Setor Elétrico e a Indústria Eólica no Brasil

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Transcrição:

Setor Elétrico e a Indústria Eólica no Brasil Novembro de 2017

Quem somos Fundada em 2002, a ABEEólica é uma instituição sem fins lucrativos que congrega e representa o setor de energia eólica no País. A ABEEólica contribui, desde a sua fundação, de forma efetiva, para o desenvolvimento e o reconhecimento da energia eólica como uma fonte limpa, renovável, de baixo impacto ambiental, competitiva e estratégica para a composição da matriz energética nacional. Missão: Inserir e sustentar a produção de energia eólica como fonte da matriz energética nacional, promovendo a competitividade, consolidação e sustentabilidade da indústria de energia eólica. Visão: Ser reconhecida como a associação que representa de forma legítima, ética e transparente a cadeia produtiva da indústria. Valores: Qualidade, ética e respeito à legislação Responsabilidade socioambiental Sustentabilidade Transparência Cooperação com todos os integrantes da cadeia produtiva 2

Associados 3

Sistema Elétrico 4

Histórico do Setor Elétrico - Brasileiro 1995 1996/1997 1998/2000 2001 2002 2003 2004/2005 Implantação do Modelo Crise de abastecimento (racionamento de energia) Câmara de Gestão da Crise (Comitê de revitalização do Setor Elétrico) Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro - RE-SEB A eficiência no setor elétrico será assegurada através da competição, onde possível, e da regulamentação, onde necessária Lei nº 9.074 - Estabelece normas para a outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos, criando a figura do PIE 5

Histórico do Setor Elétrico - Brasileiro 1995 1996/1997 1998/2000 2001 2002 2003 2004/2005 Câmara de Gestão do Setor Energético (Comitê de revitalização do Setor Elétrico) (Relatórios de Revitalização) Institui a Convenção do MAE Resolução ANEEL nº 102/02 Base Conceitual do Novo Modelo - MPs 144 e 145 Regulamentação do Novo Modelo Lei nº 10.848 - Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica Lei nº 10.847 - EPE Decreto 5.081 - ONS Decreto 5.163 Regulamenta a comercialização de energia elétrica Decreto 5175 - CMSE Decreto 5177 - CCEE Resolução Normativa nº 109 - Convenção de Comercialização de Energia Elétrica Resoluções da ANEEL Regras de Comercialização Procedimentos de Comercialização 2017: Discussões um novo marco do Setor Elétrico Brasileiro 6

Segmentos do setor x Responsabilidade GERAÇÃO Responsável pela produção de Energia Elétrica no país. TRANSMISSÃO Responsável pelo transporte da energia do ponto de geração até o ponto de distribuição ou consumo. DISTRIBUIÇÃO Responsável pela conversão da energia à uma tensão menor e pelo transporte até o consumidor final. COMERCIALIZAÇÃO Responsável pela compra e venda de energia elétrica. Há ainda os consumidores, que são a ponta final dessa cadeia com a utilização da energia gerada. 7

Sistema Interligado Nacional (SIN) O que é: O SIN é composto por instalações de geração e transmissão responsáveis pelo suprimento de energia à todas as regiões interligadas do país. Sistema Isolado (1% da carga total do país) Predominância: Termelétricas a óleo diesel Sistema Interligado Sistema hidro-eólico-termo REDE BÁSICA instalações de transmissão com tensão 230 kv 8

Tipos de Ambientes de Contratação A comercialização de energia ocorre conforme os parâmetros estabelecidos pela Lei Nº 10.848/2004, pelos Decretos Nº 5.163/2004 e Nº 5.177/2004 e pela Resolução Normativa ANEEL Nº109/2004. Vendedor: Geradores de Serviço Público, Produtores Independentes, Comercializadores e Autoprodutores Ambiente de Contratação Regulada (ACR) operações de compra e venda de energia elétrica entre agentes vendedores e agentes de distribuição (Consumidores Cativos) Ambiente de Contratação Livre (ACL) operações de compra e venda de energia elétrica entre agentes vendedores e agentes compradores (Consumidores Livres, Especiais e Vendedores) Contratos resultante de leilões: Longo Prazo Contratos livremente negociados (bilaterais): Curto e Médio Prazo 9

Funcionamento do Mercado - Contábil VENDA COMPRA Comercializadores Consumidores livres e especiais Geradores Públicos Produtores Independentes Autoprodutores Distribuidoras Consumidores Cativos Viabiliza a comercialização de energia e apoia a evolução do mercado sob os pilares de isonomia, segurança e inovação. Responsável pela: Administração do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e do Ambiente de Contratação Livre (ACL) Apuração do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) Contabilização e liquidação das transações realizadas no mercado de curto prazo 10

Tipos de Leilões de Energia Energia Nova: para energia proveniente de novo empreendimento de geração Realização nos anos A-3, A-4, A-5 e A-6 Contratos de 15 a 30 anos Energia Existente: para energia proveniente de empreendimento de geração existente Realização nos anos A, A-1, A-2, A-3, A-4 e A-5 Contratos de 5 a 15 anos (Reposição de Contratos e Recuperação de Mercado) Fontes Alternativas: para energia proveniente exclusiva de fontes alternativas Realização nos anos A-1, A-2, A-3, A-4 e A-5 e A-6 Contratos de 15 a 30 anos Estruturantes: para energia proveniente de projetos de geração indicados por Resolução do CNPE e aprovada pelo Presidente da República, conforme inciso VI do art. 2º da Lei nº 9.478/1997; Realização nos anos A-5, A-6 ou A-7 Contratos de 30 anos (Grandes UHEs) G + T: para energia proveniente de novo empreendimento de geração com licitação conjunta dos ativos de transmissão necessários para seu escoamento. nos anos A-5, A-6 ou A-7 Desde que haja demanda declarada deverão ser realizados, no mínimo: um A-1 de energia existente; dois de energia nova, sendo um A-3 ou A-4 e um A-5 e A-6. A-7 A-6 A-5 A-4 A-3 A-2 A-1 A ANO DE INÍCIO DO SUPRIMENTO 11

Histórico dos Leilões de Energia por Leilão Desde 2004, o Brasil já realizou mais de 60 leilões. Destaca-se que o montante financeiro transacionado passa de R$ 1,6 trilhão. Tipo de Leilão Quantidade de Leilões Realizados A experiência com os leilões possui aspectos interessantes: Diversidade de tipos de leilões realizados; Oferta de produtos com características diferenciadas; Quantidade Negociada (MW médio) Montante Financeiro atualizado (R$ Bi) Energia Nova 21 25.014 978,72 Reserva 9 4.271 157,59 Fonte Alternativas 3 997 39,07 Energia Existente 13 27.375 240,47 Ajuste 13 5.077 7,16 Estruturantes 3 6.135 194,34 Total 62 68.870 1.617,36 Viabilização da contratação de fontes até então pouco competitivas e que passaram a dominar a venda de energia, como é o caso das usinas eólicas; e Atração de investidores locais e estrangeiros que buscam aperfeiçoamentos em seus marcos regulatórios. Fonte: CCEE 12

Histórico dos Leilões de Energia por Fonte Fonte: CCEE 13

Energia Eólica Data: junho/2016 14

Histórico Eólico A energia eólica é proveniente do vento, que é o ar em movimento: Deslocamento do ar de regiões de alta pressão para baixa pressão atmosférica; Influenciado pela altura e temperatura. Os primeiros a utilizar energia eólica foram os Moinhos de Vento: Utilizados para bombear água; Declinaram junto com a Revolução Industrial e eletrificação rural. Fonte: CRESESB Dutra 2001 15

Histórico do Aerogerador Cronologia: Crise do Petróleo Retomada dos investimentos em energia eólica Fonte: CRESESB Dutra 2001 16

Aerogerador Composição Gerando Energia Fonte: WOBBEN 17

Evolução Tecnológica Fonte: O Estado de SP 18

Definições Potência Elétrica: Capacidade do Gerador dada em Watt (W) - (kw, MW, GW...). Ex: 2MW, 30MW Energia Elétrica: Realização do trabalho elétrico em função das horas dada em Wh. (kwh, MWh, GWh...) Garantia Física: é definida pelo MME e corresponde às quantidades máximas de energia e potência de um empreendimento que poderão ser utilizadas para comprovação de atendimento de carga ou comercialização por meio de contratos. Dada em MWmédio P50: Probabilidade de 50% de geração acima da Garantia Física P90: Probabilidade de 90% de geração acima da Garantia Física Exemplo para Parque Eólico: Capacidade Instalada Garantia Física P50 Garantia Física P90 30 MW 16 MWmédios 14,5 MWmédios Nº de aerogeradores 15 (2 MW cada) Se o Parque Eólico gerar por 3 horas a sua capacidade máxima, ele terá gerado 90 MWh Se em 10 horas ele gerou 210 MWh, significa que ele gerou 21 MWmédios (200 MWh /10h) e teve um F.C. de 70% (21/30)

Contexto Mundial Data: junho/2016 20

Trajetória Mundial (Capacidade Instalada Acumulada) 2012 15º Colocado 2,5 GW 2013 13º Colocado 3,4 GW 2014 10º Colocado 5,9 GW 2015 10º Colocado 8,7 GW 2016 9º Colocado 10,7 GW Fonte: GWEC ABEEólica 21

Trajetória Mundial (Capacidade Instalada Nova) 23,33 8,20 5,44 3,61 6,73 2,01 1,56 1,39 0,89 0,74 0,70 China EUA Alemanha India Brasil França Turquia Holanda Reino Unido Canadá Resto do Mundo -------------------- Colocações do Brasil -------------------- 2012 8º Colocado 1,08 GW 2013 7º Colocado 0,95 GW 2014 4º Colocado 2,50 GW 2015 4º Colocado 2,75 GW 2016 5º Colocado 2,01 GW Fonte: GWEC ABEEólica 22

Trajetória Mundial (Fator de Capacidade 2016) Brasil tem o maior Fator de Capacidade do mundo: 54% maior que a média mundial. 42% 33% 20% 19% 19% 24% 29% 21% 27% Média Mundial 27,3% 22% China EUA Alemanha Índia Espanha Reino Unido França Canadá Brasil Itália Fonte: MME ABEEólica 23

Atratividade Mundial Apesar de manter uma ótima classificação e ter elevado seu índice, o Brasil pela primeira vez saiu da liderança da América Latina. Isso porque o Chile teve um crescimento muito expressivo em pouco tempo, já que está no inicio de sua jornada renovável. Fonte: BNEF 24

Contexto brasileiro Data: junho/2016 25

Linha do tempo da eólica no Brasil Fonte: ABEEólica 26

Potencial Eólico 50 metros Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro 2001 27

Potencial Eólico 200 metros Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro 2013 28

Capacidade Eólica Instalada 10,35 GW Maranhão 8 (220,8 MW) Piauí 52 (1.443,1 MW) 5 Ceará 70 (1.837,1 MW) Sergipe Paraíba 15 (157,2 MW) Pernambuco 34 (781,9 MW) 1 (34,5 MW) 3 Rio Grande do Norte 131 (3.585,6 MW) 1 5,0 3,2% 12,5 8,0% 13,0 8,4% 10,0 6,4% Matriz Elétrica (GW) 3,7 2,4% 2,0 1,3% Rio de Janeiro 1 (28,1 MW) Bahia 88 (2.291,8 MW) 2 14,5 9,3% 95,1 61,1% 2,1 GW Paraná 1 (2,5 MW) Santa Catarina 14 (238,5 MW) Hidrelétrica Biomassa Eólica PCH Gás natural Petróleo Carvão mineral Nuclear Data: junho/2016 Rio Grande do Sul 80 (1.831,9 MW) 4 Fonte: ABEEólica ANEEL 81% Renovável 19% Não Renovável Total instalado: 12,45 GW 495 parques eólicos Aptos: 98,7 MW 5 parques eólicos 29

Investimentos - Representatividade da eólica (US$ bi) 68,7% 71,1% 73,8% 78,0% 49,2% 5,1 46,0% 5,9 5,3 5,4 21,4% 25,3% 3,8 3,1 1,7 1,9 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Eólica Representatividade Fonte: ABEEólica BNEF 30

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020* Evolução da Capacidade Instalada (MW) 20.000 Capacidade Atual 18.000 17.339,4 15.758,6 16.000 14.830,3 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 Capacidade Instalada Atual: 12,45 GW 10.741,0 8.727,1 5.973,3 13.086,4 4.000 2.522,7 3.477,8 2.000 0 27,1 235,4 245,6 341,4 600,8 932,4 1.528,8 Nova (MW) Acumulada (MW) Há uma parcela de parques sem previsão que consta no gráfico incorporadas em 2020. Trata-se de empreendimentos (1182 MW) com obras paralisada e, portanto, sem previsão de inicio de operação devido aos entraves com contrato de fornecimento de equipamentos, vide ANEEL. Fonte: ABEEólica ANEEL 31

Contratações nos Leilões a partir de 2009 18 de dezembro 20 de dezembro Eólica representou 44% do total contratado nos leilões Retomada da agenda de leilões Fonte: ABEEólica ANEEL 32

Cadastramento nos Leilões 2017 A eólica foi a fonte mais cadastrada, tanto em número de projetos como em potência total. Fonte: EPE 33

Expectativa de expansão PDE 2026 Nova Expansão Indicativa Capacidade instalada acumulada considerando a expansão indicativa 2017-2026 Fonte: ABEEólica MME EPE 34

Indústria Eólica Brasileira Capacidade Produtiva: 4 GW/ano (80% nacionalizada) Torres: Acciona; Alphatec; Alstom; Bramatel; Brasilsat; Cassol; CTZ Eolic Tower; Dois A Engenharia; Engebasa; Eólicabrás; Ernesto Woebcke; Gestamp; ICEC; Inneo; Intecnial; Maq. Piratininga; NTB; TEM; Torrebrás; Wobben Windpower Pás: Aeris Energy; LM; Tecsis; Wobben Windpower Mais de 1.000 fornecedores de peças e componentes Fonte: ABEEólica 35

Desempenho Operacional 36

Medição Setembro 2017 Fonte: CCEE (Infomercado) 37

Geração por Fonte (MWméd) 60.562 61.197 61.807 62.006 64.793 66.233 65.348 61.100 60.544 59.891 58.290 60.472 62.351 49.335 51.901 49.606 39.635 40.096 41.188 45.394 42.563 41.038 40.786 36.175 34.981 36.306 17.836 17.724 14.224 14.179 14.826 13.530 12.475 13.248 11.963 9.653 10.216 8.703 8.211 4.845 4.862 4.580 4.026 3.800 3.183 2.699 3.497 3.623 4.549 5.383 5.825 7.022 1.858 2.060 2.509 2.933 2.955 2.938 2.827 2.565 2.635 2.593 1.906 1.830 1.299 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 Eólica PCH Térmica Hidráulica (> 30MW) Total Fonte: ABEEólica CCEE 38

Características Gerais Um dos melhores ventos do mundo está no Brasil Vento constante (sem grandes rajadas) Volatilidade de apenas 5% (boa previsibilidade) Vento forte Vento previsível (Modelo de Previsão de Geração Eólica) Complementariedade Hidrelétricas (Sazonalidade Inversa) Solar Fotovoltaica Biomassa Eólica (agregação diminui variabilidade) Fonte: ABEEólica ONS 39

Característica dos Ventos Nordeste RN Sul RS Fonte: AMA EPE (Dados 2015) 40

Geração (MWmed) 6.844 5.762 5.417 4.923 4.642 4.044 3.868 3.252 3.577 3.675 4.582 3.691 4.433 4.531 4.911 3.264 2.759 3.184 3.171 2.687 2.843 2.654 2.730 1.790 out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set 2015/2016 2016/2017 Fonte: ABEEólica CCEE 41

Fator de Capacidade 61% 51% 50% 47% 41% 40% 40% 38% 32% 35% 37% 35% 36% 43% 41% 50% 52% 48% 48% 52% 32% 32% 27% 23% out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set 2015/2016 2016/2017 Média 39,9% Média 42,7% Fonte: ABEEólica CCEE 42

Recordes de geração eólica No dia 21/10/2017 62,7% da energia consumida veio de eólicas. Neste dia, a geração foi de 6.274,4 MW médios e 69% de fator de capacidade. No dia 10/09/2017 14,4% da energia consumida veio de eólicas. Neste dia, a geração foi de 7.574,7 MW médios e 70% de fator de capacidade. No dia 01/09/2017 13,7% da energia consumida veio de eólicas. Neste dia, a geração foi de 1.541,5 MW médios e 77% de fator de capacidade. As usinas localizadas no Maranhão são contabilizadas no subsistema Norte O recorde para essa região ocorreu no dia 01/10/2017 quando 4,2% da energia consumida veio de eólicas e a geração foi de 213,5 MW médios e 96,7% de fator de capacidade. Fonte: ABEEólica ONS 43

Aspectos Socioeconômicos e Socioambientais Data: junho/2016 44

Externalidades Positivas 45

Benefícios e Índices da Eólica 2016 17 milhões de Casas Abastecidas Mensalmente, em média Ganhos sistêmicos: atendimento do Nordeste 33 TWh de energia gerados US$ 5,4 bilhões foram investidos no setor eólico 16 milhões de toneladas de CO 2 evitadas Data: junho/2016 Fonte: ABEEólica CCEE BNEF 46

Geração de Empregos Fabricação de aerogeradores, pás e torres; Desenvolvimento de projetos; Construção dos parques eólicos; e Operação e Manutenção. 47

Geração de Empregos No período todo serão 280.179 empregos diretos e indiretos acumulados; A maior parte na fase de construção de parques eólicos; No período serão criados 6.230 novos postos de trabalho permanente em O&M. Fabricação Torre de Torre de Transporte Construção Operação Total Nacele Pá aço concreto 0,91 0,81 0,79 1,75 0,19 7,51 0,57 11.74 / 11.72 Fonte: Tese de Mestrado Moana Simas Como não é possível contratar a fração de uma pessoa, estimase 15 postos de trabalho por MW instalado. 48

Data: junho/2016 Geração Distribuída

Resolução Nº 482/2012 Acesso aos microgeradores e minigeradores aos sistemas de distribuição de energia elétrica; Uso de qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada Microgeração: até 75 KW e Minigeração: acima de 75 kw e menor ou igual a 5 MW Permite que consumidores instalem pequenos geradores em sua unidade consumidora e injetem energia na rede em troca de créditos (sistema Net Metering); O prazo de validade dos créditos é 60 meses e podem também ser usados para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular situadas em outro local, desde que na área de atendimento de uma mesma distribuidora. Fatura do consumidor - valor cobrado será a diferença entre a energia consumida e a energia injetada Possibilidade de instalação de geração distribuída em condomínios; Possibilidade de Geração Compartilhada em que diversos interessados se unem em consórcio ou em cooperativa e promovam a micro ou minigeração, a utilizando para redução das faturas. Há convênios ICMS com isenções incentivando a produção dessa energia, principalmente o Convênio 16/2015, que precisa ser atualizado considerando os novos limites da minigeração. 50

Panorama da GD pela REN 482/2012 Potência (kw) MICROAEROGERADORES ventos a 7m/s e 15m de altura Energia Mensal (kwh) Abastecimento Média Mensal Brasileira 160 kwh Eixo Empresa Nº de Residências Aerogerador Custos Estimados Conjunto completo (cabos e acessórios) + instalação 1,0 152 Horizontal ENERSUD 1 R$ 8.500,00 R$ 10.600,00 à R$ 17.000,00 1,5 188 Vertical ENERSUD 1 R$ 14.000,00 R$ 17.500,00 à R$ 28.000,00 51

Desafios Data: junho/2016 52

Aprimoramento do Setor Elétrico Princípios: Respeito aos direitos e aos contratos Economicidade, eficiência e transparência Isonomia e coerência Previsibilidade e conformidade dos atos praticados Garantia de segurança do suprimento Preocupações: Impactos regulatórios Modelos de transição Expansão Bancabilidade Visão do empreendedor: Sinal de investimento de longo prazo Sinal de preço adequado Confiança Desjudicialização Lastro e energia 53

Desafios e perspectivas Modelo proposto Meio ambiente Logística Capacitação Mercado Livre P&D Tributação O&M 54

Selo e Certificado de Energia Renovável 55

Certificação de Energia Renovável no Brasil Objetivo: fomentar o mercado de energia de fontes renováveis com alto desempenho em sustentabilidade através do reconhecimento de atributos ambientais, promovendo aos usuários de eletricidade fazer uma escolha consciente e baseada em evidências para a energia renovável. Plataforma: O Programa de Certificação utiliza uma plataforma de registro e emissão de RECs internacional, conhecida como I-REC. O que garante que os RECs emitidos no Brasil tenham os mesmos padrões daqueles emitidos em outras regiões do mundo. 56

REC Brazil Objetivo: fomentar o mercado brasileiro de energia gerada a partir de fontes renováveis incentivadas e com alto desempenho em termos de sustentabilidade. Tipos de certificação: Certificação de empreendimentos de geração de energia renovável elegíveis; Concessão de Selo voltado para consumidores da energia certificada 57

Caso de Sucesso Honda Energy A Honda Energy certificou o primeiro parque eólico no Brasil, o qual irá gerar energia elétrica para a fábrica de carros localizada em Sumaré. Os carros produzidos nesta fábrica serão comercializados com o Selo do Programa de Certificação em Energia Renovável. Fonte: Relatório de Sustentabilidade Honda 58

Transações de Certificados no Brasil Data: junho/2016 59

Ziit O que é? O aplicativo Ziit possibilita o carregamento de seu celular com Energia Renovável. O carregamento é feito a partir do uso dos RECs disponibilizados pelo Instituto Totum. 60

Acompanhe a ABEEólica Data: junho/2016 61

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Elbia Gannoum Presidente Executiva facebook.com/abeeolica Data: junho/2016 youtube.com/abeeolica abeeolica ABEEólica @abeeolicaeolica abeeolica.org.br ABEEólica - Associação Brasileira de Energia Eólica Av. Paulista, 1337 5º andar Cj. 51 - São Paulo, SP Tel: +55 (11) 3674-1100 www.abeeolica.org.br