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4º TRIMESTRE 2015 Nº 313 COMENTÁRIOS ADICIONAIS

1 Que livro é esse? 3 DE OUTUBRO DE 2015 1. A relevância do livro de Apocalipse 1: Sobe para aqui, diz-lhe a misteriosa voz (Ap 4:1); e João transportado para dentro das regiões tão estranhas e remotas que muitos cristãos hesitam em explorá-las com ele. Os evangelhos e as cartas são mais familiares e mais acessíveis. Será que este extraordinário livro do fim da Bíblia, pertencente (em mais de um sentido) a um mundo inteiramente diferente, tem algo a ver com o pragmatismo de vida do século XX [e XXI]? Desde princípio, no entanto, o livro de Apocalipse afirma ter sido escrito para o benefício, não de uma minoria da igreja, mas de todos; e não para sua própria época somente, mas para a igreja em todas as épocas. Como todo o resto da Bíblia, o Apocalipse fala hoje. (WILCOCK, Michael. A mensagem de Apocalipse: eu vi o céu aberto. 2 ed. Tradução de Alexandros Meimaridis. São Paulo: ABU, 2008, p.8). 2. A relevância do livro de Apocalipse 2: Todos os escritos do Novo Testamento foram destinados especificamente para os cristãos do primeiro século, mas não hesitemos em aceitar sua relevância para os cristãos modernos. Ora, se agimos assim a respeito dos livros que foram escritos especificamente para pessoas ou grupos, quanto mais as partes do Novo Testamento que foram escritas especificamente para os cristãos em geral! (Idem). 3. O número 7: Não há nenhuma indicação nas sete igrejas que elas representem sete períodos sucessivos da história da igreja. Mas sete era um dos números favoritos de João, e parece ter sido o símbolo de plenitude, estar completo. João escolheu estas sete igrejas que ele conhecia bem para que elas servissem a igreja toda. Sete não é um número sagrado. O Anticristo tinha sete cabeças e sete coroas (13:1). O significado aqui é diversidade dentro da unidade básica. Desta forma João indicou que apesar de endereçado a sete igrejas conhecidas dele o Apocalipse era para toda a igreja. (LADD, George Eldon. Apocalipse: 2 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.21). 4. A ilha de Patmos: Patmos era uma das diversas ilhas pequenas a sudeste da costa da Ásia Menor. Tinha uns 16 quilômetros por 10, uma ilha nua, vulcânica, com elevações de até 300 metros. Na literatura romana encontramos indicações de que ilhas como esta eram usadas para exilar criminosos políticos. (Ibidem, p.25). www.portaliap.com.br 3

2 O Cristo glorificado 10 DE OUTUBRO DE 2015 1. Descobrindo o Senhor: O Senhor Jesus Cristo fala e é descrito em Sua glória e magnificência atuais (...). Começa dizendo que este livro é uma revelação, um desvendamento da coberta ou véu que ocultava algum monumento, a fim de que agora todo mundo possa ver a sua beleza, sua obra de arte, etc. por certo, neste livro, o objetivo é tornar conhecido algo que antes estava desconhecido ou oculto. O fato que se nota em primeiro lugar é que esta Revelação ou Apocalipse é de Jesus Cristo. Pertence a Ele, porquanto Deus deu-a a Ele. Também Lhe deu permissão ou encargo de torná-la conhecida dos Seus servos. A Revelação inclui descrições do próprio Senhor Jesus Cristo, muitas de Suas atividades nos eventos profetizados, e algumas palavras da Sua boca. É o Deus-Homem, a Divindade incorporada, que fala, age e recebe glória e adoração. (Turner, Donald D. Exposição do Apocalipse. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1983, p.18). 2. O Filho do homem : Em sua visão da vinda do Reino de Deus, Daniel viu o próprio Deus sentado em seu trono, cercado de multidões de anjos que o serviam. E eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-se ao Ancião de dias (Dn 7:13). Mais tarde Filho do homem se tornou uma expressão messiânica fixa para identificar o Salvador celestial; era o título preferido de Jesus para si mesmo e sua missão. A referência deste versículo indica diretamente para Daniel, identificando assim Jesus como o Rei celestial, ao mesmo tempo destacando que apesar de ser como homem ele não é somente homem; ele é sobrenatural. (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.27). 3. Do peito aos pés: O apóstolo que se reclinara no peito de Jesus (Jo 13:23) prostrou-se aos pés do Senhor como se estivesse morto. Uma visão do Cristo exaltado não 4 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

produz outra coisa senão grande reverência e temor (Dn 10:7-9). É preciso ter essa atitude de respeito hoje, quando tantos cristãos falam e agem com familiaridade indevida com Deus. A reação de João ilustra o que Paulo escreveu em 2 Coríntios 5:16: se antes conhecemos a Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. João não estava mais aconchegado junto ao coração do Senhor, relacionando-se com ele de forma que havia feito antes. (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento 2. Santo André: Geográfica, 2006, p.725). 4. Primeiro e Último: O título primeiro e último é derivado de Isaías 41.4; 44.6; 48.12, em que se refere a Deus como Criador de todas as coisas e soberano sobre a história. Bauckham (...) também afirma: Deus precede todas as coisas, como aquele que as criou, e ele levará todas as coisas ao seu cumprimento escatológico. Ele é a origem e o alvo de toda a história. Ele tem a primeira palavra na criação e a última na nova criação (...). No contexto de Apocalipse 1.17,18, essa soberania estende-se agora a Cristo. (OSBORNE, Grant R. Apocalipse: comentário exegético. Tradução: Robinson Malkomes e Tiago Abdalla T. Neto. São Paulo: Vida Nova, pp.104-105). www.portaliap.com.br 5

3 À igreja, com carinho 17 DE OUTUBRO DE 2015 1. Esboço das cartas: As cartas têm uma estrutura básica. Cada uma começa por apresentar o Autor da correspondência: Jesus Cristo, o Cordeiro, digno de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor para todo o sempre (Ap 5.12). O texto de cada carta vem da boca de Jesus, apresentado sob diferentes títulos. Cada título tem uma razão para a sua adoção, como o demonstram a leitura e a interpretação das cartas. Esse título resume, mesmo que cifradamente, a advertência que a carta contém. A seguir, as igrejas são descritas em suas características essenciais. Os detalhes são riquíssimos e se relacionam às experiências históricas das cidades e das comunidades. (AZE- VEDO, Israel Belo de. Tem mensagem para você: uma abordagem ao livro de Apocalipse. São Paulo: Hagnos, 2011, p.16). 2. Anjos=mensageiros: João batista enviou mensageiros a Jesus; lá em Lucas 7.24 a palavra anjos para mensageiros. Jesus enviou mensageiros a Samaria a fim de que lhe preparassem uma pousada; lá em Lucas 9.52 a palavra anjos para esses outros mensageiros. Em Mateus 11.10, o próprio Jesus usou a palavra anjo para se referir a João Batista quando disse: Eis aí o envio diante de tua face o meu mensageiro. Portanto não existe barreira real alguma a impedir que se entenda, nesta passagem [Ap 1:20] o Senhor chamando seus líderes humanos à responsabilidade. (MIRANDA, Neemias Carvalho. Apocalipse: comentário versículo por versículo. Curitiba: A. D. Santos, 2013, p.34). 3. Jesus, o princípio da criação: Podemos traduzir esta frase de duas maneiras: o começo da criação, ou a origem da criação. Quase com certeza esta última possibilidade é a mais certa, porque para João não há dúvida de que Cristo é eterno. Ele é o primeiro e o último, o Alfa e o Ômega ([Ap] 1:17s; 2:8; 21:6; 22:13); ele transcende toda a criação. Na carta de Paulo aos Colossenses a mesma ideia aparece 6 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

também: Cristo é o primogênito de toda a criação (Cl 1:15). (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.51). 4. Conhecimento absoluto: Todas as cinco cartas dirigidas às igrejas que têm pontos fortes começam essa seção com (...) oida ta erga sou, Conheço tuas obras; cf. 2.2,19; 3.1,8,15). Mounce (...) observa que nesse contexto oida não pode ser compreendido como mero conhecimento humano de fatos, e Horstmann (...) diz que, em João, o termo significa conhecimento intuitivo, ou incontestável, sempre que o sujeito é Jesus. Isso deve se aplicar também a Apocalipse, em que o verbo ocorre sete vezes nas cartas dos capítulos 2 e 3 (2.9.13, em acréscimo às cinco igrejas mencionadas antes), sempre com a ideia de conhecimento absoluto. (OSBORNE, Grant R. Apocalipse: comentário exegético. Tradução: Robinson Malkomes e Tiago Abdalla T. Neto. São Paulo: Vida Nova, pp.123-124). www.portaliap.com.br 7

4 Acima 24 DE OUTUBRO DE 2015 de todo poder 01. O trono de Deus: Como em Isaías 6, Deus está no centro da cena. (...) (thonos, trono) é uma das ênfases principais do livro, contrapondo o trono de Deus ao trono de Satanás ([Ap] 12.5 contra 13.2; cf. 2.13; 16.10) e, provavelmente nesse capítulo, com o trono de César também. O termo ocorre treze vezes somente nesse breve capítulo. Originalmente designado como uma cadeira para convidados especiais, o trono se tornou um símbolo da majestade soberana do rei. Ele significada tanto governo como julgamento (...). (OSBORNE, Grant R. Apocalipse: comentário exegético. Tradução de Robinson Malkomes e Tiago Abdalla T. Neto. São Paulo: Vida Nova, p.251). 02. Os seres viventes: (...) seres viventes como estes foram vistos pelo profeta Ezequiel durante a primeira e extraordinária visão que teve (Ez 1). Embora as seis asas de cada ser vivente lembrassem muito a visão que Isaías teve dos serafins (Is 6), a maior parte da visão de João corresponde aos seres vistos por Ezequiel, os quais ele chama de querubins (Ez 10:20). Os querubins da Bíblia estão muito longe de ser os anjinhos de asas e covinhas, dos quadros que conhecemos. São criaturas que impões respeito, indicações visíveis da presença de Deus. (WILCOOK, Michael. A mensagem de Apocalipse. Tradução: Alexandros Meimaridis et all. São Paulo: ABU Editora, 2003, pp.41-42). 03. A importância da morte de Cristo: A vitória final de Cristo como Leão de Judá O Messias conquistador só é possível porque antes ele sofreu como Cordeiro. Aqui nos deparamos como um grande mistério, algo que o Novo Testamento afirma mas não explica, porque envolve realidades inexprimíveis em palavras no ponto em que o mundo espiritual de Deus corta o mundo histórico do homem. A dignidade e capacidade de Cristo de abrir os selos do rolo da história e destino da humanidade dependem da vitória que ele obteve em sua vida encarnada. Se 8 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

ele não tivesse vindo em humildade, como Salvador sofredor, não poderia vir como Messias conquistador. (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.67). 04. Os sete chifres e os sete olhos de Cristo: Os sete chifres representam a plenitude de poder que o Cordeiro possui. No Antigo Testamento o chifre é símbolo comum de força, aparecendo pela primeira vez em Dt 33:17, e frequentemente nos Salmos (Sl 18:2; 112:9). Jesus, depois de ressuscitar, afirmou: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra (Mt 28:18). O Cordeiro também tem sete olhos; isto indica sua onisciência, que ele pode ver tudo. Pano de fundo para isto é Zc 4:10, onde as sete lâmpadas na visão do profeta são os sete olhos do Cordeiro; eles são identificados também como os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra. Assim João retrata de maneira simbólica o relacionamento entre Cristo e o Espírito Santo com Deus-Pai. (Ibidem, p.67). www.portaliap.com.br 9

5 O princípio das dores 1 DE AGOSTO DE 2015 01. Cristo Cavaleiro: O primeiro cavaleiro era branco; e seu cavaleiro segurava um arco, recebeu uma coroa e cavalgava como vencedor determinado a vencer. Por fazer parte de uma série de cavaleiros apocalípticos, muitos comentaristas concluem que ele também simboliza desastre no caso dele, conquista militar. Mas em todo Apocalipse o branco simboliza justiça; coroas e vitórias pertencem a Cristo; e em 19.11-15 o cavalo branco é chamado Fiel e Verdadeiro, a Palavra de Deus e até Rei dos reis e Senhor dos senhores. Assim, estamos certos que, antes de outros cavaleiros disseminarem os horrores da guerra, fome e morte, Cristo cavalga primeiro como o cabeça da cavalgada, decidido a ganhar as nações pelo evangelho. (STOTT, John. O incomparável Cristo. Tradução de Lucy Hiromi Kono Yamakami. São Paulo: ABU, 2006, pp.200-201). 02. Almas debaixo do altar: João vê as almas dos mártires debaixo do altar, mas isto nada tem a ver com o estado intermediário dos mortos e sua situação naquele momento; é só uma maneira vívida de mostrar que eles foram martirizados pelo nome do seu Deus. (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.78). 03. Os 144 mil: Sendo assim, os cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel simbolizam a igreja, que é selada para passar pela grande tribulação. A lista apresentada por João dos selados de cada tribo, nos versículos de 5 a 8, possui algumas irregularidades. A tribo de Dã não aparece e a tribo de José, por sua vez, aparece duas vezes, já que Manassés é seu filho. Até hoje não foi apresentada nenhuma explicação satisfatória para esta lista de nomes irregular, a não ser esta: que João queria dizer que as doze tribos não são o Israel literal, mas o Israel verdadeiro, espiritual a igreja. (ROCHA, Alan (org.). O 10 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.64). 04. Os 144 mil e a Grande Multidão: (...) nos versículos de 1 a 8, temos uma visão dos crentes, no limiar da grande tribulação (os 144 mil), sendo selados para serem protegidos da ira de Deus, que se derramará sobre o mundo; este é o primeiro quadro. O segundo quadro vai dos versículos 9 a 17, em que vemos esse mesmo grupo, depois de ter passado pela tribulação, já na eternidade, com Deus. (Ibidem, pp.65-66). www.portaliap.com.br 11

6 Toques de alerta 7 DE NOVEMBRO DE 2015 01. Não escrevas: Nesse contexto, Deus ordena a João para selar a mensagem dos sete trovões e, então, lhe diz para não escrevê-la. Portanto, João está sendo chamado a afirmar o controle soberano de Deus sobre os juízos proclamados a seus leitores. A principal mensagem é a da soberania. Deus está no controle, e os santos não precisam conhecer todos os detalhes. (OSBORNE, Grant R. Apocalipse: comentário exegético. Tradução: Robinson Malkomes e Tiago Abdalla T. Neto. São Paulo: Vida Nova, p.449). 02. Até quando? : O tempo do cumprimento dos propósitos de Deus está próximo. Em breve, Deus agirá de forma decisiva e triunfará sobre as forças do mal. responderá ao clamor de Até quando? dos santos perseguidos e martirizados (Sl 6:3; 13:1; 94:3). (ADEYEMO, Tokunboh (ed.). Comentário bíblico africano. Tradução de Heloísa Martins et al. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p.1601). 03. Doce e amargo: É doce ler sobre o tempo em que todas as injustiças na terra serão corrigidas. Ao mesmo tempo, contudo, o estudo das profecias também tem um sabor amargo. Há amargor no próprio julgamento produzido pelas Escrituras proféticas. Há amargor na visão dos julgamentos que em breve sobrevirão ao judaísmo e à cristandade apóstatas. Há amargor em comtemplar a condenação eterna de todos que rejeitam o Salvador. (MACDONALD, William. Comentário bíblico popular: Novo Testamento. Tradução de Alfred Poland et al. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.1007). 04. Perseguição à igreja: O testemunho da igreja causará dano ao mundo (11:5). Por isso, ela será perseguida e se tornará vítima da cólera da besta, após cumprir a missão. O versículo 7 diz que a besta que sobe do abismo a vencerá e a matará. Os 12 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

versículos 8 e 9 mostram o povo da terra festejando a sua morte:... nações verão os seus corpos mortos (...) e não permitiram que sejam sepultados. Os que habitam na terra se regozijaram sobre eles, e se alegraram. Não ser sepultado, na cultura judaica, era vergonha e motivo de chacota. A igreja, perseguida e silenciada, será ridicularizada por esse tempo. (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.82). www.portaliap.com.br 13

7 Contra quem lutamos? 14 DE NOVEMBRO DE 2015 01. A mulher grávida: O início do capítulo 12 trata de uma mulher: Viu-se um grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (v. 1). De acordo com o nosso entendimento, essa mulher é um símbolo do povo de Deus, do Antigo e do Novo Testamentos. Este povo pode ser chamado de igreja, nos dois momentos. Paulo chama os crentes de Israel de Deus (Gl 6:16). Pedro interpretou que as promessas de Deus feitas a Abraão estavam se cumprindo na igreja (At 3:25-26). Hendriksen entende que o povo de Deus, de ambos os testamentos, é um só: é o povo escolhido em Cristo (...). Abraão é o pai de todos os crentes, quer sejam circuncidados quer não. Stott, de igual modo, afirma que essa mulher representa a igreja do Antigo e do Novo Testamentos. (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.88). 02. O menino que nasceu: Essa mulher é descrita como estando grávida, gritando com dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz (v. 2). Como ficará claro mais à frente, a semente da mulher, a criança poderosa que nasceria, é uma referência a Cristo. Por esse versículo, entende-se que, a grande missão do povo de Deus, ao longo da história, foi a de dar à luz a Cristo. Deus preparou um povo especial para trazer Jesus Cristo ao mundo. Contudo, a chegada do Messias não aconteceu sem sofrimentos. Ao longo do Antigo Testamento, houve muitas perseguições tentando impedir a vinda do Messias prometido. Mas Deus protegeu seu povo e na plenitude dos tempos Jesus nasceu. Esse versículo mostra, então, o povo de Deus agonizando durante séculos, enquanto esperava o messias que viria, o libertador. (Ibidem, p.89). 14 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

03. Perseguição do estado satânico: Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse. Isto não quer indicar nenhuma manobra militar, mas hostilidade total, não importa os meios (veja [Ap] 2:16; 13:4; 19:11). Os principais objetivos da ira da besta são os santos isto é, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus (12:17). A meta primordial da besta é desviar as pessoas de Cristo, o que ela tenta com perseguição feroz. Ela os vence, mas neste contexto isto não significa que consegue desviar sua lealdade de Cristo para a besta não consegue fazê-los apostatar mas consegue perseguí-los terrivelmente. (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.134). 04. 666: Assim como a primeira besta será personificada no Anticristo pessoal, a segunda besta será representada, no final, por uma cabeça, que dirigirá toda obra demoníaca e fará de tudo para que as pessoas adorem a primeira besta. Para conseguir seu intento, usará, também, a arma do controle, isto é, obrigará as pessoas a usarem a marca da primeira besta. Como vimos, esta marca não é literal; significa que os não salvos irão trabalhar e pensar para a besta. A vida, na terra, será difícil para os que não se enquadrarem nesse esquema. Sendo assim, não ter a marca da besta tem a ver com viver a vida em santidade, não se conformar com este mundo (cf. Rm 12:2). Como identificar essa besta e sua atuação? Existe um número que a identifica: 666. Segundo comentamos, esse número representa tudo que é errado, imperfeito e desprovido de Deus. (Ibidem, pp.105-106). www.portaliap.com.br 15

8 Tempo esgotado! 21 DE NOVEMBRO DE 2015 01. Calor excessivo: Os pecadores que não se arrependeram quando o sol se escureceu são agora punidos mediante a intensificação do calor do sol. O escurecimento eles podiam perceber e ignorar; quanto ao calor eles nada podem fazer a não ser senti-lo. Nessas circunstâncias a presença de Deus é reconhecida, mas somente para ser blasfemada e não para ser reverenciada. (WILCOCK, Michael. A mensagem de Apocalipse: eu vi o céu aberto. 2 ed. Tradução de Alexandros Meimaridis. São Paulo: ABU, 2008, p.117). 02. Trevas excessivas: O derramar da quinta taça lançou o reino da besta nas trevas e na consequente anarquia, causando grande sofrimento humano. Mesmo assim, as pessoas ainda se recusam arrepender-se (repetido nos versículos 9 e 11 [Ap 16]). Como Faraó, que enfrentou cinco das pragas aqui descritas (úlceras, sangue, trevas, rãs e granizo), haviam endurecido o coração e agora era tarde demais. Em vez de glorificar a Deus, elas o amaldiçoavam. (STOTT, John. O incomparável Cristo. Tradução de Lucy Hiromi Kono Yamakami. São Paulo: ABU, 2006, p.224). 03. A tríade excessiva: O versículo 13 apresenta a tríade demoníaca: dragão, besta (Anticristo) e falso profeta. É a primeira menção clara ao falso profeta, que é a segunda besta que surgiu da terra para dar apoio à besta em suas exigências blasfemas.255 Da boca de cada membro dessa tríade, João viu sair um espírito imundo, semelhante a rãs. Esses espíritos imundos (demônios) são comparados a rãs para indicar seu caráter abominável, repugnante, asqueroso.256 Segundo Stott,257 eles representam as mentiras de propaganda pelas quais os reis de todo o mundo são persuadidos a se reunir para a batalha final. (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.123). 16 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

04. Batalha excessiva: Não está claro por que João fala da montanha de Megido; R.H. Charles diz que até agora ninguém deu uma interpretação convincente a esta passagem; ela não aparece na literatura hebraica. Charles sugere que a referência à montanha como lugar da batalha escatológica sobre as montanhas de Israel. Seja qual for a origem do termo, está claro que com Armagedom João quer dizer o lugar da batalha final entre os poderes do mal e o Reino de Deus. (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1980, p.160). www.portaliap.com.br 17

9 O mal não prevalece 28 DE NOVEMBRO DE 2015 01. A Babilônia: (...) a Babilônia de Apocalipse 17 e 18 é mais um símbolo do que um lugar. Faz menção à Babilônia dos tempos de Babel, à Babilônia de Nabucodonosor (senhora do mundo), à Roma dos Césares e a todos os impérios do mundo que se levantaram contra Deus e sua igreja. A Babilônia, nestes capítulos, não é apenas a escatológica, mas também a atemporal, o mundo como centro de sedução, em qualquer época. Ela é um símbolo da rebelião humana contra Deus. É o sistema mundano que se opõe a Deus. (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.133). 02. Uma Babel de significados: A visão está dividida basicamente em dois aspectos: o cap. 17 traz a sua conotação religiosa; no 18, estão destacados os seus aspectos econômicos. Primeiro, Babilônia ensinou idolatria; a idolatria afastou o homem de Deus; afastado de Deus, ele se tornou egoísta, como Nimrode; então passou a querer coisas, mais e mais; a concorrência o levou à ostentação de beleza, riqueza, status, poder, fama e glória. A influência que a Babilônia exerce sobre os povos é religiosa, econômica e cultural. O domínio político e militar está a cargo desta besta. (MIRANDA, Neemias Carvalho. Apocalipse: comentário versículo por versículo. Curitiba: A. D. Santos, 2013, p.293). 03. Igreja X Babilônia: A IGREJA É do céu Obra-prima de Cristo Adornada por Cristo Preservada por Cristo A BABILÔNIA É da terra Obra-prima de Satanás Adornada por Satanás Destruída pela besta 18 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

A IGREJA Esposa do Cordeiro Glória eterna no futuro A BABILÔNIA Meretriz Ruína eterna (Idem). 04. Cântico de funeral: O capítulo 18 consiste, em sua maior parte, em um cântico fúnebre que celebra a queda da Babilônia. (...) trata-se de uma referência à (...) meretriz que, além de construir um amplo sistema religioso, talvez seja também a maior organização comercial do mundo e, possivelmente, controle todo mercado internacional. (MACDONALD, William. Comentário bíblico popular: Novo Testamento. Tradução de Alfred Poland et al. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.1013). www.portaliap.com.br 19

10 O triunfo final de Cristo 5 DE DEZEMBRO DE 2015 01. O Cavaleiro Jesus: Observe a descrição de nosso Senhor. Ele está assentando num cavalo branco que, obviamente, é um cavalo de guerra, pois Cristo vem para derrotar seus inimigos. Seu nome é Fiel e Verdadeiro. Ele é Fiel às suas promessas e Verdadeiro quanto ao seu próprio caráter. Julga e peleja com justiça. Os súditos em seu reino devem estar dispostos a viver sob o governo de justiça do seu soberano. (MACDONALD, William. Comentário bíblico popular: Novo Testamento. Tradução de Alfred Poland et al. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.1015). 02. Olhos e cabeça: Os seus olhos são como chama de fogo (veja [Ap] 1:14). Isto representa o olhar de Cristo que perscruta tudo. A vida humana está cheia de mistérios e enigmas sem solução; mas os olhos de Cristo passam por tudo; nada lhe é oculto. Na sua cabeça há muitos diademas. Ele usa uma coroa porque é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (17:14). A vinda de Cristo será uma manifestação pública e uma concretização universal da soberania que já é sua, por sua morte e ressurreição. (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, p.188). 03. Vitória esmagadora: A vitória é esmagadora! Os adversários não suportam nem o 1º round. Assim, a besta e o falso profeta são lançados no lago de fogo. Os ímpios são mortos com a espada que saía da boca daquele que está montado no cavalo (Ap 19:21). Esses ímpios permaneceram nesse estado, até o fim do milênio (cf. Ap 20:5); depois, Deus permitirá que voltem à vida para receberem o castigo final. No capítulo 19, lemos que, com o aparecimento de Cristo, já receberam o veredito; todavia, no capítulo 20, somos informados de que, após o milênio, eles se levantarão para cumprirem a pena: a extinção defini- 20 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

tiva ou a aniquilação completa, que também é chamada de segunda morte (cf. Ap 20:5,6,14). (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.149). 04. O Milênio: A doutrina do milênio é bem mais enfatizada no capítulo 20 de Apocalipse. A expressão mil anos é encontrada não menos que seis vezes, nesse capítulo (cf. vv. 2-7). Logo, é no período de mil anos que Satanás ficará preso (vv.2-3); é durante mil anos que os salvos reinarão com Cristo (v.4,6). Até se completarem os mil anos, os ímpios mortos não reviverão (v.5); somente após mil anos, Satanás será solto de sua prisão (v.7). Como se pode concluir, os fatos relacionados ao milênio têm início, meio e fim, o que ratifica ainda mais a sua importância nas Escrituras. (Ibidem, p.153). www.portaliap.com.br 21

11 O acerto de contas 12 DE DEZEMBRO DE 2015 01. Justos e injustos no juízo final: João conta o que viu a respeito: Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Esses mortos são, provavelmente, os mesmos mencionados no versículo 5a, os restantes dos mortos, os ímpios. Todos que não forem encontrados no livro da vida serão condenados à destruição (v.15). Os salvos, por sua vez, não serão julgados, no juízo final, mas ali estarão presentes, como expectadores. No céu, durante o milênio, eles se assentarão em tronos para julgar (v.4), mas, na terra, após o período milenar, presenciarão o anúncio da sentença dos ímpios. (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.163). 02. O trono branco: Um trono branco. Nesta última visão antes do novo céu e da nova terra, foram mostrados a João, neste verso 11, os atuais céus e terra postos em fuga ante a majestade da presença divina. O universo atual está posto no maligno. A metáfora da fuga é para demonstrar a completa incompatibilidade entre a criação corrompida e a santidade divina manifestada no trono branco. (MIRANDA, Neemias Carvalho. Apocalipse: comentário versículo por versículo. Curitiba: A. D. Santos, 2013, p.369). 03. Os livros do juízo: (Os mortos, os grandes e os pequenos estão postos em pé diante de Deus. São os incrédulos de todas as eras. Vários livros são abertos. O Livro da Vida contém o nome de todos que foram remidos pelo sangue precioso de Cristo. Os outros livros contêm um registro detalhado das obras dos incrédulos. (MACDONALD, William. Comentário bíblico popular: Novo Testamento. Tradução de Alfred Poland et al. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.1016). 22 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

04. Justo juízo: O juízo representa o caráter justo de Deus. Ele não condenaria o ímpio sem base plausível. Todos saberão os reais motivos de receberem determinada punição. Mesmo que a impunidade passe despercebida aos olhos dos homens da atualidade, o juízo dá a entender que a justiça, mais cedo ou mais tarde, triunfará. No juízo final, de acordo com João, os maus foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros (v.12). (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.163). www.portaliap.com.br 23

12 Novo céu e nova terra 19 DE DEZEMBRO DE 2015 01. Nova terra: nosso lar!: Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram. Esta dissolução do sistema antigo o desaparecimento do céu e da terra já foi anunciada ([Ap] 20:11). João vê no lugar deles um céu e uma terra novos. Por toda Bíblia o destino final do povo de Deus é terreno. O pensamento dualista, tipicamente grego, dividia o universo em dois domínios: o terreno, ou transitório, e o mundo espiritual eterno. A salvação consistia em a alma voar da esfera transitória e efêmera para o domínio da realidade eterna. O pensamento bíblico, no entanto, sempre coloca o homem em uma terra redimida, não num domínio celestial longe da existência terrena. (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, p.205). 02. Mil anos no céu e eternidade na terra: Os céus e a terra, uma vez renovados, tornar-se-ão a habitação dos salvos: no céu, eles viverão por um período de um mil anos; na terra, depois desse período, viverão por toda a eternidade. Quanto às condições que prevalecerão na terra depois da descida da igreja com a nova Jerusalém, tudo ainda está muito embrionário para que se possa dizer alguma coisa a respeito. O que nos foi revelado na Escritura, é, que quando tudo isto acontecer, então se cumprirão as palavras proféticas: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus (Ap 21:3). (O Doutrinal: nossa crença ponto a ponto. São Paulo: GEVC, 2012, p.337). 03. Terra de felicidade: Deus removerá a origem da tristeza: não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento. A alegria e felicidade serão eternas, pois os efeitos debilitantes do pecado e do sofrimento foram eliminados. Todo leitor deste comentário deve refletir sobre tudo aquilo que já experimentou, toda doença e todos os 24 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

sofrimentos e perdas, além das tristezas enormes que continuamente fazem parte da vida em um mundo dominado pelo pecado. [Terão fim na nova terra]. (OSBORNE, Grant R. Apocalipse: comentário exegético. Tradução de Robinson Malkomes e Tiago Abdalla T. Neto. São Paulo: Vida Nova, p.822). 04. A capital da nova terra: A nova Jerusalém será a capital da nova terra, o centro de adoração para todos os remidos. Todos os salvos terão acesso a essa cidade. Trata-se de um lugar repleto de justiça e saúde. Aliás, a árvore da vida, mencionada no versículo 2, do capítulo 22, representa a ideia de que nunca mais o ser humano será alvo de doença, maldição e morte. Os salvos habitarão na nova terra, enquanto a nova Jerusalém será o templo. Na nova terra, a santa cidade será o tabernáculo de Deus com os homens (v.3) e representa o governo de Deus. Este continuará sendo Deus, e o lugar em que ele habitar será diferente do nosso. (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.163). www.portaliap.com.br 25

13 Ora vem, Senhor Jesus! 26 DE DEZEMBRO DE 2015 01. Venho em breve!: (...) a proximidade da parúsia [segunda vinda de Jesus], afirmada por todo o NT serve de base para o chamado ao compromisso ético. Visto que Cristo está voltando em breve, é melhor que estejamos sempre prontos, para que ele não nos encontre despreparados como as dez virgens (Mt 25.1-13) ou como o servo que desperdiçou seu talento (Mt 25.14-30). (OSBORNE, Grant R. Apocalipse: comentário exegético. Tradução: Robinson Malkomes e Tiago Abdalla T. Neto. São Paulo: Vida Nova, p.881). 02. Vinda sem data: A palavra sem demora, cedo (IBB) ou logo (BLH) mostra como a comunidade cristã deve viver sempre na expectativa da vinda iminente do Senhor. Ninguém sabe o dia ou hora (Mt 24:36), e ninguém pode estipular datas ou calcular a época da sua vinda; cada geração tem de estar desperta, como se a vinda de Cristo estivesse às portas (Mt 24:42-44). (LADD, George Eldon. Apocalipse: introdução e comentário. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, p.216). 03. Evidências da salvação: [Ap] 22:14 Esse versículo pode ser traduzido de duas maneiras: Bem- -aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos ou Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras. Nenhuma das traduções ensina salvação por obras; antes, asd obras são fruto e prova da salvação. Somente os cristãos verdadeiros têm acesso à árvore da vida e à cidade eterna. (MA- CDONALD, William. Comentário bíblico popular: Novo Testamento. Tradução de Alfred Poland et al. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p.1018). 04. O Noivo está chegando: Na grande tribulação, os dias podem ser difíceis e escuros; o rosto pode estar molhado de lágrimas, mas ainda não é fim. Dias melhores virão! Ale- 26 Comentários Adicionais 3º Trimestre de 2015

gre-se, o Noivo está chegando! Enquanto esse dia glorioso não chega, a igreja espera: O Espírito e a noiva dizem: Vem! (Ap 22:17). É assim que o livro do Apocalipse termina, com a igreja aguardando, cheia de esperança, desejosa e confiante. Ela se apega à promessa de que seu poderoso Noivo está chegando em breve, e isso a motiva a passar por todo sofrimento, dizendo: Amém. Vem, Senhor Jesus! (ROCHA, Alan (org.). O Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014, p.170). www.portaliap.com.br 27

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