PL02 PL03 PL04 Janeiro/04 6 ± 1 Fevereiro/04 4 ± 1 Março/04 0,4 ± 0,1 5 ± 1 6 ± 1 Maio/04 5 ± 1 8± 1 Novembro/04 5± 1 Dezembro/04 4 ± 1 4.3 Amostragem de ar No primeiro semestre de 2004 não houve amostragem de ar, pois os filtros de carvão são importados e somente chegaram em junho de 2004. Neste relatório são apresentados somente os resultados da análise dos filtros de carvão da amostragem do ar para os amostradores colocados perto da Torre Meteorológica (alto volume) e do Centro de Radiofarmácia (baixo volume), no período de junho a dezembro de 2004. Por problemas operacionais, os filtros de papel não foram medidos na época da amostragem. Como os radionuclídeos de interesse, 67 Ga, 123 I e 131 I apresentam meia-vida curta (3,26 d, 13,2 h e 8 d, respectivamente), uma medida posterior torna-se desnecessária. O período de amostragem é quinzenal e os filtros foram trocados em semanas alternadas nos dois amostradores de ar. Na análise, somente o 131 I foi encontrado em concentrações acima do limite de detecção do sistema de contagem. A Tabela 7 mostra os limites de detecção do sistema de contagem para 67 Ga, 123 I e 131 I e a Figura 8 mostra as concentrações de 131 I, em Bq/m 3 determinadas a partir da amostragem do ar para os amostradores colocados perto da Torre Meteorológica e do Centro de Radiofarmácia (Tabela 5). 14 de 19

Tabela 7 - Limites de detecção (LID) do sistema de contagem para filtro de carvão de amostragem do ar. RADIONUCLÍDEO LID (Bq/m 3 ) 67 Ga 0,4 123 I 28 131 I 0,2 200 180 Amostrador TR/ ES I-131 2004 - Amostrador TR - Amostrador ES 160 Concentração (Bq/m 3) 140 120 100 80 60 40 20 0 25/06/04 02/07/04 08/07/04 16/07/04 23/07/04 30/07/04 06/08/04 13/08/04 20/08/04 27/08/04 03/09/04 10/09/04 17/09/04 24/09/04 Data de coleta 01/10/04 09/10/04 15/10/04 22/10/04 29/10/04 05/11/04 12/11/04 19/11/04 26/11/04 03/12/04 10/12/04 17/12/04 29/12/04 Fig. 8 Concentração de I-131 no ar, amostrador TR (Torre Meteorológica) e amostrador ES (Centro de Radiofarmácia) 15 de 19

4.4 Radiação Direta no Meio Ambiente A exposição externa anual em μc/kg para cada estação de monitoramento é calculada integrando os dados trimestrais. A radiação de fundo média anual nas cercanias do ipen é calculada considerando os resultados trimestrais para as 10 estações de monitoramento consideradas fora da influência das instalações do ipen. A dose equivalente é calculada conforme os procedimentos do ICRP-60 7. A Figura 9 mostra as doses equivalentes para os 5 pontos de níveis máximos previstos e para a radiação de fundo média anual ao redor das instalações do ipen. TL PMRA IPEN 2004 4 3,5 3 2,5 H (msv/ano) 2 1,5 1 0,5 0 curva sítio TLD#2 ciclotron TLD#3 em frente ao sítio TLD#4 bunker TLD#8 reprocessamento TLD#27 DOSE SOMENTE DEVIDO À INSTALAÇÃO (DESCONTADO BG) BG médio anual Fig. 9 Doses equivalentes devidas à radiação gama no meio ambiente para as instalações do ipen e nas cercanias, determinadas a partir de dosimetros termoluminescentes. 16 de 19

5. Discussão e Conclusão Os resultados de todas as amostras mostram-se coerentes, quando analisados em conjunto, com exceção da concentração de trício no poço AP06 de coleta de água subterrânea, que apresentou valores muito acima das concentrações dos outros poços. O responsável pela Diretoria de Segurança Radiológica (DSR) foi oportunamente comunicado do ocorrido. Para a água subterrânea, os resultados para os radionuclídeos artificiais emissores gama do termo-fonte estão sempre abaixo do limite de detecção do sistema de contagem. As taxas de contagem observadas para os radionuclídeos naturais das séries do 238 U ( 214 Pb e 214 Bi), 232 Th ( 228 Ac, 212 Pb 212 Bi e 208 Tl) e 235 U indicam não ter ocorrido variação estatisticamente significativa na atividade natural. Todos os resultados estão dentro da faixa de radioatividade natural esperada para amostras ambientais. Para a precipitação pluviométrica, somente 7 Be foi encontrado em concentrações acima do limite de detecção do sistema de contagem. Os resultados das concentrações de 131 I, obtidos para os amostradores de ar na vizinhança do Centro de Radiofarmácia (ES) e do Centro de Tecnologia das Radiações (TR), acima dos limites da norma CNEN-NE-6.05 1, estão coerentes com aqueles obtidos na amostragem realizada nas próprias instalações CR e CTR. Os valores mais altos para a radiação externa, obtidos com dosímetros termoluminescentes, foram encontrados sempre nas proximidades do ciclotron (CAC), da Unidade Integrada de Tratamento e Armazenamento de Rejeitos (UITAR) e da instalação para calibração de instrumentos e irradiação de amostras com radiação gama e X (CMR/LCI - bunker) (pontos 2, 4 e 8), como conseqüência da operação normal do ciclotron. Para os pontos fora da influência direta das instalações nucleares e radioativas do ipen, o valor médio da radiação de fundo (RF) é sempre da ordem de valores obtidos por outros pesquisadores para a cidade de São Paulo 8. A dose equivalente devida à exposição da radiação gama no meio ambiente, obtida com os dosímetros termoluminescentes foi calculada segundo os procedimentos do ICRP 60 7. Os maiores valores foram obtidos para os pontos de máxima concentração prevista (1,35 msv/a e 3,84 msv/a perto da UITAR e 2,96 msv/a em cima do bunker) e são conseqüência da operação normal do ciclotron. A dose equivalente anual de 2004 encontrada para a radiação de fundo no ipen é 1,01 msv/a. Cabe ressaltar que, não havendo dados de monitoração ambiental pré-operacional para o reator IEA-R1, em operação normal desde a década de 1960, não há como comparar os resultados atuais. Contudo, os resultados da monitoração da radiação direta no meio 17 de 19

ambiente desde 1993 mostram que a dose equivalente anual permaneceu constante e igual ao valor de1 msv/a, recomendado pelo ICRP-60 9 para o indivíduo do público. Todos os resultados obtidos até o momento confirmam que a liberação dos efluentes radioativos líquidos e gasosos provenientes da operação normal das instalações nucleares e radioativas do ipen está sendo devidamente controlada. De acordo com o PMRA do ipen, em 2004, o impacto radiológico provocado pelo conjunto de liberações líquidas e gasosas de material radioativo de todas as instalações do ipen foi desprezível, quando comparado com os limites recomendados pela norma vigente no país 10. 5. Referências Bibliográficas 1. Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativas. 1985. (CNEN-NE-6.05-85). 2. INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY Objectives and design of environmental monitoring programmes for radioactive contaminants. Vienna. 1975. (IAEA-SS-41). 3. INTERNATIONAL ATOMIC ENERGY AGENCY Generic models for use in assessing the impact of discharges of radioactive substances to the environment.. Vienna, 2001 (Safety Report Series Nr. 19) 4. Relatório de avaliação das doses efetivas nos grupos críticos da população decorrentes da operação rotineira das instalações do IPEN no ano de 2004. Documento interno LRA/CMR. São Paulo, junho 2005. 5. P. R. Nogueira Avaliação da dispersão atmosférica dos efluentes gasosos Dissertação de mestrado, IPT, São Paulo, 2005. 6. V.M.F. Jacomino e M.F. Maduar Monitoração Ambiental nas Imediações de Instalações Nucleares. São Paulo, fevereiro, 1992, IPEN-Pub-363. 7. INTERNATIONAL COMMISSION ON RADIOLOGICAL PROTECTION. 1990 Recommendations of the international commission on radiological protection. Pergamon Press. Oxford, 1991. (ICRP-60) 8. Yoshimura E.M., Otsubo S.M. and Oliveira, R.E.R. Gamma ray contribution to the ambient dose rate in the city of São Paulo, Brazil. Radiat. Meas. 38 (2004) 51 9. B. R. S. PECEQUILO, M. P. CAMPOS, M. M. ALENCAR and M. B. NISTI Ipen Environmental Monitoring Programme: Assessment of the Gamma Radiation Levels with Thermoluminescent Dosimeters, Recent Advances in Multidisciplinar Applied Physics - Proceedings of the First International Meeting on Applied Physics (APHYS- 2003), p.573-9, Elsevier, The Nederlands, 2005. 18 de 19

10. Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica NN - 3.01.. janeiro, 2005 (CNEN-NN-3.01). Revisão Elaborado Aprovado Data 00 Brigitte R. S. Pecequilo LRA/CMR Barbara P. Mazzilli Responsável LRA/CMR Linda Caldas Diretora DSR 30/09/2005 19 de 19