SIMULAÇÃO DE FAIXA MOLHADA NA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO SUPERFICIAL USANDO HYDRUS 2D. S. L. A. Levien 1 ; L. E. V. de Arruda 1

Documentos relacionados
SIMULAÇÃO DE FORMAÇÃO DE FAIXA MOLHADA NA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO SUPERFICIAL EM SOLO FRANCO SÉRGIO LUIZ AGUILAR LEVIEN 1 1 RESUMO

ESTIMATIVA DE DIMENSÕES DE VOLUME DE SOLO MOLHADO NA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO SUPERFICIAL EM SOLO DE TEXTURA MÉDIA: CONDIÇÃO INICIAL DE SOLO SECO

DINÂMICA DE ÁGUA NO SOLO SOB IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO SUPERFICIAL EM SOLO ESTRATIFICADO

ESTIMATING OF WETTED SOIL VOLUME DIMENSIONS IN THE SURFACE DRIP IRRIGATION ON TEXTURED MEDIUM SOIL: DRY INITIAL SOIL CONDITION

RELAÇÃO ENTRE DIÂMETRO E PROFUNDIDADE DO BULBO MOLHADO NA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO SUPERFICIAL EM MELOEIRO

ESTIMATIVA DE LARGURA E PROFUNDIDADE DE BULBO MOLHADO EM SOLOS DE TEXTURA MÉDIA SOB IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO SUPERFICIAL

INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO SOBRE OS PARÂMETROS DOS MODELOS DE VAN GENUCHTEN E BROOCKS E COREY. Donizete dos Reis Pereira, Danilo Pereira Ribeiro

DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO NUMÉRICO PARA MODELAGEM DO BULBO MOLHADO EM IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO 1 RESUMO

UNIFORMIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA E EFICIENCIA DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO EM ÁREA CULTIVADA COM MELANCIA

SOFTWARE PARA SIMULAÇÃO DE FLUXO DE ÁGUA NO SOLO

VERIFICAÇÃO DE BULBO MOLHADO EM SOLO ARGILOSO PELO MÉTODO DA TRINCHEIRA EM IGUATU-CE

AVALIAÇÃO DO MODELO HYDRUS-2D NA DISTRIBUIÇÃO DO SOLUTO NO GOTEJAMENTO SUBSUPERFICIAL 1 RESUMO

AVALIAÇÃO DOS MODELOS MATEMÁTICOS PARA DIMENSIONAMENTO DO BULBO MOLHADO NA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO 1 RESUMO

Dimensões de bulbo molhado na irrigação por gotejamento superficial 1

DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA NO SOLO EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO, UTILIZANDO MODELOS NUMÉRICOS

Estimativa de dimensões de bulbo molhado em irrigação por gotejamento superficial aplicando modelo de superfície de resposta

PARÂMETROS DA EQUAÇÃO DE VAN GENUCHTEN NA ESTIMATIVA DA QUANTIDADE DE ÁGUA EM UM ARGISSOLO NO SEMIÁRIDO ALAGOANO

SUPERFICIAL DRIP IRRIGATION

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

Nota sobre o estágio (currículo 2009)

INFLUÊNCIA DA DECLIVIDADE NAS DIMENSÕES DO BULBO MOLHADO

Comparação de diferentes funções de pedotransferência para estimar as propriedades hidráulicas dos solos em Portugal

VIII. FÍSICA DO SOLO NOTA

CARACTERÍSTICAS E DIMENSÕES DO VOLUME DE UM SOLO MOLHADO SOB GOTEJAMENTO SUPERFICIAL E SUBSUPERFICIAL 1

INFLUÊNCIA DA VAZÃO DO GOTEJADOR E DA INCLINAÇÃO DO SOLO NA GEOMETRIA DO BULBO MOLHADO EM UM LATOSSOLO

EFICIÊNCIA E UNIFORMIDADE DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO NA CULTURA DO MILHO (Zea mays).

UNIFORMIDADE DEDISTRIBUIÇAO DO PERFIL DE APLICAÇÃO PARA MICROASPERSORES

DESENVOLVIMENTO DE UM ALGORITMO COMPUTACIONAL PARA DETERMINAÇÃO DO ESPAÇAMENTO ENTRE DRENOS SUBTERRÂNEOS PELO MÉTODO DE HOOGHOUT

Referências Bibliográficas

UM MODELO COMPUTACIONAL PARA SIMULAÇÃO DA PERCOLAÇÃO DO CHORUME EM UM ATERRO SANITÁRIO

Resolução numérica da equação de Richards aplicada à análise das variações do teor de umidade de solos saturados e não saturados

DETERMINAÇÃO DA POROSIDADE DRENÁVEL PELO MÉTODO DE TAYLOR E EQUAÇÃO EMPÍRICA DE VAN BEERS

CARGA HORÁRIA E REQUISITOS

5 Estimativa de Parâmetros e Análise Direta

AVALIAÇÃO DA DI ÂMICA DA ÁGUA A ZO A VADOSA EM SOLOS DE DIFERE TES USOS COM O MODELO HYDRUS-1D

Aplicação de modelos matemáticos na estimativa do volume de bulbo molhado por gotejamento superficial em diferentes tipos de solo

Trabalho executado com recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. (2)

WATER DISTRIBUTION UNIFORMITY AND NUTRIENTS AT DIFFERENT DEPTHS AND SOIL SURFACE WITH BANANA FERTIGATED

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

EXTRAÇÃO DE ÁGUA DO SOLO E POSICIONAMENTO DE SENSORES PARA MANEJO DA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO DE MAMOEIRO

DESENVOLVIMENTO DE UM ALGORITMO COMPUTACIONAL PARA DETERMINAÇÃO DO ESPAÇAMENTO ENTRE DRENOS SUBTERRÂNEOS PELO MÉTODO DE HOOGHOUT

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAO EM MANEJO DE SOLO E ÁGUA

ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO SOLO NO ESTADO DO CEARÁ RESUMO

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS DE SOLO E ESTIMATIVA DA QUANTIDADE DE ÁGUA NECESSÁRIA A IRRIGAÇÃO

UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO EM IRRIGAÇÃO POR MICROASPERSÃO NA CULTURA DO COCO DISTRIBUTION UNIFORMITY IN MICROSPRINKLER IRRIGATION CULTURE IN COCONUT

EXTRAÇÃO DE ÁGUA DO SOLO E POSICIONAMENTO DE SENSORES PARA MANEJO DA IRRIGAÇÃO POR MICROASPERSÃO DE MAMOEIRO

Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias Mestradoe Doutorado

AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA ZONA NÃO-SATURADA EM MODELOS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

UNIFORMITY OF WATER DISTRIBUTION AND SOIL MOISTURE IN AREA IRRIGATED BY DRIPPING

Modelagem computacional aplicada à dinâmica da água e solutos no solo

EFFICIENCY OF WATER APPLICATION IN A DRIP IRRIGATION SYSTEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS LUCAS MASSAYUKI SATO

AVALIAÇÃO DO MANEJO DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DA ATEMOIA (ANNONA SSP.) NO MUNICÍPIO DE IGUATU-CE

PRESSÕES DE SERVIÇOS E SEUS EFEITOS NO DESEMPENHO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO

ESTUDO COMPARATIVO DA AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO COM MEDIÇÃO DA VAZÃO DE 16 E 32 GOTEJADORES 1

ESTIMATIVA DA UNIFORMIDADE EM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO

PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA LINEAR NA DETERMINAÇÃO DA CARGA HIDRÁULICA SOB DIFERENTES UNIFORMIDADES DE EMISSÃO * F. F. N. MARCUSSI 1, J. C. C.

IRRIGAÇÃO POR GOTEJO EM MORANGO*

Capítulo 5 Validação Numérica. 5 Validação Numérica

Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias Mestrado e Doutorado

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

SIMULAÇÃO MATEMÁTICA DA PERDA DE CARGA EM CAMADAS POROSAS DE FILTROS DE AREIA

Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias Mestradoe Doutorado

ESTIMATIVA DE FLUXO DE DRENAGEM E ALTURA DE LENÇOL FREÁTICO EM SOLOS DE TEXTURAS DISTINTAS

UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA EM UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO

Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias Mestrado e Doutorado

MODELAGEM DA DINÂMICA DO POTÁSSIO NO SOLO SOB IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO: VALIDAÇÃO DO MODELO

Um Estudo Preliminar Sobre a Infiltrabilidade Vertical de Alguns Solos da Cidade de Salvador-BA

DESEMPENHO HIDRÁULICO DE ASPERSOR EM CINCO PRESSÕES DE OPERAÇÃO. M. A. L. dos Santos¹, N. S. Silva², C. A. Soares², S. Silva³

DESEMPENHO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA UTILIZANDO DIFERENTES COEFICIENTES DE UNIFORMIDADE

4.1. Validação da análise de fluxo e transporte de soluto no meio fraturado

AVALIAÇÃO DE MODELO NÃO LINEAR NA ESTIMAÇÃO DE POTASSIO NO EXTRATO DE SATURAÇÃO DO SOLO

Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias Mestradoe Doutorado

NOTA GEOMETRIA FRACTAL EM FÍSICA DO SOLO

DESEMPENHO HIDRÁULICO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR MICROASPERSÃO UTILIZANDO DOIS TIPOS DE EMISSORES ABSTRACT

ANÁLISE DA IRRIGAÇÃO LOCALIZADA EM ÁREAS CULTIVADAS NA REGIÃO SUL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DISTRIBUIÇÃO DE RAÍZES DE BANANEIRA PRATA ANÃ IRRIGADA POR MICROASPERSÃO EM CONDIÇÕES SEMI-ÁRIDAS

DINÂMICA DO BULBO MOHADO NO SOLO POR MEIO DA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO EM PERIMETROS IRRIGADOS DO SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO 1 RESUMO

Coeficientes de cultura e evapotranspiração da cultura do alho irrigado

Determinação da condutividade hidráulica do solo utilizando o problema inverso do software hydrus-1d 1

SIMULAÇÃO NUMÉRICA PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SISTEMA DE AERAÇÃO EM UM ARMAZÉM GRANELEIRO HORIZONTAL 1

4 Resultados e discussões

AVALIAÇÃO DE EMISSORES DE BAIXO CUSTO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA SUBMETIDOS À BAIXA PRESSÃO

DESEMPENHO HIDRÁULICO DE UM GOTEJADOR MODELO STREAMLINE EM RELAÇÃO À VAZÃO EM DIFERENTES ALTURAS

AVALIAÇÃO DE SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA SOB DIFERENTES VAZÕES E COMPRIMENTO DE MICROTUBOS

ESTIMATIVA DE POTASSIO NA SOLUÇÃO DO SOLO EM LISIMETRO DE DRENAGEM COM USO DA TDR

DESEMPENHO DE TRÊS KITS DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO GRAVITACIONAL INSTALADOS EM ÁREAS E CULTURAS DISTINTAS 1

ADAPTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO PARA DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO PARA FINS DE IRRIGAÇÃO DE HORTALIÇAS

APLICAÇÃO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA DE BAIXO CUSTO RECOMENDADOS A PEQUENOS AGRICULTORES DA REGIÃO SEMIÁRIDA

INFILTRÔMETRO DE CARGA CONSTANTE NA DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES HIDROLÓGICAS DO SOLO

Base de dados georreferenciada das propriedades do solo

Estimativa da umidade na capacidade de campo

AVALIAÇÃO DE EMISSORES DE BAIXO CUSTO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA SUBMETIDOS À BAIXA PRESSÃO 1 RESUMO

CAMPUS DE BOTUCATU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA PLANO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA

PALAVRAS - CHAVE: Irrigação, gotejamento, uniformidade de distribuição de água, tempo de uso, autocompensante, não autocompensante.

DESENVOLVIMENTO MATEMÁTICO DE UMA EQUAÇÃO PARA ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CAMPO 1

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA ÁGUA APLICADA POR EQUIPAMENTOS AUTOPROPELIDOS DE IRRIGAÇÃO - PARTE II: VALIDAÇÃO DO SIMULASOFT

DIMENSIONAMENTO DE LINHA LATERAL DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA UTILIZANDO FERRAMENTAS CAD

DESEMPENHO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO EM CANA-DE-AÇÚCAR

MODELOS DE CURVA DE RETENÇÃO DE ÁGUA NO SOLO

Transcrição:

SIMULAÇÃO DE FAIXA MOLHADA NA IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO SUPERFICIAL USANDO HYDRUS 2D S. L. A. Levien 1 ; L. E. V. de Arruda 1 RESUMO: O modelo Hydrus 2D é um conhecido pacote de softwares baseado no Windows que é usado para simular o movimento de água, calor e/ou soluto em meios porosos bidimensionais, variavelmente saturados. Objetivou-se com estre trabalho, utilizando-se o modelo Hydrus 2D, simular a formação de bulbos molhados sobrepostos e, por consequência, de uma faixa molhada ao longo da linha lateral, permitindo a determinação da forma e das dimensões da mesma. Foram utilizados dados de um solo de textura franca, com cinco vazões de emissor, quatro tempos de aplicação de água no solo, e quatro separações entre emissores, considerando-se o valor do teor de água inicial correspondendo ao potencial matricial na capacidade de campo. Com estes dados selecionados estimou-se os valores do padrão de molhamento, tanto para bulbo molhado isolado como na formação de faixa molhada, através de simulação usando o modelo Hydrus 2D. Os resultados obtidos pela simulação do solo franco com diferentes separações entre emissores mostram-se adequados à realidade e condizentes com a teoria, podendo ser aplicados no dimensionamento de instalações de irrigação por gotejamento superficial. PALAVRAS-CHAVE: Movimento de água no solo, volume de solo molhado, modelagem numérica. SIMULATION OF WETTED STRIP IN SURFACE DRIP IRRIGATION USING HYDRUS 2D ABSTRACT: The Hydrus 2D model is a well-known Windows-based software package that is used to simulate the movement of water, heat and/or solute in two-dimensional, variably saturated porous media. The objective of this paper, using the Hydrus 2D model, was to simulate the formation of wetted bulbs overlapped and, consequently, of a wetted strip along the lateral line, allowing the determination of the shape and dimensions of the same. We used data from a loam-textured soil, with five emitter flow rates, four soil water application times, 1 Centro de Engenharias, UFERSA, Mossoró-RN, e-mail: sergiolevien@ufersa.edu.br; luizengeaa@hotmail.com

S. L. A. Levien et al. and four emitters spacing, considering the initial water content value corresponding to the matric potential at the field capacity. With these selected data, the values of the soil wetting pattern were estimated for both isolated wetted bulb and wetted strip, through simulation using the Hydrus 2D model. The results obtained by the simulation of the loam soil with different emitters spacing are suited to the reality and in agreement with the theory, could be applied in the design of surface drip irrigation installations. KEYWORDS: Soil water movement, wetted soil volume, numerical modeling. INTRODUÇÃO O fluxo de água e sua distribuição dentro do solo através de irrigação por gotejamento são diferentes daqueles obtidos com outros métodos de irrigação. Na irrigação por gotejamento superficial os emissores são posicionados ao longo das linhas laterais do sistema de irrigação, garantindo, muitas vezes, a sobreposição dos volumes de solo molhado pelos gotejadores adjacentes, criando uma faixa molhada, que é a escolha preferida para a irrigação de culturas anuais densamente cultivadas (Rodrigo López et al, 1992; Pereira, 2004; Sne, 2005; Evans et al., 2007; Souza, 2009; Levien, 2014). As atuais práticas de projeto de irrigação por gotejamento tendem a enfatizar o desempenho hidráulico do sistema, enquanto as considerações agronômicas, como interações emissor-solo-planta, recebem menos atenção ou são tratadas de forma empírica. Essa disparidade pode ser atribuída, em grande parte, à complexidade dos processos agronômicos que normalmente não são passíveis de regras simples de design (Rodrigo López et al, 1992; Dasberg & Or, 1999). A variabilidade na água disponível à planta é determinada não apenas pela uniformidade da aplicação do emissor, mas também pelas considerações de variações disponíveis da água do solo devido a propriedades variáveis do solo e à interação entre a extensão da região da raiz da planta e o espaçamento entre emissores (Dasberg & Or, 1999). A simulação permite acompanhar a evolução da formação dos bulbos molhados, ao longo do tempo, mediante a fixação do espaçamento entre emissores e da vazão do gotejador, podendo-se ao final obter os resultados que melhor se adequem às características do solo (Lubana & Narda, 2001; Subbaiah, 2013). Na literatura há alguns modelos que descrevem a infiltração de uma fonte pontual que pode ser usada para projetar, instalar e gerenciar sistemas de irrigação por gotejamento, mas

IV INOVAGRI International Meeting, 2017 muito poucos que descrevem a formação de uma faixa molhada. Entre estes modelos que possibilitam simular a formação de uma faixa molhada podemos citar os modelos HYDRUS 2D/3D (Simunek et al., 1999; 2006; 2016a) e PSIGS (Souza, 2009). O modelo numérico Hydrus (Simunek et al., 1999; 2006; 2016a), um conhecido pacote de softwares que pode ser usado no ambiente Windows, é usado para simular o movimento de água, calor e/ou soluto em uma dimensão, ou duas e três dimensões em meios porosos variavelmente saturados. Poucos trabalhos que são apresentados na literatura realizaram estudos dos padrões de molhamento na formação de bulbos molhados isolados e/ou faixa molhada sob irrigação por gotejamento superficial. Podemos citar os trabalhos de Levien & Miranda (2006), Souza (2009) e Levien (2014), além do modelo empírico proposto por Dasberg & Or (1999) no qual os autores se basearam nos modelos de Schwartzman & Zur (1986) e Zur (1996). Objetivou-se com este trabalho realizar simulações numéricas, utilizando o modelo computacional Hydrus 2D, da dinâmica da água no solo na formação de bulbos molhados sobrepostos e, por consequência, de uma faixa molhada ao longo da linha lateral, permitindo a determinação da forma e das dimensões da mesma. MATERIAL E MÉTODOS Neste trabalho utilizou-se o modelo Hydrus 2D para simular a formação de bulbos molhados sobrepostos e, por consequência, de uma faixa molhada ao longo da linha lateral de um sistema de irrigação por gotejamento superficial, permitindo a determinação da forma e das dimensões da mesma. Para as simulações selecionou-se um solo de textura média, utilizando-se cinco vazões de emissores e quatro tempos de aplicação de água no solo; e, para testar a formação de faixa molhada, estipularam-se quatro diferentes separações entre emissores. A classe de solo selecionada foi solo franco (loam soil). Os valores médios das frações granulométricas e densidade do solo da classe foram obtidos utilizando o software SPAW (Saxton & Rawls, 2006), e são apresentados na Tabela 1. A infiltração de água, com consequente formação do volume de solo molhado (bulbo), e posterior formação de uma faixa molhada no solo foram simuladas usando o modelo Hydrus 2D (Simunek et al., 2016a). Assumindo que o solo é um meio poroso estável, homogêneo e isotrópico, a equação governante para o movimento da água é a equação bidimensional (2D) de Richards. O método de elementos finitos de Galerkin é usado pelo modelo Hydrus 2D para resolver a equação de Richards (Simunek et al., 2016b).

S. L. A. Levien et al. Os perfis simulados consistem em um ponto de emissão (emissor) colocado no canto superior esquerdo, como mostrado na Figura 1. A dimensão horizontal do domínio do fluxo foi considerada 0,50 m, para o caso de formação de bulbo isolado, ou a metade do valor da separação entre emissores, para o caso de formação de faixa molhada. A dimensão vertical foi igual a 0,50 m, a qual incluiu a profundidade do solo a ser estudada. Assumiu-se que o fluxo de água lateral ao longo dos limites era zero (condição de limite No Flux), no limite superior próximo da posição do emissor assumiu-se a condição de fluxo variável (Variable Flux 1), no restante do limite superior usou-se a condição de limite de fluxo zero, e no limite inferior definiu-se como condição de limite de drenagem livre (Free Drainage). O modelo Hydrus necessita dos parâmetros hidráulicos do solo, isto é, θs, θr, α, n e Ks, bem como o teor inicial de água do solo. Os valores dos parâmetros da equação de van Genuchten-Mualem (van Genuchten, 1980), foram obtidos utilizando o software Rosetta (Schaap et al., 2001) que está acoplado ao modelo Hydrus 2D, e estão apresentados na Tabela 2. As vazões de emissor selecionadas foram 0,70; 1,00; 1,60; 2,30 e 3,00 L h -1 ; os tempos de aplicação de água pelos emissores foram 1; 2; 3 e 4 h; com o valor do teor inicial de água do solo correspondente, para o solo selecionado, ao potencial matricial sob condição de solo úmido (-300 cm), ou seja, valor próximo da capacidade de campo do solo. Para testar a formação de faixa molhada estipularam-se quatro diferentes separações entre emissores, de 0,30 a 0,60 m, com intervalo de 0,10 m entre elas. Considerou-se que a frente de molhamento do bulbo era a isolinha de umidade igual a 0,200 cm 3 cm -3. Ao utilizar o modelo Hydrus 2D, o fluxo de água no solo foi tratado bidimensionalmente para a determinação do seu movimento na fase de infiltração e consequente formação dos volumes de solo molhado simulados. Através da consideração das condições de contorno adequadas, foi possível modelar a formação de bulbos molhados isolados e sobrepostos e, por consequência, de uma faixa molhada ao longo da linha lateral de um sistema de irrigação por gotejamento superficial, permitindo estimar os valores do padrão de molhamento no bulbo molhado isolado (largura e profundidade máximas) como da faixa molhada formada (profundidades no eixo do emissor e no eixo intermediário entre os emissores). A sobreposição longitudinal entre dois bulbos foi calculada por S = W Se (1)

IV INOVAGRI International Meeting, 2017 Sp = 2 S 100 (2) W Em que, S é a distância de sobreposição; W é a largura (diâmetro) do bulbo; Se é o espaçamento entre emissores, e Sp é a distância de sobreposição, em %. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na simulação, utilizando o modelo Hydrus 2D, avaliou-se a formação dos bulbos molhados na fase de infiltração, obtidos pelo modelo para cinco vazões de emissor e quatro intervalos de tempo, observando-se desde a formação do bulbo isolado até a sua sobreposição (S e Sp) com o bulbo vizinho, formando uma faixa molhada, a partir de diferentes valores de espaçamento entre os gotejadores (Se). Com a finalidade de ilustrar este trabalho, na Figura 2 é mostrado o resultado da simulação da formação de volume de solo molhado (bulbo molhado) e, consequentemente, de uma faixa molhada, utilizando o modelo Hydrus 2D, com aplicação de uma vazão de 2,30 L h - 1 ao final dos diferentes tempos de aplicação de água simulados. Os resultados obtidos através das simulações pelo modelo apresentam diferenças entre as vazões e tempos aplicados. Os valores simulados pelo modelo de diâmetro (W) e profundidade (Z) alcançados para os tempos de aplicação de água em bulbos isolados e posterior valores calculados de sobreposição em função dos espaçamentos entre emissores são mostrados na Tabela 3. Os valores simulados pelo modelo de profundidades alcançadas no eixo do emissor (Ze) e no eixo intermediário entre os emissores (Zi), para as vazões e os tempos de aplicação de água, na formação de uma faixa molhada, em função dos espaçamentos entre emissores são mostrados na Tabela 4. Analisando a Tabela 3, observa-se que, para os tempos e espaçamentos entre emissores utilizados na simulação de bulbos molhados isolados, a sobreposição entre os mesmos (Sp) alcançou valores variando de 0% a acima de 90%, com as diferentes vazões aplicadas. De acordo com Souza (2009) e Levien (2014), caso se deseje limitar o valor da sobreposição, podese alterar o espaçamento entre gotejadores ou modificar o tempo de aplicação de água, ou ainda, a vazão do gotejador. Os dados da Tabela 4 servem para melhor explicar os resultados obtidos na tabela anterior, haja vista que os mesmos simulam o encontro dos bulbos formados por dois emissores próximos, mostrando o comportamento da frente de molhamento na intersecção entre os dois, e a profundidade da frente de molhamento neste eixo.

S. L. A. Levien et al. Este trabalho serve para corroborar a afirmação de Levien (2014) de que o uso de modelos possibilita interpretar e visualizar (entender?) o comportamento da formação da faixa molhada em diferentes tempos para uma mesma vazão e uma mesma separação entre emissores. Baseado nesta análise pode-se questionar se uma sobreposição de 20% ou 30% é ideal ou, quem sabe, pode-se chegar à conclusão que, para um determinado solo, a sobreposição ideal seja maior (talvez 50%). Recomendar-se-ia a realização de mais estudos, inclusive em três dimensões para reforçar tal suposição. Na literatura são encontradas boas justificativas para o uso de modelos, tais como, segundo Lubana & Narda (2001), que o uso de modelos matemáticos tem várias vantagens sobre outras técnicas de estimativa, como a relativa facilidade de utilização; os modelos incorporam conceitos aceitos da física do solo, para simular a infiltração; os parâmetros de entrada requeridos podem ser obtidos a partir da literatura; não é necessário, para obter estimativas preliminares de fluxo de água, medições in situ; pode ser contabilizada a variabilidade espacial de parâmetros do solo; e, auxilia muito no projeto e na análise de experimentos de campo e na determinação de processos e propriedades mais importantes que afetam o desempenho de um sistema de irrigação por gotejamento. CONCLUSÃO Os resultados obtidos pela simulação de um solo com textura média (solo franco) com diferentes separações entre emissores mostram-se adequados à realidade e condizentes com a teoria, podendo ser aplicados no dimensionamento de instalações de irrigação por gotejamento superficial. REFERÊNCIAS DASBERG, S.; OR, D. Drip irrigation. Springer-Verlag, Heidelberg, Germany. (Applied Agriculture), 1999. 170p. EVANS, R.G.; WU, I.; SMAJSTRALA, A.G. Microirrigation systems. In: HOFFMAN, G.J.; EVANS, R.G.; JENSEN, M.E.; MARTIN, D.L.; ELLIOTT, R.L. Design and operation of farm irrigation systems. 2. ed. American Society of Agricultural and Biological Engineers, Chapter 17, p.632-683, 2007. LEVIEN, S.L.A. Simulação de formação de faixa molhada na irrigação por gotejamento superficial em solo franco. Irriga, Edição Especial 01, p.47-54, 2014.

IV INOVAGRI International Meeting, 2017 LEVIEN, S.L.A.; MIRANDA, N.O. Caracterização da dinâmica da água em solos irrigados por gotejamento na região de fruticultura irrigada no Agropolo Assu-Mossoró. 2006. Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró. Relatório Técnico, CNPq. 46p. LUBANA, P.P.S.; NARDA, N.K. Modeling soil water dynamics under trickle emitter: a review. Journal of Agricultural Engineering Research, v.78, n.3, p.217-232, 2001. PEREIRA, L.S. Necessidades de água e métodos de rega. Publicações Europa-América, Mem Martins, Portugal. 2004. 312 p. RODRIGO LÓPEZ, J.; HERNÁNDEZ ABREU, J.M.; PEREZ REGALADO, A.; GONZALEZ HERNANDEZ, J.F. Riego localizado. MAPA-YRIDA, Ediciones Mundi-Prensa, Madrid. 1992. 405p. SAXTON, K.E.; RAWLS, W.J. Soil water characteristic estimates by texture and organic matter for hydrologic solutions. Soil Science Society of American Journal, v.70, p.1569-1578, 2006. SCHAAP, M.G.; LEIJ, F.J.; van GENUCHTEN, M.T. ROSETTA: a computer program for estimating soil hydraulic parameters with hierarchical pedotransfer functions. Journal of Hydrology, v.251, p.163-176, 2001. SCHWARTZMAN, M.; ZUR, B. Emitter spacing and geometry of wetted soil volume. Journal of Irrigation and Drainage Engineering, v.112, n.3, p.242-253, 1986. SIMUNEK, J.; SEJNA, M.; van GENUCHTEN, M.T. The Hydrus-2D software package for simulating the two-dimensional movement of water, heat and multiple solutes in variablysaturated media. Version 2.0. USDA, ARS, USSL, Riverside, USA. 1999. 227p. SIMUNEK, J.; van GENUCHTEN, M.T.; SEJNA, M. The Hydrus software package for simulating the two- and three-dimensional movement of water, heat and multiple solutes in variably-saturated media. Technical Manual, version 1.0. PC Progress, Prague, Czech Republic. 2006. 213p. SIMUNEK, J.; van GENUCHTEN, M.T.; SEJNA, M. The Hydrus software package for simulating the two- and three-dimensional movement of water, heat and multiple solutes in variably-saturated media. Technical Manual, version 2.0. PC Progress, Prague, Czech Republic. 2016a. 258p. SIMUNEK, J.; van GENUCHTEN, M.T.; SEJNA, M. Recent developments and applications of the HYDRUS computer software packages. Vadose Zone Journal, v.15, n.7, p.1-25, 2016b.

S. L. A. Levien et al. SNE, M. Drip Irrigation. Centre for International Agricultural Development Cooperation (CINADCO), Ministry of Agriculture, Israel. 2005. 132p. SOUZA, L.A.A. Fluxo tridimensional de água no solo: aplicação de volumes finitos na simulação da irrigação por gotejamento superficial. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem), Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró. 128p, 2009. SUBBAIAH, R. A review of models for predicting soil water dynamics during trickle irrigation. Irrigation Science, v.31, n.3, p.225-258, 2013. Van GENUCHTEN, M.T. A closed-form equation for predicting the hydraulic conductivity of unsaturated soils. Soil Science Society of America Journal, v.44, n.5, p.892-898, 1980. ZUR, B. Wetted soil volume as a design objective in trickle irrigation. Irrigation Science, v.16, n.3, p.101-105, 1996. Tabela 1. Dados médios do solo franco (loam soil), usado no estudo de dinâmica de água no solo irrigado por gotejamento superficial Fração Granulométrica Classe textural do solo Argila Silte Areia ds g kg -1 g cm -3 franco (loam) 180 400 420 1,57 Figura 1. Esquema de condições iniciais e de limite usadas na simulação com o modelo Hydrus 2D

IV INOVAGRI International Meeting, 2017 Tabela 2. Parâmetros da equação de retenção de água no solo, usando o modelo de van Genuchten-Mualem, do estudo de dinâmica de água no solo irrigado por gotejamento superficial Parâmetros Classe textural do solo r s n Ks cm 3 cm -3 cm -1 - cm h -1 franco (loam) 0,0609 0,3991 0,0111 1,4737 0,5017 Figura 2. Exemplos de resultados obtidos na simulação com o modelo Hydrus 2D, com vazão de 2,30 L h -1, para a separação entre emissores (Se) de 30 e 50 cm, usando os tempos de aplicação de 1; 2; 3 e 4 h, respectivamente Tabela 3. Valores simulados de profundidade máxima (Z) e diâmetro máximo (W) na formação de bulbos molhados isolados, para vazões (q) de 0,70; 1,00; 1,60; 2,30 e 3,00 L h -1 e tempos de aplicação de água (t) de 60; 120; 180 e 240 min, e valores calculados de sobreposição entre bulbos molhados (S e Sp) em função de espaçamento entre emissores (Se) de 30, 40, 50 e 60 cm, em solo franco (loam soil) Se q t Z W cm 30 40 50 60 S Sp S Sp S Sp S Sp L h -1 min cm cm % cm % cm % cm % 0.70 60 13,6 35,7 5.7 31.93 - - - - - - 0.70 120 18,7 44,3 14.3 64.56 4.3 19.41 - - - - 0,70 180 22,4 51,1 21.1 82.58 11.1 43.44 1.1 4.31 - - 0,70 240 25,1 56,0 26.0 92.86 16.0 57.14 6.0 21.43 - -

S. L. A. Levien et al. 1,00 60 14,3 40,0 10.0 50.00 - - - - - - 1,00 120 19,5 48,2 18.2 75.52 8.2 34.02 - - - - 1,00 180 23,3 53,4 23.4 87.64 13.4 50.19 3.4 12.73 - - 1,00 240 26,1 58,42 28.4 97.30 18.4 63.06 8.4 28.83 - - 1,60 60 14,6 41,6 11.6 55.77 1.6 7.69 - - - - 1,60 120 20,0 48,9 18.9 77.30 8.9 36.40 - - - - 1,60 180 23,5 54,1 24.1 89.09 14.1 52.13 4.1 15.16 - - 1,60 240 26,4 59,2 29.2 98.65 19.2 64.86 9.2 31.08 - - 2,30 60 14,6 41,8 11.8 56.46 1.8 8.61 - - - - 2,30 120 20,0 49,5 19.5 78.79 9.5 38.38 - - - - 2,30 180 23,6 54,9 24.9 90.71 14.9 54.28 4.9 17.85 - - 2,30 240 26,4 59,3 29.3 98.82 19.3 65.09 9.3 31.37 - - 3,00 60 14,7 42,1 12.1 57.48 2.1 9.98 - - - - 3,00 120 19,9 49,5 19.5 78.79 9.5 38.38 - - - - 3,00 180 23,5 54,4 24.4 89.71 14.4 52.94 4.4 16.18 - - 3,00 240 26,3 59,0 29.0 98.31 19.0 64.41 9.0 30.51 - - Tabela 4. Valores simulados de profundidades no eixo do emissor (Ze) e no eixo intermediário entre os emissores (Zi) na formação de faixa molhada, para vazões (q) de 0,70; 1,00; 1,60; 2,30 e 3,00 L h -1, tempos de aplicação de água (t) de 60; 120; 180 e 240 min, e espaçamento entre emissores (Se) de 30, 40, 50 e 60 cm, em solo franco (loam soil) Se q t cm 30 40 50 60 Ze Zi Ze Zi Ze Zi Ze Zi L h -1 min cm 0.70 60 13,7 9,1 13,5-13,6-13,6-0.70 120 18,9 16,9 18,6 10,4 18,5-18,4-0,70 180 23,3 22,6 22,3 16,1 22,4 8,6 22,3-0,70 240 27,3 27,3 25,3 20,8 25,3 14,9 25,3-1,00 60 14,3 11,7 14,4 3,3 14,1-14,2-1,00 120 19,7 18,8 19,4 13,1 19,5-19,5-1,00 180 24,4 24,1 23,2 17,9 23,0 12,0 23,3-1,00 240 28,4 28,7 26,4 22,6 26,2 16,5 26,4 6,0 1,60 60 14,9 13,2 14,9 6,1 14,5-14,8-1,60 120 20,3 19,4 19,6 13,7 19,6 4,2 19,8-1,60 180 24,8 24,8 23,5 19,0 23,5 12,5 23,5-1,60 240 29,2 29,2 26,6 23,0 26,4 17,2 26,4 7,6 2,30 60 14,9 13,2 14,8 6,4 14,6-14,9-2,30 120 20,4 19,8 19,9 13,8 19,7 4,7 19,8-2,30 180 25,1 25,0 23,5 19,1 23,6 12,7 25,5-2,30 240 29,3 29,3 26,7 23,1 26,5 17,2 26,6 7,8 3,00 60 14,9 13,5 14,9 6,8 14,8-14,8-3,00 120 20,3 19,6 19,8 13,9 19,7 5,1 19,7-3,00 180 25,1 25,1 23,6 19,1 23,5 13,0 23,6-3,00 240 29,3 29,3 26,6 23,3 26,5 17,3 26,6 7,8