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Transcrição:

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil BRENO AUGUSTO MIRANDA BEZERRA Companhia Energética do Rio Grande do Norte BRENO.BEZERRA@COSERN.COM.BR Balanceamento de Urgência em Subestação com foco no Equilibrio no Nível de Tensão Palavras-chave Balanceamento de Carga Qualidade de Energia Reclamação de Tensão Resolução Normativa 414/2011 Resolução Normativa 424/2011 Resumo Este trabalho busca oferecer uma oportunidade de compartilhar com todas as distribuidoras do Brasil uma experiência de sucesso da Unidade de Manutenção da COSERN, caso este, que acreditamos ocorrer com muita freqüência nas distribuidoras. O problema se iniciou com uma reclamação de tensão de um cliente atendido em 13,8 kv. Esta unidade consumidora tratava-se de uma fábrica de tênis, cuja maioria da sua carga era composta de máquinas de costura. No entanto, no horário de pico as máquinas não funcionavam devido ao desbalanceamento no nível de tensão. Neste momento se iniciou toda tratativa em busca de solucionar o problema. Consequentemente, identificamos que o problema era causado por um desbalanceamento na barra de 13,8 kv da subestação e que vinha a se agravar no horário de pico. Para solucionar o problema efetuamos um balanceamento de urgência na saída dos alimentadores, que veio a solucionar o problema de imediato, conforme explicaremos no decorrer deste trabalho. 1. Introdução O trabalho tem como objetivo detalhar todos os passos para solucionar um problema de desequilíbrio no nível de tensão na barra de 13,8 kv em uma subestação no município de Nova Cruz/RN (SE NCR). Esta subestação possui um transformador de 20/26 MVA com comutador automático em carga. O desequilíbrio de tensão fora do horário de Pico era de 400 V e no horário de pico era de 1000 V. Então nos deparamos com os seguintes questionamentos: Como faremos o balanceamento? Faremos na Barra? Faremos ao longo 1/11

do alimentador? Inverteremos as derivações bifásicas? Iremos calcular o balanceamento utilizando apenas os módulos das correntes? Ou usaremos também o ângulo das fases? Que dados usaremos para iniciar os cálculos? Onde conseguiremos estes dados? Como sugiram diversas dúvidas para solucionar o problema com rapidez, fizemos algumas analises e escolhas que foram fundamentais para a solução do problema. 2. Desenvolvimento 1.1.Reclamação do Cliente O problema se iniciou com uma reclamação de oscilação de tensão em uma fábrica, atendida em 13,8 kv, no município de Santo Antônio/RN, distante 18 km da SE NCR, abaixo segue a reclamação do cliente: Com o atendimento emergencial ao cliente, constatamos conforme o campo observação da ocorrência na figura acima, um desequilíbrio no ponto de entrega da unidade consumidora, consequentemente, o problema se encontrava no sistema de distribuição da concessionária. Assim, verificamos o funcionamento das reguladoras de tensão ao longo do alimentador e realizamos uma 2/11

leitura instantânea de tensão e corrente na barra de 13,8 kv da SE NCR. 1.2.Análise do Problema Ao realizarmos as leituras instantâneas na barra, constatamos que o problema era proveniente de um desequilíbrio na corrente do transformador de potencia da SE NCR, que consequentemete causava um afundamento no nível de tensão na fase mais carregada. Na figura a abaixo conseguimos expor uma amostra ao longo do dia que representa o comportamento da corrente e das tensões na barra: Figura 01 Diferença no carregamento da Barra de 13,8 kv da SE NCR. 3/11

Figura 02 Diferença no nível de tensão na Barra de 13,8 kv da SE NCR. Analisando a figura 01 acima, identificamos uma diferença de 100 A entre a fase A e a fase C, o que reflete diretamente na tensão na barra da subestação. Consequentemente também podemos observar de forma mais clara na figura 2, que a diferença entre a tensão VAB e VCA pode chegar a 1000 V. Desse modo, evidenciamos um desequilíbrio no nível de tensão na barra da SE, que consequentemente se propaga para todos os pontos de entrega dos clientes conectados ao sistema elétrico da concessionária. Diante destes fatos foi realizada uma análise em algumas características peculiar das cargas atendidas por esta subestação. Primeiramente foi analisada a configuração dos alimentadores da subestação conforme figura abaixo: 4/11

Fig. 03 Visão Geral dos Alimentadores SE NCR Foi identificado alimentadores muito extensos e preocupou-se em descobrir a existência de rede bifásica e monofásica destes alimentadores. 5/11

Fig. 04 Visão Geral das Redes trifásicas, bifásicas e monofásicas SE NCR Na figura 04, fica evidente a existência de redes bifásicas (em azul claro) e monofásicas (em verde claro), o que consideramos o principal fato gerador do desequilíbrio na barra da subestação. 1.3.Solução do Problema Após analisarmos o problema, decidimos realizar uma intervenção imediata na barra da subestação. O objetivo emergencial era realizar um balanceamento na saída das correntes do transformador da SE NCR. Diante disso precisaríamos decidir como faríamos este balanceamento, então decidimos que a partir dos dados do scada tentaríamos fazer a inversão nos alimentadores mais desequilibrados, com isso, conseguiríamos uma configuração que possibilitaria o melhor equilíbrio de corrente na saída do 6/11

trafo. Porém, tivemos um problema com o arranjo da subestação, ou seja, os valores mostrados pelo scada não correspondiam aos valores do arranjo da barra da subestação real, conforme figura abaixo: Figura 05 Arranjo da Barra da SE NCR Verificamos que de acordo com a convenção prática utilizada em campo, tomando-se com referência uma pessoa na saída do alimentador, de costa para fonte, a fase que fica a esquerda é considerada a fase A. Contudo, podemos observar que na figura 03 esta convenção prática funciona perfeitamente para 01Z2, 01Z3 e 01Z4, já para o 01Z1 a fase a esquerda não é a A, e sim a fase C. Portanto, o somatório das cargas pelo scada não condiz com a disposição do arranjo real da subestação, consequentemente, se usarmos apenas as leitura do scada, poderíamos ser induzir a um erro no somatório total das correntes na saída do transformador de força. Por este motivo, optamos em levantar o arranjo real da subestação em campo e realizar a medição diretamente na subestação, para o caso citado, coletamos as seguintes correntes na SE NCR: 7/11

Figura 06 Dados das Correntes na SE NCR De acordo com os valores apresentados, identificamos que existe um desequilíbrio de 11% na saída do transformador, então fizemos várias simulações com todas as combinações possíveis para podermos escolher a alteração da configuração ideal dos alimentadores. Consideramos que os alimentadores mais equilibrados como 01Z1 e 01Z3 não precisariam ser alterados, pois não influenciaria no balanceamento das correntes do 11T1. Então fizemos as simulações testando todas as possibilidades de inversão no 01Z2 e chegamos a seguinte configuração ideal para se conseguir o balanceamento: Figura 07 Proposta de inversão nos alimentadores 01Z2. De acordo com a figura 05, evidenciamos uma redução no desequilíbrio de 11% para 4%, o que na nossa visão seria um valor aceitável para solucionar o problema no cliente de imediato. De acordo com esta proposta, optamos apenas em inverter o 01Z2, da seqüência positiva ABC para a BCA, obviamente tendo o cuidado de não realizar uma inversão de fase. 1.4.Resultados práticos obtidos Depois de decidirmos a melhor inversão e qual alimentador seria invertido, partimos para prática com na inversão na saída do 01Z2: 8/11

Figura 08 Escolha da estrutura para inversão 9/11

Figura 07 Estrutura já invertida Com a finalização dos serviços tivemos os seguintes resultados na tensão e corrente da SE NCR: Figura 08 Resultado obtido na corrente. Figura 09 Resultado obtido na tensão. Analisando a situação antes e depois do balanceamento, a decisão teórica tomada se concretizou com a execução do serviço. Portanto os benefícios do balanceamento foram percebidos de imediato, com isso, 10/11

também tivemos o equilíbrio na tensão de fornecimento de cliente. 1.5.Benefícios Diretos Aumento da qualidade no nível de tensão teoricamente em 1/3 dos clientes ligados na SE NCR, ou seja, 20.000 clientes ligado na fase B e passiveis de compensações regulatorias; Diminuição do desgaste prematuro em mancais e rolamentos dos motores; Redução no desequilíbrio de corrente nos cabos (Redução das perdas técnicas); Redução no desequilíbrio de corrente no trafo da SE (aumento da Vida útil dos enrolamentos); Funcionamento pleno do comutador automático (LTC), Funcionamento pleno das Reguladoras de Tensão da Distribuição; Melhor funcionamento dos Bancos de Capacitores da SE; Aumento da Vida Útil das Células Capacitivas na Distribuição. 3. Conclusões Entendemos que este trabalho é um problema comum a todas concessionárias de energia elétrica que passaram pela expansão fulminante das obras de luz para todos, em que na maioria das vezes, a rede de media tensão é bifásica e são ligadas na fase A e C, causando assim um desbalanceamento natural na barra da subestação. Conseguimos evidenciar que é possível se fazer balanceamento de forma rápida e utilizando apenas os módulos das correntes dos alimentadores, aprendemos também que não devemos confiar nas medições do scada sem conferir em campo o arranjo da subestação, pois pode gerar uma tomada de decisão equivocada. Portanto, consideramos que seja uma medida simples, imediata para resolvermos um problema de tensão e melhorarmos a qualidade no nível de tensão de fornecimento da concessionária. 4. Referências bibliográficas [1] ANEEL, Anexo à Resolução No 424, 2011; [2] ANEEL, Anexo à Resolução No 414, 2011; [3] Stevenson Junior, W. D. Elementos de Análise de Sistemas de Potência 2. ed. McGraw-Hill, 1986 11/11