GLOBAL SCIENCE AND TECHNOLOGY (ISSN ) DIFERENTES PRINCÍPIOS ATIVOS NO CONTROLE DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM OVINOS

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Transcrição:

GLOBAL SCIENCE AND TECHNOLOGY (ISSN 1984-3801) DIFERENTES PRINCÍPIOS ATIVOS NO CONTROLE DE HELMINTOS GASTRINTESTINAIS EM OVINOS Vanessa Villas Boas Rocco 1, Maria Juliana Ribeiro Lacerda 2*, Luiz Henrique Fernandes 3, Pedro Paulo Sobolow Souza 1, Kátia Cylene Guimarães 4 RESUMO: As endoparasitoses gastrintestinais são fatores limitantes na produção de ovinos em todo o mundo, causando consideráveis perdas econômicas no rebanho. Predominantemente, o controle químico é o método mais usado. Entretanto, frequentemente, detecta-se resistência dos parasitos aos anti-helmínticos. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficácia de diversos princípios ativos de drogas anti-helmínticas comerciais no controle de helmintos gastrintestinais de ovinos. Noventa e cinco borregas primíparas (raças Ile de France e Texel), com idade de sete a oito meses, foram agrupadas aleatoriamente em seis grupos, cada um com 16 animais. Cada grupo recebeu um dos seguintes tratamentos: 1) ivermectina + albendazol + levamisol (1 ml/4 kg Peso Vivo (PV); 2) moxidectina (1mL/50 kg PV); 3) triclorfon (1mL/kg PV); 4) closantel (1mL/ 25 kg PV); 5) cloridrato de levamisol (1mL/20 kg PV) e 6) ivermectina (1 ml/4 kg PV), aplicados via subcutânea. O número de ovos por grama de fezes foi determinado antes da aplicação dos tratamentos e após oito dias de sua aplicação. O princípio ativo moxidectina demonstrou maior eficácia (77%) no controle dos nematódeos gastrintestinais do rebanho estudado. Ivermectina não exerceu controle da verminose, apresentando a menor eficácia (0%) dentre os princípios ativos testados. Palavras-chave: OPG, endoparasitos, anti-helmínticos. DIFFERENT ACTIVE PRINCIPLES IN THE CONTROL OF SHEEP GASTROINTESTINAL HELMINTHS ABSTRACT: Gastrointestinal parasites are one of the most limiting factors on sheep production around the world causing several economic damages on sheep flock. Generally, chemical control is the most used method to control these helminths. However, anthelmintic resistance becomes an increasing problem. This work aimed to determine the efficacy of several active principles of commercial anthelmintics to control sheep gastrointestinal nematodes. Ninety five female sheep (Ile de France and Texel race), of seven to eight months old were separated in six groups of 16 animals each. Each group received one of the following treatments: 1) mixture of ivermectin, albendazole and levamisole (1 ml/4 kg of alive weight (AW); 2) moxidectin (1mL/50 kg of AW); 3) triclorfon (1mL/kg of AW); 4) closantel (1mL/ 25 kg of AW); 5) levamisole cloridrato (1mL/20 kg of AW) and 6) ivermectin (1 ml/4 kg of AW). The number of eggs per gram of feces was evaluated before treatment application and 8 days after application. Moxidectin showed the highest efficacy (77%) in the control of gastrointestinal nematodes. On the other hand, ivermectin had the lowest efficacy (0%). Keywords: EPG, endoparasites, anthelmintic. 1 Universidade de Rio Verde FESURV. Faculdade de Medicina Veterinária. Fazenda Fontes do Saber, Cp. 104. Rio Verde (GO). CEP: 75901-970. 2 Universidade Federal de Goiás UFG Câmpus Samambaia (Câmpus II). Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Cp. 131. Goiânia (GO). CEP: 74001-970. *E-mail: juliana_lacerdas@yahoo.com.br. *Autor para correspondência. 3 Estância BS. Setor Industrial. Rodovia Br 060, km 417, Rio Verde (GO). CEP: 75900-000. 4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Câmpus Rio Verde. Rod. Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Caixa Postal 66, Rio Verde (GO). CEP: 75901-970. Recebido em: 31/08/2011. Aprovado em: 07/08/2012.

Diferentes princípios ativos... 195 INTRODUÇÃO Na ovinocultura brasileira, é comum a criação de animais terminados a pasto, mas este sistema apresenta, na maioria das vezes, a desvantagem da contaminação dos animais por endoparasitas. Praticamente 100% dos animais criados a campo albergam uma ou mais espécies de nematódeos. A verminose pode acometer animais de qualquer sexo e idade. No entanto, o problema é mais severo nos cordeiros (COLDITZ et al., 1996) e em fêmeas no período do periparto (AMARANTE et al., 1992). Os nematódeos gastrintestinais são os parasitas que mais se destacam, causando infecções conhecidas como verminoses (AMARANTE, 2005), responsáveis por grande parte dos prejuízos da criação de ovinos no mundo (AMARAL et al. 2006), principalmente nas regiões tropicais (VIEIRA, 2003). Dentre os transtornos causados pelos nematódeos gastrintestinais, destacam-se a redução no consumo voluntário de alimentos e prejuízos à digestão e absorção de nutrientes (HOLMES, 1987). Isto acarreta redução no ganho de peso e produtividade, além de provocar o aumento da susceptibilidade à doenças diversas (BALDANI et al., 1999). O controle de nematódeos baseia-se principalmente no tratamento dos animais com anti-helmínticos químicos. No entanto, esta prática nem sempre se mostra efetiva devido ao surgimento, cada vez mais frequente, de populações de parasitas resistentes, o que compromete o controle de verminose (AMARANTE et al., 1992). De modo geral, há resistência em função da subdosagem e da persistência na utilização de uma única droga. A resistência anti-helmíntica constitui-se em um dos principais fatores limitantes à produção animal, uma vez que inviabiliza o controle efetivo da verminose dos pequenos ruminantes, com reflexo negativo nos índices produtivos. Segundo Colditz et al. (1996) a baixa resistência de ruminantes jovens aos endoparasitas tem sido verificada e parece estar associada a uma menor resposta imunológica contra esses parasitos. O primeiro relato de resistência a antihelmínticos em ovinos, no Brasil, foi no Rio Grande do Sul. Estudos posteriores também indicaram resistência anti-helmíntica em ovinos e outros ruminantes em outras regiões do Brasil (MEDEIROS et al., 2006). Vários fatores como a idade e o estado fisiológico podem afetar a resistência do hospedeiro. Outro fator que afeta a resistência do hospedeiro é a sua raça. Por exemplo, Rocha et al. (2005) relatam maior resistência de ovinos da raça Santa Inês aos helmintos àqueles de raças européias. A habilidade dos ovinos adquirirem e expressarem imunidade contra os nematódeos gastrintestinais é controlada geneticamente e varia substancialmente entre as diferentes raças, bem como entre os indivíduos de uma mesma raça (AMARANTE, 2005). Com o surgimento da resistência dos parasitos aos anti-helmínticos, novos estudos são necessários para avaliar a eficácia das mais variadas drogas e utilizá-las adequadamente. O presente trabalho teve como objetivo verificar a eficácia de diversos princípios ativos de drogas anti-helmínticas comerciais no controle de helmintos gastrintestinais em um rebanho ovino na região de Rio Verde, Goiás, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado em uma propriedade localizada no município de Rio Verde, GO. A área experimental tinha 3,0 ha de pastagem (Cynodon cv. Tifton) e foi dividida em três piquetes de 1,0 ha cada. A lotação dos piquetes foi de 30 borregas/ha. Utilizaram-se 95 borregas cruzadas, primíparas (todas dente de leite), das raças Ile de France e Texel, com idade de sete a oito meses, identificadas com tinta na lã e não sendo vermifugadas. No início do experimento, foram pesadas e colhidas amostras fecais dos animais e, com base nos resultados da pesagem, as borregas foram

V. V. B. Rocco et al. 196 distribuídas aleatoriamente para formar seis grupos, cada um contendo 16 animais. Cada grupo recebeu um dos seguintes tratamentos: ivermectina + albendazol + levamisol (1 ml/4 kg Peso Vivo (PV), moxidectina (1mL/50 kg PV), triclorfon (1mL/kg PV), closantel, (1mL/ 25 kg PV), cloridrato de levamisol (1mL/20 kg PV) e ivermectina (1 ml/4 kg PV), aplicados via subcutânea. As fezes foram coletadas diretamente da ampola retal com saco plástico, acondicionadas em isopor com gelo e levadas para laboratório para determinação do número de ovos de helmintos por grama de fezes (OPG), utilizando a câmara de McMaster, descrita por Gordon e Whitlock (1939). Esta técnica foi aprimorada no laboratório McMaster, da Universidade de Sidney, sendo a técnica mais utilizada no mundo para a contagem de ovos de endoparasitas (LOURENÇO, 2006). Amostras de fezes e a pesagem dos animais foram realizadas individualmente. A segunda coleta foi feita oito dias após o tratamento. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Duncan a 5% de probabilidade, utilizando o programa estatístico SAEG (2007). RESULTADOS E DISCUSSÃO Não foi detectada diferença entre os grupos de animais quanto ao OPG inicial (Figura 1). Os princípios ativos diferiram entre si, avaliando-se o OPG final, isto é, oito dias após sua aplicação, onde foi verificado que moxidectina e a mistura de ivermectina, albendazol e levamisol demonstraram maior eficácia de controle dos helmintos que os demais (Figura 1). 2500 2000 A* A* A* A* A a OPG 1500 1000 500 c c b b a A OPG inicial OPG final 0 Ivermectina + Albendazol + Levamisol Moxidectina Triclorfon Closantel Cloridato de Levamisol Ivermectina Princípio ativo Figura 1 - Eficácia de princípios ativos de anti-helmínticos comerciais utilizados no controle de parasitos de ovinos em Rio Verde, GO. Letras maiúsculas e minúsculas comparam OPG inicial e OPG final, respectivamente, nos diversos princípios ativos (Duncan, 5%) * indica média superior de cada princípio ativo (F, 5%). De modo geral, os princípios ativos demonstraram ampla variação no controle dos parasitos gastrintestinais (Tabela 1). Os resultados encontrados com o tratamento da ivermectina apresentaram uma eficácia de 0% (Tabela 1), concordando com Souza (1997), que realizou um levantamento de resistência anti-helmintíca em cinco regiões do Paraná e detectou resultado similar com o uso deste princípio ativo nos rebanhos ovinos Gl. Sci. Technol., Rio Verde, v. 05, n. 02, p.194 200, mai/ago. 2012.

Diferentes princípios ativos... 197 avaliados. Esse autor também constatou uma resistência de 86% e 88% para os princípios ativos moxidectina e closantel, respectivamente. Contrariamente, nas condições deste trabalho, moxidectina e closantel permitiram uma resistência equivalente a 23% e 52 %, respectivamente. Esta variação, provavelmente ocorreu pelas distintas condições edafoclimáticas em que ambas as avaliações ocorreram Tabela 1 - Percentual da eficácia dos princípios ativos de anti-helmínticos comerciais utilizados no controle de parasitos gastrintestinais de ovinos em Rio Verde, GO Princípio Ativo Eficácia (%) Ivermectina + Albendazol + Levamisol 71 Moxidectina 77 Triclorfon 45 Closantel 48 Cloridrato de Levamisol 30 Ivermectina 0 Segundo Siqueira (1993), a criação em áreas reduzidas, com pastoreio permanente e altas taxas de lotação favorecem o aumento das populações de helmintos. Segundo Amarante e Barbosa (1995), a época seca do ano, na Região Sudeste do Brasil, apresenta condições favoráveis à sobrevivência de larvas no ambiente. Para esses autores, a menor disponibilidade de forragem nesta época induz os ovinos a um pastejo mais baixo, aumentando a probabilidade dos animais se infestarem com larvas que migraram para o solo nas horas mais quentes do dia para se protegerem da dessecação pelos raios solares. Segundo Yamamoto et al. (2003), devido aos ovinos terem o hábito de pastejo rente ao solo, tradicionalmente, têm sido utilizadas pastagens com forrageiras de crescimento rasteiro ou de crescimento ereto, mas de pequeno porte. Tal situação parece facilitar a migração de larvas dos endoparasitas para a parte superior das forrageiras, favorecendo elevada ingestão de larvas infectantes, aumentando sensivelmente a carga endoparasitária destes animais. No Brasil, as criações de ovinos concentram-se nas Regiões Sul e Nordeste. Pelas peculiares condições edafoclimáticas destas regiões, naturalmente, espera-se que os rebanhos ovinos apresentem variação quanto à resistência anti-helmíntica aos nematódeos. Na Região Centro-Oeste brasileira, há escassez de informações relacionadas a este tema. Os resultados do presente estudo também são similares aos de Ramos et al. (2002), que observaram resistência a ivermectina em 77% das 65 propriedades, criadoras de ovinos, avaliadas. Por outro lado, esses valores diferem dos encontrados por Melo et al. (2003), que avaliaram a eficácia de ivermectina e levamisol em ovinos e caprinos e verificaram, nos ovinos, uma resistência de 41% e 59%, respectivamente. Cunha Filho e Hissashi (1999) detectaram uma redução de 68% de OPG em ovinos, com uso de ivermectina e de 100%, após a aplicação de moxidectina. Maciel et al. (1996) detectaram 47% das propriedades com ovinos resistentes a ivermectina. Em Santa Catarina, cerca de 60% dos rebanhos não respondem a ivermectina e quase 90% são resistentes aos benzimidazóis (RAMOS et al., 2002). Por outro lado, Echevarria et al. (1996) obtiveram 87% de eficácia no controle de verminose em ovinos através de ivermectina. Waruiru et al. (1991) testando o efeito de anti-helmínticos em ovinos, constataram

V. V. B. Rocco et al. 198 resistência a ivermectina e observaram que somente closantel foi eficaz no tratamento da parasitose. Em princípio, o closantel seria uma boa alternativa, porém, também há relatos de resistência a este princípio ativo (MWAMACHI et al., 1995). De acordo com Cunha Filho e Hissashi (1999), para o princípio ativo moxidectina, foi detectada eficiência média de 100% no rebanho ovino. Kerboeuf et al. (1995) relataram que o moxidectin foi 100% eficaz contra cepas de nematódeos resistentes aos benzimidazóis. Resultados semelhantes foram encontrados por Uriate et al. (1994). Contrariamente, Thomaz Soccol et al. (1996) encontraram apenas 5% de eficiência de moxidectina no rebanho ovino avaliado. Para o cloridrato de levamisol, Furtado (2006) encontrou média de redução de helmintos de 68%. Neste trabalho, a média de redução de helmintos correspondeu a 30% (Tabela 1). Segundo Echevarria et al. (1996), cerca de 90% dos rebanhos ovinos apresentaram resistência aos benzimidazóis, 84% aos levamisóis, 20% ao closantel e 13% a ivermectina, no Rio Grande do Sul. O desenvolvimento de resistência a uma droga, poderá conferir, por outro lado, resistência às outras drogas com modo de ação semelhante (PRICHARD, 1997). Por exemplo, Shoop et al. (1995) fazem referência à resistência recíproca entre as avermectinas e a milbemicina (moxidectina), já que essas drogas possuem o mesmo mecanismo de ação anti-helmíntica. A razão das diferenças de eficácia entre os princípios ativos testados nesse trabalho e os encontrados pelos autores citados pode estar diretamente relacionado às peculiaridades das regiões onde os experimentos foram realizados. A infestação parasitária também está associada à lotação de animais por unidade de área, condições climáticas e à técnica adotada de controle da verminose. O estado fisiológico da fêmea, também é um fator determinante na criação ovina, já que ovelhas no período de periparto são mais susceptíveis à infestação por helmintos devido à sua baixa imunidade. A alta infestação por parasitos no periparto é devido ao aumento na fecundidade dos vermes adultos, à retomada do desenvolvimento de larvas hipobióticas e ao estabelecimento de novas larvas infectantes, o que incrementa consideravelmente a carga parasitária por helmintos adultos (O SULLIVAN & DONALD, 1970). A verminose pode acometer animais de qualquer sexo e idade. Animais com faixa etária (categoria de cordeiro/a) tendem a apresentar maior susceptibilidade à contaminação por parasitos. Isto está intimamente ligado à baixa imunidade do cordeiro. Após a desmama dos mesmos, a resposta imunológica é restabelecida o que provoca redução acentuada nas contagens de OPG (AMARANTE et al., 1992) enquanto que, em animais mais velhos, a tolerância aos helmintos é geralmente maior. CONCLUSÕES O princípio ativo moxidectina demonstra maior eficácia (77%) no controle dos nematódeos gastrintestinais do rebanho ovino estudado; Ivermectina não exerce controle da verminose, apresentando a menor eficácia dentre os princípios ativos testados. REFERÊNCIAS AMARAL, L. A., GÖTZE, M. M., DUARTE, P. DO N., BRUM, F. S., FREITAS, I. S., SCHMITT, E. E SANTOS, M. B. Resistência de nematódeos em ovinos. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 14, 2006, Universidade Federal de Pelotas. Anais... Pelotas, 2006. AMARANTE, A. F. T., BARBOSA, M. A, OLIVEIRA, M. A. G., CARMELLO, M. J. E PADOVANI, C. R. Efeito da administração de oxfendazol, ivermectina e levamisol sobre os exames coproparasitológicos de ovinos. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, v.29, p.31-38, 1992. Gl. Sci. Technol., Rio Verde, v. 05, n. 02, p.194 200, mai/ago. 2012.

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