IGREJA PRESBITERIANA DO JARDIM BRASIL ESTUDO BÍBLICO QUARTA-FEIRA REV. HELIO SALES RIOS



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Transcrição:

IGREJA PRESBITERIANA DO JARDIM BRASIL ESTUDO BÍBLICO QUARTA-FEIRA REV. HELIO SALES RIOS

INTRODUÇÃO Culto é um serviço Espiritual oferecido a Deus. Expressão mais profunda do nossos sentimentos de adoração a Deus. Compreende: louvor, confissão, ação de graça, submissão e a dedicação a Deus de nossa vida e de nossos bens. Modos: racional, espiritual e verdadeiro. É LITURGIA. Liturgia: Serviço do Povo, entre os judeus: Serviço Religioso Oferecido a Deus. Mas o que é, e como se dá esse serviço? Liturgia é Adoração: Atos 13:2 adoração tendo como resultado...?

Liturgia é Sacrifício: Romanos 15:16 para obra missionária Liturgia é Amor: 2 Coríntios 9:12 participação da comunhão Liturgia é Culto Racional: Romanos 12:1 compreensão do relacionamento entre Deus e o homem Princípios de liturgia remontam a um povo que adora ao Senhor, entrando em comunhão com Ele. De maneira geral e sucinta podemos dar essa cronologia bíblica: 1. No Éden Adão mantinha uma contato diário com Deus; 2. Fora do Éden Gn. 4 fala dos cultos em Caim e Abel; 3. Época de Sete Gn. 4:26 o nome do Senhor começou a ser invocado; 4. Após o Dilúvio Gn. 8:20-21 Noé edifica altar ao Senhoe; 5. Na época de Abraão Siquém, Betel (Gn 12:6-8), Hebrom 13:18; 6. na história de Jacó e seus descendentes Gn. 33:18-20

1. AS PARTES LITURGICAS DO CULTO O culto é uma experiência do homem com Deus. Experiência, entretanto, bastante variada que constitui as partes da liturgia: 1.1. A Adoração de um Deus que é Soberano, Santo e Justo Orações e expressões de glorificação e exaltação do nome de Deus (Ap. 19:1-7). 1.2. O Reconhecimento de Nosso Estado de Pecaminosidade e Necessidade que Sentimos do Perdão de Deus Experiência de Isaías e de Davi, este, quando confrontado pelo seu pecado (Is. 6:5, Sl 51). 1.3. Momento Gratulatório Onde expressamos diante de Deus os nossos sentimentos mais profundos de gratidão, em:

1.3.1 Bênçãos Materiais (Tg. 1:17) 1.3.2 Pelo Perdão (1 Jo. 2:1-2) 1.3.3 Pela Salvação em Cristo (Rm. 8:28-30) 1.3.4 Bênçãos Espirituais em Cristo (Ef. 1:3) 1.4. Momento de Edificação - Clímax do Culto, momento em que Deus fala de maneira especial ao homem e ele ouve. Hora do comissionamento de Deus com os seguintes objetivos: 1.4.1 Convite a aceitar a Cristo como seu Senhor e Salvador (At. 2:37-40) 1.4.2 Convite ao ouvinte participar do seu processo de edificação (1 Co. 14:4-5, 17-26) 1.4.3. Convite ao ouvinte a participar do ministério do Senhor (Mt 28:18-20) 1.5. Momento de Dedicação relacionada com a anterior. Resposta do homem ao comissionamento de Deus.

1.6. A Conclusão do Culto Desfecho final que deve deixar o ouvinte impregnado e impressionado com as realidades da vida espiritual, através de um apelo, de um hino, de uma oração, e depois disso, segue-se a benção e o amém.

2. PRINCÍPIOS REGULADORES 2.1. Participação da Igreja Prestado pela comunidade com a participação de cada indivíduo, através de cânticos, leituras bíblicas e orações. 2.2. Unidade Todas as partes devem ser coerentes com esse propósito. 2.3. Continuidade As partes do culto não são compartimentos estanques, há uma sequencia de experiências, com o objetivo: Glorificação do nome de Deus. 2.4. Variação Nos Judeus foi sempre invariável por conta das leis. Na Igreja Cristã em virtude da liberdade que a Graça nos outorga, onde a Palavra do Senhor é o clímax dessa liturgia, mas há: instrumentos, músicas, litanias, etc. 2.5. Alteração As partes do culto deve ser usadas de modo a permitir uma certa alternação no dialogo entre Deus e o homem. Deus fala, o homem responde, o homem fala, Deus responde.

3. O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO 3.1. Fundamentos Básicos Objetivo de Deus ao homem: Sede Santos, como eu, o Senhor vosso Deus, sou santo. 3.2. O Lugar do Culto: 3.2.1 O Tabernáculo (Ex.40) Levantado segundo a determinação do Senhor (Ex. 35:11-19),onde o Senhor aparecia em Glória (Ex. 40:34) 3.2.2 O Templo Ordenado por Deus (1 Cr. 14:4-12), construído por Salomão (1 Cr. 21:28-30 cf com 1 Cr. 22:1). Destruído pelos babilônios (2 Rs. 25:9,13-17). Reconstruído no tempo de Zorobabel (Ed. 6:3,12). Terceiro templo construído por Herdes em 67 a.c. Em seu lugar esta hojeedificada a célebre Mesquita de Omar. 3.3. As diversas Partes do Culto entre os Hebreus Já, com uma ordem litúrgica estabelecida pelo próprio Deus:

3.3.1 Chamamento O Povo era chamado a comparecer perante um Deus Santo; 3.3.2 Convite à Santificação Por meio de ofertas: queimadas (holocausto) demanjares (Lv. 1 e 2) depaz ou degraça pelos pecados (Lv. 3 e 4) pelas ofensas (Lv. 5:1-6;7) 3.3.3 Santificação e Consagração Povo convidado a tomar atitude de santificação e consagração através das santas convocações: sábado semanal pães asmos ou festa dos Tabernáculos Pentecostes comemoração do ano do Jubileu 3.3.4 Partes das Cerimônias Religiosas: Visão da Santidade de Deus Visão do Pecado do homem, necessidade do perdão Sentimento de gratidão diante de um Deus gracioso A visão da mensagem de Deus Dedicação ao Deus soberano

4. O CULTO NA IGREJA PRIMITIVA Houve a princípio uma transição: os discípulos se reuniam no templo ou nas sinagogas. Vieram as perseguições e eles procuravam as casas dos irmãos para fazer as suas reuniões (At. 2:46; 4:30; 20:20; 21:18; Rm. 16:3-5; 1 Co. 16:19; Cl. 4:15 e Fm. 2). Utilizavam os mesmos critérios de liturgia do A.T.: louvor a Deus, confissão de pecados, ação de graças, doutrinamento e consagração ao serviço de Deus (Colossenses 3:12-17)

5. A NATUREZA DO CULTO DE DEUS O culto é um diálogo no qual Deus fala e o homem responde. Podemos analisar a natureza do culto da seguinte maneira: 5.1. Adoração no qual nós reconhecemos sua soberania, santidade e onipresença especial, de acordo com o decálogo (Ex. 20:1-7) 5.2. Sacrifício desde o A.T. nos holocaustos (Lv. 1), segundo o Velho Concerto e renovado no N.T. (Rm. 12:1) 5.3. Ação de Graças fazia parte do culto diário, individual ou coletivo desde os tempos do A.T. e estava profundamente relacionado com o louvor a Deus ( Sl 30:12; 92:1; 147:7; At. 25:35; Rm 14: 6; Cl 4:2)

5.4. Consagração A dedicação ao serviço de Deus é uma exigência do próprio Deus e da nossa condição de servos. Arão e seus filhos foram consagrados ao Senhor (Ex. 29:9), o altar (Ex. 39:37) a casa do Senhor (1Rs. 8:63). Havia momentos em que Deus exigia a consagração do povo (Lv. 8:33; 11:14). Era também comum os votos de consagração de pessoas. No N.T. a igreja primitiva (apostólica) incluía a consagração no processo do culto. 5.5. Liturgia É um processo de comunicação com Deus, em Espírito e em verdade (João 4:24)

6. CONCLUSÃO O catecismo diz que o fim principal do homem é glorificar a Deus e fazer o que Ele manda. Este propósito constitui o seguinte do homem: 6.1. Louvar a Deus (Salmo 84:4) 6.2. Edificar a Igreja pelas Palavras e pela oração (Sl 84:1-12; 1 Co. 14:4-26) 6.3. Fazer discípulos por meio da proclamação da Palavra (Mateus 18:19-20) 6.4. Expressar a unidade do povo de Deus (Atos 2:13,14; 2:46) 6.5. Consciência da presença de Deus (Is. 6:1-5; 1 Cr. 29:10-20) 6.6. Consciência de seu estado (Is. 6:5; Sl 51; 32:1-5) 6.7. Consciência do perdão (Sl 103:1-14; 32:5; 138:1-3; Is. 6:6-7) 6.8. Diálogo do homem com Deus que responde (Is. 6:8-9; At. 4:31)