CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO EM EQÜINOS SEM RAÇA DEFINIDA (Equus caballus, L.)*

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CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO EM EQÜINOS SEM RAÇA DEFINIDA (Equus caballus, L.)* ANDRÉ LUIZ QUAGLIATTO SANTOS Professor Assistente Universidade Federal de Uberlândia culdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Portanto, no intuito de colaborarmos com os estudos já elaborados nas citadas disciplinas, decidimo-nos examinar o funículo espermático do eqüino sem raça definida, espécime de incontestável importância sócio-econômica, buscando esclarecer os aspectos histológicos dos seus envoltórios, dos vasos arteriais e venosos, dos tecidos intervasculares, bem como o seu arranjo vascular e o comprimento do segmento da artéria testicular nele contido. ARANI NANC1 BOHFIM MARIANA Professor Doutor Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP VICENTE BORELLI Professor Titular Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP SANTOS, A.L.O.; MARIANA, A.N.B.; BORELLI, V. Contribuição ao estudo do funfculo espermático em eqüinos sem raça definida (.Equus cabauus, L.). Braz. 1. vei. Res. am m.sci., Sôo Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992. RESUMO-. Utilizando 35 pares de funfculos esperméticos de eqüinos sem raça definida, estudaram-se os aspectos histológicos dos envoltórios funiculares, dos vasos arteriais e venosos e dos tecidos intervasculares, assim como o seu arranjo vascular e o comprimento do segnento da artéria testicular nele contido. UNITERMOS: Anatomia, eqüinos; Testículos; Artérias; Veias; Eqüinos, SRD INTRODUÇÃO Muitos autores discutem o arranjo vascular e a relação dos diferentes componentes do funfculo espermático, como elementos que proporcionam condições apropriadas para as trocas térmicas necessárias à redução da temperatura testicular, una vez que a esper- matogènese nos mamíferos se processa à temperatura inferior à do organismo. 0 estudo das estruturas integrantes do funículo espermático, bem como o estudo da vascularização arterial dos testículos dos animais domésticos, tém sido motivo de estudos nas disciplinas de Anatomia da Fa * Dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. MATERIAL E MÉTODO Para a elaboração desta pesquisa utilizamos 35 (trinta e cinco) pare6 de testículos e correspondentes funfculos espermáticos, obtidos de eqüinos sem raça definida, adultos, procedentes de vários Municípios Mineiros e abatidos no Frigorífico Avante de Araguari S.A., no Estado de Minas Gerais. Logo após o sacrifício, retiramos dos animais o escroto e correspondentes testículos, epidídimos e fu- nículos espermáticos, juntamente com parte da pele da região inguinal. 0 material foi devidamente acondicionado em sacos plásticos e congelado a fim de ser encaminhado, para seu processamento, aos laboratórios de Anatomia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Para o estudo histológico isolamos os funfculos espermáticos de 3 (três) pares de testículos, os quais foram submetidos a cortes transversais nas regiões dorsal, média e ventral dos mesmos, a fim de separar 18 (dezoito) frapnentos transversais de aproximadamente 0,5 cm de espessura que, devidamente identificados, foram fixados em líquido de Bouin por 24 horas. Dessas peças, depois de desidratadas, diafanizadas e incluídas em parafina, seguido técnica convencional, conseguimos cortes histológicos de 7 de espessura, que foram posteriormente, corados pelos métodos de he- matoxilina e eosina, tricrômico de Mallory, Verhoeff (fibras elásticas) e reticulina de Gomori (fibras re- ticulares). Medimos o comprimento da artéria testicular contida no funículo espermático em 60 modelos, obtidos com soluçôo de Neoprene látex "650"** corada ccn pignento específico, correspondentes a 30 (trinta) pares de testículos. Para tanto, depois de isolarmos os órgãos, com os respectivos funículos, do escroto e da lâmina parietal da túnica vaginal, canulamos e injetamos a artéria testicular, imediatamente antes de sua penetração no funículo espermático, até sua chegada no testículo. A seguir, realizamos a técnica de corrosão, submetendo estas peças à ação do ácido sul- ** Du Pont do Brasil S.A. - Indústrias Químicas.

8 SANTOS, A.L.Q. et al. Contribuição ao estudo do funfculo espermático em eqüinos. fúrico a 30X durante período de 72 a 96 horas, para depois obtermos os modelos à custa de finos e controlados jatos de água. Adaptamos esses preparados, devidamente retificados e sem estiramentos, encaixando-os em un sulco de 3 mm de profundidade, realizado em sarrafo de 50 cm de comprimento, 7 cm de largura e 2 cm de espessura, onde adaptamos una régua de 40 cm, para que pudessemos identificar o comprimento da artéria testicular encontrada no fuiículo espermático (Tab. 1). Nos 2 (dois) pares de testículos restantes, observamos o arranjo vascular do funfculo espermático, em 4 correspondentes modelos, obtidos com solução de Acetato de Vinil (Solvent Vinyl VMCH B-1099)*** corado (Laca Nitrocelulose molibdato)****. Nesses casos, canulamos e injetamos a solução de Acetato de Vinil azul, em una das veias localizadas na região ventral do órgão, e o Acetato de Vinil vermelho na artéria testicular, antes desta ganhar o funfculo espermático. A seguir, submetemos essas peças ao processo de corrosão, sob a ação do ácido sulfúrico a 30X durante 72 a 96 horas e, finalmente, mediante finos e controlados jatos de água, isolamos os modelos. Os resultados observados foram analisados estatisticamente, utilizando a distribuição normal de probabilidade C X = 5,0%). RESULTADOS 0 que nos permitiu apurar a presente pesquisa é que o funfculo espermático do eqüino sem raça definida apresenta-se envolvido por una delgada cápsula de tecido conjuitivo denso, revestida por epitélio simples pavimentoso, o mesotélio, observado em praticamente toda a sua extensão, caracterizando a lâmina visceral da túnica vaginal. Essa cápsula mostra-se intensamente pregueada, projetando-se craniomedialmente para formar o mesoducto deferente. Imediatamente abaixo dela encontram-se fibras musculares lisas (músculo cremaster interno), de comportamento diverso ao longo do funfculo espermático, ou seja, em algunas regiões este tecido muscular está constituído de duas camadas distintas, quanto à orientação de suas fibras e, em outras, formado de una camada única, por vezes septado, devido à invasão de tecido conjuntivo que, em alguns casos, contorna agrupamentos musculares que se apresentam em forma de ilhas. A musculatura lisa, presente no funfculo espermático, continua no mesoducto deferente com disposição e organização semelhante àquela do funfculo. *** Union Carbide Corporation - Chemical and Plastic NY-USA.»*** Glassurit do Brasil S.A - Indústria de Tintas. 0 funículo espermático do eqüino sem raça definida apresenta predominância de un tecido conjuntivo denso, que envolve as estruturas vásculo-nervosas, onde são identificadas fibras reticulares e fibras elásticas, e ainda grande núnero de arteríolas, vênu- las e capilares, bem como vasos linfáticos, nervos e tecido adiposo. Próximo á origem do mesoducto deferente no funfculo espermático, observa-se a presença de un conjunto vásculo-nervoso, responsável pela nutrição de parte do corpo e cauda do epidídimo, conjunto este que pode, em algunas regiões do funículo espermático, aparecer em pleno mesoducto deferente. Ainda, internamente, no funfculo espermático, surgem acúmulos de tecido adiposo, distribuídos por todo o funfculo e pelo mesoducto deferente, fascfculos de fibras nervosas mielínicas formando no conjunto o plexo nervoso testicular e vasos linfáticos de calibres variados, com lune amplo e irregular e parede delgada. A artéria testicular, em cortes transversais do funículo espermático de eqüinos sem raça definida aparece, em diferentes secções, de forma irregular, devido ao seu trajeto sinuoso. Encontra-se constituída de una túnica interna, formada pelo endotélio e delicada canada de tecido conjuntivo subendotelial. Separando a túnica interna da túnica média, observa-se una destacada lâmina limitante elástica interna. A túnica média é espessa e predominantemente muscular, apresentando fibras musculares lisas, orientadas circular- mente, apoiadas em una exuberante rede de fibras reticulares e com delicadas e escassas fibras elásticas. A túnica externa ou adventfcia constitui-se de tecido conjuntivo denso que, em algunas áreas, continua-se com o tecido conjuntivo denso intervascular. Nesta camada, além de fibras colágenas, encontra-se rede de fibras reticulares e fibras elásticas, bem como vasavasorum representada por arteríolas, vènulas e capilares. As veias testiculares, presentes em grande núnero nos cortes histológicos de funículo espermático de eqüinos sem raça definida, dispõem-se em torno da artéria testicular, formando o plexo pampiniforme. Essas veias mostram calibres variados, exibindo, por vezes, válvulas. Suas trés túnicas são de difícil individua- lização. Na túnica interna nota-se, com nitidez, somente o endotélio, enquanto a túnica média é delgada, constituída por poucas camadas de fibras musculares lisas, apoiadas em rede de fibras reticulares e com a presença de delicadas fibras elásticas. A túnica adventfcia é a mais espessa, apresentando-se constituída de tecido conjuntivo denso, que se continua com tecido conjuntivo denso intervascular, mostrando a presença de numerosas fibras reticulares, fibras elásticas e vasa-vasorum. Em algunas veias encontram-se distintas válvulas, formadas por pregas da sua túnica íntima. Bras. J.vei. Res. anim. S e i., São Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992.

SANTOS, A.l.O. et al. Contribuição ao estudo do funículo espermático em eqüinos... Por sua vez, o mesoducto deferente apresenta cápsula espessa e pregueada, abrigando o dueto deferente na sua extremidade distai. É revestido pela lá* mina visceral da túnica vaginal, revestimento este constituído de mesotélio, que repousa sobre delicada camada de tecido conjuntivo denso. Logo abaixo da cópsula observa-se a presença de tecido muscular liso, à semelhança do que jé descrevemos para o funículo. Entre as porções musculares, encontra-se un eixo formado de rica rede de vasos sangüíneos e linfáticos, representados por artérias e veias de médio e pequeno calibres, algunas providas de válvulas, bem como por arteríolas e vènulas, nervos e quantidade considerável de tecido adipo6o. Todos esses elementos estão envoltos por un tecido conjuntivo denso e distribuídos ao longo de todo o meso. Os modelos realizados em acetato de vinil, dos vaso6 arteriais e venosos presentes no funículo espermático de eqüinos sem raça definida, mostram que, nestes animais, o arranjo vascular confere ao funículo a furma de un cone achatado laterolateralmente, com a base assentada sobre a margem epididimária do testículo. As veias testiculares estabelecem inúneras conexões entre si, formando rede de malhas muito finas e abundantes, a qual envolve totalmente a artéria testicular, em toda sua extensão. Esta artéria, ao nível do funículo espermático, assune trajeto sinuoso e alcança o testículo pela sua margem epididimária. Nesses preparados pudemos observar, ainda, a presença de un conjunto vascular, constituído por artérias e veias, localizado em posiç&o cranial no funículo espermático, destinado a parte da cabeça e do corpo do epidídimo. As medidas dos modelos obtidos com Neoprene látex "650", dos segnentos das artérias testiculares contidas nos funículos espermáticos de eqüinos sem raça definida, revelam como média e valores máximo e mínimo, respectivamente, 102,9 cm, 149,9 cm e 68,9 cm à direita e 105,8 cm, 150,6 cm e 66,1 cm à esquerda (Tab.1). Cabe ressaltar que, em três destas preparações, a artéria testicular, ao nível do terço ven- tral do funículo espermático, divide-se em dois vasos, com aproximadamente as mesmas dimensões. O confronto das médias, correspondentes ao comprimento do segmento da artéria testicular encontrada no funículo direito, em relação ao esquerdo, não revela diferenças estatisticamente significantes, ao nível de 5,0X. DISCUSSÃO Chamou-nos a atenção, ao consultarmos os tratados de Anatomia Animal, bem como a literatura especializada referente à vascularização dos testículos nos animais domésticos, que os autores utilizam diferentes denominações para o vaso sangüíneo que percorre o funículo espermático e destina-se a esse órgão, referindo-se a este como, artéria espermática (BOSSI 2, s.d.; BI MAR 1, 1888; MARTIN 13, 1915; LES8RE 11, 1923; BOURDELLE; BRESSOU 3, 1938; GONZALEZ Y GARCIA; GONZALEZ ALVAREZ 8,1961), artéria grande testicular (BOSSI 2, s.d.; MONGIARDINO 15, 1903; LESBRE 11, 1923; BOURDELLE; BRESSOU 3, 1938; GONZALEZ Y GARCIA; GONZALEZ ALVAREZ, 1961), artéria espermática interna (BOSSI 2 s.d.; FRANCK 6, 1883; MARTIN 13, 1915; WOLFRAM, 1942; MASSUI U, 1960; SCHWARZE; SCHRÒOER 18, 1970; ELLENBERGER; BAUM 5, 1977), artéria genital interna (BOSSI 2, s.d.) e artéria testicular (HARRISON 9, 1949; GONZALEZ Y GARCIA; GONZALEZ ALVAREZ 8, 1961; KOCH 10,1965; NICKEL et al. 1ó, 1979; GETTY 7, 1981; VIANA 21 1986; COSTA 4, 1987; MARÇAL 12, 1988; STERMAN, 1988; TONIOLLO 20, 1988). Pareceu-nos esta última denominação a mais indicada e, por ser ela também, adotada pela NOMINA ANATÔMICA VETERINARIA, 1983, optamos por utilizá-la em nosso trabalho. Pudemos observar, ao compararmos os estudos histológicos do funículo espermático de eqüinos sem raça definida, por nós realizados, utilizando as mesmas técnicas empregadas pelos autores consultados, que nossos resultados diferem dos de VIANA 2 ^ (1986); COSTA 4 (1987); MARCAL 12 (1988); TONIOLLO 20 (1988), que não identificaram a presença de musculatura lisa sob a cápsula de tecido conjuitivo denso. Talvez esse fato se explique, por terem esses autores trabalhado respectivamente com bovinos da raça Nelore, caprinos, suínos e bovinos de origem européia, enquanto STERMAN I O (1988) observou esta estrutura, examinando os eqüinos da raça Puro Sangue Inglês, o que nos leva a crer que este tecido muscular, pelo menos é mais fácil de ser identificado, se não for específico, nos eqüinos. Todavia, devemos ressaltar que outros como BOSSI 2 (s.d.); NICKEL et al. 16 (1979) e GETTY 7 (1981), tanfcém indicaram a presença dessa estrutura. No que diz respeito ao tecido adiposo, P r* ^ nossos resultados aproximam-se dos de STERMAN (1988), que encontrou em eqüinos da raça Puro Sangue Inglês pequenos acúmulos de células adiposas, localizadas sob a cápsula funicular, no mesoducto deferente e entre as estruturas vasculares do funículo espermático, distanciando-se dos de VIANA 21 (1986) quando este destaca o tecido adiposo em posição subcapsular, envolvendo totalmente o funículo espermático dos bovinos da raça Nelore, o que também acontece parcialmente, nos suínos (TONIOLLO 2, 1988) e nos bovinos de origem européia (MARCAL 12, 1988), o que nos leva a pensar com cuidado, sobre o fato de ser ou não o tecido adiposo, un isolante térmico, como sugeriram VIANA 21 (1986) e TONIOLLO 20 (1988). Bras. J. vet Res. anim. Sei., São Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992.

10 SANTOS, A.L.Q. et al. Contribuição ao estudo do funículo espermático em eqjinos. Quanto ao estudo das estruturas correspondentes ao funículo espermático, verificamos que o observado por STERMAN 19 (1988) no eqüino da raça Puro Sangue Inglês, também acontece com o eqüino sem raça definida, no qual o dueto deferente apresenta-se fixo e bem isolado do conjunto dos demais elementos do funículo espermático, pelo mesoducto deferente, fato que náo ocorre nos bovinos da raça Nelore (VIANA 21, 1986), no qual o dueto deferente encontra-se em posi- çõo intracapsular e nem nos caprinos (COSTA, 1987), suínos (TONIOLLO 2, 1988) e bovinos de origem européia (MARÇAL ^2, 1988) nos quais o mesmo se acha fixo por pequeno meso. Por sua vez, os vasos e nervos implicados na vas- cularização e inervação de partes do epidídimo (cabeça e corpo), nos eqüinos sem raça definida, ocupam posição intrafunicular, na região abdeferencial do mesmo, distinto do que ocorre nos eqüinos da raça Puro Sangue Inglês (STERMAN 19, 1988) nos quais vasos e nervos estão localizados no interior de una prega da cápsula funicular. Cabe, ainda, destacar que os vasos e nervos destinados a parte do corpo e à cauda do epidídimo foram por nós observados na região deferencial do funículo espermático, semelhante ao que ocorre nos suínos (TONIOLLO 20, 1988). A artéria e as veias testiculares, no funículo espermático dos eqüinos sem raça definida, acham-se intimamente relacionadas pelo tecido conjuntivo denso intervascular, rico em fibras reticulares e elásticas, que constitui a adventícia conun destes vasos, disposição essa também observada por todos os autores que pesquisaram o assunto. Este arranjo, sem dúvida, constitui fator indispensável ao retorno sangüíneo da região testicular, considerando que as fibras elásticas acham-se mais presentes quando as veias do plexo venoso pampiniforme, em alguns animais, estão desprovidas de válvulas. Quando tentamos descrever a forma do funículo es- permático dos eqüinos sem raça definida, utilizamo-nos dos modelos obtidos com o auxílio do acetato de vinil, que nos mostrou a forma de un cone achatado laterola- teralmente, cuja base assenta-se sobre a margem epididimária do testículo; este resultado está de acordo com observações de STERMAN 19 (1988) e coincide parcialmente com as descrições de autores, que a ele se referem como possuindo aspecto de pirâmide (BOSSI 2, s.d.), de pacote alongado e cônico (LESBRE 1^, 1923), aspecto de funil (MASSUI 14, 1960), ou ainda, aspecto mais ou menos cônico (SCHWARZE; SCHRÕOER 1B, 1970). Foi possível verificar, também, nessas preparações, que a artéria testicular está envolvida completamente pela rede de malhas contínuas, formada pelas inúneras comunicações existentes entre as veias testiculares, o que entendemos ser adequado para que ocorram as trocas calóricas necessárias ao processo da espermatogénese. Cabe destacar, ainda, que a artéria testicular exibe trajeto sinuoso, assim como nos bovinos (VIANA 21, 1986 e MARÇAL 12, 1988), nos c*>rinos (COSTA 4, 1987) e nos eqüinos da raça Puro Sangue Inglês (STERMAN 1988), não apresentando as disposições que lembram espirais descritas por SCHWARZE e SCHRÜOER 18 (1970), nem a forma de novelo de ELLENBERGER e BAUM 5 (1977) e sem qualquer arranjo harmonioso, como acontece com os suínos, segundo TONIOLLO 20 (1988). Entendemos que essa disposição sinuosa e irregular da artéria testicular, no funículo espermático de eqüinos, indica também a sua participação na diminuição da pressão arterial a este nível, como propõe MARÇAL 12 (1988). Variações mais acentuadas encontramos com relação ao comprimento dos segmentos da artéria testicular, contidos nos funículos espermáticos. Concordamos com STERMAN 19 (1988), de que o comprimento desta artéria deve variar, não só em função da espécie considerada, mas tarfcém da raça, em consonância com as condições climáticas em que vive o animal. De fato, podemos observar diferença, quando comparamos nossos resultados, onde obtivemos una média de 102,9 cm para o lado direito e de 105,8 cm para o lado esquerdo, enquanto no eqüino da raça Puro Sangue Inglês (STERMAN 1988), foram encontradas médias de 130,3 cm lado d i reito e 129,4 cm lado esquerdo. Nossos valores são em média inferiores aos registrados também por WOLFRAM (1942), mas SLperiores aos observados por BIMAR 1 (1888). Algumas vezes encontramos, nos eqüinos sem raça definida, a artéria testicular subdividida, como nos suínos (TONIOLLO 20, 1988), nos eqüinos da raça Puro Sangue Inglês (STERMAN 19, 1988) e nos bovinos de origem européia (MARÇAL ^2, 1988), o que nos leva a pensar, pela pequena ocorrência, que se trata de variações morfológicas individuais. Pelo que pudemos depreender dos resultados ora obtidos, juntamente com os dados aferidos por autores que trabalharam com as mesmas técnicas agora usadas, notamos que, sem dúvida, esclarecimentos muito importantes estão surgindo, particularmente no auxílio da fisiologia do órgão, no que diz respeito à termorregulação testicular dos animais domésticos. Todavia, entendemos indispensável a pesquisa desses elementos em outras espécies, una vez que verificamos existirem diferenças mesmo entre as raças. Sôo questões que não podem ficar sem respostas. Seja, como propôs TONIOLLO 20 (1988), para a elucidação definitiva da participação dos diferentes componentes do funículo espermático no processo da espermatogénese ou para un melhor entendimento dos estudos de 10 natureza anátomo-comparativa, como sugeriu STERMAN (1988), se faz necessário examinarmos também os animais silvestres e aquáticos, particularmente m e diante técnicas experimentais. Bras. J.vet. Res. amm. Sei., São Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992.

SANTOS, A.l.O. et al. Contribuição ao estudo do funículo espermático em eqiinos. 11 Finalmente, gostaríamos de assinalar a necessidade de estudos, no sentido de elucidar tanto a origem como a função da musculatura lisa subcapsular (músculo cremaster interno), encontrada até agora, bem desenvolvida apenas nos eqüídeos. CONCLUSÕES Pelo que acabamos de expor, julgamos poder concluir que: 1-a fina cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve o funlculo espermático, nos eqüinos adultos, sem raça definida, encontra-se revestida por meso- télio e forma o mesoducto deferente, o qual circixida o dueto deferente, assim como seus vasos e nervos; 2-logo abaixo da cápsula finicular, existem fibras musculares lisas (músculo cremaster interno), que se dispõem em uma ou mais camadas, com formas diversas e acompanhando a cápsula funicular, estendendo-se para o interior do mesoducto deferente juntamente com pequenos aglomerados de tecido adiposo; 3-envolvendo as estruturas vasculares e nervosas do funlculo espermático e formando a adventícia comum de vasos adjacentes, encontra-se o tecido conjuntivo denso intervascular, contendo grande quantidade de fibras reticulares e elásticas, e as vasa-vasorum desses vasos; 4-a artéria testicular, no funlculo espermático, exibe trajeto sinuoso, apresentando a túnica interna constituída pelo endotélio e camada de tecido conjuntivo subendotelial, a túnica média de células musculares lisas, sustentadas por rica e ordenada rede de fibras reticulares, com espessa lâmina li- mitante elástica interna e a adventícia, contendo fibras reticulares e elásticas que invadem o tecido conjuntivo denso intervascular; 5-as veias testiculares mostram-se, no funículo espermático, de calibres variados, algunas vezes providas de válvulas, com túnica interna formada praticamente pelo endotélio, túnica média delgada constituída por poucas células musculares lisas, sustentadas por fibras reticulares e elásticas, e túnica adventícia que se continua com o intervascular; tecido conjuntivo denso e feixes nervosos, bem como pequenos aglomerados de tecido adiposo; 7-o funículo espermático dos eqüinos sem raça definida, possui a forma de cone achatado laterolateralmente, cuja base se assenta na margem epididimá- ria do testículo, apresentando a sinuosa artéria testicular no seu interior, envolta pelas veias testiculares que confluem para formar, na inargem dorso-cranial do testículo, o plexo pampiniforme, mediante iniineras anastomoses que, no funículo es- permático, acham-se entremeadas e envolvendo totalmente a artéria testicular; 8 -os segmentos das artérias testiculares presentes nos funículos espermáticos apresentam, como comprimento médio e valores máximo e mínimo, respectivamente, 102,9 cm, 149,9 cm e 68,9 cm à direita e 105,8 cm, 150,6 cm e 66,1 cm è esquerda; 9-a artéria testicular pode, esporadicamente (10,0X), dividir-se no interior do funículo espermático em dois vasos de dimensões semelhantes; 10-nôo existem diferenças estatisticamente significan- tes, ao nível de 5,0%, quando comparamos os valores médios dos sepnentos arteriais presentes no funículo espermático è direita em relação à esquerda. SANTOS, A.L.Q.; MARIANA, A.N.B.; BOKELLI, V. Contribution to the study of the spermatic cord in crossbred horses. Braz. J. vet. Res. anim. Sci., SSo Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992. SUMMARY: We have studied 35 pairs of spermatic cords of crossbred horses in order to establish the histological aspects of the following structures: testicular wrappers, arterial and venous vessels, intervascular tissues, as well as the arrangement of its vascular system and the length of the tract of testicular artery contained in it. UNITERMS'. Anatomy of horses; Testis; Arteries; Veins; Horse, SRD 6-0 mesoducto deferente apresenta-se pregueado, revestido por mesotélio, abriga o tecido muscular liso (músculo cremaster interno), o dueto deferente na sua extremidade distai e rica rede de pequenos vasos Bras. J. vet. Res. anim. S c i., São Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992.

12 SANTOS, A.L.Q. et at. Contribuição ao estudo do funículo espermático em eqüinos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 01-BIMAR, M. Recherches sur la distribution des vaisseaux spermatiques chez divers mamifères. C. R. Acad. S c i., Paris, v.106, p.80-2, 1888. 02-BOSS I, V. Angiotogia. In: BOSSI, V.; CARADONNA, G.B.; SPAMPANI, G.; VARALD1, L.; ZIMMERL, U. Traaato di anatomia vetermana. Milano, Francesco Vallardi, s.d. v.2, p.210, 836. Anatomie régionale des animaux domestiques. Paris, J.B. Baillière, 1938. v.1, p.724-6. 03-BOURDELLE, E.; BRESSOU, C. 04-COSTA, L.A.O.P. Contribuição ao estudo do funículo espermático em capnnos da raça Bhuj Brasileira. São Paulo, 1987. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina Veterinória e Zootecnia, Universidade de São Paulo. 05-EILENBERGER, W.; BAUM, H. Anatomie der Hausaere. Verlag, 1977. p.696. Handbuch der vergleichenden 18 Auf. Berlin, Springer 06-FRANCK, L. Handbuch der Anatomie der Hausaere. Stuttgart, Schickhardt & Ebner, 1883. p.873. Anatomia dos animais domésticos. 5. ed. Rio de Janeiro, Interamericana, 1981. v.1, p.501,562. 07-GETTY, R. 08-GONZALEZ Y GARCIA, J.; GONZALEZ ALVAREZ, R. Anatomia comparada de los animales domésticos. 7. ed. Madrid, Grafica Canales, 1961. p.632-4, 712. 09-HARRISON, R.G. The comparative anatomy of the blood supply of the moimalian testis. Proc. Zocl. Soc. L o n d., v.119, p.325-44, 1949. Lehrbuch der Veterinâr-Anatomie. Jena, Gustav Fischer, 1965. v.3, p.123. 1Û-K0CH, T. Précis d anatomie comparée des animaux 11-LESBRE, F.X. domestiques. Paris, J.B. Baillière, 1923. v.2, p.338. 13-MARTIN, P. Lehrbuch der Anatomie der Hausaere. Stuttgart, Schickhardt & Ebner, 1915. p.172. Anatomia comparada dos animais domésticos. 10. ed. Tokyo, Yokendo, 1960. v.2, p.196. 14-MASSUI, K. Trattato di anatomia topografica dei mammiferi domesáci. Torino, Luigi Delgrosso, 1903, p. 174. 15-MONGIARDINO, T. The viscera of the domestic mammals. 2. ed. Berlin, Paul Parey, 1979. p.314-5. 16-NICKEL, R.; SCHUMMER, A.; SEIFERLE, E. 17-NOMINA ANATÔMICA VETER INARIA. 3. ed. New York, International Commitee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature, 1983. Compêndio de anatomia vete 18-SCHUARZE, E.; SCHRÕOER, L. rinarian sistema visceral. Zaragoza, Acribia, 1970. v.2, p.254-5. 19-STERMAN, F.A. Contribuição ao estudo do funículo espermático em eqüinos da raça Puro Sangue Inglês. São Paulo, 1988. Tese (Doutorado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. 20-TONIOLLO, G.H. Estudo morfológico do funículo espermático em suínos (Sus scrofa domestica Linnaeus, 175S). Sõo Paulo, 1988. Tese (Doutorado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. Contribuição ao estudo do funículo espermático em bovinos da raça Nelore. São Paulo, 1986. Tese 21-VIANA, U.G. (Doutorado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. 22-WOLFRAM, U. Zur Anatomie der artéria spermatica interna. KUn.Wschr., v.21, p.1126-7, 1942. Recebido para publicação em 11/11/91 Aprovado para publicação em 19/03/92 12-MARÇAL, A.V. Estudo morfológico do funículo espermático em bovinos de origem européia (Bos taurus). São Paulo, 1988. Tese (Doutorado) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo. Bras. J. vet. Res. antm. Sci., Sào Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992.

SANTOS, A.L.Q. et al. Contribuição ao estudo do funículo espermático em eqüinos. 13 TABELA 1 - Comprimento (em centímetros) dos seamentos da artéria testicular contidos nos funf- culos espermáticos direitos e esquerdos, de eqüinos adultos, sem raça definida, obtidos a partir da retificação de modelos de Neoprene látex "650". São Paulo, 1990. NÚMERO DIREITO ESQUERDO 01 91,0 104,5 02 96,9 103,3 03 81,2 105,2 04 142,5 139,0 05 104,4 83,9 06 126,6 137,5 07 106,9 92,7 08 136,5 110,9 09 93,3 101,1 10 118,7 131,8 11 138,4 106,4 12 96,7 107,2 13 93,8 78,7 14 100,8 96,2 15 75,9 100,6 16 101,4 117,2 17 90,9 101,7 18 97,9 79,0 19 149,9 132,8 20 125,4 150,6 21 88,5 81,8 22 107,6 116,6 23 101,5 125,3 24 116,9 110,7 25 100,3 133,1 26 87,8 90,7 27 85,6 106,6 28 79,8 88,1 29 81,8 66,1 30 68,9 76,6 7 102,9 105,8 Bras. J. vei. Res. anim Sei., São Paulo, v.29, n.1, p.7-13, 1992.