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Transcrição:

Sociedade, cultura e educação: novas regulações? Relatório da Reunião Anual Grupos de Trabalho 1 Identificação a) Grupo de Trabalho (GT): GT 19 Educação Matemática - Coordenadora: Adair Mendes Nacarato (USF/SP) - Vice-Coordenador: Marcelo Almeida Bairral (UFRRJ) - Comitê Científico: Maria Tereza Carneiro Soares (UFPR) e Suplentes: Regina Célia Grando (USF) e Dario Fiorentini (Unicamp) 2 Caracterização a) Participantes: Nome Completo Sigla da Instituição 1. Adair Mendes Nacarato USF 2. Alexsandra Schelemper SEMLages 3. Ana Maria da Silva UFG 4. Anemari R.L.Vieira Lopes UFSM 5. Cármen Lucia B. Passos UFSCAR 6. Carmyra O. Batista UNB 7. Celi A.E. Lopes Cruzeiro do Sul 8. Claudio José Oliveira UNISC

2 9. Dejahyr Lopes Jr. UFMS 10. Edilene S.C. dos Santos FAO 11. Erondina B. da Silva SEDF/FAJESU 12. Esmeralda M.Q.Oliveira UFPE/PCR 13. Fernanda Wanderer UNISINOS 14. Gilselene G.Guimarães UERJ 15. Hildegard da G. Nery CEMC 16. Ieda Giongo UNIVATES 17. Luciana de Lima UFC 18. Luciana Gitirana de Santana SME/RJ 19. Luciane de F. Bertini UFSCar 20. Luiz Hiroski Haruna Fapi/Unitau 21. Marcelo A. Bairral UFRRJ 22. Marcelo Borba UNESP/RC 23. Marcilia Barreto UECE 24. Maria Aparecida Silva Cruz UEMS 25. Maria Auxiliadora B.A. Megid PUC-Campinas 26. Maria Cecília C.B. Fantinato UFF 27. Maria do Carmo de Sousa UFSCar 28. Maria Teresa Menezes Freitas UFU 29. Marilene R. Resende UNIUBE 30. Marli Coscodai Souza SEMLages 31. Miriam Godoy Penteado UNESP/RC 32. Monike C.S. Bertucci UFSCar 33. Neuza Maria Cechetti FPF 34. Nubi Vergetti UFF 35. Patrícia Lima UNB 36. Regina Célia Grando USF 37. Reginaldo Rodrigues da Costa PUC-PR 38. Rejane Dias da Silva UFPE 39. Rosa Ma. Da Silva Cunha SEMECCAX 40. Rosália Policarpo Fagundes SEDF 41. Sandra AP. de O. Baccarin Fajesu

3 42. Tatiane Déchen UFSCar 43. Telma Teixeira 4ª CRERJ 44. Teresa Cristina R.S.Rodrigues Isecensa 45. Thiarla M. D.Zanon UFES 46. Zuleide Cavalcante Famettig b) Instituições Representadas: USF; UFRRJ; UNESP/Rio Claro; UFSCAR; UFU; UFF; UNB; UFMS; PUC-Campinas; PUC/PR; UFES; Uniube; UFG; Unisc; UFPE; UFC; Cruzeiro do Sul; UEMS; Isecensa; SMEDF; SME/RJ; CRERJ; Fajesu; SMECCAX; SEDF; UECE; Univates; SMLages; Fao; CEMC; Unitau; Unisinos. 3 Relação entre o programado e o realizado a) Sessões Especiais: O GT 19 participou da organização da Sessão Especial n.9: Cultura e docência: novos olhares para a realidade educacional?, realizada em parceria com os GTs 12 (Currículo), 16 (Educação e Comunicação) e 24 (Educação e Arte). A sessão foi coordenada pela Profa. Dra. Célia Maria de Castro Almeida (UNIUBE) e contou com os seguintes convidados: Prof.Dr. Gustavo E. Fischman (Universidade do Estado do Arizona/EUA), Prof. Dr. Ole Skovsmose (Aalborg University/Dinamarca) e Profa. Dra. Nilda Guimarães Alves (UERJ). Como a sessão ocorreu na quarta-feira à tarde, não houve avaliação pelos membros do GT, uma vez que a avaliação havia sido no período da manhã. No entanto, a coordenação avalia que essa sessão foi prejudicada pelo horário como tem ocorrido em todas as reuniões anuais da Anped, há uma redução significativa do número de participantes na quarta-feira à tarde. Nesse sentido, reiteramos nossa sugestão apresentada em 2008, para que a diretoria da Anped, juntamente com os coordenadores, pense na programação para os próximos anos de forma a garantir que as atividades da quarta-feira à tarde não sejam prejudicadas pelo número reduzido de participantes. No entanto, mesmo contando com um número reduzido de participantes em torno de 20 a sessão foi de altíssimo nível tanto pela fala dos membros da mesa quanto pelo debate que se sucedeu.

4 b) Trabalhos Encomendados: O trabalho encomendado, intitulado Narrativas autobiográficas e História oral: práticas de formação em Educação Matemática foi realizado pelo Prof. Dr. Elizeu Clementino de Souza (UNEB). O GT vem mantendo uma dinâmica de trabalho encomendado, desde 2007, que consiste na eleição na reunião do ano anterior de uma temática a ser debatida. Definida a temática, os pesquisadores que nela trabalham, são convidados a produzirem textos que subsidiem a discussão durante os trabalhos do GT. Para isso, convida-se um pesquisador que estabelece um diálogo com os textos produzidos e que também coordena os debates. Os textos enviados são submetidos aos avaliadores ad hoc que, juntamente com a coordenação, seleciona os que serão debatidos. Os autores dos textos, em sua maioria, comparecem voluntariamente à reunião para participar do debate. Em 2009, o debate foi promovido pelo Prof. Elizeu a partir dos seguintes textos: As construções que o tempo proporciona nas atividades docentes, de autoria de Marisa Rezende Bernardes, docente da Unip/Bauru e Centro Universitário Filadélfia de Londrina, membro do Membro do Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática GHOEM. O cálculo mental e a escrita na formação inicial de professoras dos primeiros anos do ensino fundamental, de autoria de Maria Auxiliadora Bueno A. Megid, docente da PUC-Campinas. Registrar oralidades, analisar narrativas: sobre pressupostos da História Oral em Educação Matemática, de autoria de Antonio Vicente Marafioti Garnica, docente da UNESP/Bauru e membro do Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática GHOEM. Educação Matemática e História Oral: contribuições para um referencial teórico, de autoria de Maria Ednéia Martins-Salandin (UNESP/Bauru); Luzia Aparecida de Sousa (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, campus de Paranaíba) e Déa Nunes Fernandes (Instituto Federal de Educação, Ciência e

5 Tecnologia- IF-MA, campus Monte Castelo- São Luís); membros do Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática GHOEM. O potencial heurístico e autoformativo das biografias educativas para os formadores de professores de matemática, de autoria de Bárbara Cristina Moreira Sicardi (Coordenadora do Curso de Matemática e Docente do Centro Universitário Metodista IPA Porto Alegre, RS); Dario Fiorentini (FE/Unicamp) e Joaquim Gonçalves Barbosa (Universidade Metodista de São Paulo-UMESP). Narrativas e investigações matemática: professoras avaliando suas aprendizagens, de autoria de Cármen Lúcia Brancaglion Passos (UFSCar). Mediação virtual: a narrativa escrita em foco na formação de professores de Matemática, de autoria de Maria Teresa Menezes Freitas (UFU). Traçando horizontes de pesquisa com fontes autobiográficas, de autoria de Maria José Medeiros Dantas de Melo e Maria da Conceição Passeggi (UFRN). A discussão foi bastante rica, contando com a presença de autores de 6 textos: Maria Auxiliadora Bueno A. Megid; Maria Ednéia Martins-Salandin; Déa Nunes Fernades; Bárbara Cristina Moreira Sicardi; Cármen Lúcia B. Passos; Maria da Conceição Passeggi e Maria Teresa Menezes Freitas. Embora dois autores não pudessem comparecer, os principais grupos de pesquisa sobre a temática das narrativas e história oral se fizeram presentes no debate. O Prof. Elizeu destacou a importância do campo no que diz respeito à temática dentro da Educação Matemática, bem como os modos próprios que a perspectiva da área vem assumindo. Considera que há uma representatividade regional das pesquisas, uma vez que apenas a Região Norte ficou ausente dessa discussão. Fez um cruzamento dos textos apresentados com o movimento autobiográfico da área. Destacou a flutuação terminológica existente nos trabalhos em Educação Matemática flutuação essa marcada por distâncias e aproximações. Há flutuações metodológicas também, o que não significa fragilidade metodológica de pesquisa. Os trabalhos retratam os espaços acadêmicos e profissionais de cada pesquisador daí a sua riqueza. Dentre as diferentes contribuições dessa perspectiva de pesquisa destacam-se: o reconhecimento do professor e a sua valorização; dar voz e ouvir o professor; conhecer suas histórias e trajetórias; a reflexão e construção de si; como nos tornamos professores de

6 matemática; como o professor se vê como profissional... No entanto, destacou-se também o cuidado ético nessa modalidade de pesquisa. Em síntese, foi uma manhã bastante produtiva e envolvente, com um amplo debate por parte dos presentes. c) Comunicações Orais: Na 32ª Reunião Anual da Anped o GT 19 contou com 10 trabalhos aprovados para serem apresentados como comunicações orais, assim distribuídos: 4 no período da manhã do dia 05/10 (segunda-feira) e 3 no período da tarde desse mesmo dia; e 3 no período da manhã do dia 07/10. A coordenação do GT tem buscado agrupar esses trabalhos por temáticas com vistas a promover o debate. Assim, há um bloco de comunicações apresentadas, relacionadas a uma mesma temática e o debate de todas elas ocorre ao final. Há um entendimento de que essa dinâmica favorece uma discussão mais ampla sobre as temáticas apresentadas. Todos os apresentadores dos trabalhos se fizeram presentes. O GT contou também com cinco pôsteres e houve um espaço durante os trabalhos na Reunião para um debate com os autores dos mesmos. Na abertura da reunião, no dia 05/10, a coordenação avisou aos autores dos pôsteres que haveria esse espaço para essa discussão. Assim, dois pôsteres foram discutidos no período da manhã de terça-feira (dia 06) e três na manhã da quarta feira (dia 07/10). Todas as autoras estiveram presentes. d) Minicurso: O GT não contou com mini-curso próprio nesta Reunião. Embora houvesse a programação de um mini-curso com o Prof. Dr. Arthur Powell (Rutgers University/EUA), houve impedimentos profissionais por parte do pesquisador para sua vinda ao Brasil. O mini-curso foi cancelado previamente, havendo tempo para a Secretaria Executiva o excluir da programação. e) Avaliação do GT:

7 A avaliação no GT foi feita no período da manhã, do dia 7/10 (quarta-feira). Concomitantemente aos aspectos avaliados, foram apresentadas sugestões para o próximo ano. a. Processo de avaliação dos trabalhos submetidos A eleição dos avaliadores ad hoc foi precedida de uma ampla discussão no GT sobre o perfil do avaliador. Os principais critérios de consenso para ser avaliador ad doc são: ser doutor; ter vinculação a programas de pós ou experiência com avaliação de trabalhos acadêmicos (como por exemplo, orientação de TCC, Monografias ou dissertações/teses); ter participação ativa no GT, inclusive com apresentação de trabalho em reuniões anuais. Além disso, o grupo referendou a continuidade de uma norma interna: só pode se candidatar de um membro a qualquer função no GT, se o mesmo estiver presente na RA. Houve também espaço para compartilhamento das discussões ocorridas entre os coordenadores de GT e o comitê científico na manhã do dia 4/10 (domingo). A ênfase no GT foi, principalmente, na qualidade dos pareceres emitidos. Em vista disso, sugeriu-se uma maior interlocução entre o comitê científico do GT e os avaliadores ad hoc. Para isso, o comitê científico (Maria Tereza Carneiro Soares e a suplente Regina Célia Grando) juntamente com a coordenação e avaliadores ad hoc irão elaborar um documento sobre critérios de avaliação dos trabalhos. Esse documento será discutido com os membros do GT, via online, e retomado na reunião de 2010. Houve também, por parte de avaliadores, a solicitação de que haja um retorno do comitê científico para cada avaliador, o que poderá contribuir para a melhoria dos pareceres. Além disso, tal como discutido na reunião dos coordenadores com o comitê científico da Anped, o GT também acordou que a coordenação fica neutra no processo de avaliação, mas que haja uma interlocução do comitê científico após o processo avaliatório envio dos trabalhos aprovados e cópia do relatório. Uma prática existente no GT refere-se à consulta aos avaliadores ad hoc suplentes sobre o desejo de assumirem como titulares. Como os avaliadores suplentes, eleitos anteriormente, não estavam presentes à 32ª RA, nenhum deles foi conduzido a titular.

8 b. Produção de um documento de área (Anped) A partir da solicitação da diretoria da Anped de sugestões para produção de um documento de área para ser submetido aos candidatos a governo em 2010, na reunião com os coordenadores, nos dias 3 e 4/10, o tema foi colocado em discussão no GT. Os educadores matemáticos, presentes à reunião, entendem que um ponto fundamental a constar nesse documento diz respeito ao próprio entendimento do que seja ensino de matemática. A definição de políticas públicas precisa tomar como ponto de partida a produção de pesquisas na área de Educação Matemática. O grupo entende que Olimpíadas de Matemática não pode se configurar como política pública. c. Questões mais específicas do GT na 32ª Reunião Destacou-se a diversidade de estados que se fizeram presentes com apresentação de comunicações e pôsteres em 2009: Rio Grande do Sul (4 trabalhos); São Paulo (4 trabalhos); Mato Grosso do Sul (2 trabalhos); Pernambuco (2 trabalhos); Distrito Federal (1 trabalho); Ceará (1 trabalho) e Santa Catarina (1 trabalho). Destacou-se também o comprometimento dos participantes do GT, os quais têm comparecido às reuniões, mesmo sem apresentação de trabalho. Se por um lado, houve um reduzido número de trabalhos submetidos à avaliação da 32ª Reunião, por outro, foi grande o número de trabalhos que compuseram o trabalho encomendado, dando também visibilidade de diferentes estados brasileiros. Quanto ao site do GT, destacou-se a necessidade de maior consulta por parte dos membros do grupo. Nele têm sido colocadas todas as informações relativas às reuniões anuais; divulgação das produções dos pesquisadores; e e-books dos trabalhos encomendados. Sugeriu-se colocar também quais são as temáticas que os grupos vêm pesquisando, o que pode facilitar chamadas de trabalhos para a sessão de trabalho encomendado do GT. d. Avaliação do trabalho encomendado A temática do trabalho encomendado (Narrativas autobiográficas e História oral: práticas de formação em Educação Matemática) foi considerada rica pelos participantes. Quanto à forma de chamada dos trabalhos considera-se ser um processo democrático, uma

9 vez que ela é divulgada na página do GT, além da divulgação pelos próprios participantes junto aos pares que trabalham com a temática. Destacou-se a riqueza do debate neste terceiro ano da dinâmica implantada em decorrência do articulador ser um pesquisador de fora do GT. Esse olhar ajuda na projeção do GT dentro da própria Anped, além de possibilitar que outros pesquisadores se aproximem teórica e metodologicamente das discussões do GT. O fato de trazer uma pessoa de fora do GT oxigena as idéias, amplia o universo da pesquisa, além de ser uma oportunidade da área de Educação ler os trabalhos de Educação Matemática. É fundamental dar visibilidade às pesquisas que vêm sendo realizadas na área. O trabalho deste ano revelou essa potencialidade. É importante, ainda, a interlocução com outras áreas, evidenciando o quanto a área de Educação Matemática não é fechada em suas pesquisas. Foi ressaltado, ainda, o quanto a pessoa convidada precisa ter a sensibilidade com os pesquisadores da área papel desempenhado pelo Prof. Elizeu. Os textos enviados em 2009 são dos grupos que realmente estão trabalhando com a temática de narrativas e história oral. Sem dúvida, houve a predominância de três grupos: o de História Oral (GHOEM), coordenado pelo Prof. Antonio Vicente M. Garnica, UNESP/Rio Claro e Bauru; o de pesquisadores formados pela FE/Unicamp, vinculados ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Formação de Professores de Matemática (GEPFPM), que tem o Prof. Dario Fiorentini como coordenador; e o grupo da UFRN, que tem a Profa. Maria Conceição Passegi como coordenadora. Provavelmente se fosse outra temática eleita para discussão, outras regiões ou grupos se fariam presentes. Para as próximas reuniões, os participantes sugeriram que, além do site do GT, a temática também seja divulgada na página da SBEM. Colocou-se em discussão se o GT continuaria ou não com a dinâmica e qual seria a temática para o próximo ano. O grupo aprovou por unanimidade a continuidade da dinâmica. Destacou-se a necessidade de se buscar por temáticas que ajudem a suprir lacunas existentes na área de Educação Matemática, mas que hajam grupos de pesquisa envolvidos com elas. Uma temática sugerida e imediatamente acatada pelo grupo foi Educação Matemática e infância. Acredita-se haver uma lacuna muito grande nessa linha de

10 investigação e o pouco entendido do que seja a Educação Matemática na educação infantil. Essa temática inclui não só a criança, mas também a formação de professores e as questões curriculares. Nessa perspectiva entra também a matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Pode ocorrer de haver um número muito grande de trabalhos nessa temática. Se isso ocorrer, pode-se pensar em dividir o trabalho em duas etapas, ou seja, em duas RAs consecutivas. e. Minicurso O GT discutiu o encaminhamento do minicurso para 2010 e decidiu-se pela indução, com a sugestão de três temáticas: Modelagem Matemática, com o Prof. Dr. Jonei Cerqueira Barbosa (Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS/BA); O uso da História da Matemática no ensino, com a Profa. Dra. Terezinha Gaspar (UnB); e Educação Estatística, com a Profa. Dra. Celi Espasandin Lopes (Universidade Cruzeiro do Sul/SP). Assim, a coordenação contará com essas três temáticas, nessa ordem, para os contatos. f. Sessão Especial Embora as negociações para a organização conjunta da sessão especial na próxima RA iniciem no ano subsequente, o grupo já elencou alguns interesses, para possíveis interlocuções com outros GTs. Três temáticas foram destacadas: uma voltada aos cotidianos escolares, incluindo tecnologia; outra, relativa ao Ensino Médio; e uma terceira voltada ao uso de imagens na pesquisa. 4 Programação 2010 e Sugestões para 33ª RA Sugestões para a 33ª RA: Temática do trabalho encomendado: Educação Matemática e infância. Mini-curso encomendado: Modelagem Matemática. O GT 19 gostaria de continuar com o espaço do Salão Azul, no Hotel Lopes para as suas reuniões.

11 5 Eleições no GT/GE a) Coordenação Durante a 32ª Reunião foi eleita a nova coordenação para o GT 19. No primeiro dia dos trabalhos, a única chapa candidata à eleição apresentou sua proposta ao grupo e a votação ocorreu na terça-feira pela manhã. O atual vice-coordenador do GT, Prof. Dr. Marcelo Almeida Bairral passa a ser coordenador no próximo biênio. A nova coordenação ficou assim constituída: - Coordenador: Prof. Dr. Marcelo Almeida Bairral (UFRRJ) - Vice-Coordenadora: Profa. Dra. Fernanda Wanderer (Unisinos). b) Indicação da lista tríplice do Comitê Científico O Comitê Científico do GT tem mais um ano de mandato. c) Indicação dos consultores Ad hocs para 2010 O GT tem promovido eleições anualmente de consultores ad docs visando ter continuidade nos trabalhos de avaliação. Assim, houve a manutenção de duas pareceristas e a eleição de quatro novas, além de mais uma suplente: Pareceristas para o mandato 2009-2010: Marilene R. Resende (UNIUBE) Cármen Lúcia Brancaglion Passos (UFSCAR) Pareceristas para o biênio 2010-2011 Adair Mendes Nacarato (USF/Itatiba/SP) Celi Espansandin Lopes (Universidade Cruzeiro do Sul/SP) Maria do Carmo de Sousa (UFSCar) Ieda Maria Giongo (UNIVATES) Pareceristas suplentes: Ana Paula Jahn (UNIBAN) mandato 2009-2010 Samira Zaidan (UFMG) mandato 2009-2010 Maria Cristina Maranhão (PUC/SP) mandato 2010-2011. 6 Avaliação da Reunião aspectos. A organização da 31ª Reunião foi avaliada como positiva, em todos os seus

12 O GT 19 manifesta a mesma preocupação dos anos anteriores: a garantia de público nas atividades da quarta-feira à tarde. Em todos os anos, a RA é prejudicada pelo baixo número de pesquisadores que permanecem em Caxambu até o final da tarde da quarta-feira. As principais reclamações são com relação ao custo do deslocamento até Caxambu, além das condições de acomodação, que não dão conta do público presente. A rede hoteleira não supre mais as necessidades de um público tão grande.