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Transcrição:

GRÉCIA REPÚBLICA HELÉNICA Chefe de Estado: Karolos Papoulias Chefe de Governo: George Papandreou Pena de morte: abolicionista para todos os crimes População: 11,2 milhões Esperança média de vida: 79,7 anos Taxa de mortalidade menores de 5 anos (m/f: 5/4 por 1000 Taxa de literacia nos adultos: 97 por cento Continuaram as alegações de uso excessivo da força e maus-tratos por parte das forças de segurança. A Grécia continuou a não ter um sistema de asilo funcional. As deficientes condições de detenção nos postos da guarda fronteiriça e centros de detenção de imigrantes continuaram a causar preocupação. Os incidentes de violência racista contra migrantes e requerentes de asilo aumentaram. Antecedentes A grave crise financeira na Grécia levou o país a pedir e acordar um pacote de resgate da UE, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu. Os profundos cortes orçamentais aprovados pelo Parlamento em Maio estiveram na origem de uma série de manifestações convocadas pelos sindicatos antes e depois da sua aprovação. A 5 de Maio, três funcionários bancários morreram durante uma manifestação em Atenas contra as medidas de austeridade, quando atacantes não identificados atiraram uma bomba incendiária ao banco. Grupos armados da oposição continuaram a levar a cabo ataques à bomba. Em Junho, a explosão de uma encomenda armadilhada no Ministério da Protecção Civil, em Atenas, causou a morte de um assessor do ministro. Também em Junho, um jornalista grego foi morto por atacantes armados em Atenas. Em Novembro, uma série de encomendas armadilhadas endereçadas a embaixadas estrangeiras na Grécia, ao Parlamento, a organizações internacionais e a alguns chefes de Estado da UE foram detectadas e destruídas pelas autoridades. Em Março, entrou em vigor nova legislação possibilitando que as crianças migrantes adquirissem a nacionalidade grega mediante certos requisitos. Tortura e outras formas de maus-tratos Houve relatos de uso indiscriminado e excessivo de gás lacrimogéneo e outros produtos químicos e de uso excessivo da força contra manifestantes durante protestos. Foi denunciado o uso excessivo de força contra manifestantes pacíficos durante uma manifestação para assinalar o segundo aniversário da morte de Alexandros Gregoropoulos, a 6 de Dezembro. Vários manifestantes tiveram, segundo as informações, que receber assistência hospitalar, incluindo cerca de 45 com lesões cranianas e outros ferimentos, e cerca de 30 devido ao uso excessivo de gás lacrimogéneo e outros produtos químicos. Segundo as informações, alguns polícias

antimotim alegadamente espancaram e feriram um repórter fotográfico e um fotógrafo que cobriam a manifestação. Continuaram os relatos de maus-tratos por parte das forças de segurança, incluindo contra membros de grupos vulneráveis como requerentes de asilo detidos e migrantes ilegais. Houve alegações de espancamentos graves de vários migrantes ilegais e requerentes de asilo detidos no posto fronteiriço de Soufli, a 16 de Agosto. Os detidos tinham protestado contra as deficientes condições de detenção. Dois dias depois, três deles foram alegadamente espancados com gravidade na sequência de uma greve de fome encetada pelos detidos no dia seguinte ao primeiro incidente de maus-tratos. Em Outubro, um agente de uma unidade especial foi condenado a prisão perpétua por homicídio doloso por ter morto a tiro Alexis Gregoropoulos, de 15 anos, em Dezembro de 2008. Um segundo membro da mesma unidade especial foi condenado a 10 anos de prisão por cumplicidade em homicídio. Em Outubro, no final da sua visita, o Relator Especial da ONU para a tortura apelou à ratificação do Protocolo Opcional da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes e a criação de um mecanismo independente e eficaz de queixas contra a polícia. Em Dezembro, começou a ser discutido um projecto de lei que previa a criação de um departamento destinado a lidar com incidentes de comportamento arbitrário por parte de elementos das forças de segurança. Mantinha-se a preocupação com a independência e eficácia do departamento proposto. Refugiados e migrantes As deficientes condições de detenção nos postos fronteiriços e nos centros de detenção de imigrantes continuaram a ser motivo de preocupação, incluindo sobrelotação, detenção prolongada em instalações não concebidas para estadias de longo termo, falta de higiene e de exercício físico e inexistência ou acesso limitado a cuidados médicos. Registou-se um aumento significativo no número de imigrantes ilegais e requerentes de asilo que chegaram à Grécia através da fronteira greco-turca de Evros. Em Outubro, o ACNUR, a agência da ONU para os refugiados, exortou o governo a tomar medidas urgentes para responder às necessidades humanitárias na região de Evros, incluindo o envio de funcionários suficientes e a adopção de medidas imediatas para garantir os padrões mínimos de dignidade humana nos centros de detenção. Foi manifestada preocupação relativamente ao envio para a região, a 2 de Novembro, de uma equipa de intervenção fronteiriça rápida do Frontex, a agência europeia das fronteiras exteriores. A Grécia continuou a não ter um sistema de concessão de asilo funcional, e as reformas amplamente adiadas estavam em processo de adopção no final do ano. Em Setembro, o ACNUR, a agência da ONU para os refugiados, chamou à situação de asilo na Grécia uma "crise humanitária" e exortou as autoridades gregas a acelerar a reforma do sistema de asilo. Os países europeus signatários do Regulamento Dublin II continuaram a agravar a crise humanitária grega ao insistirem em deportar requerentes de asilo para o país. O Decreto Presidencial transitório sobre os procedimentos de determinação de asilo (Decreto Presidencial 114/2010) entrou em vigor em Novembro. O decreto reintroduziu os recursos de primeira instância nos casos de asilo e outras formas de

protecção internacional e introduziu medidas provisórias para lidar com a extensa lista de pedidos de asilo pendentes, que era de cerca de 47 mil. O decreto confirmou a polícia como autoridade competente para a análise inicial de pedidos de asilo. A assistência jurídica gratuita continuou a só ser disponibilizada aos requerentes de asilo que apresentassem recurso junto do Conselho de Estado. Em Dezembro, um projecto de lei sobre a criação de uma nova autoridade de determinação de asilo, inteiramente constituída por funcionários civis, foi apresentada ao Parlamento. A lei previa ainda a criação de centros de acolhimento primários e procurava transpor para a legislação grega a Directiva sobre o Repatriamento da UE. Causou preocupação, entre outros pontos, a duração máxima da detenção preventiva prevista no projecto de lei. Os longos atrasos no processamento dos pedidos de asilo levou vários requerentes de asilo a entrarem em greve de fome em Atenas. Discriminação Os incidentes de violência racial contra migrantes e requerentes de asilo aumentaram, principalmente em Atenas. Alegadamente, a polícia não protegeu as vítimas da zona de Aghios Panteleimon, em Atenas, contra este tipo de ataques. Ciganos Numa decisão tornada pública em Maio, o Comité Europeu dos Direitos Sociais considerou que a Grécia tinha violado o Artigo 16 da Carta Social Europeia, uma vez que um número significativo de famílias ciganas continuava a viver sem as mínimas condições. O Comité afirmou ainda que os ciganos continuaram a ser vítimas de desalojamentos forçados sem terem suficiente acesso a compensação legal. Em Setembro, no caso Georgopoulos et al v. Grécia, o Comité dos Direitos do Homem das Nações Unidas considerou que a Grécia tinha violado o Convénio Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos ao demolir a casa de uma família cigana em 2006 e impedir a construção de uma nova casa no acampamento cigano de Riganokampos, no município de Patras. As ONG manifestaram a sua preocupação por as autoridades gregas não terem implementado o veredicto de 2008 do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem no caso Sampanis v. Grécia. Crianças ciganas, incluindo as queixosas naquele caso, continuaram a ser segregadas na educação e não foram tomadas medidas significativas para melhorar os índices de frequência escolar de crianças ciganas ou para garantir que a sua educação era plenamente integrada. Condições nas prisões Ao longo do ano continuaram a ser denunciados casos de deficientes condições de detenção e sobrelotação em muitas prisões. Em Dezembro, cerca de 8 mil reclusos em toda a Grécia recusaram as refeições e cerca de 1200 entraram em greve de fome para exigir, entre outras coisas, a resolução do problema da sobrelotação e melhorias nas condições de detenção.

Objectores de consciência Em Setembro, foi aprovada nova legislação sobre o direito à objecção de consciência, que previa uma pequena redução na duração do serviço cívico alternativo e abolia a passagem obrigatória à reserva dos objectores de consciência. Contudo, o período máximo de serviço cívico alternativo previsto na lei continuava a ser punitivo, sendo o dobro da duração do serviço militar normal. O serviço cívico alternativo reduzido, que era deixado à discrição do Ministério da Defesa Nacional, era susceptível de continuar a ser punitivo para a grande maioria dos recrutas. Os objectores de consciência continuaram a ser perseguidos de forma continuada. Em Fevereiro, o Tribunal Militar de Relação de Atenas confirmou a condenação por deserção do militar profissional Giorgos Monastiriotis pelo Tribunal Naval do Pireu e sentenciou-o a cinco meses de pena suspensa. Em 2003, Giorgos Monastiriotis tinha recusado seguir com a sua unidade para a guerra do Iraque, alegando razões de consciência. Tráfico de seres humanos Em Agosto, foi aprovada a Lei 3875/2010, implementando, entre outros, o Protocolo de Palermo da ONU para Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, de 2000. A Lei incluía emendas positivas, incluindo a concessão de protecção e apoio às vítimas de tráfico independentemente da sua cooperação na investigação e julgamento de alegados traficantes de acordo com o cumprimento de certos requisitos. Apesar de o governo ter anunciado em 2009 a criação de mais centros de acolhimento para mulheres vítimas de tráfico e violência doméstica, apenas se encontravam operacionais dois centros de acolhimento estatais com capacidade para 38 pessoas, e restava apenas um centro de acolhimento para vítimas de tráfico gerido por uma ONG, por falta de verbas. Direitos dos trabalhadores Mantiveram-se as preocupações relacionadas com o rigor da investigação criminal ao ataque contra Konstantina Kuneva, e o caso esteve novamente em risco de ser encerrado de forma permanente. No final do ano, na sequência de uma ordem do procurador, o caso foi agregado à investigação em curso sobre as condições de trabalho no sector das empresas de limpeza, o que significa que o processo se mantém activo. Konstantina Kuneva, uma dirigente sindical, foi gravemente ferida em Atenas a 22 de Dezembro de 2008, quando foi atacada com ácido sulfúrico por desconhecidos. Visitas/relatórios da Amnistia Internacional Um delegado da Amnistia Internacional visitou a Grécia em Abril e Outubro A Armadilha de Dublin II: Deportações de requerentes de asilo para a Grécia (EUR 25/001/2010) Parar os desalojamentos forçados de ciganos na Europa (EUR 01/005/2010) Grécia: Imigrantes ilegais e requerentes de asilo detidos rotineiramente em condições deficientes (EUR 25/002/2010)