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Transcrição:

Instituto Português da ualidade

PROCEDIMENTOS QUE SALVAM VIDAS! Brincar e nadasr em segurança é uma brochura desenvolvida pela Direção- Geral do Consumidor, com o apoio do Instituto Português da Qualidade e da Associação para a Promoção da Segurança Infantil. Aos pais, educadores e operadores económicos recomenda-se a leitura e a partilha desta informação. A chegada do verão e das temperaturas altas convidam à brincadeira na água. Esta atividade para além de proporcionar momentos de convívio e descontração ajuda à promoção da atividade física, fator relevante na saúde e bem-estar. Para que as crianças brinquem em segurança, a Direção-Geral do Consumidor (DGC), enquanto entidade pública que tem por missão a defesa dos direitos dos consumidores, alerta PAIS e EDUCADORES para a necessidade de adoção de procedimentos e comportamentos que ajudam a previnir os riscos de acidente.

PISCINAS INSUFLÁVEIS MESMO COM POUCA ÁGUA PODEM CONSTITUIR UM PERIGO PARA AS CRIANÇAS! Para uma segurança eficaz, as piscinas devem ter uma barreira física de acordo com as normas em vigor, que separe a piscina da casa e/ou do jardim, como por exemplo uma vedação. A vedação deve: ser robusta e estável e não possuir elementos que permitam o apoio de pés ou de mãos de forma a impedir a passagem de crianças por baixo, por cima ou através dela; possuir cancela com abertura para o exterior e fecho que tranque automaticamente sempre que alguém a utilize. O fecho deve estar colocado fora do alcance das crianças; permitir que se veja a piscina do exterior. Sabia que existe uma NORMA PORTUGUESA que estabelece os requisitos de segurança de vedações e acessos? (consulte pag 7) PEQUENAS DIMENSÕES (PORTÁTEIS) Depois de cada utilização devem ser esvaziadas e guardadas viradas para baixo e em locais onde não possam acumular àgua. GRANDES DIMENSÕES Se não tiverem vedação a toda a volta, devem ser tapadas com cobertura rigída. Os acessos - como escadas ou rampas - devem estar protegidas com uma vedação ou cancela ou serem recolhidos; Sabia que a NORMA PORTUGUESA que estabelece os requisitos de segurança de vedações e acessos também se aplica aos insufláveis? No espaço das piscinas deve existir equipamento de salvamento (bóia ou vara) e um telefone acessível. Os produtos de tratamento da água devem estar armazenados em local próprio para o efeito, fechado e fora do alcance das crianças. A DGC avisa: Nenhum equipamento de segurança substitui a vigilância

AUXILIARES DE FLUTUAÇÃO Os auxiliares de flutuação, como por exemplo, braçadeiras e coletes salva-vidas não substituem a vigilância permanente mas podem, se adequados e bem colocados, salvar vidas! Existindo no mercado uma grande variedade de auxiliares é essencial conhecer as suas características para uma boa escolha e utilização correta. Prefira braçadeiras que: Sejam adequadas ao peso da criança e cumpram as exigências de segurança (homologadas de acordo com as normas europeias); Tenham pipos com saída de ar controlada; Tenham duas câmaras de ar independentes. Para correta aplicação, não se esqueça de ajustar bem as braçadeiras de modo a impedir que se soltem. Certifique-se de que as crianças mantêm sempre as braçadeiras devidamente colocadas quando estejam perto ou dentro de água! Os coletes salva-vidas são auxiliares de flutuação que devem ser utilizados em especial em águas profundas, agitadas ou turvas. Os coletes salva-vidas não podem ser insufláveis. Devem ser adequados ao tamanho e peso da criança, cumprir os requisitos de segurança e serem colocados e retirados apenas em terra. A DGC alerta: A utilização de boias, colchões e outros produtos insufláveis pode ser muito perigosa porque são suscetíveis de se virar ou ser arrastados facilmente com consequências graves ou mesmo fatais. Se optar pela sua utilização, mantenha a criança sob vigilância atenta e permanente de um adulto. Estes brinquedos não substituem os auxiliares de flutuação. SEMPRE QUE FREQUENTAR UMA PISCINA PÚBLICA, VERIFIQUE: Se dispõe de nadador salvador; Se existem equipamentos de salvamento; Se consegue ver bem as crianças quando se encontram dentro ou perto de água; Se existe informação devidamente afixada e visível sobre as regras de segurança e utilização da piscina.

Em caso de acidente: Mantenha a calma e retire a criança da água o mais rapidamente possível; Ligue para o serviço de emergência médica (112) e siga os conselhos; Esteja sempre atento! Nunca deixe as crianças sozinhas dentro ou perto de água. A DGC e a APSI (Associação para Promoção da Segurança Infantil) recomendam: Mantenha sempre as crianças sob a vigilância permanente e efetiva de um adulto; Ensine as crianças a nadar o mais cedo possível; Coloque sempre o auxiliar de flutuação nas crianças e certifique-se de que estas o mantêm devidamente colocado sempre que estejam perto ou dentro de água; Evite que as crianças corram à beira da piscina; Aprenda as manobras básicas de primeiros socorros, sobretudo as específicas para crianças. Para saber mais consulte a página da DGC em: www.consumidor.pt ou visite a página da APSI-Associação para a Promoção da Segurança Infantil em: www.apsi.org.pt A DGC E A APSI ALERTAM: Muitas crianças morrem afogadas nas primeiras horas de férias! Para evitar esta fatalidade, inspecione previamente o local para verificar se existem, por exemplo, lagos, chapinheiros e outras zonas de água. SEJA VIGILANTE E ADOTE AS DEVIDAS PRECAUÇÕES!

O IPQ recomenda que sejam seguidos os requisitos de segurança para a conceção e construção de piscinas constantes da EN 15288-1+A1 e ainda os observados na EN 15288-2 relativos à segurança de funcionamento. Como sabemos, a água constitui um polo de atração, quase mágico, para as crianças, mas é também um espaço onde ocorrem muitos acidentes, alguns deles fatais. SENHORES FABRICANTES E OPERADORES DE PISCINAS Para que uma piscina funcione em segurança é importante começar por considerar, desde logo, os aspetos relacionados com a sua conceção. Nesse sentido, todas as pessoas e entidades envolvidas na conceção de novos equipamentos ou na renovação e melhoramento de piscinas existentes, devem considerar como principal prioridade, o fornecimento de instalações seguras aos respectivos utilizadores e funcionários. No caso das crianças mais pequenas - até aos 4 anos - os fatores de risco estão frequentemente relacionados com as características desta fase de desenvolvimento, à qual é inerente uma morfologia típica e uma menor perceção dos perigos potenciada, entre outros, pela curiosidade insaciável. Na realidade, nenhum sistema de proteção é totalmente seguro, mas as barreiras físicas, nomeadamente as vedações, podem tornar-se numa solução bastante eficaz para a prevenção de afogamentos de crianças, quer em piscinas, quer noutros planos de água considerados perigosos, como os tanques, os poços e os lagos. Por outro lado, os operadores de piscinas deverão identificar as precauções necessárias à criação de ambientes seguros, nestes espaços de diversão. A norma NP EN 152881:2008+A1 define os requisitos de segurança para a conceção e construção de piscinas.

A Norma Portuguesa NP 4500:2012 identifica os requisitos mínimos de segurança para a construção e instalação de vedações de proteção de acessos a piscinas (mesmo nas estruturas pré-fabricadas amovíveis). Esta Norma define, para além destes, requisitos específicos com vista à redução de outros riscos tais como: Aprisionamento e entalão de partes do corpo; Cortes ou perfurações; Tipo de informação em língua portuguesa a prestar pelo fabricante, fornecedor ou instalador. Os equipamentos auxiliares de flutuação, como as braçadeiras e coletes salva-vidas são outro meio complementar de salvamento de extrema importância a considerar. A norma europeia EN 13138-1 estabelece os requisitos de utilização e segurança para este tipo de equipamentos. O IPQ como Organismo Nacional de Normalização, recomenda a utilização destas normas já que o seu cumprimento rigoroso e responsável, contribui de forma decisiva para a diminuição dos riscos potenciais para os utilizadores destes equipamentos e para o aumento da sua segurança. O cumprimento dos requisitos propostos nestes documentos não substitui a responsabilidade individual nem o exercício do dever de supervisão e vigilância que compete em primeira linha aos pais e educadores. Instituto Português da ualidade