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Transcrição:

Prefácio Renato Tarciso Barbosa de Sousa SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SOUSA, RTB. Prefácio. In: BARROS, THB. Uma trajetória da Arquivística a partir da Análise do Discurso: inflexões histórico-conceituais [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, pp. 9-12. ISBN 978-85-7983-661-9. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0.

PREFÁCIO A Arquivística vem sendo construída no Brasil desde o século XIX. Um dos grandes marcos dessa trajetória foi a criação do então Arquivo Público do Império, em 1838. De lá para cá, vários momentos importantes aconteceram. Aqui cabe destacar um deles: a chegada da Arquivística nas universidades brasileiras. O livro Uma trajetória da Arquivística a partir da Análise do Discurso: inflexões histórico-conceituais, de Thiago Henrique Bragato Barros, é mais um produto desse acontecimento. É fundamental destacarmos isso como mais um movimento de consolidação da área como disciplina científica. Parte considerável do conhecimento arquivístico está, aos poucos, mas em velocidade constante, deslocando-se das instituições arquivísticas, como ocorria nas décadas de 1970 e 1980, para as universidades. Não se trata de um deslocamento apenas geográfico, a natureza dos estudos também tem sofrido alterações. Estamos saindo do relato de experiências para a tentativa de elaboração de bases metodológicas e teóricas para o que fazer arquivístico, ou seja, estamos construindo, efetivamente, conhecimento científico, e este é um passo muito importante. A entrada da Arquivística no ambiente acadêmico brasileiro mostrou a necessidade de um aprofundamento teórico que possibilitasse a superação das práticas existentes. Essa relação não é tão

10 THIAGO HENRIQUE BRAGATO BARROS direta como parece nem mudou profundamente o cenário arquivístico, mas criou outras perspectivas e uma nova agenda. Os problemas arquivísticos existentes nas organizações públicas e privadas brasileiras são muito grandes e complexos. Ao lidarmos com eles, padecemos ainda com uma base teórica e metodológica pequena, ou melhor, insuficiente. Esse distanciamento somente poderá ser encurtado com o desenvolvimento de pesquisas. E, nesse ponto, parte-se do pressuposto formulado pelo arquivista canadense Jean-Pierre Wallot, ex-presidente do Conselho Internacional de Arquivos, para quem, sem a pesquisa, a Arquivística está condenada a permanecer como um corpo de práticas e de receitas sem racionalidade científica. O fato de constituir uma disciplina com finalidades pragmáticas coloca-a em uma fronteira perigosa com o empirismo. É necessário, portanto, buscar uma fundamentação teórica para o tratamento dos arquivos. O trabalho apresentado neste livro é uma prova viva dessas afirmações, pois é resultado da pesquisa científica, desenvolvida no âmbito de um Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação. O trabalho de Thiago Barros é fruto desse contexto de mudança e deslocamento da produção do conhecimento e da sedimentação da Arquivística no Brasil, para usar um termo adotado pelo autor. O livro, que é originário de sua tese de doutorado, buscou, a partir de uma abordagem crítica, analisar a discussão sobre a teoria e a prática arquivísticas para entender sua natureza, sua conformação e seus movimentos fundamentais. O autor expõe, de maneira clara, que o visível amadurecimento da área não esconde a carência de sistematização conceitual, como outros autores já tinham chamado a atenção. A novidade do seu trabalho é olhar para a Arquivística sob o viés discursivo dos seus personagens principais: os autores e as instituições. Apesar da presença cada vez maior do conhecimento produzido nas universidades, as instituições arquivísticas ainda desempenham um importante papel e influenciam sobremaneira as práticas.

UMA TRAJETÓRIA DA ARQUIVÍSTICA A PARTIR DA ANÁLISE DO DISCURSO 11 Thiago Barros seleciona o que chama de representação arquivística, que é formada pelas funções arquivísticas classificação e descrição, para analisar o discurso na Arquivística. Trata-se, no meu entendimento, de uma escolha feliz. Luís Carlos Lopes, na década de 1990, afirmou que o cerne das práticas arquivísticas era constituído pela classificação, avaliação e descrição. Portanto, é interessante tomar a classificação e a descrição como pontos de partida para entender os elementos fundamentais que dão suporte à Arquivística, como propõe o autor. O marco principal do trabalho que originou este livro é reunir, para investigar o percurso percorrido em termos de representação arquivística, as práticas no Brasil, no Canadá e na Espanha. Essa delimitação justifica-se sobretudo pela influência desses dois países na Arquivística executada no Brasil. Os autores analisados são do peso de um Terry Cook e Hugh Taylor (Canadá), Antonia Heredia Herrera e José Ramón Cruz Mundet (Espanha), Heloísa Liberalli Bellotto e José Maria Jardim (representando o Brasil). No âmbito institucional, buscou-se a Library and Archives (Canadá), o Archivo Histórico Nacional (Espanha) e o Arquivo Nacional (Brasil). Esse empreendimento proposto por Thiago Barros foi alicerçado a partir dos princípios da Análise do Discurso de matriz francesa. Esse foi o aporte metodológico do estudo. Na leitura será possível encontrar as definições e os princípios metodológicos da Análise do Discurso, que objetivaram o delineamento do método para sua aplicação em estudos de Arquivística. Um dos pontos altos deste livro que você está prestes a ler é a constatação de que os estudos históricos em Arquivística são cronológicos e descritivos. O autor demonstra que a contextualização histórica não é uma prática comum aos estudos teórico-epistemológicos. Percebe-se claramente que o livro, como um todo, é prova da maturidade de um profissional egresso de um momento muito profícuo da área, que vem se transformando e ganhando novos contornos com essa aproximação que aconteceu e está acontecendo com a academia.

12 THIAGO HENRIQUE BRAGATO BARROS O caminho da construção, consolidação e sedimentação de uma área do conhecimento humano, como sabemos, é muito longo. Mas a parte que já foi trilhada e a que está sendo trilhada aponta para grandes conquistas no futuro. Renato Tarciso Barbosa de Sousa