1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Avenida Presidente Tancredo Neves, 2501 Terra Firme Cep: 66077-530-Caixa Postal, 917-Belém Pará Tel.: (91)3210-5166 Fax: (91)3274-3814 RESOLUÇÃO N.º 134 DE 13 DE JUNHO DE 2018 Define as diretrizes gerais do trabalho dos profissionais da área Pedagógica da Universidade Federal Rural da Amazônia. O Reitor da Universidade Federal Rural da Amazônia, no uso de suas atribuições e tendo em vista o que deliberou o Conselho de Administração, em sessão realizada no dia 13 de junho de 2018. Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, artigo 61 e 64, que trata dos profissionais de educação; Considerando a Lei Nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de Educação e dá outras providências. Considerando o Ofício Circular Nº 015, de 28 de novembro de 2005, CGGP/SAA/SE/MEC, encaminhando a descrição dos cargos técnico-administrativos em educação, que foram autorizados pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão para concurso público. RESOLVE: APROVAR as diretrizes gerais do trabalho dos profissionais da área Pedagógica da Universidade Federal Rural da Amazônia. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Art. 1º Considerando as particularidades e complexidades de cada setor e Campus desta Universidade, principalmente no que se refere à organização didático-pedagógica, a qual compreende diferentes áreas de conhecimento, dispostas em cada curso de graduação, com suas especificidades e também pela expansão estrutural da instituição, e
2 de seu quadro funcional, faz-se necessário estabelecer e regulamentar o trabalho dos profissionais da área Pedagógica na Ufra. CAPÍTULO II DO OBJETIVO Art. 2º Este regulamento tem como objetivo definir as características, as condições, o campo de atuação e normatizar o trabalho desenvolvido pelos profissionais da área pedagógica, (ocupantes do cargo de Pedagogo ou de Técnico em Assuntos Educacionais, no âmbito da UFRA). CAPÍTULO III DA NATUREZA, COMPOSIÇÃO E FINALIDADE Art. 3º Os profissionais da área pedagógica têm como atribuição proporcionar à comunidade acadêmica, assistência didática, inclusiva e pedagógica, a fim de: I - contribuir com o planejamento e implementação de políticas e ações educacionais, visando à melhoria do processo ensino - aprendizagem; II - colaborar com a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão; III - difundir novos saberes e legislações educacionais e orientar o processo educativo aos entes que compõe as modalidades de ensino ofertadas pela instituição. Parágrafo único. As ações de educação inclusiva podem ser realizadas em parceria com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis - PROAES, Núcleo Amazônico de Inclusão, Tecnologia e Acessibilidade - ACESSAR, e com outras unidades e instituições. Art. 4º O/a Pedagogo/a é o profissional do magistério que atua na organização e gestão do ensino, sendo um dos responsáveis por viabilizar o trabalho pedagógico coletivo e facilitar o processo comunicativo da comunidade acadêmica e de associações a ela vinculadas. 1º O/a Pedagogo/a deve ser portador de diploma obtido em Instituição de Ensino Superior, devidamente credenciada por autoridade competente no respectivo Sistema de Ensino, a partir da conclusão, com aproveitamento de curso de graduação em Pedagogia. 2º Os/as Técnicos/as em Assuntos Educacionais poderão contribuir com as atividades de competência de natureza específica dos/as Pedagogos/as, desde que sejam portadores de diploma de Pedagogia, obtido em Instituição de Ensino Superior, devidamente credenciada por autoridade competente no respectivo Sistema de Ensino.
3 Art. 5º O/ A Técnico/a em Assuntos Educacionais é o profissional do magistério que atua na organização e gestão do ensino, sendo um dos responsáveis por assegurar a regularidade do processo educativo. 1º O/A Técnico/a em Assuntos Educacionais deve ser portador/a de diploma obtido em Instituição de Ensino Superior, devidamente credenciada por autoridade competente no respectivo Sistema de Ensino, a partir da conclusão com o aproveitamento de curso de graduação em Pedagogia ou licenciatura em qualquer área de conhecimento. 2º Os/As Técnicos/as em Assuntos Educacionais poderão contribuir com as atividades da área pedagógica, desde que se observe a natureza e especificidade de atuação e formação dos profissionais. Art. 6º Os (as) Pedagogos/as e os/as Técnicos/as em Assuntos Educacionais, conforme necessidade, poderão integrar a equipe multidisciplinar, composta por Psicólogos, Assistentes Sociais, bem como outros profissionais da área da saúde (Enfermeiros, Médicos, odontólogos, Nutricionistas, dentre outros), servidores da Ufra, responsáveis por desenvolver ações conjuntas de acompanhamento de discentes e/ou docentes, e deverão trabalhar de maneira integrada e colaborativa com todos estes profissionais, lotados nos diferentes Campi da Ufra. CAPÍTULO IV DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO Art. 7º Em consonância com a Lei Nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, a instituição se responsabilizará pela garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias para que Pedagogos (a)s, e Técnicos (os) em Assuntos Educacionais realizem suas atividades. CAPÍTULO V DAS ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS Art. 8º As atividades dos profissionais da área pedagógica estão organizadas em três eixos principais: I - Acompanhamento e intervenção pedagógica no trabalho docente; II - Acompanhamento e intervenção pedagógica nas atividades discentes; III - Assessoria à Gestão e atividades didático-pedagógicas nas áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão.
4 Seção I Do Acompanhamento e intervenção Pedagógica no Trabalho Docente Art. 9º As atividades de acompanhamento e intervenção pedagógica ao trabalho docente tem como objetivo subsidiar o processo de ensino aprendizagem por meio das seguintes ações estratégicas: I - orientar e acompanhar pedagogicamente o corpo docente na organização didático pedagógica das disciplinas por eles ministradas, por meio da avaliação de desempenho docente, realizada semestralmente pela PROEN/DAP, solicitação de Diretores (Institutos e Campi), da PROEN ou processos (administrativos ou de sindicância); a) a avaliação de desempenho docente, será realizada semestralmente pela DAP, (conforme calendário acadêmico da Instituição) ocasião em que são elaborados gráficos e relatórios por instituto/campi/curso, cuja finalidade é oferecer informações (aos diretores, coordenadores de curso e docentes) para que possam subsidiar as ações em prol da qualidade do ensino; b) logo após a liberação dos resultados das Avaliações no SIGAA, os profissionais da área pedagógica de cada Campus, identificam, entre outras questões, as médias abaixo de 05 pontos, o que caracteriza o conceito insuficiente. Inicia-se então, o Planejamento para o atendimento individual aos docentes com baixo rendimento (realizado pela equipe pedagógica, com a participação da direção do campus/instituto ao qual o professor está vinculado) e tem como objetivos: conhecer o ponto de vista do professor sobre os fatores que prejudicaram sua atuação, analisar pontos específicos desses indicadores, oferecer apoio pedagógico em questões como: metodologia; relação professor aluno; uso de tecnologias de informação e comunicação no processo ensinoaprendizagem (SIGAA), assessoria em fases de planejamento, execução e avaliação de disciplina no semestre letivo; c) Os Relatórios elaborados pela DAP serão entregues aos profissionais da área pedagógica, juntamente com os comentários referentes aos docentes e turmas, para que sejam realizados os atendimentos e outras ações que se fizerem necessárias, principalmente no que tange ao planejamento e execução de cursos de formação Pedagógica ou de amparo à saúde do docente (nos quais serão abordados, preferencialmente, os tópicos que obtiveram os menores índices na avaliação de desempenho semestral). Os comentários, em envelopes lacrados, serão entregues, exclusivamente, aos docentes para os quais são destinados. d) após completar um ciclo anual, são identificados os docentes que atingiram médias entre 09 e 10 pontos, em uma ou mais turmas (conceito excelente), e após análise dos critérios estabelecidos, a PROEN/DAP enviará aos profissionais da área pedagógica,
5 carta nominal de reconhecimento de desempenho, a ser entregue aos respectivos docentes. O mesmo procedimento será direcionado aos professores que conseguirem significativo avanço na avaliação por disciplina; e) passados 10 dias de finalização do semestre letivo (conforme calendário acadêmico), os profissionais da área pedagógica devem enviar Relatório de Acompanhamento de Docentes, conforme modelos estabelecidos, para subsidiar o Relatório Geral de Avaliação de Desempenho emitido pela PROEN/DAP. II - orientar e acompanhar pedagogicamente a organização do Planejamento de Ensino, metodologias, interdisciplinaridade, recursos e instrumentos de planejamento e avaliação de aprendizagem, por meio de reuniões sistemáticas, individuais e/ou seminários, encontros, cursos, oficinas e grupos de estudos, dentre outros, com vista ao aperfeiçoamento do trabalho docente; III - participar das comissões de Elaboração, revisão e acompanhamento dos projetos pedagógicos de Curso PPC, em articulação com as comissões, coordenações de curso, Núcleo Docente Estruturante - NDE e Colegiados de curso, quando necessário; IV acompanhar, prestar apoio e suporte/técnico-pedagógico aos processos de avaliação interna e externa; V - emitir parecer a respeito de Projetos Pedagógicos confeccionados nos Campi, fazendo uso de toda legislação e documentos institucionais referentes ao curso (PPI, PDI, diretrizes Curriculares e outras normatizações que se fizerem necessárias). Em primeira instância, são avaliados pela equipe pedagógica da Unidade e em seguida, pela DAP. Os documentos que não estão em conformidade, retornam às comissões, e os que estão de acordo, são encaminhados ao (à) Pró-Reitor (a) de Ensino, com Parecer Final, para envio ao Conselho deliberativo (CONSUN, CONSEPE ou CONSAD); VI - desenvolver instrumentos de orientação pedagógica (manuais, guias, dentre outros) que visem apoiar o corpo docente no processo de planejamento e execução de sua prática. Seção II Do Acompanhamento e intervenção Pedagógica ao corpo discente Art. 10 As atividades de acompanhamento e intervenção pedagógica ao trabalho com o corpo discente tem como objetivo subsidiar o processo de ensino aprendizagem por meio das seguintes ações estratégicas: I - acompanhar e intervir no processo de ensino - aprendizagem com base nos relatos docentes e discentes, e de outros, buscando otimizar o desempenho escolar;
6 II - acompanhar o desenvolvimento do processo de aprendizagem dos estudantes em colaboração com a família (quando necessário), desenvolvendo ações como: reuniões entre familiares e discentes, em parceria com as coordenações de curso, equipe multiprofissional (Campi do interior) e PROAES (Campus Belém); III - elaborar e coordenar a execução de projetos de intervenção educativa a partir de diagnóstico de situações problema no processo de ensino-aprendizagem, em parceria com a equipe multiprofissional (Campi do interior) e PROAES (Campus Belém); IV - realizar atendimento aos estudantes: de modo individual ou em grupo, por demanda espontânea, por encaminhamento da coordenação de curso, docentes ou por outros profissionais, para análise e reflexão dos problemas concernentes à vida acadêmica, dando os devidos encaminhamentos; V- identificar, atender e/ ou encaminhar discentes com necessidades específicas aos serviços oferecidos pelo ACESSAR, pela equipe multiprofissional (Campi do interior) e PROAES (Campus Belém); VI - orientar os/as estudantes na organização de atividades acadêmicas, auxiliando-os na elaboração de rotinas e estratégias de estudos adequadas; VII - identificar, acompanhar e orientar os/as discentes propensos/as à evasão e aqueles/as em situação de retenção, a fim de desenvolver estratégias conjuntas com outros profissionais da área de interesse, para permanência e êxito no processo de aprendizagem; a) - avaliar e discutir os índices de evasão e repetência em parceria com as coordenações curso, docentes e outros profissionais, com vista à tomada de decisões junto aos gestores e demais profissionais envolvidos no processo de ensino aprendizagem; VIII - realizar o acompanhamento pedagógico contínuo aos estudantes que recebem o auxilio referente ao Programa Nacional de Assistência Estudantil PNAES; XIX - apoiar, propor e acompanhar o desenvolvimento de projetos de intervenção (baixo aproveitamento, indisciplina, evasão, permanência e êxito, motivação, bullying, etc); X - trabalhar em parceria com os professores para compreender a realidade de cada estudante, suas características e possíveis dificuldades de aprendizagem, bem como auxiliar na busca de estratégias de promoção da motivação dos discentes para os estudos;
7 a) auxiliar o professor a criar e aplicar métodos de ensino adaptados para a realidade de estudantes com dificuldade de aprendizagem; XI - apoiar os trabalhos dos Representantes de Turmas, Representantes de curso e Diretórios Acadêmicos; Parágrafo único. As atividades descritas no inciso V serão realizadas pelos profissionais da área pedagógica lotados na DAP/PROEN e nos Campi. Seção III Assessoria Institucional nas áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão Art. 11 Os/as servidores/as da área pedagógica atuarão na inovação e no aperfeiçoamento do processo educativo e na execução da política educacional da UFRA, observando o princípio da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, servindo a cada uma destas por oportuno, dedicando-se à: I - manter-se atualizada/o acerca da legislação da Educação Básica e Superior; a) colaborar com os trabalhos de comissões nos aspectos relacionados à Legislação Educacional e questões pedagógicas; b) assessorar tecnicamente, as Pró-Reitorias, Diretorias (institutos/campi), Núcleos, coordenações de curso, comissões de PPC, com foco no atendimento à legislação vigente; II - fomentar, propor ações e participar de discussões a respeito de Inclusão no Ensino Superior e Ações Afirmativas; III colaborar no processo de atualização e organização dos PPCs; IV - Participar do processo de elaboração e revisão dos documentos institucionais, tais como Projeto Pedagógico Institucional, Plano de Desenvolvimento Institucional e Projeto Pedagógico de Cursos de graduação. V - participar de comissões de Processos Seletivos (monitoria, estágio, Pets, dentre outros) e de concurso para cargo docente (efetivos ou temporários), conforme a legislação vigente; VI - assessoramento administrativo e pedagógico nos programas de Ensino (Monitoria, Pets, tutoria, dentre outros); a) as demandas administrativas podem ser realizadas conforme as designações do Campus, porém, a parte pedagógica é dever de ofício da área; VII - contribuição em projetos de ensino, pesquisa e extensão e inovação tendo como princípio a vinculação estreita com a ciência, cultura e tecnologia;
8 VIII - contribuir com as atividades voltadas para o planejamento, a implantação e o acompanhamento dos cursos ofertados pela UFRA; IX - promover, coordenar, implementar e zelar por ações inclusivas no acesso, permanência e êxito no ensino; X - dar informações e orientar a comunidade externa e interna quanto aos cursos ofertados pela instituição, por meio de palestras ou outras atividades, juntamente com as coordenações de curso e/ou Pró-Reitoria de Ensino e/ou Extensão; XI - assessorar a seleção de professores da UFRA; a) participar de bancas de seleção de professores efetivos e substitutos; b) acolher, orientar e contribuir na capacitação dos novos docentes; XII - planejar, divulgar, apoiar, propor, coordenar e acompanhar programas e cursos de capacitação e formação pedagógica; XIII - atender ao público interno e externo, no que se refere às normas da instituição e demais questões relativas ao ensino; XIV - prestar assessoria aos órgãos colegiados da instituição; XV - integrar comissões institucionais inerentes ao fazer pedagógico; XVI - integrar núcleos de estudo e pesquisa inerentes à área da educação; XVII - colaborar com a concepção, implementação e avaliação de programas de pósgraduação stricto sensu e lato sensu; XVIII - propor, apoiar, desenvolver e participar de projetos de extensão; XIX - contribuir com o planejamento de programas e projetos de acompanhamento de egressos; XX - contribuir na concepção de políticas e nos trabalhos da Coordenação de Ingresso de estudantes; XXI - zelar pela garantia da qualidade do ensino e executar outras funções correlatas aos cargos ou definidas pela legislação e regulamentos institucionais. Parágrafo único: Anualmente (até o penúltimo dia útil do ano em curso), os profissionais dos Campi enviarão à DAP, os relatórios de todas as atividades pedagógicas, para fins de elaboração do Relatório Geral das atividades pedagógicas da Ufra. CAPÍTULO VI DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA ÁREA PEDAGÓGICA
9 Art. 12 As atividades dos profissionais da área pedagógica, relacionadas às políticas de ensino da Ufra, seguirão as diretrizes estabelecidas pela Pró-Reitoria de Ensino. Parágrafo Único: as prestações de contas dos profissionais da área pedagógica, tais como: entrega de frequência, Avaliação de Desempenho, solicitações referentes a capacitações (inclusive, aquelas voltadas a questões pedagógicas), bem como outras solicitações de diversas ordens e demais ações que não estejam relacionadas a políticas de ensino, estarão sob jurisdição do setor em que estão lotados/as. Art. 13 A realização de algumas atividades da área pedagógica descritas nos capítulos anteriores estão condicionadas à existência de ações colaborativas entre docentes, coordenadores de curso, colegiados de curso, NDE, Pró-Reitorias de Ensino, Pesquisa e Extensão, em processo de Assessoria, orientação e articulação com estas equipes. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 14 O cumprimento desta Instrução Normativa está condicionado ao planejamento prévio das ações, para adequação do trabalho pedagógico aos princípios aqui descritos, realizados em conjunto com os demais profissionais e setores já citados. Assim como condições estruturais e financeiras para realizar algumas ações. Art. 15 Este regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação por ato administrativo superior com publicação do respectivo ato. O mesmo poderá ser revisado a cada dois anos.