Agenda do SINAVAL para as eleições de Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore

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Transcrição:

Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore

2 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Conteúdo Carta do Presidente 3 O SINAVAL 4 O papel econômico da indústria naval 5 Dados do setor 8 Navios de apoio marítimo 9 Composição atual da frota 10 Plataformas de produção e sondas de perfuração 11 Situação dos estaleiros brasileiros 13 A indústria naval brasileira não pode naufragar 15 Sistema regulatório, legislativo e fiscal 16 Diretoria ARIOVALDO SANTANA DA ROCHA PRESIDENTE AGOSTINHO SERAFIM JUNIOR 1º VICE-PRESIDENTE ALCEU MARIANO DE MELO SOUZA VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO FERNANDO SAMPAIO BARBOSA VICE-PRESIDENTE ARNALDO CALBUCCI FILHO VICE-PRESIDENTE PAULO FERNANDO CABRAL REBELO VICE-PRESIDENTE MARCELO DE CARVALHO VICE-PRESIDENTE DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS SERGIO HERMES MARTELLO BACCI VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO IVAN DA FONSECA E SILVA VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO CARLOS EDUARDO MACEDO VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO (BRASÍLIA) EDUARDO BATTAGLIA KRAUSE VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO (REPRESENTAÇÃO REGIONAL DO SUL) Administração SERGIO LUIZ CAMACHO LEAL SECRETÁRIO-EXECUTIVO KARINNE ALCINA CAMPELLO CAMPI GERENTE DO DEPARTAMENTO JURÍDICO JORGE ANTONIO DE FARIA ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA LAERSON DE FRANÇA SANTOS DIRETOR FINANCEIRO TOMÁS BRAGA ARANTES CONSULTOR JURÍDICO-TRIBUTÁRIO RENATO LÚCIO GAYOSO NEVES ASSESSOR JURÍDICO MARCUS VINÍCIUS BUSCHMANN ASSESSOR PARA ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS MATHEUS CASADO MARTINS ASSESSOR PARA ASSUNTOS ESTRATÉGICOS VALMAR PAES CONSELHEIRO JURÍDICO LGA COMUNICAÇÃO ASSESSORIA DE IMPRENSA Contato SINAVAL SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL E OFFSHORE www.sinaval.org.br SEDE RIO DE JANEIRO: Avenida Churchill, 94 6º andar Centro Rio de Janeiro RJ CEP 20020-050 Tel: (+55 21) 2533-4568 Fax: (+55 21) 2533-5310 sinaval@sinaval.org.br BRASÍLIA: SC/NORTE QD 01 BL F Nº 79 9º Andar Sala 912 Edifício America Office Tower Asa Norte Brasília DF CEP 70711-905 Tels: (+55 61) 3081-8333 / 3081-0333 sinavalbsb@sinaval.org.br REPRESENTAÇÃO REGIONAL DO SUL: Rua Fernando Gomes, 128, Conjunto 602 Moinhos de Vento Porto Alegre RS CEP 90510-010 Tel.: (+55 51) 3533-1687

3 Carta do Presidente Por uma política industrial consistente Em 2014, data da última eleição presidencial, a indústria naval brasileira vivia um momento de ápice e conseguiu ficar de pé após décadas de esquecimento. A política de conteúdo local, as novas encomendas da Petrobras e o aumento da produção offshore fizeram com que o setor avançasse, em média, 19,5% ao ano entre 2000 e 2013, segundo dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Esse crescimento resultou na construção de 605 embarcações até 2016 e na criação de mais de 80 mil empregos diretos e 400 mil indiretos, além da qualificação da mão de obra da cadeia produtiva de óleo e gás e do desenvolvimento da economia dos municípios, onde os estaleiros estão localizados. Passados quatro anos, às vésperas da escolha, continuamos vivendo em um cenário de grandes números. Mas, desta vez, infelizmente, negativos. Tudo o que foi conquistado em uma década de muito investimento e trabalho, hoje se resume a uma tentativa de sobrevivência. Perdemos mais de 50 mil postos de trabalho. Dos 28 estaleiros associados, 12 não estão operando. E os que restaram encontram-se na UTI, agarrando-se aos seus últimos contratos para não fecharem as portas. A Petrobras, principal demandante de navios e plataformas no País, foi pressionada pela crise política e econômica, interrompeu projetos, engavetou novas iniciativas e tem pressionado por uma política de baixo conteúdo local. E não se trata apenas da Petrobras. A tese de que a indústria naval é cara e ineficiente fez escola, mas não é verdadeira. Na longa negociação que envolveu Petrobras, governo, ANP e várias instituições e empresas, o SINAVAL tem insistido em mostrar que não podemos jogar no lixo tudo que construímos. O setor naval é estratégico e tem que ser defendido por uma política de Governo. Não queremos privilégios, não temos partido político. Queremos o que toda nação desenvolvida já possui: uma indústria naval saudável. Provamos ser capazes de produzir navios e plataformas com qualidade e eficiência e, ainda, contribuir para crescimento do País. Como exemplo, o FPSO P-74 foi entregue recentemente à Petrobras e colocado em produção com 86 dias de antecipação em relação ao prazo contratual, do que resultou uma antecipação de caixa de cerca de US$ 900 milhões para a empresa, se for considerado o preço do barril de petróleo a US$ 71. Ver tudo isso afundando, além de incompreensível, é desastroso. Cerca de R$ 10 bilhões do Fundo da Marinha Mercante ou seja, dinheiro público foram investidos e agora estão sendo desperdiçados. Este documento oferece informações detalhadas sobre o setor e reúne as propostas do SINAVAL para o Brasil desenvolver uma política industrial forte e sustentável no futuro. Nosso objetivo é fornecer um arcabouço de como manter o setor naval forte, competitivo e eficiente. Como disse antes, nosso projeto não é político. O SINAVAL está aberto ao diálogo e pretende oferecer suas visões e propostas a todos os candidatos. Ariovaldo Rocha Presidente do SINAVAL

4 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 O SINAVAL O SINAVAL é a instituição que representa os estaleiros brasileiros instalados em diversas regiões do País. Tem a missão de defender os interesses das indústrias deste setor e participar de grupos de estudos em órgãos governamentais e instituições de ensino e pesquisa. Ao longo de sua história, vem participando das principais discussões em prol de um ambiente favorável à competitividade da indústria naval no Brasil. Há atualmente 28 associados (eram 50 nas eleições de 2014), dentre os quais estão os principais estaleiros do País distribuídos em diversos estados. Segmentos de atuação Os estaleiros brasileiros trabalham para dez diferentes segmentos do mercado: Offshore É o segmento com maior volume de demanda com plataformas de produção, sondas de perfuração e navios de apoio marítimo. Petroleiros e navios de produtos Navios de transporte de petróleo e seus derivados na costa brasileira. Porta-contêineres Navios para transporte de carga em contêineres ao longo da costa brasileira, segmento com predominância de operação de navios de bandeira estrangeira. Graneleiros Navios para transporte de minérios e grãos na costa brasileira. Barcaças e empurradores Embarcações para transporte fluvial de grãos, combustíveis e minérios. Rebocadores portuários Embarcações de apoio portuário para auxiliar as manobras e a atracação de navios nos portos brasileiros. Embarcações militares Navios-patrulha e submarinos. Navios fluviais, barcaças e empurradores Embarcações para transporte de produtos em hidrovias e águas interiores. Construção náutica Embarcações de esporte e lazer, tais como iates e lanchas. Reparação naval Docagem e manutenção de embarcações.

5 O papel econômico da indústria naval A indústria naval, em todo o mundo, é considerada de importância estratégica para os países e é apoiada e incentivada por seus governos É um projeto da sociedade, por representar a mobilização de grandes contingentes de mão de obra, além de impulsionar a economia pelo seu alto fator de multiplicação que proporciona ao longo de toda a cadeia produtiva. É também um elo vital no processo de inserção dos países na economia mundial como parte da logística de transportes dos bens produzidos nos países. Essa indústria também constrói estruturas e bens para o segmento offshore, que representam um amplo mercado no Brasil, especialmente após a descoberta do pré-sal, na construção de navios-sonda, plataformas de produção e navios de apoio marítimo e engenharia submarina. Nas eleições de 2014, o Brasil vivia um momento de grande recuperação da indústria naval com as demandas da Petrobras, a política de conteúdo local e a concessão de crédito via Fundo da Marinha Mercante (FMM). Foram dez anos de um trabalho que movimentou a cadeia produtiva, reergueu todo o setor e resultou na construção de 605 embarcações. Foram muitos investimentos, tanto do Governo como das empresas privadas, que resultaram em uma expressiva geração de emprego e renda, além da formação de mão de obra altamente especializada. É inquestionável o impacto social e econômico causado pela construção dos estaleiros em diversas regiões do País. Além da qualificação da mão de obra, gerando novas oportunidades para muitos trabalhadores, diversos negócios tiveram origem após a chegada dos estaleiros nos municípios, movimentando o comércio e a economia local. Hoje, passados quatro anos, o cenário é completamente diferente. As mudanças de diretrizes do Governo Federal impactaram diretamente toda a cadeia produtiva da construção naval. Houve uma queda brutal no número de empregos. A falta de encomendas e as alterações nas regras de conteúdo local ameaçam a sobrevivência dos estaleiros. Batismo do navio Celso Furtado no Estaleiro Mauá

6 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Série histórica dos empregos no setor de construção naval e offshore 2000 a 2018 Dez/00 Dez/01 Dez/02 Dez/03 Dez/04 Dez/05 Dez/06 Dez/07 Dez/08 Dez/09 Sudeste 1.492 3.147 5.512 6.398 11.297 13.166 17.847 28.874 28.468 31.068 Nordeste 64 57 52 21 133 320 320 4.403 6.573 9.037 Norte 84 90 125 150 175 190 225 3.516 2.841 3.057 Sul 270 682 804 896 1.046 766 1.208 2.207 2.395 3.338 Total 1.910 3.976 6.493 7.465 12.651 14.442 19.600 39.000 40.277 46.500 Dez/10 Dez/11 Dez/12 Dez/13 Dez/14 Dez/15 Dez/16 Dez/17 Abr/18 Sudeste 26.768 25.741 31.571 32.698 33.510 25.003 13.095 14.133 14.369 Nordeste 12.231 13.171 7.564 8.755 20.437 5.701 5.786 5.990 5.602 Norte 9.655 12.358 13.688 12.482 12.600 7.911 7.226 7.858 5.528 Sul 7.458 7.897 9.213 24.201 15.925 14.767 8.670 6.045 4.040 Total 56.112 59.167 62.036 78.136 82.472 53.382 34.777 34.026 29.539 Fonte: SINAVAL A política de conteúdo local foi determinante para a modernização do parque industrial e toda a cadeia produtiva de bens e serviços para a indústria de óleo e gás. Criou condições para que o Brasil seguindo o exemplo de países onde existe uma indústria naval forte, como a Coreia do Sul e o Japão investisse em uma década mais de R$ 20 bilhões via FMM na construção de novos estaleiros e na modernização dos existentes. Na vigência dessa política, a indústria brasileira construiu e entregou nove plataformas com índices de nacionalização e prazos plenamente satisfatórios. Projetos concluídos por ano: embarcações 605 construídas de 2007 a 2016 120 119 100 89 80 77 70 60 51 60 40 33 36 40 30 20 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Ministério dos Transportes

7 Projetos concluídos por ano: estaleiros 12 construídos de 2007 a 2016 4,5 4 4 3,5 3 2,5 2 2 2 2 1,5 1 1 1 0,5 0 0 0 0 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: SINAVAL Petroleiro Dragão do Mar (Divulgação Presidência da República)

8 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Dados do setor A construção naval brasileira provou que é capaz de ser uma alternativa concreta para a oferta local de navios, sondas de perfuração e plataformas de produção de petróleo De 2007 a 2016, foram concluídas 605 embarcações financiadas pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), que desembolsou, desde 2007, R$ 30,2 bilhões. Desembolsos anuais realizados diretamente pelo Tesouro FMM-OGU (Orçamento Geral da União) para os agentes financeiros Lei 12.249/2010 Total de R$ 30,2 bilhões de 2007 a 2016 5 4,5 4,9 4 4,1 4 3 2,3 2,62 2,6 2,8 2 1 1,1 1,3 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Ministério dos Transportes Valores contratados de projetos Total de R$ 50.640 bilhões de 2007 a 2016 12.000,00 10.000,00 10.337,28 9.996,51 9.449,54 8.000,00 6.818,23 6.000,00 4.000,00 3.821,39 2.000,00 1.396,63 1.829,96 2.387,58 2.533,56 1.590,15 0,00 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Fonte: Ministério dos Transportes

9 Navios de apoio marítimo Navios de apoio marítimo são fundamentais para a exploração de petróleo em alto-mar A denominação apoio marítimo abrange as seguintes atividades principais: PSV Platform Supply Vessel Realiza o suprimento a plataformas de petróleo transportando água, alimentos, combustíveis, peças de reposição e consumíveis diversos para o pessoal embarcado e para as operações. AHTS Anchor Handling Tug Supply Realiza o reboque de plataformas e o manuseio de âncoras para seu correto posicionamento; também realiza atividade de suprimentos. RSV ROV Support Vessel Realiza as operações de suporte à operação submarina com o uso de veículos submarinos de operação remota (ROV). OSRV Oil Spill Recovery Vessel Realiza operações de resposta e contenção a derramamento de óleo e outras operações de apoio. MPSV Multi Purpose Support Vessel Navio de finalidades gerais; realiza diversas operações, como lançamento de linhas flexíveis em baixa profundidade, combate a incêndio, salvamento, combate à poluição e outras. PLSV Pipe Layer Support Vessel Realiza as operações de assentamento de dutos flexíveis no solo marinho que interligam os diversos poços de produção de um sistema submarino até a subida dos dutos às plataformas de produção. SV Mini Suplly Vessel Versão reduzida das embarcações PSV. FSV Fast Suplly Vessel Embarcação de alta velocidade, como se fosse um PSV mais ágil. DSV Diving Support Vessel Embarcação especializada no apoio ao mergulho oceânico. WSV Well Stimulation Vessel Embarcação para estimulação de poços de petróleo, com equipamentos para monitorar e melhorar a produtividade dos poços em operação. LH Line Handlers Manuseio de linhas, cabos e mangotes para apoio às operações de reboque, e suprimentos e transferências de petróleo bruto das plataformas aos navios aliviadores. Crewboat São os navios para transporte de tripulações entre plataformas e entre terminais terrestres e plataformas e outros navios em alto-mar.

10 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Composição atual da frota Principais tipos de navios de apoio marítimo Os navios de bandeira estrangeira lideram nos segmentos de maior valor de diárias: PSV, AHTS, PLSV e RSV 200 180 160 182 170 140 120 100 80 60 40 20 0 68 69 49 30 19 24 26 15 18 13 12 11 1 2 3 5 8 3 3 3 6 2 PSV/ORSV LH/SVA HTSC rew/fsvp LSVM PSVD SV WSV Bandeira internacional Bandeira nacional Total Fonte: SINAVAL Embarcações de apoio marítimo entregues por ano no Brasil até 2015 30 28 25 22 20 20 18 18 15 13 13 12 15 11 14 10 8 8 7 5 3 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: SINAVAL

11 Plataformas de produção e sondas de perfuração A plataforma de produção de petróleo em alto-mar, que pode ser dos tipos FPSO (geralmente construída a partir de um casco de petroleiro) ou semissubmersível, é a estrutura flutuante que permite o primeiro tratamento do petróleo bruto extraído do subsolo marinho. Opera de forma integrada com o sistema de produção submarino e é construída para durar de 20 a 30 anos, o tempo de vida de um campo produtor. Se em 2014 os estaleiros brasileiros tinham uma das maiores carteiras de encomendas de plataformas de produção do mundo, o mesmo não se pode dizer no atual cenário. Grande indutora do crescimento da indústria naval em um passado muito recente, a Petrobras cancelou contratos e cortou investimentos no País, deixando os estaleiros brasileiros sem novas encomendas que possam manter não só suas atividades, como também seguir com a curva de aprendizado. O mesmo cenário se repete no que se refere às sondas de perfuração. A promissora entrada do Brasil do mercado de construção de sondas, que movimentou a carteira de encomendas dos estaleiros existentes e atraiu a implantação de dois novos, ficou na história. Não há nenhum contrato para construção de sondas no Brasil atualmente, nem expectativa que esse quadro mude, em futuro próximo. FPSO P-74

12 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 TIPO DE CONSTRUÇÃO QUANTIDADE ESTALEIROS CONSTRUTORES OBS Petroleiros 5 Estaleiro EAS (PE), navios Aframax (sendo uma entrega em abril/2018 e a última em meados de 2019). Gaseiros 1 Estaleiro VARD Promar (PE). Sondas de perfuração (construções interrompidas) Plataformas de produção 5 Navios de apoio marítimo 27 28 Estaleiro RG (RS); BrasFELS (RJ); Estaleiro EJA-Jurong (ES); Estaleiro Enseada (BA). P-75 e P-77 Estaleiro COSCO (China), integração no Estaleiro QGI (RS); P-76 integração sendo finalizada na Techint; P-68 integração no Estaleiro EJA-Jurong (ES); P-67 integração sendo feita no Estaleiro COOEC (China); P-69 em fase final para entrega pela BrasFELS (RJ). 1 PLSV no Estaleiro VARD Promar (PE); 6 PSVs no Estaleiro Navship (SC); 12 rebocadores no Estaleiro Detroit (SC); 4 rebocadores no Estaleiro da Wilson, Sons (SP); 4 AHTS no Estaleiro Oceana (SC). Navios para navegação fluvial e apoio portuário 100 Em diversos estaleiros de pequeno e médio portes. Submarinos 5 Estaleiro de Submarinos (RJ). TOTAL 171 Fonte: SINAVAL 2 FPSOs estão em fase final de entrega FPSO P-58 (Agência Petrobras)

13 Situação dos estaleiros brasileiros ESTALEIROS DE GRANDE PORTE Estaleiro Estado Situação ATLÂNTICO SUL PE Aframax (sendo a primeira entrega em abril/2018 e a última em meados de 2019) BRASFELS RJ Finalizando a integração da P-69 Sem carteira após o encerramento RG RS Em processo de Recuperação Judicial EISA RJ Em processo de Recuperação Judicial MAUÁ RJ Fazendo apenas reparos de pequenas embarcações Cais e carreira ocupados por casco de navios da Transpetro que tiveram contratos cancelados VARD PROMAR PE Com um navio gaseiro em construção construção de 1 PLSV para Dofcon QGI RS Sem atividades RENAVE RJ Atuando em reparo BRASA RJ TUP Terminal de Uso Privado EBR RS Sem atividades EJA Estaleiro JURONG Aracruz ES Integração dos módulos da P-68 ENSEADA Indústria Naval BA TUP Terminal de Uso Privado Fonte: SINAVAL/Estaleiros ESTALEIROS DE MÉDIO PORTE Estaleiro Estado Situação ALIANÇA RJ Fazendo manutenção para a frota da CBO VARD NITERÓI (atual Mac Laren) RJ Virou Mac Laren após o contrato de aluguel do terreno se encerrar WILSON, SONS SP Construção de Rebocadores Manutenção da própria frota SÃO MIGUEL RJ Construindo embarcação graneleira ARPOADOR RJ/SP Sem atividades DETROIT SC Em atividade DSN EQUIPEMAR RJ Fechado ENAVAL RJ Manutenção de Plataformas da Petrobras ETP RJ Sem atividades no momento NAVSHIP SC Construindo embarcação para BRAM INTECNIAL SC Está em Recuperação Judicial KEPPEL SINGMARINE SC Manutenção NAPROSERVICE RJ Sem atividades de construção naval RIO NAVE RJ Sem atividades de construção naval SERMETAL RJ Sem atividades de construção naval UTC RJ TUP INACE SC Aguardando informações BIBI AM Construindo Embarcações para o setor agrícola e região AM RIO MAGUARI PA 100 barcaças RIO TIETÊ SP Sem atividades ESTALEIRO OCEANA SC 4 AHTS para o Grupo até novembro EASA AM Fonte: SINAVAL/Estaleiros ESTALEIROS MILITARES Estaleiro Estado Situação Arsenal de Marinha RJ Manutenção e reparos para a própria Marinha do Brasil Itaguaí Construções Navais RJ Construindo 5 submarinos (4 convencionais e 1 com propulsão nuclear) Fonte: SINAVAL/Estaleiros

14 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Estaleiro EBR em janeiro de 2018 Estaleiro EBR em abril de 2018, após saída da P-74

15 A indústria naval brasileira não pode naufragar A indústria naval é sustentada por três pilares: reserva de bandeira nacional, demandas da Marinha Brasileira e da Petrobras, e conteúdo local. Todos eles estão ameaçados. O SINAVAL propõe a adoção de medidas que possam mudar essa situação e reaquecer o setor, recuperando os empregos perdidos, gerando novos e fazendo a economia voltar a girar em torno da cadeia produtiva da qual faz parte. A indústria naval tem que ser competitiva e, para isso, é necessário que se gere uma demanda consistente que permita a evolução da curva de aprendizado e, consequentemente, a possibilidade de disputar mercado. A Petrobras cumpre um papel importante na medida em que é a principal demandante do Brasil e sempre gerou empregos e incentivou a indústria local. Mas, nos últimos três anos, essa característica da maior empresa do País se perdeu em prol da recuperação do seu caixa. A saúde financeira da Petrobras é interesse de todos, mas recuperar a Petrobras não pode ser sinônimo do fim de toda uma indústria. A Marinha Brasileira tem necessidade de renovação de sua frota, que tem mais de 30 anos, e a indústria naval brasileira tem plena capacidade de absorver essa demanda. Conteúdo Local Muito foi investido e produzido graças à política de conteúdo local no Brasil e é possível fazer muito mais nessa nova fase de exploração do petróleo no País aprimorando as regras, não excluindo. O conteúdo local precisa ser visto como uma política de Estado que traz benefícios ao País. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ANP publicou nova resolução que considerou o conteúdo local com 40% para três famílias em contratos antigos: engenharia; equipamentos e construção; e integração de módulos e cascos. É importante que sejam estabelecidas as mesmas regras para contratos futuros, garantindo, dessa forma, o crescimento do emprego nas empresas do setor no Brasil (e não na China), a geração de renda e mais segurança para novos investimentos. Política protecionista mundial Uma forte política protecionista defende a capacidade de vários países em contar com frotas sob seu controle (incluindo bandeiras de conveniências) para o domínio estratégico sobre o transporte de cargas domésticas e internacionais. O Brasil precisa seguir esse caminho. Os EUA têm o centenário Jones Act, recentemente reforçado, que assegura o transporte na sua costa de navios construídos localmente e com tripulação exclusiva de norte-americanos. A China recentemente negou ao consórcio P3, formado pelos maiores transportadores de contêineres do mundo Maersk, CMA-CGM e MSC o direito de operar em seus portos. O consórcio domina mais de 40% do mercado mundial e é monitorado pelo Global Shippers Forum, com sede em Londres, para verificar práticas que impeçam a livre concorrência no mercado de fretes. A Coreia do Sul anunciou um plano para construção de 200 navios nos próximos três anos como parte da reestruturação da indústria naval e aumento da competitividade.

16 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Sistema regulatório, legislativo e fiscal O SINAVAL propõe que sejam priorizadas políticas públicas que fortaleçam as atividades do setor naval para que este setor possa retomar seu papel na economia brasileira Manter e aperfeiçoar o sistema regulatório, legislativo e fiscal da indústria da construção naval. Manter e aperfeiçoar a política pública de preferência local nos fornecimentos de navios e plataformas de produção de petróleo e sondas de perfuração. Assegurar recursos ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) para ampliar a construção local de navios. Aperfeiçoar a Lei da Navegação para ampliar a construção local de navios por operadores de transporte marítimo de cabotagem e de longo curso. Manter e aperfeiçoar os incentivos fiscais, estaduais e federais à construção naval. Aperfeiçoar a ampliar o alcance do Fundo de Garantia da Construção Naval (FGCN). Estimular as iniciativas de financiamento à produção através de fundo de recebíveis, conforme prática já adotada pela Petrobras. Aperfeiçoar a visão estratégica sobre o papel da construção naval de assegurar o fornecimento, no Brasil, de navios e equipamentos para transporte marítimo e produção de petróleo em águas territoriais brasileiras. Fortalecer o ensino técnico e superior nas especialidades essenciais à indústria da construção naval. Ampliar os recursos para o desenvolvimento científico e tecnológico da indústria da construção naval, em parceria entre essa indústria e as universidades. Manutenção da desoneração fiscal nos fornecimentos para a construção naval Decreto n o 6.704, de 19/12/2008, que trata da desoneração do IPI para o fornecimento de materiais e equipamentos para a construção naval, e Lei n o 11.774, de 17/9/2008, que trata da redução a zero das alíquotas de PIS/Pasep e Cofins sobre equipamentos destinados à construção naval. Manutenção do Fundo de Garantia da Construção Naval O fundo foi criado pela Lei n o 11.786, de 25/9/2008, complementada pela Lei n o 12.058, de 13/10/2009, com destinação de R$ 5 bilhões para formação de seu patrimônio, prevendo a retirada da cobrança de Imposto de Renda das aplicações financeiras para sua manutenção.

17 Repetro Manutenção e aperfeiçoamento desse regime aduaneiro especial, que permite a importação de equipamentos específicos para serem utilizados diretamente nas atividades de pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural, sem a incidência dos tributos federais II, IPI, PIS e Cofins. Desoneração da folha de pagamento Retomada e aperfeiçoamento da legislação de desoneração da folha de pagamento que beneficia 56 diferentes setores, incluindo a construção naval brasileira. A legislação estimula o aumento da contratação de pessoal, substituindo a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento por uma contribuição sobre o faturamento, excluindo os valores referentes à exportação. Reforma Tributária Para simplificar o sistema tributário, a sugestão é criar um único imposto de valor agregado incidindo sobre todos os bens e serviços. Reforma Previdenciária No sentido de equilibrar o sistema previdenciário, é necessário evoluir para um modelo geral de aposentadorias e pensões para todos os brasileiros, eliminando os privilégios das diversas corporações e ajustando a idade mínima, idêntica para homens e mulheres, de forma crescente e automática em função do aumento contínuo da expectativa de vida. O financiamento do sistema deverá migrar, progressivamente, dos salários e da folha de pagamento para outras fontes como, por exemplo, o faturamento e a renda. Financiamento Oferta de financiamento com juros competitivos e extinção da intermediação dos agentes financeiros nas operações com o BNDES são importantes medidas para fomentar investimentos. Reforma Monetária Substituição da Selic por uma taxa de juros de curto prazo fixada pela inflação projetada e acrescida do risco país, com definição da taxa de juros de longo prazo definida pelo mercado. Eliminar a indexação de preços de contratos por índices ligados à inflação.

18 Agenda do SINAVAL para as eleições de 2018 Juros O Banco Central deve centrar seus esforços na diminuição dos spreads bancários para reduzir os juros de mercado a níveis comparáveis com os concorrentes internacionais. Também deve eliminar a cunha fiscal incidente sobre todos os empréstimos e estimular a competição entre os bancos, limitando os ganhos com tarifas e serviços. Câmbio A política cambial tem de ser definida por um Conselho Cambial, que terá como objetivo manter um câmbio adequado, ou seja, que torne competitivas as empresas brasileiras que utilizam gestão e tecnologia com qualidade equivalente a seus concorrentes externos. Este câmbio deverá ser mantido competitivo ao longo do tempo visando o equilíbrio ou superávit em conta corrente. Ambiente Legal e Jurídico É necessário simplificar a legislação fiscal, trabalhista e de meio ambiente, entre outras, para eliminar, na medida do possível, o ambiente de insegurança jurídica para as empresas, que convivem com a contínua ameaça de passivos de difícil mensuração e de alto custo administrativo, bem como reduzir fortemente as exigências de obrigações acessórias que adicionam mais custos que, somados, inflam fortemente os custos de transação, reduzindo a competitividade da produção brasileira. Batismo da P-56 Estaleiro BrasFELS PSV Siem Giant Estaleiro Vard (Divulgação Vard/Siem)

19 Estaleiros associados ao SINAVAL PARÁ PERNAMBUCO BAHIA ENSEADA Indústria Naval S.A. BAHIA ESPÍRITO SANTO EJA Estaleiro JURONG Aracruz Ltda. PARÁ Estaleiro RIO MAGUARI S.A. PERNAMBUCO ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL S.A. VARD PROMAR S.A. RIO DE JANEIRO ALIANÇA S. A. Indústria Naval e Empresa de Navegação B-Port Logística Offshore e Estaleiro Naval Ltda. BrasFELS S.A. CMO Construção e Montagem Offshore S.A. DOCK Brasil Engenharia e Serviços S.A. DOCKSHORE Navegação e Serviços Ltda. ENAVAL Engenharia Naval e Offshore Ltda. Estaleiro BRASA Ltda. Estaleiro MAUÁ S.A. Estaleiro Quissamã Ltda. Estaleiro SÃO JACINTO Ltda. (Grupo Muliceiro) ETP Engenharia Ltda. ICN Itaguaí Construções Navais S.A. Navegação SÃO MIGUEL Ltda. QUEIROZ GALVÃO Naval S.A. RENAVE Empresa Brasileira de Reparos Navais S.A. TRIUNFO Operadora Portuária Ltda. VARD Electro Brazil (Instalações Elétricas) Ltda. RIO GRANDE DO SUL EBR Estaleiros do Brasil Ltda. QGI Brasil S.A. SANTA CATARINA DETROIT Brasil S.A. Estaleiro NAVSHIP Ltda. KEPPEL SINGMARINE Brasil Ltda. SÃO PAULO WILSON, SONS Comércio, Indústria e Agência de Navegação Ltda. Outros estaleiros AMAZONAS Estaleiro BIBI Eireli CEARÁ Indústria Naval do Ceará S.A. (INACE) PARÁ EASA Estaleiros da Amazônia S.A. PARANÁ TECHINT Engenharia e Construção SÃO PAULO ARPOADOR Engenharia Ltda. SÃO PAULO SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL ESPÍRITO SANTO RIO DE JANEIRO

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