ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA Curso de Educação e Formação de Adultos NS Trabalho Individual Área / UFCD STC 6 Formador

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Transcrição:

A explicitação dos principais conceitos abordados 1 de 5 Os conceitos demográficos fundamentais são, a Natalidade e a Mortalidade. Sendo que a Natalidade corresponde ao número de nados-vivos verificados num determinado local ao longo do ano, e a Mortalidade que é o oposto, corresponde ao número de óbitos verificados num determinado local ao longo do ano. Da diferença entre a Natalidade e a Mortalidade resulta o Crescimento Natural ou Saldo Fisiológico, que possui três tipos de saldos: Crescimento Natural Positivo = Natalidade > Mortalidade, resulta no aumento da população; Crescimento Natural Negativo = Natalidade < Mortalidade, resulta na diminuição da população; Crescimento Natural Nulo = Natalidade = Mortalidade, significa que a população estagnou. Emigração - Corresponde ao número de indivíduos que saem de um determinado país ao longo de um ano; Imigração - Corresponde ao número de indivíduos que entram num determinado país ao longo de um ano; Entre a Emigração e a Imigração resulta o Saldo Migratório; Imigração > Emigração Saldo Migratório Positivo Entrou mais população do que a que saiu; Imigração < Emigração Saldo Migratório Negativo Saiu mais população do que a que entrou; Imigração = Emigração Saldo Migratório Nulos O número de entradas igualou o número de saídas.

2 de 5 Crescimento Efectivo - Corresponde a um acréscimo populacional durante um determinado período de tempo, normalmente um ano, referido à população média desse período. Densidade Populacional - É a medida expressa pela relação entre a população e a superfície de um determinado território. É geralmente expressa em habitantes por quilómetro quadrado. Multiculturalidade É um termo que descreve a existência de muitas culturas numa Localidade, Cidade ou País, sem que uma das culturas se predomine, porém são separadas geograficamente. Aculturação É o termo usado inicialmente pelos Antropólogos Norte- Americanos, muito útil para tratar de reflexões sobre as mudanças que podem acontecer numa sociedade diante da sua fusão com elementos externos. Quando duas culturas distintas ou até mesmo parecidas são absorvidas uma pela outra formando uma nova cultura diferente. A razão que existe entre a mobilidade, multiculturalidade e a aculturação é que estão os três ligados, pelo movimento das pessoas, a existência de muitas culturas num País, fazendo reflexões sobre essas determinadas mudanças. A evolução da distribuição da população portuguesa. Portugal em 1960 tinha cerca de 8.889,392 habitantes, tendo até 2001 aumentado para 10.329,340 habitantes Actualmente a população Portuguesa tem vindo a aumentar, mas com um crescimento natural cada vez menor, levando a que o País se encontre mais envelhecido, não havendo um aumento de gerações. Enquanto que a esperança de vida tem vindo a aumentar, tanto nos homens como nas mulheres. Este crescimento da população tem-se verificado nos distritos costeiros, mais

3 de 5 precisamente, Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, continuando a diminuir nos distritos do interior. As causas e consequências dos movimentos migratórios nacionais Como exemplos de causas dos movimentos migratórios nacionais temos: - As catástrofes naturais ou ambientais; - Políticas, - Desemprego, - Baixos salários, - Intenção de conseguir ter uma vida mais estável tanto profissionalmente como financeiramente. Como consequências dos movimentos migratórios temos: - Diminuição da população; - Diminuição da taxa de natalidade devido à escassez de população jovem e adultos; - Envelhecimento da população; - Diminuição da população activa; Assim no País de destino resulta de um aumento da taxa de natalidade devido ao número de jovens e adultos, um rejuvenescimento da população, um aumento da população activa, dificuldade de aceitar novas culturas, línguas e costumes. Desde o século XII que os Portugueses se começaram a espalhar pelo mundo, começando pela Europa, mais nomeadamente por Inglaterra e França. A partir do século XV decidiram espalhar-se também para África, logo depois pela América, Ásia e a Oceânia. Fundaram milhares de cidades, criando vários países e estiveram na origem da sua independência. Portugal sendo um país de emigrantes transformou-se num país de imigrantes, sendo uma das mais dramáticas mudanças ocorridas em Portugal nas últimas décadas.

4 de 5 Entre 1960 e 1973, mais de um milhão e meio de portugueses abandonaram o país para trabalhar no estrangeiro. Os emigrantes deixaram praticamente de se dirigir para o Brasil e outros países da América Latina, preferindo um destino Europeu como, França, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo e Suiça, (mais tarde, a Grã- Bretanha, Holanda e a Espanha). Durante a década de oitenta, houve uma grande corrente de imigração com origem no Brasil e nas antigas colónias, havendo também um número crescente de europeus que escolheu Portugal como residência ou local de trabalho. Em meados dos anos noventa, já a população estrangeira residente encontrava-se legalizada, alcançava os 2% do total da população. Continuando na mesma a imigração dos portugueses, não alcançando em média anual, os dez mil definitivos e os quinze mil temporários. A partir de 1995 a 1997, o saldo passou a ser positivo, pois o número de imigrantes ultrapassou o número de emigrantes. Desde este acontecimento surgiu com uma enorme rapidez, uma nova corrente de imigração, a de trabalhadores da Europa Central e de Leste, mais designadamente os Ucranianos, Russos, Romenos, Ex- Jugoslávia e Moldávia. Em menos de dez anos, a população estrangeira residente em Portugal chegou aos 4% do total da população. Em 2008 através do relatório anual efectuado pelo SEF, verificouse que as nacionalidades estrangeiras mais representativas em Portugal eram: - Brasil (24%); - Ucrânia (12%); - Cabo Verde (12%); - Angola (6%); - Roménia (6%);

- Guiné-Bissau (6%); - Moldávia (5%); 5 de 5 E no seu conjunto, representam cerca de 71% da população Portuguesa estrangeira com permanência regular em território nacional. Como experiência pessoal tenho o meu relacionamento pessoal, pois a família da minha namorada é Luso-Australiana, vivendo lá durante 8 anos. Segundo o que eu sei a integração da minha namorada e da irmã dela foi um bocado difícil porque a única língua que sabiam falar era o Inglês. Para se ambientar melhor a minha namorada teve mesmo que chumbar o primeiro ano de ensino, para que se conseguisse adaptar á nossa língua, ao nosso tipo de ensino, sendo que a irmã como era pequenina quando veio para Portugal teve mais tempo para se adaptar, os únicos que não tiveram dificuldade em se adaptar foram os seus pais porque já tinham vivido muito tempo em Portugal. Por várias vezes a minha namorada diz que na Austrália é completamente diferente daqui, a nível económico, político, condições de vida, já para não falar no clima. Do facto de a minha namorada ter vivido noutro País, fez-me conhecer outro tipo de cultura, outro estilo de vida, e aprender a falar melhor Inglês.