História. Revolução de Professor Thiago Scott.

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BOM TRABALHO E SUCESSO!!! RENATA, LEONARDO E CARLÃO!!!

Transcrição:

História Revolução de 1930 Professor Thiago Scott www.acasadoconcurseiro.com.br

História REVOLUÇÃO DE 1930 Foi a vitória do candidato governista Júlio Prestes nas eleições de março de 1930, derrotando a candidatura de Getúlio Vargas, que era apoiada pela Aliança Liberal, que deu início a uma nova rearticulação de forças de oposição que culminou na Revolução de 1930. Os revolucionários de 30 tinham como objetivo comum impedir a posse de Júlio Prestes e derrubar o governo de Washington Luís, mas entre eles havia posições distintas quanto ao que isso representava e quais seriam as conseqüências futuras. Dentre os jovens políticos que se uniram em torno do levante, destacavam-se Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, Lindolfo Collor, João Batista Luzardo, João Neves da Fontoura, Virgílio de Melo Franco, Maurício Cardoso e Francisco Campos. Além de derrubar o governo, esses líderes pretendiam reformular o sistema político vigente. Dos tenentes que haviam participado do movimento tenentista, os nomes de maior destaque eram Juarez Távora, João Alberto e Miguel Costa. A meta particular desse grupo era a introdução de reformas sociais e a centralização do poder. Havia ainda uma ala dissidente da velha oligarquia, que via no movimento revolucionário um meio de aumentar seu poder pessoal. Era o caso de Artur Bernardes, Venceslau Brás, Afrânio de Melo Franco, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e João Pessoa, entre outros. Por sua vez, o ex-líder da Coluna Prestes, Luís Carlos Prestes, optou por um caminho mais radical. Crítico da união dos jovens políticos com a dissidência oligárquica, Prestes decidiu não participar da revolução e lançou seu próprio Manifesto Revolucionário. Declarava-se socialista e sustentava que a mera de troca de homens no poder não atenderia às reais necessidades da população brasileira. Intermináveis negociações preliminares retardaram as ações militares dos conspiradores contra o governo de Washington Luís. Finalmente, em 26 de julho, o inesperado assassinato de João Pessoa, presidente da Paraíba e candidato derrotado à vice-presidência na chapa da Aliança Liberal, estimulou as adesões e acelerou os preparativos para a deflagração da revolução. Alçado à condição de mártir da revolução, João Pessoa foi enterrado no Rio de Janeiro e seus funerais provocaram grande comoção popular, levando setores do Exército antes reticentes a apoiar a causa revolucionária. Enfim, a 3 de outubro, sob a liderança civil do gaúcho Getúlio Vargas e sob a chefia militar do tenente-coronel Góes Monteiro, começaram as diversas ações militares. Simultaneamente deu-se início à revolução no Rio Grande do Sul, à revolução em Minas Gerais e à revolução no Nordeste, os três pilares do movimento. Com a ocupação de capitais estratégicas como Porto Alegre e Belo Horizonte e de diversas cidades do Nordeste, e com o deslocamento das forças revolucionárias gaúchas em direção a São Paulo, o presidente Washington Luís recebeu um ultimato de um grupo de oficiais-generais, liderados por Augusto Tasso Fragoso. O grupo exigiu a renúncia do presidente. Diante de sua negativa, os militares determinaram sua prisão e o cerco do palácio Guanabara, no dia 24 de outubro. A seguir, formou-se a Junta Provisória de governo, composta pelos generais Tasso Fragoso e João de Deus Mena Barreto e o almirante Isaías de Noronha. www.acasadoconcurseiro.com.br 3

Em virtude do maior peso político que os gaúchos detinham no movimento e sob pressão das forças revolucionárias, a Junta finalmente decidiu transmitir o poder a Getúlio Vargas. Num gesto simbólico que representou a tomada do poder, os revolucionários gaúchos, chegando ao Rio, amarraram seus cavalos no Obelisco da avenida Rio Branco. Em 3 de novembro chegava ao fim a Primeira República e começava um novo período da história política brasileira, com Getúlio Vargas à frente do Governo Provisório. Era o início da Era Vargas. Entender o significado desse movimento, saber se representou uma ruptura ou continuidade na vida nacional, tem sido objeto de inúmeros livros e artigos escritos desde então. A Revolução de 1930 colocou um ponto final na Primeira República. Era hora de promover uma renovação nos quadros dirigentes do país. Para isso, Getúlio Vargas iria recorrer a um dos mais importantes grupos que participaram do processo revolucionário: os "tenentes". Muitos não tinham mais essa patente, mas o título havia-se generalizado ao longo do movimento tenentista. Nos primeiros meses do Governo Provisório de Vargas, a situação permaneceu indefinida em muitos estados. Diversos grupos políticos lutavam para indicar os interventores federais que seriam nomeados pelo presidente da República para substituir os antigos presidentes estaduais eleitos, que foram depostos pela revolução. Essa situação de conflito era mais grave nos estados do Norte e do Nordeste, o que obrigou o governo a indicar como delegado militar nessa região o líder tenentista Juarez Távora. Juarez ficou encarregado de supervisionar a atuação dos interventores em um vasto território que se estendia do Acre até a Bahia e influiu para que, na maioria dos casos, fossem nomeados interventores militares. Em 1931, com exceção de Pernambuco e Bahia, todos os estados do Norte e do Nordeste tinham um "tenente" no governo. Para impedir abusos e melhor controlar a ação dos interventores, o Governo Provisório criou, em agosto daquele ano, o Código dos Interventores. A força dos "tenentes" também esteve presente em São Paulo. Para eles, aquele estado, tão importante e poderoso na Primeira República, poderia se constituir na principal força anti-revolucionária e por isso deveria ser mantido sob vigilância. Assim, para a interventoria paulista foi nomeado o "tenente" João Alberto, e não um representante do Partido Democrático de São Paulo, que tivera participação no movimento revolucionário e esperava ser recompensado. Para a chefia da Força Pública do estado Vargas indicou Miguel Costa, outro importante líder do tenentismo. Essas nomeações desagradaram profundamente o PDe importantes parcelas das elites paulistas, interessadas em manter o controle do poder. Em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, Vargas não considerou necessário enfrentar os grupos oligárquicos regionais que haviam apoiado a Revolução de 1930. Minas foi o único estado que não teve interventor: foi mantido no cargo o presidente estadual Olegário Maciel. No Rio Grande do Sul, que antes da revolução era governado pelo próprio Vargas, foi nomeado interventor Flores da Cunha, homem de longa tradição na vida política gaúcha. Os "tenentes" se consideravam os verdadeiros revolucionários. Não queriam que a Revolução de 1930 se transformasse em uma mera troca de cadeiras entre os grupos oligárquicos. Trataram portanto de criar instrumentos de ação política capazes de levar adiante o projeto de um governo centralizador, intervencionista e reformista. Por sua iniciativa formaram-se em alguns estados legiões revolucionárias e, no Rio de Janeiro, fundou-se o Clube 3 de Outubro, principal porta-voz do grupo. Apoiaram a criação do clube importantes lideranças civis, como os ministros Oswaldo Aranha e José Américo de Almeida e os interventores Carlos de Lima Cavalcanti (PE) e Pedro Ernesto (DF). 4 www.acasadoconcurseiro.com.br

História Revolução de 1930 Prof. Thiago Scott O projeto tenentista divulgado por essas entidades defendia medidas como a centralização do sistema tributário, o fortalecimento das Forças Armadas, a federalização das milícias estaduais, a criação de uma legislação trabalhista e a modernização da infra-estrutura do país. Do ponto de vista político, os "tenentes" aprovavam a centralização do poder nas mãos de Vargas e desconfiavam da representação partidária vista como palco para a atuação de grupos voltados apenas para os seus interesses privados. Isso significava defender a manutenção de um governo de caráter revolucionário e ditatorial e o adiamento do processo de constitucionalização. No entanto, naquele momento, a introdução de um regime de base constitucional era a principal reivindicação dos grupos oligárquicos, que se sentiam cada vez mais preteridos pelo governo e temiam o fortalecimento político dos "tenentes". O conflito se acirrou no ano de 1932. Em julho os grupos políticos paulistas partiram para um confronto armado com Vargas na Revolução Constitucionalista. Porém, sem o apoio dos outros estados, os rebelados foram derrotados pelas forças legalistas. A "guerra paulista" teve como principal resultado a aceleração do processo de constitucionalização. Em 1933, realizaram-se afinal as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte. Estava claro para o chefe do Governo Provisório que não havia mais condições de continuar mantendo à margem do poder importantes grupos políticos regionais que demonstravam explicitamente o seu descontentamento. Depois da vitória nas armas, era a hora da composição política. Os "tenentes" receberam mal as novidades. A constitucionalização do país significava que teriam que disputar o poder no campo do adversário, isto é, no voto. O que fazer? Como manter um projeto revolucionário em meio ao processo de normalização política? O resultado de tudo isso foi o esvaziamento do Clube 3 de Outubro e o agravamento da divisão entre os "tenentes". Importantes líderes tenentistas, como Juarez Távora e o interventor na Bahia Juraci Magalhães, se aproximaram dos grupos oligárquicos regionais com o intuito de garantir seu futuro político. Outros, como o ex-interventor no Rio Grande do Norte Herculino Cascardo, se desiludiram com os rumos da Revolução de 1930 e resolveram abandonar o governo. Outras lideranças militares mais antigas, como o general Manuel Rabelo, continuaram a defender a implantação de uma ditadura no país. As eleições de 1933, que iriam conduzir à Constituição de 1934, marcaram portanto o esgotamento de um movimento de jovens oficiais que abalou as bases da Primeira República, teve um papel decisivo na Revolução de 1930 e empalmou grandes parcelas do poder nos primeiros anos da Era Vargas. O tenentismo se diluiu porque se mostrou incapaz de construir uma sólida base política, necessária à implementação de seu projeto de mudanças nas estruturas do país. Referência: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/aeravargas1/anos30-37/paisdostenentes www.acasadoconcurseiro.com.br 5

SLIDES REVOLUÇÃO DE 1930 Crise da República Velha Tenentismo Crise de 1929 = Crise do Café Crise da Política de Valorização do Café Afastamento das Oligarquias cafeeiras Washington Luís indica Júlio Prestes (ambos da oligarquia paulista) Rompimento do Café-com-Leite Formação da Aliança Liberal Eleições de 1930 vitória de Júlio Prestes (SP) Aproximação com os tenentes e morte de João Pessoa 6 www.acasadoconcurseiro.com.br

História Revolução de 1930 Prof. Thiago Scott Após ter sido marcada para agosto e setembro e depois cancelada, a revolução finalmente eclodiu no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais às cinco e meia da tarde do dia 3 de outubro, hora escolhida por Osvaldo Aranha em função do fim do expediente nos quartéis, o que facilitava a ação militar e a prisão dos oficiais em suas casas. O Rio Grande do Sul foi rapidamente dominado pela insurreição, e grandes contingentes ultrapassaram a divisa do estado, tomando em poucos dias Santa Catarina e o Paraná e estacionando às portas do estado de São Paulo. www.acasadoconcurseiro.com.br 7

Em meados de outubro, a revolução já era vitoriosa em quase todo o país, restando apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pará sob o controle do governo federal. As tropas legalistas instalaram seus quartéis-generais na Bahia e em São Paulo, na tentativa de deter o avanço dos revolucionários vindos do Nordeste e do Sul. 8 www.acasadoconcurseiro.com.br

História Revolução de 1930 Prof. Thiago Scott No dia 24 de outubro Washington Luís foi deposto da presidência da República, instalando-se no poder uma junta governativa composta pelos generais Tasso Fragoso e João de Deus Mena Barreto, e pelo almirante Isaías de Noronha. Desse modo, cessou toda a resistência, que era mais forte na região de Itararé, divisa entre Paraná e São Paulo. No dia 28 de outubro, chegaram ao Rio de Janeiro Osvaldo Aranha e Juarez Távora, a fim de conferenciar com a junta sobre a composição do novo governo. No mesmo dia, as forças gaúchas e paranaenses entraram no estado de São Paulo, enquanto parte do comando militar revolucionário chegava à capital paulista. Na madrugada do dia 31, o chefe supremo da revolução, Getúlio Vargas, desembarcava no Rio de Janeiro, onde foi alvo de inúmeras homenagens. Em 3 de novembro de 1930, um mês após a eclosão do movimento revolucionário, Getúlio Vargas chegava ao poder, como chefe do Governo Provisório da República. www.acasadoconcurseiro.com.br 9

http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/fatosimagens/revolucao1930 10 www.acasadoconcurseiro.com.br