PARECER PRÉVIO Nº 307/05

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Transcrição:

PARECER PRÉVIO Nº 307/05 Opina pela aprovação, porque regulares, porém com ressalvas, das contas da Prefeitura Municipal de CRISTÓPOLIS, relativas ao exercício financeiro de 2004. O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no artigo 75, da Constituição Federal, art. 91, inciso I, da Constituição Estadual e art. 1º, inciso I da Lei Complementar nº 06/91, e levando em consideração, ainda, as colocações seguintes: Em conformidade com as competências que lhe foram atribuídas pelas Constituições Federal art. 31 - e Estadual arts. 63 e 89, este TCM aprecia as contas dos Poderes Executivo e Legislativo Municipais. O referido exame impõe a verificação da compatibilidade entre os atos praticados e as regras impositivas das referidas Cartas, da legislação complementar e da ordinária pertinentes, buscando-se aferir os resultados da ação governamental. Para tanto, as Regionais da Corte acompanham a execução orçamentária, financeira, operacional e patrimonial, ao longo do ano a que se reportam as contas. Após a formalização processual, novos exames são procedidos, já agora consideradas as peças anuais, o que permite verificação final, inclusive quanto aos limites e parâmetros estabelecidos para a gestão fiscal, áreas de educação e de saúde. São consideradas, ademais, decisões exaradas em processos de denúncia ou Termos de Ocorrência decididos, quando concernentes ao exercício correspondente. 1. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS As presentes contas, da Prefeitura Municipal de Cristópolis, correspondem ao último ano da gestão 2004 do Sr. Jair Piva de Miranda. As dos exercícios antecedentes, de sua responsabilidade, 2001 a 2003, inclusive, foram objeto de pronunciamentos pela aprovação, ainda que com ressalvas. Encaminhadas tempestivamente pelo Presidente do Legislativo local e autuadas sob TCM nº 7.544/05, as contas contém informação fl. 01 do seu oportuno ingresso na Câmara local, para efeito da disponibilidade pública preceituada no parágrafo 1º, art. 63 da Constituição Estadual, na forma do disciplinado nos 2º e 3º, art. 8º, da Resolução TCM nº 220/92. Acham-se consolidados no Relatório Anual - fls. 516 a 534 - os exames procedidos pela 27ª Inspetoria Regional de Controle Externo, ao longo do exercício respectivo. A análise técnica efetuada após a juntada da documentação anual é presente nos Relatório e Pronunciamento Técnicos - fls. 601 a 616. Observadas as garantias insculpidas no art. 5º, inciso LV, da Carta Federal, foram os autos convertidos em diligência final, na forma do

Edital de Convocação nº 260/05, publicado no Diário Oficial do Estado, edição de 17/08/2005. O Gestor, assim, teve conhecimento de todas as peças processuais - fl.620 - apresentando esclarecimentos, documentação e justificativas que considerou pertinentes, constantes do processo TCM nº 10.275/05 - fls. 622 e seguintes. 2. DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO O Plano Plurianual - PPA, as Diretrizes Orçamentárias LDO e o Orçamento Anual - LOA foram elaborados em respeito ao disposto no artigo 165 da Lei Maior, estabelecendo o planejamento, a programação, orçamentação e execução das ações administrativas. O PPA vigente foi aprovado pela Lei Municipal nº 60/01, englobando o quadriênio 2002/2005, sancionada pelo Executivo em 06/12/01. A LDO tem o nº 79, datada de 16/06/03. 3. DO ORÇAMENTO E CRÉDITOS ADICIONAIS Aprovou-se a Lei Orçamentária Anual LOA, de nº 80/2003, na qual são programadas as ações a serem executadas, de sorte a viabilizar as situações planejadas no PPA, observada a LDO. Estimou-se a Receita e fixou-se a Despesa, para 2004, no valor de R$7.600.000,00 (sete milhões e seiscentos mil reais), compreendidos os Orçamentos Fiscal e de Seguridade Social. Conforme o respectivo artigo 5º, há autorização para abertura de créditos suplementares no limite correspondente a 100% (cem por cento) da despesa fixada, de acordo com as regras da Lei Federal nº 4.320/64, assim como para realização de operações de crédito por antecipação da receita. Devidamente autorizados, os créditos adicionais suplementares foram abertos e contabilizados no montante de R$2.624.257,46 (dois milhões, seiscentos e vinte quatro mil, duzentos e cinquenta sete reais e quarenta seis centavos), utilizando-se como fonte de recursos a anulação parcial ou total de dotações orçamentárias. 4 - DA ANÁLISE DOS BALANÇOS E ANEXOS 4.1 - Balanço Orçamentário - Anexo XII - sintetiza receitas previstas, autorizações da despesa constantes da LOA e respectivas alterações e a execução orçamentária das receitas e despesas. A arrecadação atingiu o total de R$7.487.215,46 (sete milhões, quatrocentos e oitenta sete mil, duzentos e quinze reais e quarenta seis centavos), o que eqüivale ao percentual de 98,52% (noventa oito vírgula cinquenta dois por cento) da previsão, conforme discriminação contida no quadro seguinte: 2

Receitas Correntes... R$7.551.130,05 Receitas de Capital... R$ 539.607,33 Dedução de Receita para formação do FUNDEF... (R$ 603.521,92 ) Total... R$7.487.215,46 A despesa revela gastos no total de R$7.599.014,65 (sete milhões, quinhentos noventa nove mil, catorze reais e sessenta cinco centavos), assim discriminada: Despesas Correntes... R$6.880.504,91 Despesas de Capital... R$ 718.509,74 Total... R$7.599.014,65 Ocorreu, portanto, déficit orçamentário no valor de R$111.799,19 (cento e onze mil setecentos e noventa nove reais e dezenove centavos). Observa-se a realização de despesas correntes com receitas de capital, em desacordo com o disposto no 2º, do art.º 11 da Lei Federal nº 4.320/64. 4.2 - Balanço Financeiro - Anexo XIII incorpora ingressos e dispêndios de recursos de natureza orçamentária e extra-orçamentária no período, conjugados com saldos provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o seguinte, conforme explicitado: Receita Orçamentária... R$7.487.215,46 Receita Extra-orçamentária... R$ 261.642,77 Saldo do exercício anterior... R$ 250.834,35 Despesa Orçamentária... R$7.599.014,65 Despesa Extra-orçamentária... R$ 190.091,53 Saldo para exercício seguinte... R$ 210.586,40 4.3 - Balanço Patrimonial - Anexo XIV - demonstra a parte positiva do patrimônio, representada pelos bens e direitos Ativo - e o Passivo - compromissos e obrigações, evidenciando-se o Saldo Patrimonial. A situação registrada é a traduzida no seguinte quadro: ATIVO Ativo Financeiro Disponível... R$ 210.586,40 Ativo Permanente... R$2.673.555,04 Ativo Real... R$2.884.141,44 PASSIVO Passivo Financeiro... R$ 130.285,37 Passivo Permanente... R$ 787.967,33 3

Passivo Real... R$ 918.252,70 O Saldo Patrimonial Ativo Real Líquido, corresponde a R$1.965.888,74 (hum milhão, novecentos e sessenta cinco mil, oitocentos e oitenta oito reais e setenta quatro centavos). Registre-se que não foi incluído no Ativo Financeiro Disponível, como devido, o saldo das Contas a Receber, no total de R$316.688,19 (trezentos e dezesseis mil, seiscentos e oitenta oito reais e dezenove centavos), na forma da Portaria nº 447 da Secretaria do Tesouro Nacional STN. Constam no Passivo Financeiro da Comuna valores referentes a ISS e IRRF como obrigações a cumprir. É sabido que pertence ao Município o valor descontado, em pagamentos que realiza, a título de ISS e IRRF, na forma do disposto nos arts. 156, inciso III e 158, inciso I da Constituição Federal. Tais registros, assim, são irregulares, ou, ao menos, passíveis de esclarecimentos e não devem ocorrer. Devem ser adotadas providências em relação ao assunto, a ser verificado na prestação de contas do exercício subsequente 2005. 4.4 - Demonstração das Variações Patrimoniais Anexo XV - registra as modificações efetivas verificadas no patrimônio, dependentes ou independentes da execução orçamentária, indicando o resultado patrimonial do exercício, a saber: Variações Ativas... R$7.767.806,15 Variações Passivas... R$7.638.061,84 Superávit Patrimonial do Exercício... R$ 129.744,31 4.5 - Dívida Fundada Interna Anexo XVI Alcança o montante de R$787.967,33 (setecentos e oitenta sete mil, novecentos e sessenta sete reais e trinta três centavos), conforme documento de fl. 225, que, contudo, deixa de especificar a sua composição. Revela-se redução de 7,07% (sete, vírgula zero sete por cento) em relação a existente em 31/12/2003. Saliente-se que não foram encaminhadas certidões de confirmação do saldo demonstrado. 4.6 - Dívida Flutuante - Anexo XVII Totalizando, ao final de 2004, o montante de R$130.285,37 (cento e trinta mil, duzentos e oitenta cinco reais e trinta sete centavos), é representada pelos valores de Restos a Pagar do exercício - R$28.715,22 e de Depósitos e Retenções, - R$101.570,15, este composto por Retenções/INSS, com saldo de R$33.913,10 e Outras Retenções, correspondendo a R$67.657,05. Em 2003 a referida dívida correspondia a R$58.734,11 (cinquenta oito mil, setecentos e trinta quatro reais e onze centavos), o que revela a ocorrência de 4

acréscimo percentual de 121,83% (cento vinte um vírgula oitenta três por cento). Em face das prescrições e penas introduzidas no Código Penal Brasileiro, pela Lei Federal nº 9.983, de 14 de julho de 2000, a denominada Lei dos crimes Contra a Previdência Social, cópia do Parecer Prévio deve ser encaminhada ao Ministério da previdência Social, com vistas ao Departamento de Acompanhamento respectivo. Restos a Pagar e Despesas contraídas nos dois últimos quadrimestres do exercício Reportando-se as contas ao último da gestão iniciada em 2001, de acordo com art. 42 da LRF, é vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20 da mesma Lei, nos últimos dois quadrimestre do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. A ocorrência é enquadrada como crime fiscal, na forma da Lei nº 10.028/00, art. 359-C. Analisado o Balanço Patrimonial, constata-se disponibilidade financeira no importe de R$210.586,40 (duzentos e dez mil, quinhentos e oitenta seis reais e quarenta centavos). Deduzidas, entretanto, as consignações da gestão, no total de R$9.361,69 (nove mil, trezentos e sessenta um reais e sessenta nove centavos), resulta em disponibilidade efetiva de caixa no importe de R$201.224,71 (duzentos e um mil, duzentos e vinte quatro reais e setenta um centavos). Saliente-se que, no exercício sob comento, houve inscrição de restos a pagar no montante de R$28.715,22 (vinte e oito mil, setecentos e quinze reais e vinte dois centavos). Observa-se, desta forma, que a disponibilidade financeira é suficiente para cobrir as obrigações, cumprindo-se o art.º 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Dívida Ativa Em 2003, registrou-se saldo de R$79.685,35 (setenta nove mil, seiscentos e oitenta cinco reais e trinta cinco centavos). No exercício em exame houve cobrança do valor de R$1.357,87 (hum mil, trezentos e cinquenta sete reais e oitenta sete centavos), representando, apenas, 1,71% (um vírgula setenta um por cento). Considerando-se que não houve inscrição no exercício, resta a cobrar o montante de R$78.327,87 (setenta oito mil, trezentos e vinte sete reais e oitenta sete centavos). Em que pese o reconhecimento das dificuldades inerentes ao processo de cobrança, os dados demonstram a necessidade de implementação de medidas adequadas e eficazes à sua otimização. Destaquese que a Lei de Responsabilidade Fiscal reforçou a obrigatoriedade da instituição e efetiva arrecadação de todos os tributos de competência municipal, considerando-se o descaso e a negligência, no particular, omissões tidas como ato de improbidade administrativa. A pena prevista para a hipótese 5

é estabelecida no inciso II, do artigo 12, da Lei nº 8.429/92, cabendo, destarte, advertir a Administração Municipal no particular. Não consta, na Demonstração das Variações Patrimoniais - Variação Ativa Independente da Execução Orçamentária, informação de ter ocorrido correção ou atualização do saldo da Dívida Ativa no exercício, como devido. Deve a Comuna adotar essa providencia, a ser verificada nas contas do exercício subsequente. O Parecer Prévio emitido acerca das relativas a exercício anterior conteve advertência neste sentido, pelo que a omissão tem repercussão na penalidade ao final imposta. Dívida Consolidada Líquida A Lei de Responsabilidade Fiscal enfatiza a necessidade de controle do nível de endividamento público. As Resoluções do Senado Federal de nº.s 40/01 e 43/01 regulamentam a matéria, estabelecendo regras e limites para o endividamento dos Municípios. De acordo com valores demonstrados no Balanço Patrimonial do exercício, a Dívida Consolidada Líquida do Município respeita o limite estabelecido, cumprindo-se o disposto no art. 3º, inciso II, da Resolução nº 40, de 20.12.2001, do Senado Federal. 5 - ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA REALIZADO PELA 8ª INSPETORIA REGIONAL DE CONTROLE EXTERNO Foram expedidas notificações referentes a faltas apuradas na documentação de todos os meses do exercício, com o recebimento de documentos e explicações que o Gestor considerou adequados. As irregularidades ou senões remanescentes dessa fase da instrução processual, extraídas do Relatório Anual, impõem que se aponha as seguintes ressalvas: Não houve adequado cumprimento das normas contidas nas Resoluções TCM nºs 220/92 e 460/00, no que se refere a apresentação de toda a documentação exigida, nos prazos fixados, essencialmente no tocante a demonstrativos atinentes a Programação Financeira. Saliente-se que a Comuna deixou de manifestar-se sobre a notificação do mês de novembro. Tais notificações contém o resumo das irregularidades detectadas pela Inspetoria Regional na documentação mensal respectiva. Deixando se apresentar esclarecimentos, o Gestor tem, como conseqüência, ao final do exercício, a permanência dos ditos senões, fato que repercute na multa imposta no final deste pronunciamento; Deveria a administração ter melhormente adequado a sua contabilidade quanto a escrituração de recursos transferidos e vinculados, de modo a que se obtivesse melhor e mais prático acompanhamento da matéria, à vista dos extratos e guias respectivos; 6

Os registros mensais revelam que deveria estar sendo melhor cumprida a legislação básica sobre administração financeira e orçamentária e atinente a licitações, contida nas Leis Federais nºs 4.320/64 e 8.666/93, ainda que consideradas as manifestações do Gestor, o que demonstra fragilidade no funcionamento da máquina administrativa e do controle interno; Os convênios, gratuitos ou onerosos, deveriam ter sido ser apresentados oportuna e conjuntamente com a documentação mensal de despesa e receita, e contabilizados corretamente. Os onerosos ao município dependem, como sabido, de autorização legislativa; Sendo uno o orçamento público, a Prefeitura deve registrar, mensalmente, nos demonstrativos das despesas, os lançamentos da unidade orçamentária Câmara Municipal, que, para tanto, tem a obrigação de encaminhar os balancetes respectivos; Ocorreu inobservância ao art.º 50, inciso I, da LRF, em face da ausência de elaboração e de apresentação de demonstrativos das disponibilidades de caixa, ao longo do exercício 6 - DAS EXIGÊNCIAS CONSTITUCIONAIS 6.1. Do cumprimento do art. 212 da Constituição Federal O município de Cristópolis, no exercício de 2004, cumpriu a exigência constitucional inserta no dispositivo epigrafado, já que aplicou na Manutenção e Desenvolvimento de Ensino a quantia de R$3.151.667,09 (três milhões, cento e cinquenta um mil, seiscentos e sessenta sete reais e nove centavos), correspondente ao percentual de 28,35% (vinte oito vírgula trinta cinco por cento) do total das receitas provenientes de Impostos e Transferências. 6.2. Da aplicação no FUNDEF O valor total dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e da Valorização do Magistério FUNDEF, em 2004, alcançou a quantia de R$2.318.040,81 (dois milhões, trezentos e dezoito mil, quarenta reais e oitenta um centavos), compreendida a complementação prevista em Lei. O acompanhamento realizado pela Regional da Corte, objetivando verificar o cumprimento do art. 7 º da Lei do FUNDEF, revela que a Prefeitura Municipal de Cristópolis teria aplicado apenas o valor de R$1.327.153,62 (hum milhão, trezentos e vinte sete mil, cento e cinquenta três reais e sessenta dois centavos), que corresponde ao percentual de 57,25% dos recursos recebidos. Na defesa final, entretanto, o Gestor apresenta processos de pagamentos 7

referentes a profissionais em exercício no ensino fundamental, transitados regularmente pela IRCE, pagos com recursos próprios e registrados na Secretária de Administração. A Relatoria reexaminou a documentação e verificou que o valor efetivamente aplicado alcança o percentual de 60,31% (sessenta vírgula trinta um por cento), restando cumprida a norma mencionada. Recomenda-se a efetivação de apropriação na área própria, de sorte a evitarse questionamentos. 6.3. Das despesas do FUNDEF glosadas em decorrência dos trabalhos de acompanhamento da Inspetoria Regional Registram os autos a ocorrência de desvio de finalidade na aplicação de recursos do FUNDEF, já que investidos em ações não abrangidas pela legislação de regência, o que resulta na exclusão de despesas que importaram no valor de R$8.824,43 (oito mil, oitocentos e vinte quatro reais e quarenta três centavos). Conquanto o Gestor, na defesa final, questione o procedimento e solicite reexame da matéria, a Relatoria confirma a regularidade do posicionamento adotado pela área técnica, pelo que tal quantia deverá retornar à conta do Fundo, com recursos da própria Prefeitura, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar do trânsito em julgado desta decisão, sob pena da lavratura de Termo de Ocorrência. 6.4. Da aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde A Prefeitura Municipal de Cristópolis aplicou, em 2004, o percentual de 17% (dezessete por cento), correspondente ao valor de R$723.658,54 (setecentos e vinte três mil, seiscentos e cinquenta oito reais e cinquenta quatro centavos), ficando constatado o cumprimento do percentual mínimo legalmente fixado. Consta dos autos fls. 476 a 502 documentos pertinentes ao Fundo Municipal de Saúde FMS, tais como: Resumo de Contas Bancárias, Inventário de Bens, Declaração de Bens do Gestor, Balancetes de Janeiro a Dezembro/2004 e Parecer do Prefeito, atestando a regularidade das aplicações dos recursos do Fundo. Registra-se que o saldo existente ao final do exercício, da ordem de R$145.484,51 (cento e quarenta cinco mil, quatrocentos e oitenta quatro reais e cinquenta e centavos), acha-se demonstrado no Balanço Patrimonial de fls. 220. 7 - DA COMPOSIÇÃO DOS GASTOS EXIGIDOS PELA LRF A Lei Complementar nº 101/00, ao estabelecer mecanismos de acompanhamento da gestão fiscal, instituiu, nos artigos 18 a 20, definições e limites específicos para as despesas de pessoal. Os artigos 21 a 23 disciplinam a forma de efetivação do controle pertinente, de sorte a que se evite a superação de tais limites. A omissão na execução de medidas para a redução de eventuais excessos impõe a aplicação de multa equivalente a 30 %(trinta por cento) dos subsídios anuais do Gestor, consoante o prescrito no 1º, do 8

artigo 5º, da Lei Federal nº 10.028/00, além das penalidades institucionais estabelecidas. De outra parte, eventuais atos expedidos nos últimos 180 (cento e oitenta) dias do mandato, que tenham provocado aumento nas despesas de pessoal, são nulos de pleno direito, restando a possibilidade de aplicação de pena de reclusão prevista na Lei Federal mencionada. Os valores respectivos da Prefeitura cujas contas se examina são os demonstrados na tabela abaixo: D E S P E S A C O M P E S S O A L Limite legal 54% (art. 20 LRF) R$3.794.640,53 Limite Prudencial - (art. 22) R$3.604.908,51 Limite para alerta 90% do limite máximo (art. 59) R$3.415.176,48 Participação em 2004 R$3.221.952,46 Percentual da despesa na Receita Corrente Líquida 45,85% Verifica-se que foram cumpridos o art.º 169 da Constituição Federal e os limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal. Saliente-se que o parágrafo único do art.º 21, da Lei Complementar nº 101/00 da Lei de Responsabilidade reza in verbis : Parágrafo único também é nulo de pleno direito o ato que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular de respectivo Poder ou órgão referido no art. 20. Conforme informações da Inspetoria Regional e registros contidos no Pronunciamento Técnico, houve aumento de Despesa com Pessoal e contratação de Mão de Obra Terceirizada nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao final do mandato do Gestor. Os esclarecimentos trazidos acerca das motivações dos acréscimos nas despesas de pessoal demonstram que os mesmos não decorreram de atos praticados no período citado, dando-se como regular os procedimentos e gastos realizados. 7.1. Dos anexos exigidos pela LRF e Resolução TCM nº 460/00 Consultado o Sistema LRF Net, verifica-se que não foram observados os prazos determinados pela Resolução TCM nº 789/03 para encaminhamento e publicação dos dados relativos aos Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária, pertinentes ao 4º Bimestre, bem como o do 3º quadrimestre do Relatório de Gestão Fiscal. A intempestiva publicação revela o não integral cumprimento da exigência legal, repercutindo no valor da pena pecuniária ao final imposta. 8 - DO CUMPRIMENTO DAS RESOLUÇÕES TCM Nºs 395/99 E 790/03 9

Houve apresentação dos disquetes relativos a Resolução TCM nº 395/99. O Gestor apresenta, apenas quando da defesa final, os demonstrativos das licitações homologadas de obras e serviços de engenharia e das ditas obras e serviços realizados Anexos I e II da Resolução TCM nº 790/03, sanando a pendência, ainda que a destempo. 9 - DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO O Relatório do Responsável pelo Controle Interno da Prefeitura Municipal de Cristópolis, fls. 441 a 473, apesar de ser bem elaborado, não resultou em ações práticas que garantissem o alcance dos objetivos que justificaram inserção do sistema em norma constitucional. O quantitativo de falhas apontadas no Relatório Anual demonstra que o sistema não vem funcionando de maneira produtiva e adequada. A Instrução nº 006/92 do TCM, considerando a realidade municipal do Estado, descreve a competência do controle interno na administração pública dos bens, direitos e obrigações. De longa data vem esta Corte atuando didaticamente para demonstrar a importância e a obrigatoriedade da sua existência. O fato repercute no valor da penalidade a ser aplicada ao final deste pronunciamento, advertindo-se a atual administração em relação à matéria, já que a manutenção do statuo quo pode vir a comprometer o mérito de contas subsequentes. 10 - TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA O PODER LEGISLATIVO O art.º 29-A da Constituição Federal fixa limites para o gasto total do Poder Legislativo Municipal. Em 2004, o valor da dotação orçamentária destinada à Câmara Municipal de Cristópolis correspondeu a R$324.786,42 (trezentos e vinte quatro mil, setecentos e oitenta seis reais e quarenta dois centavos), superior, portanto, ao limite máximo definido pelo citado dispositivo - R$316.982,91 (trezentos e dezesseis mil, novecentos e oitenta dois reais e noventa um centavos), valor que, legalmente, deve ser considerado para o repasse ao Legislativo, observado o comportamento da receita orçamentária. Houve transferência do o total de R$287.830,00 (duzentos e oitenta sete mil, oitocentos e trinta reais). Em que pese a argumentação expendida, no particular, pela defesa final, recomenda-se rigorosa observância à norma citada. 11 - DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS Os pagamentos efetivados observaram a Lei Municipal n.º 047/00, bem assim os preceitos constitucionais pertinentes. Percebeu o Sr. Prefeito o importe total de R$48.000,00 (quarenta oito mil reais) e, o Sr. Vice Prefeito, o de R$24.000,00 (vinte quatro mil reais). 10

Conquanto o Pronunciamento Técnico informe a ocorrência de irregularidades no pagamento efetuado aos Srs. Secretários Municipais, o Gestor logra demonstrar que houve a quitação de parcelas em atraso, com o que resta esclarecida adequadamente a questão. Assim, houve regularidade nos desembolsos efetivados. 12 DOS FUNDOS ESPECIAIS Resolução TCM nº 297/96 12.1 - FIES Conforme Pronunciamento Técnico, o município recebeu a importância de R$53.791,24 (cinquenta três mil, setecentos e noventa um reais e vinte quatro centavos), relativa ao Fundo de Investimento Econômico e Social. Aponta a Inspetoria Regional a não constatação de despesas com tais recursos. Na defesa final, entretanto, o Gestor logra comprovar haver recebido o importe de R$51.728,74 (cinquenta um mil, setecentos e vinte oito reais e setenta quatro centavos), valor correspondente ao quanto efetivamente contabilizado. 12.2 - FEP A Prefeitura Municipal de Cristópolis, no exercício de 2004, recebeu recursos provenientes do Fundo Especial do Petróleo - FEP no montante de R$42.489,79 (quarenta dois mil, quatrocentos e oitenta nove reais e setenta nove centavos), contabilizado em igual valor conforme Anexo 02. 13 - CONCLUSÃO Desta sorte, tudo visto e detidamente analisado e considerando-se: A. que o art. 40 da Lei Complementar Estadual nº 06/91 dispõe, in verbis: Art. 40 As contas serão consideradas : I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, a legalidade, a legitimidade, a economicidade e a razoabilidade dos atos de gestão do responsável; II - regulares com ressalvas, quando evidenciarem impropriedade, falta de natureza formal, prática de ato indevido, que não seja de natureza grave e que não represente injustificado dano ao erário ou omissão do dever de prestar contas; III - irregulares, quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências: a) grave infração a norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial ; b) injustificado dano ao erário, decorrente de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico ou não razoável; c) desfalque, desvio de dinheiros, bens ou valores públicos. IV - iliquidáveis, na hipótese prevista no artigo 44 desta Lei. 11

Parágrafo Único O Tribunal de Contas dos municípios poderá considerar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de determinação de que o responsável tenha tido ciência, feita em processo de prestação ou tomada de contas anterior. ; B. as irregularidades e infrações a normas legais devidamente referidas neste pronunciamento e detalhadas nos pronunciamentos técnicos mencionados, essencialmente as contidas nas Leis de Responsabilidade Fiscal, Federais nºs 4.320/64 e 8.666/93, Resoluções e Instruções desta Corte; C. tudo mais que consta dos autos, R E S O L V E: Emitir Parecer Prévio pela aprovação, porque regulares, porém com ressalvas, das contas da Prefeitura Municipal de CRISTÓPOLIS, relativas ao exercício financeiro de 2004, constantes do processo TCM-7544/05, com fundamento no inciso II, do artigo 40, combinado com o art. 42, ambos da Lei Complementar nº 06/91, de responsabilidade do Sr. Jair Paiva de Miranda, cominando-se-lhe, com arrimo no art. 71, incisos II, IV, VII e VIII da referida Lei Complementar nº 06/91, em face das irregularidades remanescentes e mencionadas, multa no valor de R$1.000,00 (hum mil reais), a ser recolhida no prazo de 30 (trinta) dias a contar do trânsito em julgado desta decisão, em cheque de emissão pessoal do multado e nominal à Prefeitura, mediante guia a ser obtida junto à 27ª Inspetoria Regional, emitindo-se para tanto, a competente Deliberação de Imputação de Débito, nos termos regimentais. A liberação da responsabilidade do Gestor fica condicionada ao cumprimento do quanto aqui determinado Lavratura de Termos de Ocorrência, respeitados os prazos deferidos para o saneamento das questões, em relação: Não ressarcimento à conta do Fundef, com recursos municipais, de valores glosados pela regional da Corte. Ciência aos interessados. Cópia ao Sr. Prefeito Municipal para adoção das providências aqui determinadas e à CCE, para acompanhamento. SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS, em 18 de outubro de 2005. Cons. RAIMUNDO MOREIRA Presidente Cons. JOSÉ ALFREDO ROCHA DIAS Relator Dag 12