DESPACHO Nº 24/2010 A Direcção Geral da Saúde (DGS) tem entre as suas principais atribuições, nos termos da alínea c) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 66/2007, de 29 de Maio, na redacção dada pelo Decreto Regulamentar nº 21/2008, de 2 de Dezembro, a emissão de directrizes e recomendações com vista a impulsionar o desenvolvimento da excelência na prestação de cuidados de saúde, na prevenção e controlo da doença, bem como na promoção e protecção da saúde, contribuindo, também, para a normalização e definição de critérios promotores de melhoria contínua da qualidade clínica e organizacional. Esta normalização é igualmente desejável no que às directrizes e recomendações diz respeito, pois ao longo dos anos foram sendo adoptadas diversas nomenclaturas e formatos de comunicação que importa agora padronizar. Assim, determina se: 1 A Direcção Geral da Saúde (DGS) emite dois tipos de directrizes: a) Normas de natureza clínica ou organizacional, ou tendentes à promoção e protecção da saúde pública, baseadas em evidência científica ou consenso de peritos, que adoptam um determinado comportamento, metodologia ou prática; b) Orientações, enquanto recomendações sistematizadas, incluindo as de carácter informativo. 2 Cabe aos dirigentes das unidades orgânicas da DGS a elaboração e proposição de normas e/ou orientações para aprovação pelo Director Geral da Saúde, por iniciativa própria ou na sequência de exortação externa pertinente. 3 Sempre que se justifique, as normas e/ou orientações que impliquem impacte financeiro devem ser acompanhadas de informação fundamentada que quantifique o respectivo montante. 4 As regras para a apresentação das normas e/ou orientações constam do anexo ao presente despacho, do qual faz parte integrante. 5 Caso haja necessidade de efectuar consulta prévia a entidades, deve a unidade orgânica proponente da norma e/ou orientação, em articulação com a Direcção, enviar projecto, fundamentação e breve nota justificativa a essas entidades. 1
6 Caso se justifique, pode submeter se o projecto, fundamentação e nota justificativa à apreciação pública, para recolha de sugestões por parte de qualquer pessoa, mediante publicitação na internet e definição de prazo razoável para a emissão de sugestões. Direcção Geral da Saúde, 23 de Setembro de 2010 Francisco George Director Geral da Saúde 2
Anexo Regras para a apresentação de normas e/ou orientações Artigo 1º Estrutura formal 1 As normas e/ou orientações têm, em regra, a seguinte estrutura formal: a) Cabeçalho: i. Número sequencial e ano de emissão, separados por uma barra; ii. Assunto, no qual deve ser indicado, de forma sucinta, o objecto das normas e/ou orientações; iii. Palavras chave; iv. Destinatários, com indicação das entidades, singulares ou colectivas, públicas ou privadas, a quem se dirigem; v. Unidade de contacto na DGS, incluindo o respectivo endereço electrónico. b) Corpo: i. As normas obedecem ao formulário seguinte: «Nos termos da alínea c) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 66/2007, de 29 de Maio, na redacção dada pelo Decreto Regulamentar nº 21/2008, de 2 de Dezembro, emite se a Norma seguinte: (Segue se o texto.)»; ii. As orientações obedecem ao formulário seguinte: «Nos termos da alínea c) do nº 2 do artigo 2º do Decreto Regulamentar nº 66/2007, de 29 de Maio, na redacção dada pelo Decreto Regulamentar nº 21/2008, de 2 de Dezembro, emite se a Orientação seguinte: (Segue se o texto.)»; iii. Nas normas e, se aplicável, nas orientações, deve indicar se o respectivo modo de operacionalização; iv. Nas normas e, se aplicável, nas orientações, deve indicar se o respectivo modo de avaliação; v. Deve ser referida a fundamentação ou evidência que levaram à proposta da norma e respectiva bibliografia. vi. A bibliografia deve ser apresentada segundo as regras de Vancouver. 2 A norma ou a orientação devem ser assinadas pelo Director Geral da Saúde. 3 O tipo de letra a usar é obrigatoriamente o Calibri, 12 pontos, e o espaçamento é simples. Artigo 2º Redacção 1 A redacção, sucinta e clara, deve ser feita no tempo verbal presente. 2 O uso de abreviatura, sigla ou acrónimo deve ser precedido da sua explicitação em extenso, sendo a abreviatura, sigla ou acrónimo posteriormente utilizados ao longo do texto do documento. 3
3 O nível de língua a utilizar deve corresponder ao designado português padrão. 4 O sentido e o alcance das expressões e conceitos devem ser uniformes ao longo de toda a norma. 5 Quando se mostre necessário para a uniformização dos sentidos de expressões essenciais da norma e/ou orientação, podem ser introduzidos novos conceitos no documento. Artigo 3º Números, alíneas e subalíneas 1 A identificação das divisões do texto faz se através de algarismos e a identificação das alíneas através de letras minúsculas do alfabeto português. 2 Caso seja necessário incluir alíneas em número superior ao número de letras do alfabeto português, deve dobrar se a letra e recomeçar o alfabeto. 3 As alíneas podem ser subdivididas em subalíneas, identificadas através de numeração romana, em minúsculas. Artigo 4º Anexos 1 Os mapas, gráficos, quadros, modelos, sinais ou outros elementos acessórios ou explicativos devem constar de anexos numerados e referenciados na norma e/ou orientação. 2 Os mapas e quadros são identificados com numeração romana, com o título na parte superior. 3 Os gráficos são identificados com numeração árabe, com o título na parte inferior. 4 O texto que mencione o anexo deve referenciá lo como parte integrante da norma e/ou orientação. 5 Quando existam vários anexos, devem os mesmos ser identificados através de numeração romana. 6 Não são admitidos anexos integrados em anexos, em remissões sucessivas. Artigo 5º Expressões em idiomas estrangeiros 1 O uso de vocábulos em idioma estrangeiro só é admissível quando não exista termo correspondente na língua portuguesa ou se, na matéria em causa, não estiver consagrada a sua utilização. 2 Sempre que for necessário escrever uma palavra em idioma estrangeiro deve ser utilizado o itálico. 4
Artigo 6º Fórmulas científicas 1 A inclusão de fórmulas científicas deve fazer se em anexo. 2 Quando se torne necessário incluir fórmulas científicas nos textos dos documentos, devem as mesmas ser inseridas imediatamente abaixo do respectivo enunciado, o qual deve terminar com dois pontos. 3 Deve efectuar se a descodificação dos termos utilizados na fórmula científica em número seguinte àquele em que surge a fórmula. Artigo 7º Pontuação, parênteses, travessões e aspas 1 A utilização do ponto e vírgula deve limitar se à conclusão do texto de alíneas e subalíneas não finais. 2 Os dois pontos devem apenas ser utilizados para enunciar números ou alíneas que se seguem ao texto do proémio, não devendo ser utilizados para anteceder um esclarecimento ou definição. 3 Os parênteses comuns devem ser utilizados quando se faz uso de siglas ou abreviaturas e quando delimitam um vocábulo em idioma estrangeiro equivalente a um vocábulo português. 4 O travessão não deve ser utilizado ao longo do texto do documento. 5 As aspas devem ser utilizadas para salientar os conceitos que, em sede de definições, aí são caracterizados. 5