INCIDENTE NA REDE UCTE a

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Transcrição:

1 > Pág 2 Descrição do incidente de 4/11/2006 2 > Pág 6 Resposta da RNT à ocorrência 3 > Pág 7 Plano de Deslastre Frequencimétrico 4> Pág 8 Conclusões 1

> INCIDENTE NA REDE UCTE no dia 4/11/2006 Consequências em Portugal Artigo de: Rui Pestana Nos sistemas eléctricos de energia podem ocorrer perturbações excepcionais e de elevado grau de imprevisibilidade. No passado dia 4 de Novembro, a ocorrência verificada, ao nível da rede européia, ultrapassou as fronteiras do país origem do incidente, provocando repercussões visíveis ao nível do cliente final. Expõe-se neste artigo, de uma forma sucinta, os principais aspectos relacionados com o incidente e os mecanismos de controlo que actuarão face à ocorrência, minimizando as suas repercussões ao nível da segurança do Sistema Eléctrico Europeu. 1 > Descrição do incidente de 4/11/2006 Às 21:10 do passado dia 4 de Novembro ocorreu uma forte perturbação na rede eléctrica europeia interligada UCTE (Union for the Coordination of Transmission of Electricity), com origem na rede norte da Alemanha e que conduziu à separação da rede europeia em três zonas distintas, conforme se pode observar na figura seguinte: Fig.1 > Rede da UCTE A área 2 passou a ter excesso de produção e as outras duas áreas ficaram com défice. 2

O sistema português ficou englobado na Área 1, onde se verificou um decréscimo de frequência, atingindo o valor de 49 Hz, causado pelo défice de produção de energia. Com o objectivo de equilibrar a produção e o consumo, estabilizando a frequência, actuaram os dispositivos de deslastre frequencimétrico nos diversos Transmission System Operators (TSO's) desta área, produzindo uma redução rápida no consumo. 50,4 Fig.2 > Representação do desequilíbrio verificado [RTE] Fig.3 >Frequência verificada na área 1 50,2 50 49,8 49,6 49,4 49,2 49 48,8 48,6 48,4 48,2 21:05 :29 21:06 :00 21:06:31 21:07:02 21 :07:3 3 21 :08:04 21 :08:35 21:09:06 21:09:37 21:1 0:08 21:10:39 21:11 :10 2 1:11:41 2 1:12:12 21 :12:4 3 21:13:14 21:13:45 21:1 4:16 21:1 4:47 21:15 :18 21:15:49 21:16:20 21:16:51 21:17:22 21 :17:5 3 21 :18:24 21:18:55 21:1 9:26 21:1 9:57 21:20:28 21:20:59 2 1:21:30 21 :22:01 21 :22:3 2 21 :23:03 21:23:34 21:2 4:05 21:2 4:36 21:25 :07 21:25:38 21:26:09 21:26:40 21:27:11 21 :27:4 2 21:28:13 21:28:44 Nas figuras seguintes ilustra-se o comportamento da frequência nas restantes áreas da UCTE: 50,7 00 f [Hz] frequency: H agenwerder (D ) 50,600 50,7 00 f [Hz] frequency: H agenwerder (D ) 50,600 50,500 50,500 50,400 50,400 50,300 50,300 50,200 50,200 50,100 50,100 50,000 50,000 49,900 49,900 49,800 49,800 49,7 00 22:05:00 22:07 :00 22:09:00 22:11:00 22:13:00 22:15:00 22:17 :00 22:19:00 22:21:00 22:23:00 22:25:0 49,7 00 22:05:00 22:07 :00 22:09:00 22:11:00 22:13:00 22:15:00 22:17 :00 22:19:00 22:21:00 22:23:00 22:25:00 Fig.4 > Frequência verificada na área 2 Fig.5 > Frequência verificada na área 3 3

Na origem deste incidente esteve a abertura programada, às 20:38, dum circuito duplo a 380 kv entre Conneforde-Diele, propriedade da E.ON Netz, para permitir a passagem duma embarcação sob as linhas. Fig.6 > Rede da E.ON (Alemanha) As simulações de rotina (regime N) que antecederam a referida abertura não indiciaram problemas. Não é efectuada uma análise de contingências, o que significa que o N-1 não está garantido. Ao desligar a linha entre Conneforde-Diele, a linha Landesbergen - Wehrendorf (East-Westphalia), que interliga as redes da RWE TSO e E.ON Netz, ficou próxima da sobrecarga. Fig.7 > Trânsito na linha Landesbergen - Wehrendorf

A RWE avisou a E.ON que a linha tinha um trânsito de 1800 A, estando o disparo pela protecção de máximo de intensidade (MI) regulado para os 1900 A. A E.ON, sobre pressionada pela RWE, fecha um disjuntor interbarras, com o objectivo de reduzir o trânsito na linha. Esta manobra não foi antecedida de estudo prévio e provocou um trânsito ainda maior. Às 21.10 assistiu-se ao disparo simultâneo das linhas Wehrendorf Landesbergen e Bechterdissen Elsen. A figura 8 descreve a sequência de disparos que provocaram a separação da rede da UCTE. Fig.8 > Cronologia dos disparos na rede Alemã A reposição da rede Europeia da UCTE concluiu-se às 21:48, tendo a alimentação dos utilizadores finais sido progressivamente restabelecida. A E.ON assume a responsabilidade do incidente, assumindo o erro do Operador do Sistema e referindo que não foram utilizados todos os meios técnicos disponíveis para a realização da análise. 5

1400 50,2 1200 50,0 2 > Resposta da RNT à ocorrência Fig.9 > Corte e Reposição dos consumos deslastrados Consumo cortado/reposto [MW] 1000 800 600 400 200 Consumo Frequência 0 21:00 21:10 21:20 21:30 21:40 21:50 22:00 49,8 49,6 49,4 49,2 49,0 48,8 Frequência [Hz] CTG G1 : CBT G2 : CMD G4 : CSN G3 : Frequência O sistema português ficou englobado na Área 1, onde se verificava um défice de produção de energia, justificando desta forma o decréscimo do valor de frequência até aos 49 Hz. O incidente descrito provocou, no sistema português, a activação do primeiro escalão de deslastre de consumos (49Hz), tendo-se verificado o corte automático de consumos através da actuação de relés de deslastre frequencimétrico. Fig.10 > Perda de geração convencional na MAT Potência [MW] 400 350 50,4 50,2 300 50 250 49,8 200 49,6 150 49,4 100 49,2 50 49 0 48,8 21:00:00 21:10:00 21:20:00 21:30:00 21:40:00 21:50:00 22:00:00 200 50,2 180 50,0 160 Frequência [Hz] 140 49,8 A reposição dos consumos deslastrados foi iniciada de imediato. As figuras seguintes ilustram o comportamento do Sistema Eléctrico Nacional nas vertentes de consumo, produção e trânsito na interligação, face ao incidente. Fig.11 > Perda de geração eólica na MAT Geração [MW] 120 49,6 100 80 49,4 60 49,2 40 49,0 20 Geração Frequência 0 48,8 21:00 21:10 21:20 21:30 21:40 21:50 22:00 Frequência [Hz] Globalmente e como primeira análise dos trânsitos nas interligações, pode-se afirmar que a colaboração do sistema nacional na resolução deste incidente europeu se efectuou, numa fase inicial, através da exportação de cerca de 250 MW, que foi sendo incrementado através da mobilização de reserva terciária, conforme se pode observar através da figura 12. Fig.12 > Trânsito na Interligação Potência [MW] 600 400 200 0-200 -400-600 -800-1000 21:05:29 21:06:02 21:06:35 21:07 :08 21:07 :41 21:08:14 21:08:47 21:09:20 21:09:53 21:10:26 21:10:59 21:11:32 21:12:05 21:12:38 21:13:11 21:13:44 21:14:17 21:14:50 21:15:23 21:15:56 21:16:29 21:17:02 21:17 :35 Trânsito nas interligações 21:18:08 21:18:41 21:19:14 21:19:47 21:20:20 21:20:53 21:21:26 21:21:59 21:22:32 21:23:05 21:23:38 Frequência 21:24:11 21:24:44 21:25:17 21:25:50 21:26:23 21:26:56 21:27 :29 21:28:02 21:28:35 51 50,5 50 49,5 49 48,5 48 Frequência [Hz] 6

3 > Plano de Deslastre Frequencimétrico Neste patamar está acordado entre os membros da UCTE proceder a um primeiro nível de deslastre de consumos (10 a 20 % a partir dos 49Hz). O objectivo da reacção a este tipo de ocorrências é a minimização das suas consequências para o sistema eléctrico, reduzindo ao máximo a zona afectada e repondo o mais rapidamente possível os consumos eventualmente interrompidos e também as condições de segurança da rede. O deslastre de cargas por actuação de dispositivos automáticos tem como objectivo evitar o abaixamento da frequência para valores abaixo do limite mínimo predefinido (limiar do deslastre de cargas 49,5Hz Bombas, 49Hz 1º escalão, 48,5Hz 2º escalão e 48Hz - 3º Escalão). Os grupos geradores disparam quando a frequência atinge os 47,5Hz. REGRAS GERAIS PARA O PLANO DE DESLASTRE AUTOMÁTICO DE FREQUÊNCIA Fig.13 > Plano de Deslastre Frequencimétrico Na figura 3 é visível o descrito: a queda abrupta da frequência até aos 49 Hz representativa do início do incidente seguida duma recuperação imediata (da frequência) superior a 0,2 Hz (justificada pela actuação dos deslastres frequencimétricos e mobilização da reserva primária). A regulação primária dos grupos é activada para desvios de frequência superiores a 10mHz e deve ser capaz de resolver problemas até aos 49 Hz. Ao longo do gráfico, verifica-se uma nova ligeira descida (possivelmente devido ao disparo de alguma geração e/ou reposição de cargas deslastradas) e a recuperação final após a mobilização das reservas secundárias e terciárias disponíveis na área 1. 7

4 > Conclusões O Deslastre Frequencimétrico constitui um dos planos de defesa da UCTE, e constata-se que foi suficiente para evitar o colapso da área 1. Fig.14 > Percentagens de Consumos cortados Em Portugal, actuação do Deslastre Frequencimétrico provocou o corte de 19% do consumo, sendo o país que, percentualmente, cortou mais carga, atingindo as metas da UCTE (10 a 20%). O comportamento da produção descentralizada, que já se tinha evidenciado como incorrecto no apagão da Itália em 2003, revelouse, novamente, inadequado face ao valor da frequência. A perda da geração embebida na distribuição em Portugal, praticamente, anulou o esforço de corte de consumos, tornando evidente a necessidade de corrigir este comportamento. A REN já teve reuniões com os Produtores Eólicos ligados à MAT e com a EDP Produção Hidráulica no intuito de corrigir estas anomalias, como também com a EDP Distribuição no intuito de alterar as protecções nos pontos de interligação com os PRE's. Face ao conhecimento obtido com este incidente, o plano de Deslastre Frequencimétrico foi revisto no intuito de dar prioridade ao corte pela EDP Distribuição e evitar a produção embebida. Fig.15> Perda de geração em Portugal Referências [1] http://www.ucte.org/pdf/news/20061105-disturbance.pdf [2] http://www.ucte.org/pdf/news/20061106_details_on_disturbance.pdf [3] http://www.rte-france.com/htm/an/journalistes/telecharge/communiques/cp_rte_5_nov_06_12h00_ang.pdf [4] http://www.rte-france.com/htm/an/journalistes/telecharge/communiques/cp_rte_5_nov_2006_0h20_ang.pdf [5] http://www.eonnetz.com/ressources/downloads/bnetzaberichtundanlage.pdf [6] http://www.ucte.org/pdf/publications/2007/final-report-20070130.pdf 8