Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional 1 Março de 2018 A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 0,3%, em janeiro de 2018, no acumulado de 12 meses, ocupando a décima primeira posição no ranking dos quatorze estados que participam da PIM-PF, acima do Espírito Santo (-0,7%), Pernambuco (-2,3%) e Pará (-5,6%). Os seguintes estados apresentaram crescimento no acumulado: Amazonas (7,3%), Rio de Janeiro (5,4%), Santa Catarina (5,0%), São Paulo (3,9%), Paraná (3,7%), Goiás (3,4%), Mato Grosso (3,0%), Ceará (2,7%), Minas Gerais (1,7%), Rio Grande do Sul (0,9%). Na média, a Indústria de Transformação nacional apresentou crescimento de 2,7%. Em relação à Indústria de Transformação baiana, cinco dos onze segmentos analisados apresentaram queda em termos anualizados: Equipamentos de Informática (-56,7%), Metalurgia (-23,0%, mercado enfraquecido e influência de uma parada para manutenção da Paranapanema iniciada no fim de março de 2017), Refino de petróleo e biocombustíveis, setor que representa 29,0% do VTI da Indústria de Transformação, vide gráfico em anexo (-9,1%, devido a paradas programadas nos meses de janeiro, fevereiro, novembro e dezembro da RLAM, além do crescimento da concorrência dos combustíveis importados), Minerais não metálicos (-4,2%) e Celulose e Papel (-2,5%). Por outro lado, cinco segmentos apresentaram crescimento na produção: Veículos automotores (38,3%, maior fabricação de automóveis com a boa evolução do mercado automotivo), Borracha e Plástico (6,4%), Alimentos (3,8%), Couro e Calçados (3,6%), Bebidas (2,0%), e Produtos Químicos (0,3%). Na comparação de janeiro de 2018 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou variação positiva (5,5%), enquanto a indústria nacional registrou alta de 6,7%. Seis segmentos apresentaram crescimento: Veículos Automotores (39,5%, impulsionados pela maior fabricação de automóveis), Equipamentos de Informática (38,6%), Metalurgia (18,1%, incremento na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Bebidas (12,7%, maior produção de refrigerantes, cervejas e chope), Alimentos (12,2%, maior produção de tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto e refinado) e Borracha e Plástico (0,8%). De modo contrário, os seguintes segmentos apresentaram queda: Minerais não metálicos (-14,6%, redução na produção de ladrilhos, placas e azulejos 1 A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries. 1
de cerâmica para pavimentação ou revestimento, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto, massa de concreto preparada para construção e cimentos Portland ), Couro e Calçados (-9,3%, queda na produção de tênis de material sintético montado e calçados femininos de material sintético montado), Produtos Químicos (-2,4%, pela menor produção de benzeno, propeno não-saturado e etileno não-saturado), Celulose e Papel (-1,6%), e Refino de petróleo e biocombustíveis (-0,6%). O Brasil iniciou a superação de uma profunda crise econômica e institucional. Reflexo dessa retomada, é o contínuo resultado positivo da produção na Indústria de Transformação nacional, que tem, a passos lentos, melhorado seu desempenho. O avanço da Indústria de Transformação baiana progride em um ritmo menor, uma vez que os impactos oriundos do segmento de Refino de Petróleo e Biocombustíveis ainda contribuem negativamente. Resultados muito positivos no setor de Veículos Automotores têm atenuado os resultados ruins do referido segmento, que contribui com 29% do VTI. Além deste, os setores de Alimentos, Borracha e Plástico, e Metalurgia apresentam bons resultados. Refletindo o início do ciclo de retomada, o PIB Brasil 2017 cresceu 1,0% em relação ao ano anterior, de acordo com o IBGE, e o PIB Bahia cresceu 0,4%, de acordo com a SEI. O ano de 2018 será importante para a consolidação do crescimento econômico, bem como os resultados das eleições e os rumos inerentes às imprescindíveis Reformas influenciarão os próximos meses no país. Importante a condução de políticas econômicas previsíveis para o fomento ao investimento privado e, consequentemente, sustentabilidade do crescimento. Conforme informações do Banco Central (relatório Focus, 02/03/2018), as expectativas de mercado para 2018 são: (i) inflação (IPCA) de 3,7%; (ii) Selic em 6,75%; (iii) crescimento de 3,9% na produção industrial; e (iv) crescimento de 2,9% no PIB. 2
Tabelas PIM-PF Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual) Estados Jan 18 / Jan 17 Fev 17-Jan 18 / Fev 16-Jan 17 São Paulo 7,5 3,9 Minas Gerais 9,5 1,7 Rio de Janeiro 9,4 5,4 Paraná -1,7 3,7 Rio Grande do Sul 6,6 0,9 Santa Catarina 10,9 5,0 Bahia 5,5-0,3 Amazonas 36,5 7,3 Pará -5,2-5,6 Espírito Santo -11,0-0,7 Goiás 3,1 3,4 Pernambuco -2,4-2,3 Ceará 4,9 2,7 Mato Grosso -0,4 3,0 Brasil 6,7 2,7 Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI 3
Bahia: PIM-PF de Janeiro de 2018 (variação percentual) Jan 18 / Jan 17 Fev 17-Jan 18 / Fev 16-Jan 17 Indústria de Transformação 5,5-0,3 Refino de petróleo e biocombustíveis -0,6-9,1 Produtos químicos -2,4 0,3 Veículos automotores 39,5 38,3 Alimentos 12,2 3,8 Celulose e papel -1,6-2,5 Borracha e plástico 0,8 6,4 Metalurgia 18,1-23,0 Couro e Calçados -9,3 3,6 Minerais não metálicos -14,6-4,2 Equipamentos de Informática 38,6-56,7 Bebidas 12,7 2,0 Extrativa Mineral 10,4 5,0 Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI 4
Gráficos PIM-PF 5
Bahia: PIM-PF de Janeiro de 2018 (variação percentual) Bebidas 12,7 2,0 Equipamentos de Informática 38,6-56,7 Minerais não metálicos -14,6-4,2 Couro e Calçados -9,3 3,6 Metalurgia 18,1-23,0 Borracha e plástico 0,8 6,4 Celulose e papel -1,6-2,5 Alimentos 12,2 3,8 Veículos automotores 39,5 38,3 Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis -2,4-0,6-9,1 0,3 Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação Acumulada (Jan 18 / Jan 17) Variação em 12 meses (Fev 17 - Jan 18 / Fev 16 - Jan 17) 6
ANEXO Matriz da Indústria de Transformação Baiana Fonte: Pesquisa Industrial Anual 2015. IBGE. 7