Bandeira do Município (25 Janeiro 1940) Cota CMPV/ Actas da Câmara

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Transcrição:

Bandeira do Município (25 Janeiro 1940) Cota CMPV/0050 - Actas da Câmara

NEWSLETTER: Dando continuidade à nossa nova rubrica on-line: Páginas de História com Estórias, passamos a apresentar o documento do mês de Janeiro deste espaço cultural. DOCUMENTO DO MÊS DE JANEIRO: Bandeira do Município (25 Janeiro 1940) Cota CMPV/0050 - Actas da Câmara --

BANDEIRA DO MUNICÍPIO (25 Janeiro 1940) O documento escolhido para este mês de Janeiro é uma Acta da Câmara* relativa à execução da Bandeira do Município. Datada de 25 de Janeiro de 1940, trata-se de uma proposta para adopção de nova constituição heráldica das armas, selo e bandeira do município da Póvoa de Varzim. Um brasão de armas ou, simplesmente, brasão, na tradição europeia medieval, é um desenho especificamente criado, obedecendo às leis da heráldica, para identificar indivíduos, famílias, clãs, corporações, vilas, cidades, regiões e nações. O desenho de um brasão é normalmente colocado num suporte em forma de escudo, podendo, no entanto, ser representado sobre outros suportes, como bandeiras, vestuário, elementos arquitectónicos, mobiliário, objectos pessoais, entre outros. Neste caso concreto, brasão representa o município e aparece em monumentos, edifícios públicos, bandeiras, galhardetes e a timbrar o papel de correspondência, em forma de selo. É reproduzido em bandeiras para hastear em edifícios municipais ou representar a cidade em cortejos, procissões, sessões solenes ou em qualquer outro acto. O brasão da Povoa nem sempre foi como o conhecemos hoje, sofreu alterações ao longo dos tempos. A mais antiga referência que se conhece sobre o brasão do município remonta a 1758: Tem esta vila por armas em campo azul um rosário branco enfiado em fio vermelho, com uma cruz de ouro, com galhos a qual serve d haste a uma âncora de prata, e nas partes superiores nos lados do rosário, que está em figura ovada, tem na direita o sol dourado, e na esquerda a lua prateada 1. Então, inicialmente, e até 1939, era como ainda hoje aparece gravado em alguns locais, como por exemplo, na azulejaria da fachada dos Paços do Concelho, no fontanário sito no Largo Eça de Queirós, ou ainda, na fachada do Hospital. Também na Igreja Matriz da Póvoa de Varzim, se encontra representado na porta do sacrário do altar em honra de N.ª Sr.ª do Rosário, de 1757, este primitivo brasão. 1 Veiga Leal Notícias da Vila da Póvoa de Varzim 24 Maio 1758

Em Outubro de1938, após algumas discussões, pareceres e sugestões sobre um novo Brasão para a Póvoa, O Senhor Presidente informa ( ) do que se passou sobre o parecer da Associação dos Arqueólogos Portugueses ( ), depois da discussão havida na imprensa local. ( ). Assim propõe que o Brasão da Póvoa de Varzim seja o seguinte: Armas - de ouro, com uma rede de vermelho. Em contra-chefe, seis faixas rendadas, três de verde e três de prata, com um barco vogando, de negro e realçado de ouro, mastreado e encordoado de negro e vestido de prata, realçado de negro. Âncora de ouro. Em chefe, um sol de ouro e um crescente de prata. Coroa mural de prata, de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila da Póvoa de Varzim», a negro. Bandeira vermelha. Cordões e borlas de ouro e vermelho. Haste e lança douradas. Selo - circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal da Póvoa de Varzim». 2 Temos então, a partir de 1939 e até 1958, um outro período do brasão poveiro, um pouco diferente do anterior. Com quatro torres no cimo, porque ainda era vila; surge um novo elemento que é o barco, alusivo à ligação desta vila ao mar e à pesca; a âncora aparece mas bem mais pequena, e o sol e a lua mantêm-se inalteráveis. Este aparece ainda representado, por exemplo, na parte traseira do monumento a Eça de Queirós sito na Praça do Almada, gravado em pedra. No documento destacado este mês, a Acta da Câmara de 25 de Janeiro de 1940 *, aparece devidamente pormenorizado a execução da Bandeira do município de acordo com a nova constituição heráldica das armas, conforme o parecer da Associação dos Arqueólogos Portugueses e respectiva aprovação do Governo da República, pela Portaria n.º 9373 de 18 de Novembro de 1939 *. Assim, sabemos que, atendendo a que urge executar a nova bandeira do Município, para ser apresentada nas Festas Centenárias ( ) atendendo a que se torna necessário mandar fazer uma bandeira de filele de lã, para ser exposta na Exposição Histórica do Mundo Português, atendendo a que a Procuradoria Geral dos Municípios de Lisboa, executa as bandeiras e selos municipais, com perfeição e rigor heráldico, 2 Acta da Câmara 27.Outubro.1938 CMPV 0050, fls. 5vº e 6

como exige o Ministério do Interior, ( ), atendendo a que é preciso o novo selo branco desta Câmara ( ) 3, é proposto que se delibere incumbir a Procuradoria Geral dos Municípios da execução da bandeira dêste Município e da que há-de figurar na Exposição Histórica do Mundo Português, e bem assim encarregá-la do desenho e de mandar cunhar o novo selo branco ( ) 4. A nova Bandeira foi entregue a este Município em Maio desse mesmo ano, O Senhor Presidente comunicou que foi entregue a esta Câmara, pela Procuradoria Geral dos Municípios, a nova Bandeira dêste Município, confeccionada de harmonia com a Portaria de Sua Excelência o Senhor Ministro do Interior, e propôs, sendo aprovado, que ela passasse a substituir a antiga, figurando já na Procissão de Corpus Christi, em que a Câmara toma parte 5. Ficou também registado, em Acta da Câmara*, que foi apresentada a factura apresentada pela Procuradoria Geral dos Municípios, relativa à execução da Bandeira ou Estandarte dêste Município, bem como ao fornecimento da malaestojo e haste da mesma bandeira, na importância total de quatro mil quatrocentos e noventa e dois escudos e oitenta centavos. A Câmara de harmonia ( ), deliberou que se oficiasse à Procuradoria Geral dos Municípios, comunicando a impossibilidade de efectuar já o pagamento daquela factura, e prometendo incluir verba para tal pagamento no próximo orçamento suplementar, sendo possível, ou quando o não seja, no ordinário do próximo ano económico 6. Contudo, este novo desenho do brasão não foi muito bem aceite pois sendo o poveiro, mareante e pescador, profundamente religioso, não aceitou bem que lhe metessem o barco no mar sem âncora em cruz e um rosário de bóias. Por isso reagiu 7. Em 1958, e até 1986, o brasão assume uma outra imagem. Volta a surgir o rosário e a âncora grande em forma de cruz, que apareciam no brasão inicial, e desaparece o barco. Pelo decreto-lei n.º 310/73, de 16 de Junho, 1973, com a elevação da Póvoa de Varzim à categoria de cidade, o brasão passa a ter cinco torres no topo em vez de quatro. 3 Acta da Câmara 25.Janeiro.1940 CMPV 0050, fls. 127 e 127vº 4 Acta da Câmara 25.Janeiro.1940 CMPV 0050, fls. 127 e 127vº 5 Acta da Câmara 23.Maio.1940 CMPV 0050, fl. 160 6 Acta da Câmara 13.Junho.1940 CMPV 0050, fl. 166vº 7 Borges, Júlio António Paisagem Poveira (Pe. Manuel Amorim) 2003

Só em 1986 é que o brasão poveiro se altera ligeiramente e assume a forma e desenho actuais. A sua simbologia é clara e inequívoca: coroa mural - cinco torres por ser cidade; cruz e rosário - representativos da grande fé deste povo; sol e lua - elementos sempre presentes na vida dos pescadores poveiros; âncora - símbolo da segurança no mar; e listel branco com o nome da cidade a ouro. A leitura heráldica deste brasão é feita da seguinte forma: Escudo de azul, com uma cruz nodosa de ouro, terminada inferiormente por dois braços de âncora de prata rematada superiormente por um anel, do qual cai um rosário de ouro. Enfiado no mesmo, ladeando a haste da cruz dos dois lados entrelaçando-se no seu pé; e em chefe, um sol de ouro, à dextra, e uma meia-lua de prata deitada (com as pontas para o flanco direito) à sinistra. Coroa mural de prata de cinco torres. Listel branco com a legenda a ouro «Póvoa de Varzim» 8. Fica assim explanada, nesta breve abordagem, a atribulada história do brasão da Póvoa de Varzim. Para quem o souber decifrar, logo repara no que quer transmitir, define bem o Concelho e reflecte a vivência das gentes poveiras. * documentos que integram o espólio do Arquivo Municipal. 8 Barbosa, Jorge O Brasão da Póvoa de Varzim (subsídios para a sua história e iconografia 1982