COMUNICADO OFICIAL N.º 109 DATA 09/10/2000 REGULAMENTO PARA INSCRIÇÕES E TRANSFERÊNCIAS DOS PRATICANTES AMADORES Para conhecimento dos Sócios Ordinários, Clubes e demais interessados, anexamos o Regulamento para Inscrições e Transferências dos Praticantes Amadores, aprovado na Sessão de 15.11.86, com a introdução das alterações aprovadas na Sessão de 16.09.2000, da Assembleia Geral Extraordinária de 26.08.2000. A DIRECÇÃO DA F.P.F.
REGULAMENTO PARA INSCRIÇÕES E TRANSFERÊNCIAS DOS PRATICANTES AMADORES CAPITULO I DA DEFINIÇÃO E MUDANÇA DE CLASSE ARTIGO 1º 1. São considerados amadores os praticantes de futebol que visando os objectivos de uma sã distracção e conservação da sua condição física, não recebam remuneração nem aufiram, directa ou indirectamente, proveito material pela sua actividade desportiva. 2. Sem prejuízo do que se encontra ou vier a ser estabelecido pela FIFA e pelo Estatuto Olímpico, não se consideram, para efeito do número anterior, remuneração ou proveito material, os prémios atribuídos aos vencedores de jogos ou competições, o equipamento fornecido aos praticantes pelos Organismos Desportivos, o pagamento de despesas de transportes, alimentação e alojamento, em caso de estágios ou deslocações, as indemnizações por remunerações perdidas, as subvenções para estudos ou preparação profissional em estabelecimento oficiais ou particulares e o pagamento de despesas de seguro contra acidentes emergentes das competições desportivas e treinos e o das viagens pelas mesmas determinadas; 3. O praticante amador deve encontrar-se em condições de comprovar que dispõe de meios materiais suficientes que lhe garantam uma independência material em relação à prática do futebol; 4. O praticante amador pode inscrever-se nesta classe em qualquer clube, independentemente da divisão a que este pertença, e pode actuar numa equipa simultaneamente com jogadores profissionais sem perder a qualidade de amador. ARTIGO 2º 1. O jogador profissional só pode passar à classe de amador após ter cumprido o contrato que tenha celebrado com um clube, salvo se, entretanto, o mesmo for rescindido nos termos regulamentares, nomeadamente o estipulado no número 104.03 de Regulamento de Provas Oficiais da F.P.F., 2. O jogador profissional que tenha passado a amador só poderá transferir-se para um clube estrangeiro depois de decorrida uma época após a sua mudança de classe, não contando para este efeito a época em que se verificou a mudança, salvo se a mesma se processar no início dessa época, antes do início de qualquer prova em que o jogador possa participar; 3. O jogador que tenha mudado da classe de profissional para amador, terá de permanecer pelo menos uma época como amador, não contando para este efeito a época em que se verifique a mudança, salvo se a mesma se processar no início da época e antes de qualquer prova em que o jogador participar. 1
CAPITULO II DAS INSCRIÇÕES E TRANSFERÊNCIAS ARTIGO 3º 1. O praticante amador só pode participar em competições oficiais ou particulares, em representação de um clube, desde que se encontre inscrito na Federação Portuguesa de Futebol, ou pela mesma seja autorizado; 2. Na inscrição deverá constar a identificação do jogador através dos elementos que lhe forem solicitados pela Federação Portuguesa de Futebol e a indicação do clube que representa sendo o licenciamento considerado na data da entrada de inscrição na respectiva Associação, tendo em atenção os prazos regulamentares; 3. A vinculação de um jogador amador a um clube caducará automaticamente no termo de cada época seguinte a 1 de Agosto do ano em que o mesmo completa 14 anos de idade ficando o mesmo sujeito às demais disposições previstas no presente regulamento, quando se transferir para outro clube; 4. A inscrição ou transferência de praticantes amadores menores carece de autorização de quem sobre os mesmos exerça o poder paternal. ARTIGO 4º 1. Em cada época um praticante apenas poderá inscrever-se na F.P.F. por um único clube, salvo o disposto nos seguintes: 2. Após a inscrição, mas antes de ser utilizado oficialmente no escalão etário respectivo, a mesma pode ser anulada por mutuo acordo entre o clube e o praticante, o qual poderá efectuar outra inscrição por clube diferente; 3. O jogador amador já depois de ter participado oficialmente em jogos e dentro da mesma época desportiva, pode representar outro clube, desde que o processo de transferência dê entrada nos serviços da Federação Portuguesa de Futebol até ao último dia do mês de Dezembro da mesma época desportiva e desde que exista acordo expressamente declarado do clube do qual se transfere o atleta; 4. Se depois de iniciadas as provas oficiais do respectivo escalão etário decorrerem quatro jornadas, ou, em alternativa um mês de calendário após a data da inscrição sem que seja dada ao praticante, por razões que não lhe possam ser imputadas, oportunidade de actuação em jogos ou treinos, a inscrição pode ser anulada sendo então permitida uma segunda inscrição nessa época por outro clube. Cabe ao clube o ónus da prova de que são imputáveis ao jogador as razões da sua não actuação, devendo para o efeito mostrar que convocou o jogador para jogos ou treinos através de carta registada com aviso de recepção e que o mesmo não correspondeu injustificadamente a essa convocação; 5. O jogador lesionado não fica dispensado de se apresentar nas instalações desportivas do clube, ou ser sujeito a confirmação por médico designado pelo clube; 6. Pode igualmente apresentar uma segunda inscrição, em qualquer momento, o jogador inscrito por um clube que antes do início das provas do escalão etário onde o jogador possa ser utilizado anuncie perante a FPF a sua intenção de não participar nas mesmas. 2
CAPITULO III DAS INDEMNIZAÇÕES FINANCEIRAS ARTIGO 5º 1. As inscrições com transferências realizadas por um praticante nas épocas seguintes a 1 de Agosto do ano em que o mesmo completa 14 anos de idade e desde que este mantenha a classe de amador, implicam o pagamento de uma indemnização financeira pelo clube para o qual se transfere ao clube pelo qual esteve anteriormente inscrito, segundo a tabela a publicar anualmente pela Federação Portuguesa de Futebol; 2. O jogador que na mesma época se transfira de um clube que dispute Campeonatos Distritais e outros, para outro clube do mesmo nível e que, por efeito de anulação de transferência ou transferências, venha a inscrever-se finalmente num clube que dispute Campeonatos Nacionais, de Seniores, este último pagará ao primeiro, a título de compensação, a taxa prevista, como se de uma transferência directa se tratasse; 3. As inscrições com transferência de praticantes com idade inferior a 14 anos em 1 de Agosto do ano em que completam essa idade, só podem efectuar-se mediante a autorização do clube pelo qual está vinculado, exceptuando-se o caso, devidamente comprovado, de o encarregado de educação mudar de residência para localidade que diste mais de 20 km da sua anterior residência, desde que a nova residência fique a maior distância da sede do clube a que está vinculado; 4. A indemnização prevista no número um não terá lugar quando o jogador tiver feito a sua primeira inscrição logo como amador sénior, desde que o jogador complete 22 anos em 1 de Agosto do ano em que se realiza a transferência, ou quando haja renuncia expressa e escrita à indemnização pelo clube que a mesma tenha direito. A renúncia terá que ser feita em papel timbrado do clube, assinada por 3 membros da direcção e autenticada com o carimbo ou selo branco do clube; 5. No caso de o jogador amador passar a profissional os clubes ficam sujeitos às regras estabelecidas na P.R.T., nomeadamente nos números 1 e 7 da respectiva base XV quanto ao pagamento de indemnizações; 6. Das indemnizações previstas nos números 1 e 7 da base XV da P.R.T., os clubes onde o jogador actuou pela primeira vez como amador em provas oficiais, terão direito a 60% ou 40%, se a permanência do jogador nesse clube foi respectivamente no mínimo de três ou dois anos, sendo a parte restante rateada por outros clubes, na proporção do tempo em que o jogador os tenha representado como amador; 7. Quando o praticante amador optar pela passagem a profissional num clube que já tenha pago a indemnização prevista no n.º 1 de presente artigo, será o valor dessa indemnização levado em conta na indemnização a calcular nos termos da Base XV da P.R.T.. ARTIGO 6º Não haverá dispensa das indemnizações referidas no artigo anterior quando o clube donde o jogador se transfere deixar de praticar a modalidade no escalão etário onde o jogador possa participar. No entanto, nesses casos o clube só terá direito a dois terços da percentagem de indemnização prevista no C.O n.º 1. 3
ARTIGO 7º As dúvidas e casos omissos serão resolvidos, pela Direcção da FPF, a titulo transitório até ulterior deliberação da Assembleia Geral. 4