Eficiência Energética. Eficiência energética em sistemas de bombeamento. Setembro, 2017

Documentos relacionados
RECALQUE. Prof. Hugo Alexandre Soares Guedes Website: wp.ufpel.edu.br/hugoguedes/

1. INTRODUÇÃO. Figura 1.1 Classificação das máquinas de fluido [adaptado de BRASIL, 2010, p.21] mca metros de coluna d água. 1 1

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1

Bombas e Ventiladores

CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES SOBRE MÁQUINAS DE FLUXO

FACULDADE DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO - FESP LABORATÓRIO DE FENÔMENOS DE TRANSPORTE - BT1 CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA - CTH

7 Estações elevatórias (EE)

Estações Elevatórias de Água

PME/EP/USP. Prof. Antonio Luiz Pacífico

Capítulo 5: Curvas Operacionais de Sistemas de Bombeamento

Estações Elevatórias de Água

Tema 2: Turbo máquina Hidráulicas,

Instalação de Recalque

BOMBAS. Definições. ALTURA DE SUCÇÃO (H S ) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba.

-Semelhança geométrica. -Semelhança cinemática. Semelhança hidrodinámica. - Semelhança dinámica.

BOMBAS. Bombas CLASSIFICAÇÃO BOMBAS ALTERNATIVAS APLICAÇÕES 06/04/2011 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

DEPARTAMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE HIDRÁULIA GERAL ENSAIO DE BOMBAS HIDRÁULICAS

AULA 02 - DESEMPENHO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS

Mecânica dos Fluidos. Aula 18 Exercícios Complementares. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AULA 11 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO P2 PROF.: KAIO DUTRA

Linha. Soluções em Bombeamento

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 10 ROTEIRO

INSTALAÇÕES ELEVATÓRIAS. Escolha da Bomba

Bombas Hidráulicas. Nelson R. Amanthea. Jun2008

CAESB. Aplicação de Inversores de Freqüência em sistemas de Bombeamento WORKSHOP SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. PoToPS. Philosophy

BOMBEAMENTO HIDRÁULICA GERAL BOMBEAMENTO BOMBEAMENTO 18/09/2017 AULA 2 SISTEMA ELEVATÓRIO

Aula 13 - Estações Elevatórias

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 5 ROTEIRO

CAPÍTULO VI: HIDRODINÂMICA

Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS. M.Sc. Alan Sulato de Andrade.

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA. Aula Prática Curvas Características e Associação de Bombas Centrífugas

Linha. Soluções em Bombeamento

Soluções em Bombeamento

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS

Soluções em Bombeamento

Bombas. Máquinas hidráulicas capazes de elevar a pressão de um fluído, isto é, de lhe comunicar energia;

AULA 2 DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS I PROF. GERONIMO

Linha. Soluções em Bombeamento

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

Teoria Geral das Máquinas de Fluxo

INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA - DETALHES

Operações Unitárias: Bombeamento. Profª. Camila Ortiz Martinez UTFPR Campo Mourão

Caso 1 - Pás Voltadas para Trás

Hidráulica Geral (ESA024A)

Hidráulica Geral (ESA024A)

Ensaio de Bombas Centrífugas

INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS HIDRÁULICAS

Variação na Curva do Sistema

Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte

CONTEÚDOS PROGRAMADOS (Aerodinâmica de Turbomáquinas - EEK 511) Pás e escoamentos, trabalho, escalas. 2

ATENÇÃO: INSPEÇÃO DO EQUIPAMENTO

LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas Hidráulicas

Sistemas Hidropneumáticos I Hidráulica 03

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

5 Estações elevatórias (EE)

Lista de Exercícios de Operações Unitárias I

CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA A CORRETA SELEÇÃO E INSTALAÇÃO DE MOTOBOMBAS CENTRÍFUGAS

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA

MANUAL DE HIDRÁULICA

UPAchrom Manual Técnico

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

Bombas hidráulicas. Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Prof. Dr. Rafael Traldi Moura

Economizando Energia com Bombas Submersíveis. Sérgio Bastos ABS Bombas

DEPARTAMENTO DE ENERGIA LABORATÓRIO DE HIDRÁULIA GERAL ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS

Refrigeração e Ar Condicionado

LISTA DE EXERCÍCIOS 2 Máquinas Hidráulicas

Intervalo de pressão de Versão H 30 a a 80 Versão K bar Pressão máxima na porta de drenagem

AULA PRÁTICA 11 INSTALAÇÃO DE BOMBEAMENTO

Quinta aula de complemento 11/03/2008

Associação de Bombas

Estações Elevatórias

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087

HVPV BOMNAS DE PALHETAS DE VELOCIDADE VARIÁVEL COM REGULAGEM DE PRESSÃO DIRETA SÉRIE 10

Circuito Hidráulico Básico:

SUMÁRIO. Prefácio Autores do Livro Capítulo 1 - Aspectos Hidráulicos e Elétricos Básicos

DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÃO DE BOMBEAMENTO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ENGENHARIA QUÍMICA LOQ4085 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I

Teoria Geral das Máquinas de Fluxo

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AULA 14 TURBINAS HIDRÁULICAS PROF.: KAIO DUTRA

Manual Técnico Nº A2384.0P/1 KSB SPY BOMBA DE CORPO ESPIRAL. 3. Denominação. 1. Aplicação

Soluções Integradas para PCHs. SEMI Industrial Ltda.

CAVITAÇÃO EM MÁQUINAS DE FLUXO

Aula: BOMBAS / SISTEMA ELEVATÓRIO

Cálculos envolvendo Atuadores Hidráulicos. Sistemas Hidropneumáticos I Hidráulica 04. Atuador hidráulico de dupla ação

SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE PORTO FELIZ

Escolha da bomba hidráulica

Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos

MÁQUINAS HIDRÁULICAS AULA 8 CAVITAÇÃO E NPSH

OPERAÇÕES UNITÁRIAS BOMBAS INDUTRIAIS

SUMÁRIO. PRIMEIRA PARTE Ventiladores com Rotores Radiais VRA

APLICAÇÕES ITAP

Bancada Hidráulica P6100

RESUMO MECFLU P3. REVER A MATÉRIA DA P2!!!!! Equação da continuidade Equação da energia 1. TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS

CAVITAÇÃO INTRODUÇÃO: É um fenômeno físico que ocorre principalmente no interior de sistemas hidráulicos e que consiste na. transportado.

Cód: DS75 Revisão: 00 Data: 03/08/2012

Laboratório de Turbomáquinas

2. Classificação, Descrição e Elementos Construtivos. 2.1 Definição e Classificação de Máquinas de Fluido

Transcrição:

Eficiência Energética Eficiência energética em sistemas de bombeamento Setembro, 017

Bombas São máquinas onde a movimentação do líquido é produzida por forças que se desenvolvem na massa líquida, como consequência da rotação de um rotor (ou impelidor), que contém um determinado número de pás.

Classificação das bombas As bombas podem ser classificadas de acordo com a forma do impelidor: Fluxo radial: o formato do impelidor impõe um escoamento em um plano perpendicular ao eixo de rotação; Fluxo misto: o formato do impelidor impõe um escoamento simultâneo nas direções axial e radial; Axial: o escoamento é predominantemente na direção paralela ao eixo do impelidor.

Classificação das bombas

Classificação das bombas As bombas podem ser classificadas de acordo com o modo de entrada de líquido no impelidor: Sucção simples: a entrada de líquido acontece em apenas um lado do impelidor; Sucção dupla: a entrada de líquido acontece em ambos os lados do impelidor. Para um mesmo H produzido pela bomba, a vazão é o dobro da vazão de uma bomba com sucção simples.

Classificação das bombas

Classificação das bombas As bombas podem ser classificadas de acordo com o número de impelidores em uma mesma carcaça: Um estágio: a bomba possui apenas um impelidor; Múltiplos estágios: a bomba possui mais de um impelidor no mesmo eixo. A finalidade de uma bomba de múltiplos estágios é aumentar a pressão do sistema para uma mesma vazão.

Classificação das bombas Um estágio Múltiplos estágios

Classificação das bombas As bombas podem ser classificadas de acordo com a orientação do eixo do impelidor: Bomba horizontal: o eixo do impelidor encontra-se na posição horizontal; Bomba vertical: o eixo do impelidor encontra-se na posição vertical.

Classificação das bombas Eixo horizontal Eixo vertical

Classificação das bombas As bombas podem ser classificadas de acordo com o tipo de impelidor : Impelidor fechado: as pás estão confinadas entre dois discos, o dianteiro e o traseiro; Impelidor aberto: as pás são fixadas apenas no cubo do eixo; Impelidor semi aberto: possui apenas um disco onde as pás são fixadas.

Classificação das bombas Impelidor fechado Semi aberto Impelidor aberto

Classificação das bombas Os impelidores fechados são utilizados com fluidos limpos. O rendimento é maior que para os demais impelidores. É a escolha recomendada se as condições de obstrução do impelidor não forem severas. Impelidores abertos e semi-abertos para fluidos sujos ou viscosos. O rendimento dos semi-abertos é inferior aos impelidores fechados e maior que os impelidores abertos. O desgaste apresentado pelos fechados também é inferior aos demais.

Alturas Altura geométrica de sucção (H s ): diferença de elevação entre o centro do eixo da bomba e o nível de líquido do reservatório de sucção. H s

Alturas Altura geométrica de descarga (ou recalque) (H d ): diferença de elevação entre o centro do eixo da bomba e o nível do líquido no reservatório de descarga; H d

Alturas Altura geométrica total (H o ): diferença de elevação entre os níveis do líquido nos reservatórios de sucção e descarga. H o

Alturas Altura estática total (H est ) H = est H o Pr P + s ρg = H o P P + 4 1 ρg H o

Alturas Altura total (H t ): P V H t = + + z ρg g H o

Alturas Condições particulares: a velocidade do líquido nos reservatórios pode ser considerada desprezível. H p altura referente às perdas de carga nas linhas de sucção e descarga, função de V. H o P4 P1 V4 V H 1 t = H o + + + ρg g H p [mca]

Condições particulares: Reservatórios de sucção e descarga abertos P 1 = P 4 =0 (pressão manométrica). Alturas [mca] 4 3 1 1 4 1 4 ) p( ) p( o p o t H H H H g V V g P P H H + + = + + + = ρ

Condições particulares: reservatórios abertos e bomba afogada (reservatório de sucção acima da linha média da bomba). Alturas [mca] 4 3 1 1 4 1 4 ) p( ) p( o p o t H H H H g V V g P P H H + + = + + + = ρ

Pontos homólogos Pontos de operação que apresentam o mesmo rendimento.

Pontos de operação que apresentam o mesmo rendimento. onde Q é a vazão (m 3 /h); H é a altura (m) e P é a potência (kw) Pontos homólogos 1 1 N N Q Q = 1 1 = N N H H 3 1 1 = N N P P

Pontos homólogos Pontos de operação que apresentam o mesmo rendimento. Faixa de aplicação:

Controle de capacidade da bomba Controle de capacidade por estrangulamento da válvula na descarga.

Controle de capacidade da bomba Exemplo: controle de capacidade com ajuste de rotação da bomba. F 1 ponto de operação normal F ponto de operação corrigido para uma nova vazão Potência elétrica da bomba ρgqh el( F ) = ηbη m P kg m m Nm J el ( F = m = = = W 3 m s s s s P ) 3 η b rendimento da bomba; η m rendimento do motor.

Controle de capacidade da bomba Exemplo: controle de capacidade com ajuste de rotação da bomba. F 1 ponto de operação normal F ponto de operação corrigido para uma nova vazão F 3 ponto de operação com nova rotação n` Potência elétrica economizada: P el( F ) ( F3 ) = ( H H ) ρg 3 Q η η b m

Controle de capacidade da bomba Exemplo: controle de capacidade com by-pass. Parte da vazão bombeada volta para a sucção da bomba ou para o reservatório de sucção. Utilizado para que a bomba não opere próximo a vazão mínima.