Rhythm of Distances: Propositions for the Repetition Curadoria de Andreia Garcia 17 nov 2017 04 mar 2018 Galeria Vertical Silo Auto Porto P1 Bruno Cidra P2 Os Espacialistas P3 Inês Teles P4 Nuno Pimenta P5 João Araújo e Rita Huet P6 Ana Vidigal P7 André Cepeda Rhythm of Distances: Propositions for the Repetition *** *** A arquitetura está em constante repetição, reencena o seu próprio corpo, a fim de se (re)criar a si mesma. Repete-se tipologicamente. Repete-se materialmente. Repete-se nos seus pormenores mais básicos de construção, no tijolo, na janela, na escada... repete-se no próprio edifício, nos edifícios evolventes, em diferentes culturas, locais, mundos. Repete-se na estrutura, nas grelhas, nas métricas, nos layers, nos pisos. Repete-se na forma como constrói a cidade, a rua, a malha urbana. A repetição pode ser entendida como uma estratégia projetual. O pensamento sobre os modos de repetição que absorvemos na simetria de uma planta ou de um alçado repercute-se na experiência espacial do desenho construído. Talvez a repetição de um objeto arquitetónico possa ter dois sentidos, já que os elementos que o constituem podem repetir-se entre si, construindo ritmos pela marcação de distâncias, ainda antes de se repetir a condição que o torna edifício, a reencenação do habitar. Sobre a imagem de si próprio, uma réplica e um original, em medidas iguais. Talvez até seja nesta dualidade que surge o novo. A repetição dos módulos arquitetónicos da parede ao teto, do quarto à casa, da janela à porta, da casa à rua, funcionam de forma mimética e reinventada. Não se trata de uma cópia ou da cópia de um modelo: são momentos e poesia. É o aperfeiçoamento. É o método. É a História da Arquitetura. É Arquitetura. Uma vez mais, composta por sete obras, cada uma destas expostas nos patamares de escadas dos sete pisos da Galeria Vertical do Silo Auto, a exposição Rhythm of Distances: Propositions for the Repetition, que cruza várias disciplinas, propõe-se a contribuir para a expansão dos limites da arquitetura, o seu entendimento e o seu papel. Bruno Cidra, sobre escultura, apresenta uma relação de afinidade com a repetição da matéria arquitetónica, operada pela delicadeza; Os Espacialistas elevam o local de intervenção através da métrica de repetição e das memórias repetidas, através da proposição e da imaginação; Inês Teles recria duas composições que homenageiam a repetição do detalhe e o irrepetível da experiência; Nuno Pimenta, através de um icónico gesto da Arquitetura, recria, em três momentos, um percurso temporal sobre a História da Arte; João Araújo e Rita Huet apresentam um díptico sobre a repetição do erro, um estímulo ao novo do novo; Ana Vidigal traz-nos memórias do desenho arquitetónico, um método infinitamente reproduzido, sobre o processo e o resultado pré-digital; André Cepeda reapresenta uma obra sobre o mesmo lugar, sobre o mesmo momento, mas sobre o irrepetível que o tempo dispõe ao olhar e à experiência. ***
P1 Bruno Cidra Sem título desenho, 2017 Dimensões variáveis Ferro, papel, latão e corda P2 Os Espacialistas Corpo Móvel, 2017 Caixa Métrica: estrutura em madeira de pinho Português 2,260 m altura, x 1,000 m comprimento x 0,220m largura. Sólidos geométricos em madeira de pinho Português. Objetos em materiais diversos. P3 Inês Teles Blinds, 2017 150 x 260 cm, óleo s/ poliéster e estrutura de estores verticais Blinds #2, 2017 150 x 260 cm, óleo s/ poliéster e estrutura de estores verticais. P4 Nuno Pimenta Unless (Rhythm of Twenty), 2017 Estrutura metálica, réguas de luz Dimensões variáveis P5 João Araújo e Rita Huet Additive Subtractions, 2017 Impressão lambda sobre papel metálico, montado em dibond 120x200 cm (2) P6 Ana Vidigal Projeto para Memória Descritiva, 2013-2014 65x180x22 cm (conjunto de 2 módulos) Rolos papel vegetal com projetos de Arquitetura P7 André Cepeda Forma #7, Brooklyn, NY, 2016 Impressão a jato de tinta sobre papel Awagami 70g 140x112 cm Ed. 1/1 + 1 AP **
TABELAS / LEGENDAS P1 Bruno Cidra Sem título desenho, 2017 Dimensões variáveis Ferro, papel, latão e corda A instalação escultórica Sem título desenho de Bruno Cidra propõe uma nova leitura do espaço da Galeria Vertical. A proposta do artista para a exposição Rhythm of Distance: Prpopositions for the repetitions resulta de um exercício de estudo e exploração do espaço, dos seus limites e valências arquitetónicas. As várias peças que compõem a instalação, são pensadas para as coordenadas físicas da galeria, redesenham o espaço através de uma série de cortes verticais que reorientam o espectador de forma a torná-lo parte integrante da obra, num diálogo onde a instalação opera um campo de força e de equilíbrio, promovendo novas qualificações do lugar. Os vários elementos que definem a instalação, constroem uma nova métrica no espaço expositivo, reforçando a ideia de repetição, acumulação, cadência, camada, de linha, de traço, elementos essenciais à prática do desenho. A relação entre desenho e escultura mostra-se como um dos elementos decisivos para apreensão do conjunto, evidenciando afinidades que atenuam as fronteiras entre os dois territórios disciplinares. O papel, suporte tradicional para o desenho, funciona como matéria-prima para corpo e discurso escultóricos. A sua combinação com o ferro conduz a uma tensão de polaridades, entre resistência e fragilidade, peso e leveza, perenidade e efemeridade, contribuindo para uma leitura das peças que nunca é total. As faces em ferro dão gradualmente lugar ao papel, e vice-versa, num contínuo ocultar e desvelar recíprocos. O espaço da Galeria Vertical é, por processo análogo, concebido enquanto a folha branca que se presta a ser intervencionada, definindo através de diferentes espessuras, ritmos e intensidades estabelecidas pelo ferro e papel, um vocabulário formal que é do desenho. A relação promovida entre desenho e escultura é, pois, de reciprocidade e permuta de sentidos, num processo de transposição do bidimensional para o campo da tridimensionalidade, do plano ilusório para o real, confundindo superfície e dispositivo num tecido comum. P2 Os Espacialistas Corpo Móvel, 2017 Caixa Métrica: estrutura em madeira de pinho Português 2,260 m altura, x 1,000 m comprimento x 0,220m largura. Sólidos geométricos em madeira de pinho Português. Objetos em materiais diversos. De corpo em corpo, de andar em andar, de história em história, sempre a errar cada vez mais alto e melhor, corpo móvel, à janela, é uma caixa métrica, reflexo modulor, resultante da apanha das repetições encontradas no espaço do Silo Auto pel`os Espacialistas. Não há ascensão que não doa. Levantar pesos e repetições, subir e descer, caminhar e parar, sequenciar traços e matérias, jogar e geometrizar, contar e arquivar, diminuir e aumentar, escalar e habitar, são algumas das práticas de espaço que podemos encontrar nesta caixa métrica de repetição, de imaginação da perceção e da memória, repleta de espaços e objetos repetidos.
Andar de andar em andar, à descoberta da natureza arquitetónica da repetição do movimento, enquanto lugar de projeto é a proposição. P3 Inês Teles Blinds, 2017 150 x 260 cm, óleo s/ poliéster e estrutura de estores verticais Blinds#2, 2017 150 x 260 cm, óleo s/ poliéster e estrutura de estores verticais. Da investigação da pintura se revelam as camadas elementares de composição, aquilo que não se vê habitualmente. Só o artista, que se mete dentro da tinta e dos gestos, que lhes dá ordem e movimento e os põe em obra, está apto a sabê- lo. De se meter na pintura o artista encontra saídas, lugares onde ela habite originalmente, e onde se manifesta. Blinds é expressão desse mistério e de tudo o que, não sendo olhado, parado e desconstruído, detém em si a elementaridade que lhe dá a vida. Maria Joana Vilela, 2017 P4 Nuno Pimenta Unless (Rhythm of Twenty), 2017 Estrutura metálica, réguas de luz Dimensões variáveis Unless (rhythm of twenty) recria um encontro ficcional, um acontecimento especulativo, mas nem por isso menos provável. Através de três elementos verticais e gerada uma gradação multidirecional assente no contágio e assimilação, mas, sobretudo, na inevitável e cíclica repetição das coisas. P5 João Araújo e Rita Huet Additive Subtractions, 2017 Impressão lambda sobre papel metálico, montado em dibond 120x200cm (2) Ao fundo, uma paisagem vulcânica e rochosa, cenário inóspito e talvez distante. Parte de um arquivo de acasos, desvios e registos processuais em permanente acumulação, Additive Subtractions reproduz, em díptico, a consequência gráfica de erros de impressão provocados por máquinas que nos habituaram à exatidão, programadas para reproduções precisas. Da fragmentação aleatória da imagem fotográfica à tensão constante entre as camadas, somam-se vestígios e subtrações lineares únicas, invocando a ausência enquanto memória e impulso. Exploram-se os limites tangíveis da imagem e dos seus mecanismos de produção, em sucessivas edições e intersecções entre o digital e o material. P6 Ana Vidigal Projeto para Memória Descritiva, 2013-2014
65 X 180 X 22 cm (conjunto de 2 módulos) Rolos papel vegetal com projetos de Arquitetura Ensaios para uma peça futura, Memória Descritiva, feita com projetos de arquitetura em papel vegetal enrolado. Estavam no espólio do atelier do meu pai. São ensaios sobre a memória, sobre o que sobrou de um atelier de arquitetura e sobre a história individual que cada projeto enrolado esconde. Aborda também o quotidiano repetitivo de uma era pré-digital, em que o enrolar / desenrolar dos vegetais eram constantes para o avanço do projeto. É também um ensaio sobre o que me lembro do trabalho do meu pai. Possivelmente ele terá desaparecido já, mas o cheiro deste papel quando o manuseei pela primeira vez foi fundamental para a execução desta obra. P7 André Cepeda Forma #7, Brooklyn, NY, 2016 Impressão a jato de tinta sobre papel Awagami 70g 140x112 cm Ed. 1/1 + 1 AP As imagens apresentadas fazem parte da série RASGO, realizadas em Nova York, durante a minha Residência de Artista na RU - Residency Unlimited, em parceria com o Atelier-Museu Júlio Pomar / EGEAC, Primavera de 2016 e apresentadas este ano na Cristina Guerra Contemporary Art em Lisboa. Estas imagens fotografadas em movimento e com a ideia de sequência, fazem parte de uma prática muito usada no meu trabalho. A forma como olhamos e nos relacionamos com um espaço, território, objeto, corpo... Têm uma relação corporal e performativa, como o Pedro Llano bem descreve no texto que escreveu para a exposição. (...) Assim sendo, é necessário chamar a atenção para outro aspecto, relacionado com a materialidade das fotografias. Em alguns casos, como a série de imagens, quase abstractas, onde vemos grandes manchas de uma cor amarela, queimada pelo sol, Cepeda escolheu imprimir as fotografias num papel japonês muito fino que reafirma o efeito de imaterialidade e leveza criado pela luz de verão. Paradoxalmente, as manchas são as aparatosas placas de aço que se podem encontrar em muitos cruzamentos de Nova Iorque, que causam um estrondo muito forte sempre que um táxi lhes passa por cima a toda a velocidade. (...) Neste caso, trata- se de um ponto de vista baixo que poderia coincidir com o de um cão de rua ou de um coiote. Neste sentido, há uma certa intenção performativa nesta experiência fotográfica: a tentativa de influenciar, dialecticamente, a realidade representada. Perante a ausência de figuras, é a presença do próprio fotógrafo e a sua peculiar interacção com o espaço que «humaniza» este último. Ou será talvez mais oportuno dizer que o «animaliza»? O título RASGO, que apela a uma acção ou gesto violento, agressivo (romper, rasgar), parece confirmar esta impressão. (...) Pedro de Llano, 2017 **
Notas Biográficas Bruno Cidra (Lisboa, 1982), vive e trabalha em Lisboa. O trabalho de Bruno Cidra assenta na relação de afinidade entre desenho e escultura enquanto forma de reconfiguração do espaço arquitectónico, investindo no espectador o papel operante de novas leituras do espaço. Este diálogo disciplinar, de linguagens e materiais, faz operar campos de força e equilíbrio, explorando valores antagónicos como resistência e fragilidade, peso e leveza, perenidade e efemeridade. Licenciado em Artes plásticas Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, expõe com regularidade desde 2006. Destacam-se as exposições individuais: MEXICANO, Galeria Baginski, Lisboa (2016); Zinabre Azebre Azinhavre, Uma Certa Falta de Coerência, Porto (2016); Cortina, Quadrum, Lisboa (2015); Flecha, Galeria Baginski, Lisboa e Corda, Galeria Múrias / Centeno, Porto (2012). Entre as exposições colectivas em que participou destacam-se: Canal Caveira, Cordoaria Nacional, Lisboa (2015-16); Conversas: Arte Portuguesa Recente na Coleção de Serralves com curadoria de Suzanne Cotter e Ricardo Nicolau, Museu de Serralves, Porto (2016); Sala dos Gessos, Fundação EDP, Lisboa (2016); Drawing the World, com curadoria de Delfim Sardo, Filipa Oliveira, e Moacir dos Anjos, Est Art Fair 14, Estoril; Truth and the void between realities, Galeria Baginski, Lisboa, curadoria de Markéta Stará Condeixa (2014); As coisas que aparecem, curadoria de Antónia Gaeta Biblioteca Joanina, Coimbra; Crystal Frontier, com Ana Manso, enblanco Projektraum, Berlim (2012); Como proteger-se do tigre, XVI Bienal de Cerveira, curadoria de Luís Silva e João Mourão, Kunsthalle Lissabon (2011); Prémio EDP Novos Artistas, curadoria de João Pinharanda, Delfim Sardo e Nuno Crespo, Museu da Electricidade, Lisboa (2009); Afterthought, Irmaveplab, Reims, France, curadoria by Anja Isabel Schneider (2008). Em 2014 foi o seleccionado pela Câmara Municipal de Lisboa para a Bolsa de Intercâmbio Artístico Lisboa-Budapeste, Budapeste, Hungria. Em 2013 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian para o programa de residência artística na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) em São Paulo, Brasil. Em 2009 foi finalista do Prémio EDP Novos Artistas no Museu da Electricidade, Lisboa, tendo em 2005 sido vencedor do Prémio de Escultura D. Fernando II, Sintra. O seu trabalho encontra-se representado em diversas colecções públicas e privadas, destacando-se a Colecção CIFO-Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami (EUA); Colecção de Serralves, Porto; Colecção FAAP, São Paulo (Brasil); Colecção António Cachola, Elvas; Colecção da Fundação EDP, Lisboa; Colecção Teixeira de Freitas, Lisboa; Colecção de Arte Contemporânea do Ar.Co, Lisboa; Colecção da Câmara Municipal de Sintra, entre outras. Os Espacialistas Os Espacialistas é um projeto laboratorial de investigação teórica e prática das ligações entre Arte e Arquitetura com início de atividade em 2008. Substituem o lápis pela máquina fotográfica, enquanto dispositivo de desenho, de pensamento, de perceção e de diagnóstico do espaço natural e construído, cujas ações são reguladas pelo Diário do Espacialista e auxiliadas pelo Kit Espacialista Por/táctil que transportam consigo. Entre os trabalhos realizados destacam-se: projetos de arquitetura, exposições de fotografia, vídeos, instalações, espaços cénicos, performances, colaborações literárias, ilustrações fotográficas, oficinas, seminários e publicações. Apresentados em locais tão diversos como o Museu da Electricidade (2008), Galeria Lagar de Azeite (2008), Galeria de Arte Contemporânea Paulo Amaro (2008), Ordem dos Arquitectos OASRS (2008), Feira de Arte Internacional de Lisboa (2008), Laboratório de Actividades Criativas (2009), Centro Cultural das Caldas da Rainha (2009), Centro Cultural de Belém (2009/2011), Coreto do Jardim da Estrela (2009), Jardim da Torre de Belém (2009), Universidade Lusíada de Lisboa (2009), Centro
Nacional de Cultura (2009), Auditório dos Oceanos (2010), Teatro da Trindade (2010), Universidade de Belas Artes do Porto (2010), Teatro do Campo Alegre (2010), Teatro São Luís (2010/2011), Red Bull House Of Art (2011), Circuito Aberto de Arte Pública de Paredes (2012), Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto FAUP (2013), 17ª Bienal de Cerveira (2013), livro Atlas do Corpo e da Imaginação de Gonçalo M. Tavares, Fundação Calouste Gulbenkian (2014/2015), Fábrica da Moagem de Tomar (2014), Post Architectural Voices (Espaço Mira, Porto, 2015). Projecto em Exposição: Os Espacialistas no Palácio (Março/Abril 2016), LAR Laboratório de Arte e Arquitectura na Universidade Lusíada de Lisboa (2016/----) e Loja do Espacialista no Centro Cultural de Belém ( 2017/ ----). Inês Teles Artista portuguesa, residente em Lisboa. Iniciou a sua formação na FBAUL, com uma licenciatura em Pintura, e em 2010 prosseguiu os estudos em Londres, completando uma pós-graduação na Byam Shaw, na Central Saint Martins, e Mestrado em Pintura na Slade School of Fine Art, na UCL. Inês Teles expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro e é membro do colectivo Tempos de Vista. Tem promovido colaborações entre artistas, trabalhando com instituições tangentes ao circuito artístico, no intuito de criar plataformas inesperadas entre artistas e a comunidade, como residências artísticas e exposições colectivas. Exposições (selecção): (2017) Blinds, curadoria de Maria Joana Vilela, no Águas-Livres 8, Lisboa; (2015) Descontorno, Casa de Burgos, curadoria de João Pinharanda, Évora; (2014) For(Matter), residência artística e exposição com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, Atelier Concorde, Lisboa; Círculo a dentro, imagem que sai fora, no Espaço Avenida - CAVE 211, Lisboa; ART STABS POWER Que se vayan todos!, - curadoria de Inês Valle, Bermondsey Project, Londres; Estado de Sítio, Plataforma Revólver; Lisboa; (2013) 17º Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira; MA/MFA Degree Show, Slade School of Fine Arts, UCL, Londres; Em 2013 foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian através do programa do programa de Estudo de Especialização e Valorização Profissional em Artes no Estrangeiro e obteve uma residência artística em Budapeste, com o apoio do Museu de História de Budapeste - Budapest Gallery e da Câmara Municipal de Lisboa. Tem participado em várias exposições colectivas internacionais, na Sztuka Wyboru em Gdańsk (Polónia), no The Drawing Center, em Nova Iorque e na Galeria Kogan, em Paris, bem como na 6ª Biennale Jeune Création Européenne 2017-2019, a presentada em Outubro em Montrouge, França. Este ano foi seleccionada para o 11º Prémio Amadeo de Souza- Cardoso. Nuno Pimenta Nuno Pimenta (Porto, 1985) desenvolve uma prática transdisciplinar que articula arte e arquitectura, focando o seu trabalho na apropriação e subversão de elementos e técnicas construtivas para a criação de narrativas de reflexão política e social. Possui um Mestrado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e um Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Nos últimos anos tem desenvolvido trabalhos em diversas áreas artísticas como arquitectura temporária, instalação, arte pública e performance. João Araújo e Rita Huet João Araújo (Viana do Castelo, 1987) e Rita Huet (Porto, 1988), designers de comunicação, licenciados pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Em 2010 criaram o estúdio And Atelier. Desenvolvem projectos onde procuram um equilíbrio entre uma forte abordagem conceptual e formal, através de soluções lógicas e fundamentadas, com um genuíno interesse pela composição e exploração gráfica e tipográfica. Em 2012 tiveram carte blanche do Festival Internacional de l Affiche et du Graphisme de Chaumont, para integrar o projecto expositivo La Fabrique. Com o
cartaz Actos (Im)próprios Saídas Criativas em Arquitectura integraram a selecção da Competição Internacional de Cartazes do mesmo Festival, em 2013. Entre 2015 e 2017 foram responsáveis pelo desenvolvimento da identidade gráfica do Habitar Portugal 12 14, iniciativa da Ordem dos Arquitectos. Em 2016 projectaram a identidade da exposição Liquid Skin, dos artistas Joaquim Sapinho e Apichatpong Weerasethakul, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa. Desde 2016 são responsáveis pela identidade gráfica da Galeria de Arquitectura, espaço de exposição, reflexão e debate no Porto. Ana Vidigal Concluiu o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1984. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (1985/1987). Estágio de Gravura em Metal com Bartolomeu Cid, Casa das Artes de Tavira (1989). Pintora residente do Museu de Arte Contemporânea Fortaleza de São Tiago, Funchal (1998/1999). Em 1995 e em 2002 foi convidada pelo Metropolitano de Lisboa para a execução de painéis de azulejos para as estações de Alvalade e de Alfornelos (construída), respectivamente. Em 1997 executou, a convite do Instituto Português do Património Arquitectónico, uma chávena em porcelana integrada no projecto Um Artista, um Monumento. Ilustra o livro de poemas infantis Como quem diz de António Torrado/ Assírio e Alvim, 2005. Residência Ifitry em Marrocos em 2013. André Cepeda André Cepeda nasceu em Coimbra, em 1976. Atualmente vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Em 2012 Cepeda foi artista em residência na FAAP, São Paulo, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. O trabalho de Cepeda foi selecionado para o Paul Huf Award, Foam Fotografiemuseum, Amesterdão (2011); Prémio BESPhoto, Lisboa (2010); e para o prémio Fundação EDP Novos Artistas, Lisboa (2007). Cepeda tem exposto trabalho regularmente em Portugal e internacionalmente, desde 1999. Desde de então tem feito várias residências de artistas e tem recebido diversas comissões, entre as quais se destaca a de 2010 Triennale de Arquitectura de Lisboa, EDP Foundation (2014) and the Fundação de Serralves (2014). Em 2016 foi artista em residência na Residency Unlimited, em Brooklyn Nova Iorque, no contexto de parceria com o Atelier-Museu Júlio Pomar/ EGEAC e a Residency Unlimited, NY. Entre as suas inúmeras exposições destacam-se: Depois, MNAC Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa; Rien, Kasseler Fotoforum, Kassel, Alemanha; Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, Portugal, 2014; Kanal, standard/deluxe, Lausana, 2014; Explicação da Lâmpada, Galeria Pedro Oliveira, Porto, 2014; Rien, Museu do Neo Realismo, Vila Franca de Xira, 2013; Ontem, Gallery INVALIDEN, Berlim, Germany, 2012; Kanal, with Eduardo Matos, Espace Photographique Contretype, Brussels, 2012, and standard/deluxe, Lausanne, Switzerland, 2011; Ontem, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium, 2010; BesPhoto 2010, Museu Berardo, CCB, Lisboa, 2010; River, Galeria Pedro Cera, Lisboa, 2009. André Cepeda tem exposto trabalho em galerias, museus e instituições de arte internacionalmente, entre elas: Faulconer Gallery, Grinnell, Iowa, EUA; MARCO Museo de Arte Contemporánea em Vigo, Espanha; Haus der Photographie, Hamburgo, Alemanha; Kasseler Fotoforum, Kassel, Alemanha; Galerie INVALIDEN1, Berlim, Alemanha; standard/deluxe, Lausana, Suiça, The Mews - Projeto Espaço, Londres, RU; Galleri Image, Aarhus, Dinamarca; Wohnungsfrage Haus der Kulturen der Welt, Berlim, Alemanha; Museu Oscar Niemeyer, a Caixa Cultural, Rio de Janeiro e MASP Museu de Arte de São Paulo, Brasil; Serralves Contemporary Art Museum, Porto, Portugal; CGAC Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Galiza, Espanha; Calouste Gulbenkian Foundation, Le Bal, Paris, França. O seu trabalho está representado em múltiplas coleções públicas e privadas. André Cepeda é representado por Cristina Guerra Contemporary Art - Lisboa, Galeria Pedro Oliveira - Porto e Benrubi Gallery - Nova Iorque.